pesto de tomate & amêndoa

pesto-de-tomateAdoro quando resolvo o que vou fazer para o jantar já no meio da tarde e fico com aquela sensação de certeza e de firmeza de que vou chegar em casa e, pá pum, em menos de meia hora o jantar já vai estar na mesa. Quando isso acontece, quase sempre fruto de um mero acaso, eu ganho o dia. Porque chegar em casa depois de um dia de trabalho e ficar naquele abre e fecha neurótico de porta de geladeira e de despensa, é para abalar até os que têm nervos de aço.

Foi a maior felicidade encontrar essa receita de pesto Trapanese ou pesto de amêndoa e tomate. Eu tinha todos os ingredientes, e todos fresquinhos. Fiz o pesto num minuto. E só mudei um pequeno detalhe—a Deb usa linguine e eu usei espaguete integral.

3/4 xícara de amêndoas em fatias
1 punhadão de folhas de manjericão fresco
1 ou 2 dentes de alho grande
Sal marinho
6 tomates bem maduros [orgânicos] cortados em quatro
1/2 xícara de queijo Pecorino ou Parmesão ralado [*usei Pecorino]
1/3 xícara de azeite
500 gr de linguine [*usei espaguete integral]

Numa frigideira, refogue as amêndoas num pingo de azeite até elas ficarem tostadas. Deixe esfriar. Moa no processador, remova e reserve.

Coloque o manjericão, o alho e o sal [umas pitadas, a gosto] no processador e moa bem. Adicione as amêndoas pré-moídas, adicione os tomates, o queijo ralado e o azeite. Pulse até obter um creme. Tempere com pimenta do reino moída na hora.

[Arrume a mesa]

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Cozinhe o macarrão em bastante água salgada até ficar al dente. Escorra. Misture o macarrão com o molho pesto. Adicione um pouquinho da água do cozimento do macarrão se precisar [*pra mim não precisou]. Sirva morno ou na temperatura ambiente, com mais queijo salpicado por cima, acompanhado de uma taça de vinho branco gelado. Serve 4 pessoas ou 2 com sobras para o dia seguinte.

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garrafa vira copo

copos-garrafasAs garrafinhas dos refrigerantes vintage da Boylan ganharam um corte arredondado e viraram uns copinhos muito fofos. O charme está também nos rótulos pintados no vidro, que são originais dessa marca. Esses foram comprados assim já cortados na loja Sur la Table. Mas se vcê conhecer alguém que domine a técnica do corte do vidro e que deixe os copos seguros para quem for usar, pode mandar fazer os copos do tamanho que quiser, com as garrafas que quiser. Não é uma ótima idéia?

frozen yogurt de figo

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Quando comprei as três primeiras cestinhas de figos na primeira banquinha no Farmers Market em que parei, a vendedora foi rapidamente me avisando—esses são os últimos da temporada, viu? Foi o que bastou pra me colocar um frenesi quase histérico. Fui passando pelas banquinhas e abocanhando todas as frutinhas que pudesse carregar. Foi assim que acabei com uma quantidade absurda de figos na minha geladeira. Tenho comido muitos deles frescos, levo pra comer no trabalho. Também assei alguns, morninhos pra acompanhar sorvete, ou enrolados em fatias finas de prosciutto e salpicados de sementes de erva doce. Mas neste dia usei um montão pra fazer um frogurt. Ficou absolutamente delicioso! Essa receita é pra minha amiguinha Sueli [♥].

300gr de figos frescos maduros
1 xícara de iogurte natural integral
1/2 xícara de creme de leite fresco
Acúcar demerara baunilhado a gosto*
[se não tiver, use outro açúcar ou mesmo mel]
1 colher de chá de vodka

Bata tudo no liquidificador. A vodka por último. Coloque na sorveteira, depois de 20 minutos, guarde no congelador. Voalá!
*faço meu açúcar baunilhado [e de outros sabores] em casa, colocando favas usadas e secas no pote de açúcar.

pão de ló de morango

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Minha mãe me escreveu pra contar de algumas coisas e aproveitou pra dizer—fiz sua receita de pão de ló de morango e ficou uma delicia! MINHA receita? Fiquei muito intrigada. Ela esclareceu que essa era uma receita do tempo em que eu morei em Piracicaba, nos anos 80, antes do exílio. Estou até agora matutando sobre essa história. Pensei, pensei, pensei, interroguei o Uriel, ele não lembra de nada, nem eu. Fiz a receita e enquanto comia, volta e meia me sentia quase lembrando de quando eu fazia esse bolo, tantos anos atrás. Não posso negar que a receita tem a minha cara. É fácil de fazer, leva poucos ingredientes, leva fruta e tem esse esquema de cortar o bolo, fazer uma espécie de trifle, que é realmente uma coisa bem prática. E funciona como sobremesa para um almoço festivo, um jantar comemorativo. Minha mãe disse que a receita também levava leite condensado, que ela eliminou. Realmente não consigo imaginar onde esse ingrediente entraria sem arruinar tudo. E ela também diminuiu o açúcar, o que eu também fiz. Minha idéia era fazer mini-bolinhos, que ficaram bem interessantes. Mas como sobrou massa, assei o restante numa outra forma maior e fiz também a idéia original, cortando o bolo em quadrados. Ficou muito bom. Bati o creme de leite com um fio de mel de abelha. E os morangos, super madurinhos, eram orgânicos.

5 ovos [claras e gemas separadas]
2 xícaras de açúcar [*diminuí para 1 xícara]
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 xícara de leite fervendo.

