flapjacks

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Uma receita clássica de flapjacks deste website de receitas retrô. Eles ficam simplesmente uma delicia! Eu adicionei damascos secos em pedacinhos, o que deu um upgrade nas barrinhas amanteigadas de aveia.
4 oz /100g de aveia grossa
2 oz / 50g de manteiga
3 oz /75g de açúcar [usei mascavo]
1 colher de chá de Treacle ou Golden Syrup [substitua por mel ou melado]
Numa panela derreta a manteiga e o syrup, adicione o açúcar e a aveia. mexendo sempre em fogo médio [coloquei os damascos em cubinhos também]. Espalhe a mistura numa forma untada com manteiga e asse por uns 15 minutos. Tire do forno, corte com uma faca e deixe esfriar. Ele endurece depois, formando barrinhas. Essa receita dá 4 porções.

no jornal da capital

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O jornalista Bob Sylva, que descende de portugueses do Açores, fez uma excelente reportagem sobre os blogs de culinária da região de Sacramento, para o jornal da capital* — o Sac Bee. O Chucrute com Salsicha está lá, junto com outros queridos bloggers que tive o prazer de conhecer pessoalmente. As fotos estão super bacanas e criativas. Eu fiz um clique das páginas do jornal — AQUI e AQUI.
* será que o governador Arnaldão Schwarzenegger lê o Sacramento Bee??

quantas saladas poderei fazer!

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Verdes são a alma das saladas. Eu cresci comendo alface, agrião e rúcula. Mas também comia o espinafre, o repolho, a acelga, entre outras folhas não tão populares. Esses verdes são entidades batutas, que podem virar um bela salada em solo, misturados entre si ou com outros ingredientes, abrindo um leque de possibilidades quase infinito. Minhas piscadelas amorosas se inclinam na direção da rúcula, que é o meu verde favorito—e vamos ser sinceros: que VERDE, hein? Adoro o sabor pungente e picante dessa folha. Acho que ela acompanha bem quase tudo e mistura-se bem à quase tudo, além de ser deliciosa sozinha, temperada levemente com um salzinho, azeite e um pingo de vinagre de vinho tinto.
Por três anos eu plantei rúcula na minha horta. Um ano deu bem, no outro ano não deu nada e no último ano eu simplesmente esqueci das folhas lá no quintal, por falta de tempo, porque me embananei nas minhas funções domésticas, porque às vezes essas coisas acontecem mesmo, conformemo-nos. No final do inverno finalmente deitei abaixo os resquíscitos da horta do verão passado, que se cobrira de pés de tomates ressecados e mato. Revirei a terra cheia de minhocas, arranquei o mato, plantei ervas e perdi metade para bichos invisíveis que todo ano atacam meus canteiros de devoram as coisas gostosas. Um pé de cebolinha sumiu inteiro, certamente obra de algum mamífero patudo e não de seres repelentes rastejantes. Mas aos poucos a horta foi tomando caras de horta novamente. O hortelã chocolate se espalhou rapidinho, renascido da tumba de Lázaro. O orégano e o tomilho rebrotaram, as novas ervinhas foram criando raizes ou sucumbindo aos bichos. Plantei vários pés de tomates intercalados por alguns de manjericão. E assim foi indo até quando numa das minhas inspeções notei um matagal verde se espandindo num dos cantos de um dos canteiros. Como era volumoso e uniforme, logo vi que não podia ser mato. Peguei uma folha e cheirei—hm, não pode ser—mordi e mastiguei outra folha—nhoccrunchnhoc—será?? ohdearlord, é RÚCULA!
Segundo a minha amiga Alison, o fato de eu ter esquecido a rúcula na horta no verão passado, permitiu que ela florecesse e polinasse. Sem ter plantado nada, vou ter com certeza salada abundante o verão inteiro. A melhor salada, a minha favorita, e assim, sem mais nem menos, fruto da minha total desorganização.

