bolo de gengibre fresco

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Mais uma receita que vi no Chow e marquei pra fazer. Não é uma receita inédita pra mim, mas essa tinha uma mistura diferente de ingredientes, que me deixou curiosa. Os bolos de gengibre são muito comuns aqui na América do Norte e eu já fiz e refiz uma receita excelente que peguei na Everyday Food anos atrás e recomendo fortemente. Mas essa prendeu totalmente a minha atenção quando eu li “pimenta do reino” na lista de ingredientes. Tive que testar. Fiz meia receita, porque aqui em casa tudo sobra. Ficou um bolo pequeno, mas bem macio e picante, como eu esperava que ficasse. Gostei bastante, sem falar que sou muito fanzoca do gengibre.

fresh ginger cake
2 xícaras de farinha de trigo
3/4 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de cravo em pó
1/2 colher de chá de pimenta do reino moída
3/4 xícara de melado
3/4 xícara de açúcar
3/4 xícara de óleo
3/4 xícara de água
1 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
3 ounces /100 gr/ 3 colheres de sopa de gengibre descascado e moído
2 ovos grandes em temperatura ambiente

Pré-aqueça o forno em 350°F/180ºC. Unte uma forma redonda para bolo e reserve. Numa vasilha misture a farinha, canela, cravo e pimenta e bata com o batedor de arame para arejar e deixar a mistura bem incorporada. Na batedeira, misture o melado, o açúcar e o óleo. Ferva a àgua e misture o bicarbonato de sódio nela. Adicione essa àgua na mistura de melado. Adicione o gengibre e continue batendo. Vá incorporando a mistura de farinha à mistura de melado aos poucos, batendo sempre. Adicione os ovos e bata até a massa ficar lisa. Coloque na forma untada e asse por 50 minutos. Deixe esfriar bem antes de desenformar. Eu polvilhei com açúcar de confeiteiro, porque achei que o bolinho ficou meio feinho—pra variar. Mas essa decoração não faz parte da receita.

Dia de preguiça e papo-furado

Fez um tempo horrível na semana passada e final de semana. Chuvarada incessante e frio, parece brincadeira, quase no final de abril. Desencavei umas blusas de lã, que já tinha sido guardadas pro próximo inverno. O aquecedor da casa ligou numa dessas manhãs frias. Deu até um desânimo. Mas hoje olhando a previsão do tempo, constatei que essa deve ter sido a última bufada que o inverno deu na nossa cara. Hoje máxima de 23ºC, quinta 26ºC e no final de semana 29ºC! Minha irmã chega aqui em Davis na quarta-feira e já tenho um barbecue meio planejado para o sábado, pois sexta é aniversário do Gabe.

Já começo a pensar na comida. Vou ter duas crianças aqui por duas semanas. Do que eles gostam? O que eles comem? Pra mim, ter crianças em casa envolve algumas mudanças na lista de compras, porque eles comem coisas que nós normalmente não comemos. Mas pelo que a minha irmã me disse, o Fausto e a Catarina comem de tudo.
Sábado no Farmers Market, um friooo, um tempo ruim, fui às compras empunhando a minha sacolinha e cestinha. O negócio de cidade pequena é que você não consegue ir à lugar nenhum sem cruzar com algum amigo ou conhecido—e eu tenho muitos amigos e conheço muita gente! No Market não tem jeito, eu levo o dobro do tempo fazendo compras, pois sempre encontro alguém. No sábado encontrei minha ex-chefe com o marido e um casal de professores que conheci outro dia. Minha ex-chefe estava prestes a ter um colapso físico causado pela obesidade, quando teve uma crise da meia-idade e mudou absolutamente tudo na vida dela: emprego, rotina, relacionamentos e alimentação. Ficou natureba, frequentadora de academia e perdeu sei lá—muitos, muitos quilos. Ficou magérrima e agora, invés de se lambuzar de junk food como fazia antes, come produtos fresquinhos e orgânicos! Um exemplo a ser seguido por muitos. Na saída do mercado, quando compro o peixe, reencontrei o casal de professores e ela disse—você sabe o que é comida boa! Estávamos comprando as mesmas coisas nos mesmos lugares, então respondi com uma piscadela—você também sabe, hein!

Fui comprar uma garrafa de Brandy pra fazer o pudim de croissant no sábado à noite, quando o pessoal despenca nos supermercados da cidade pra comprar snacks e booze para o final de semana. Quando passei minhas comprinhas pelo caixa, incluindo a garrafa de mé, o rapazinho que me atendeu perguntou com uma cara folgazona— o Brandy é pra hoje ou pra amanhã? Mas tem cabimento uma pergunta dessas? Olha bem pra minha cara rapaissszzzzzz! O Brandy é para uma receita—respondi.

pudim de croissant com ameixa

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Para um brunch de domingo na casa de uma amiga, resolvi fazer uma receita que vi no Chow e que tinha imprimido e reservado. Mais uma das que eu gosto: fácil, diferente e saborosa. É um simples pudim de pão, só que feito com croissants, o que faz uma diferença e tanto. Fica um pudim de pão delicado, mas com sabor intenso.