Os comedores de milho

Passei o final de semana de óculos, lendo o livro do Michael Pollan, The Omnivore’s Dilemma [O Dilema do Onívoro]. Terminei o primeiro capítulo, onde ele faz uma analise criteriosa da alimentação predominante neste país. Pollan faz primeiro um restrospecto, chegando à base de todo o sistema e parte dali para fazer uma desconstrução minuciosa de todo o processo que termina na nossa mesa e estômagos. O retrato que ele pinta é terrivelmente assustador. Eu diria que The Omnivore’s Dilemma poderia ser comparado com Sugar Blues do William Dufty, o livro demonificando o açúcar que foi um marco para a época [década de 70/80]. Claro que o livro de Pollan é muito mais elaborado e critica toda a indústria de alimentos, não somente um setor, como foi o caso do livro do Dufty.
Como já iniciei o segundo capítulo, percebi que ele não vai ficar só criticando em vão—apesar que vai ousar mais um pouco, metendo a boca na indústria dos orgânicos, bem representada pela rede Whole Foods. Pollan vai mostrar que há alternativas. Já vi esse livro ser mencionado por muitos food bloggers, já li que ele é um best-seller, o autor fez palestras aqui na UC Davis [ele é professor na UC Berkeley], o livro já foi discutido em colóquios e seminários sobre agricultura sustentável. E ouvi dizer que muita gente mudou a maneira de se alimentar depois de ter lido The Omnivore’s Dilemma. No meu caso de pessoa super impressionável, eu pressinto que haverão algumas mudanças que estavam na portinha de acontecer, só faltavam um pequeno empurrãozinho. Há tempos que venho tentando estender minhas compras de orgânicos também para carne e frango. Frango que não foi confinado e injetado com antibióticos e boi que pastou, não teve que fazer a dieta do milho.
Milho! Essa é a palavra chave do primeiro capítulo do The Omnivore’s Dilemma. Tudo de errado que temos na indústria alimentícia da América do Norte é devido à esse grão, antes cultuado como alimento sagrado pelos indígenas das Américas. Hoje o milho é a base de tudo, tanto da alimentação dos animais que vamos comer, como dos ingredientes de quase absolutamente tudo o que ingerimos. Pollan traça um paralelo entre a política da agricultura e o estilo de vida norte-americano. O estilo de escrever de Pollan é considerado por muitos como “advocacy journalism”, onde o objetivo final é provar um certo ponto de vista. Se você ler o livro, vai perceber isso facilmente. Mas pra mim, o mais importante é alguém trazer ao público certas informações sobre a industria dos alimentos, que poderíamos passar a vida inteira sem saber.
A parte do livro mais difícil de ler até agora, foi a que ele descreve como o gado é criado para virar bife. Ele comprou um novilho, que acompanhou durante o processo de engorda. Fiquei o final de semana todo refletindo sobre o que estava lendo e repassando os fatos pro Uriel:
—você sabia que os hamburgueres das redes de fast-foods são feitos com basicamente carne das vacas leiteiras que estão muito velhar pra parir e produzir leite?
Alguma coisa vai mudar. Ou melhor, com certeza alguma coisa já mudou.

creme frio de tomate

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Esperei até às oito da noite para irmos comer em algum lugar—nosso ritual já meio padronizado das sextas-feiras. Não é novidade pra mim ser deixada esperando. Faz parte do pacote de ser casada com um acadêmico workaholic. Mas isso não me isenta do direito de bufar e chutar latas. E isso eu fiz. Fiz também um jantarzinho improvisado, com o que tinha na minha frente: quatro tomates. Fiz um creme frio, tostei um pãozinho na frigideira de ferro e comi sozinha. Aproveitei pra usar umas taças de margarita que não saiam do armário há anos! Fez um visual, pra compensar a frustração…
Creme frio de tomate
4 tomates Roma
Um punhado de salsinha—acho que manjericão ficaria melhor, mas eu não tinha mais
1 fatia de cebola roxa
1/3 xícara de half-and-half [um creme de leite diluído]
Um punhadinho de azeitona preta sem caroço
Sal marinho a gosto
Tabasco a gosto—usei o de Chipotle
Um fio de azeite
Bata tudo no liquidificador, até formar um creme bem liso. Coloque em taças de margarita e sirva com fatias de pão tostadas com um fio de azeite.

a culpa foi do Misty

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o desastre

A ironia disso tudo é que eu tenho publicada uma excelente receita de pão de queijo, uma das receitas mais requisitadas aqui neste blog. É verdade que eu nunca fiz o pão de queijo Pat, nem pão de queijo algum. Sou uma brasileira que nunca fez pão de queijo! Bem, eu fiz daqueles horrorríveis de liquidificador que foi moda total nos anos oitenta, mas esses nem contam como pão de queijo. Outro dia me deparei com uma receita de um pão de queijo colombiano numa edição antiga da revista Gourmet. Me meti a fazer, porque eu tenho mesmo esse espírito de porco que incarna vez ou outra.

A receita é super simples, como quase toda receita de pão de queijo. Mas eu resolvi fazer com metade das medidas, pois não tinha polvilho suficiente pra receita inteira. Quando a gente vai mudar alguma coisa numa receita—principalmente medida, tem que se colocar num modo de concentração extremo. Essa parte já não é o meu forte, especialmente porque eu tenho inúmeras distrações na cozinha. E a pior delas é o meu gato Misty. Só quem tem animal de estimação em casa vai entender o que é fazer tudo com uma criatura peluda aos seus pés. No caso do meu gato Misty, ele está constantemente ao meu lado. Se eu não fechar a porta do banheiro na cara dele, ele me acompanha e fica na minha frente, me encarando, enquanto eu estou sentada na privada. Na cozinha ele é uma presença constante. E fica nos lugares estratégicos—em frente da pia e do fogão, ou no meio entre a pia e o fogão, que é o território por onde me movimento quando estou cozinhando. Pois enquanto eu fazia a receita do pão de queijo da revista, o gato gordo se postou insistentemente aos meus pés, com o rabão esticado, me deixando nervosa, me atrapalhando e me distraindo. O resultado é que eu errei as medidas de açúcar, sal e fermento. Os pãezinhos cresceram na largura e achataram. Ficaram massudos, adocicados e borrachudos. Tenho uma penca deles agora e não acredito que eu possa fazer um reaproveitamento, como torrar ou grelhar. Com certeza vão todos pro lixo, que tristeza. Meus primeiros pão de queijo, um fracasso total!

* a receita, pra quem quiser tentar. retire antes os gatos e cachorros da cozinha!

Pan de Bono
receita dos chefs Jose Luis Flores e Douglas Rodriguez.
revista Gourmet novembro de 2004

3 xícaras de polvilho – tapioca flour
2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de sopa de açúcar
1 1/2 colher de chá de sal
1 colher de chá de fermento em pó
3/4 lb – 3 xícaras de mozzarella fresca ralada grosseiramente
1 xícara de leite integral
2 ovos
1/2 tablete [1/4 xic] de manteiga derretida e esfriada
2 colheres de sopa de óleo

Aqueça o forno em 375ºF/200ºC. Forre duas formas com parchment paper. Misture os ingredientes secos numa vasilha e bata com o batedor de arame. Junte o queijo. Incorpore bem. Numa outra vasilha bata os ingredientes liquidos. Misture o liquido ao seco, misture bem com uma colher de pau, faça bolinhas, coloque na forma com espaço entra cada uma e asse por 30 minutos. Deixe esfriar numa grade.

macarrão com abobrinha e manjericão

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Felicidade maior pra mim: chegar em casa do trabalho já sabendo o que vou preparar pro jantar! Isso é sinônimo de tranquilidade, pois já vou direto ao assunto, sem delongas indecisas. E foi assim que acoonteceu com esse prato de macarrão com abobrinha e manjericão, que foi decidido bem cedo.

Cozinhe o macarrão em bastante água salgada. Eu usei macarrão integral. Corte a abobrinha em tirinhas bem finas. Eu usei duas abobrinhas pequenas. Descasque e rale em fatias finas dois dentes grandes de alho. Pique um macinho de manjericão. Quando o macarrão estiver cozido ao dente, coe e reserve. Na mesma panela que cozinhou o macarrão, coloque uma boa quantidade de azeite e o alho. Doure o alho, jogue sal marinho e pimenta do reino moída a gosto, acrescente a abobrinha e refogue por DOIS SEGUNDOS, não deixe a abobrinha amolecer. Jogue o macarrão, desligue o fogo, mexa bem para incorporar os ingredientes. Salpique com o manjericão, sirva com bastante queijo ralado na hora.

sabores exóticos

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A série Häagen-Dazs Reserve está bem interessante. Já experimentamos o sabor romã com chocolate, que foi aprovadíssimo por todos. O de açaí não fez muito a nossa cabeça. Mas apesar de ser um Häagen-Dazs, ele tem quase zero de gordura, fato que nos impressou deveras. Esse sorvete é delicioso justamente porque tem mais de cinquenta por cento de gordura—quase um crime! Provamos também o sabor mel lehua havaiano com creme, que gostamos muito.