Croissant and Prune Bread Pudding
1 xícara de ameixas secas de ótima qualidade
1/3 xícara de Armagnac ou Brandy
2 xícaras de half-and-half — um creme de leite diluído
1 xícara de leite integral
4 ovos grandes
2 gemas
3/4 xícara de açucar
1 colher de chá de extrato de baunilha
1/2 colher de chá de extrato de amêndoa
5 ou 6 croissants picados em pedacinhos

Corte as ameixas em pedacinhos e ponha de molho no Brandy por uns 10 minutos. Pré-aqueça o forno em 325°F/165ºC. Coe as ameixas e reserve o Brandy. Numa vasilha grande bata bem o Brandy, o half-and-half, o leite, os ovos, as gemas, o açúcar, os extratos de baunilha e amêndoa. Num refratário retangular grande, coloque os croissants picados, salpique com as ameixas amolecidas no Brandy, jogue a mistura de leite e ovos por cima e deixe absorver por uns 15 minutos. Salpique o pudim com açúcar demerara e leve ao forno sobre uma forma com dois centimetros de água fervendo. Asse nesse banho-maria por 1 hora. Retire do forno e sirva morno, em temperatura ambiente ou gelado, acompanhado de sorvete de baunilha ou de molho de caramelo. Eu servi o pudim puro e não sobrou nem uma lasca.

salada de pepino com gengibre

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Repliquei a receita da Verena, pela qual eu tinha me encantado. Ficou saborosa e uuuuuuuwwwwuuuu refrescante! O gengibre acrescenta um picante vaporoso ao já levíssimo pepino. Usei pepinos pequenos, japoneses, que cortei em cubos. Ralei gengibre por cima – talvez um pouquinho demais, mas não importa! Temperei com shoyo, mesmo não curtindo muito o sabor desse molho. Deixei marinar e crockcracknhack, comi o prato inteiro!

[mais um] picnic no parque

Já escrevi aqui muitas outras vezes sobre o picnic das quartas-feiras no Farmers Market de Davis. Eles começam junto com o horário de verão, que aqui se chama Daylight Saving Time. Fui tantas vezes à esse picnic com minha família—mãe, sobrinhas; com amigos e com a associação brasileira da qual eu faço parte. Esse é o picnic mais eclético e divertido, pois mistura um monte de gente, não só brasileiros. E quando isso acontece ficamos até o anoitecer na grama, muitas vezes somos os últimos a sair do parque, reciclando antes nossas garrafas de vinho e água, jogando o lixo fora, deixando tudo impecável.
Quando chegamos ainda está sol e a banda está tocando, famílias e grupos se reunem sentados em panos espalhados pela grama. Para o nosso picnic BID, eu levo um pano verde-amarelo para marcar território, tudo muito discreto. Cada um leva uma comidinha ou compra no mercado, e dividimos sempre o vinho. Ontem a tarde estava fria e as nuvens se aglomeravam em chumaços cinzentos ameaçadores. Mesmo assim decidi enfrentar o parque, porque já havíamos marcado e divulgado o tal picnic. Preparei uma pastinha de abóbora na correria e me empinotei na bicicleta, com a minha infalível cesta enfiada nos guidões, e corri pro parque.

Não apareceu muita gente, mas alguns corajosos enfrentaram bravamente o frio, tentando se esquentar com vinho e risadas. Eu me empolguei na conversa e perdi a conta de quantos copos de vinho bebi. Na hora de ir embora, no escuro e com a bateria do farol da bicicleta arriada, fiquei um pouco preocupada. Mas como naquele momento eu estava vendo o mundo com muito mais alegria e positivismo, pedalei animada e com total confiança, embora a bambalêancia estivesse realmente evidente.

*assista à um pequeno filme de um dos picnics que fizemos no parque, em 2005. fiz uma geral logo que cheguei. depois encheu muito, muito de gente. a banda de blues que tocou estava ótima, assim como a comida e a companhia no nosso pano verde-amarelo, que foi ganhando muitas extensões e muitas outras bundas sentadas!

grão-de-bico crocante com pão pita [crispy chickpea pita]

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Mais grão-de-bico! Não resisti à essa receita que vi no website da Real Simple e resolvi gastar um estoque de latas do grão orgânico que comprei outro dia no Co-op. Faz um tipo de salada, mas o interessante dela é que o grão-de-bico é tostado antes no azeite.
Aqueça 2 colheres de sopa de azeite numa panela ou frigideira e adicione o grão-de-bico – usei duas latas. Vá mexendo sempre, até os grãos ficarem bem tostados. Retire do fogo. Coloque numa tigela, acrescente suco de limão, sal, pimenta e misture bem.

Numa outra tigela misture uns 2 tomates cortados em cubinhos, tempere com sal, pimenta e bastante salsinha picada. Eu misturei o grão-de-bico nessa salada de tomate. Sirva em cima do pão árabe – pita bread – levemente tostado na frigideira de ferro, ou no forno, com hummus e iogurte grego. Pode adicionar umas gotas de Tabasco na salada, mas eu infelizmente esqueci de fazer isso.

Hummus. Como eu não tinha pronto, fiz rapidinho no liquidificador: grão-de-bico, suco de limão, sal, flocos de pimenta vermelha, uns dentes de alho assado e bastante azeite, até dar ponto. Normalmente eu coloco um pouquinho de Tahini no meu hummus, mas nesse dia também esqueci de adicionar esse ingrediente.