Untar a forma com manteiga e enfarinhar. Pré-aquecer o forno em 365ºF/ 185ºC. Bater as clara em neve. Misturar às claras, sem bater, as gemas, o açúcar e a farinha. Juntar o leite fervendo e por último o fermento em pó, incorporando bem com uma colher de pau ou espátula. Assar por uns 20 minutos ou até o bolo ficar bem dourado e cozido por dentro. Corte o bolo em quatro partes—ao meio e depois cada parte em duas. Regue o bolo com suco natural de laranja, salpique com morangos picados e creme de leite fresco batido em chantilly. Faça camadas intercaladas com as fatias de bolo. Cubra com mais morangos picadinhos e chantilly.

ervas no vaso [ou jarra]

Não é a maior novidade na praça nem a mais nova descoberta no planeta. Essa prática é bem comum, mas não era comum na minha cozinha. Eu tenho uma técnica muito eficiente de embrulhar as vaso-salsaervas já lavadas e ainda úmidas numa folha bem larga de papel toalha e depois colocar num saquinho plástico bem fechado e sem ar dentro da geladeira. E funciona incrivelmente bem com todas as ervas, menos com o manjericão. E porque durante o verão chegam maços gigantes de manjericão na cesta orgânica, estava ficando muito chato ver parte dele se estragar. Eu nem sempre sou muito rápida no consumo dos ingredientes, especialmente se eles são em qrande quantidade. Então comecei a testar colocar o maço de manjericão em vasos e jarras com água e deixar na bancada da cozinha. Os verdinhos se deram super bem nessa situação. O manjericão não só se mantém fresco e bonito, como até florece e cresce! Estou expandindo a idéia para outras ervas—como a salsinha italiana desta foto. E esses vasos e jarras até dão uma enfeitada bonita na cozinha. Gostei!

dez quilos de tomate

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A fazenda orgânica enviou uma mensagem avisando que eles estavam com um surplus de tomates e estavam vendendo caixas de 10 quilos por 20 mangos cada uma. Me entusiasmei ao ponto do histerismo. Respondi correndo dizendo que queria comprar uma. Quando os tomates aportaram na minha cozinha, percebi o tamanho da encrenca em que tinha me metido. Mas nessa altura a Inês já estava morta e só me restava arregaçar as mangas e começar a rebolar. Decidi usar a tomatada para fazer molho pra congelar. Achei que seria o processo mais fácil. Felizmente tivemos um final de semana de temperaturas muito amenas e pude ter panelões borbulhantes dominando o cenário da minha cozinha. Fazer molho não é complicado, mas envolve tempo. Eu gosto do molho bem grosso, então tem que deixar reduzir em fogo baixo por bastante tempo.

Depois de um final de semana frenético, consegui estocar quase uma dúzia de potes de vidro cheios de molho de tomate, que vão com certeza ajudar a alegrar os dias chuvosos do próximo inverno. Aproveitei também para gastar uma enorme coleção de casca de queijo parmesão, que vou guardando para usar em molho ou para rechear braciolas.
Fiz um molho de tomate bem simplificado. Se quiser pode acrescentar carne, mas eu prefiro sem.

Cozinhe primeiro os tomates com 1/3 de água numa panela funda. Cozinhe até os tomates racharem. Bata tudo no liquidificador—tomates cozidos e água do cozimento. Passe tudo por uma peneira.

Numa panela grande, funda e robusta, coloque um tanto de azeite e refogue cebola, talos de salsão e cenouras, tudo bem picadinho. Quando os legumes estiverem bem macios, junte o purê de tomates já cozido e peneirado. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora. Junte umas folhas de louro e pedaços de casca de parmesão [a parte dura, que não dá pra ralar]. Deixe cozinhar em fogo baixo, até o molho ficar na consistência desejada. Não deixe muito aguado, tem que ficar um tanto grosso. Quanto mais reduzir, mais grosso e melhor fica.

Deixe esfriar, remova as folhas de louro e os pedaços de casca de queijo, coloque em vasilhas de vidro com tampa e guarde no congelador.

drinkwell softers

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Quando vi os refrigerantes probióticos da fazenda Eatwell pela primeira vez, não pude deixar de pensar no famoso Yakult, a bebidinha lactofermentada da minha infância. Na verdade, não sei exatamente como o Yakult adentrou a minha rotina, pois lembro muito bem de ouvir minha mãe—apesar de ser uma pessoa de alma natureba, sempre atenta aos valores nutricionais e às novidades saudáveis—declarar em alto e bom tom seu NOJO ABSOLUTO por esse produto japonês que continha BICHINHOS [lactobacilos] VIVOS! Mas contra tudo e contra todos, uma vez por semana a moça do Yakult passava com seu carrinho pela nossa casa, nos deixava um estoque e eu simplesmente amava o sabor daquilo. Fui comentar com a Gabriel sobre a parecência entre as bebidas e me surpreendi em descobrir que ele também é fã do Yakult e compra de vez em quando no supermercado que ele frequenta aqui em Davis.
Mas os Drinkwell Softers não são a mesma coisa que o Yakult. Eles são algo mais. São produzidos na cidade vizinha de Dixon com iogurte da também local Strauss Family Creamery e com óleos essenciais de lavanda, gerânio rosa, verbena limão e alecrim. E são gasosos! É realmente um refrigerante probiótico. Adorei todos os sabores, em especial o de gerânio rosa e o de lavanda. Não consigo beber uma garrafa inteira, vou de pequenas doses. São super refrescantes, gostosos e devem fazer algum bem pro nosso estômago, não?
»quero deixar esclarecido que todos os ingredientes e produtos que mostro ou recomendo aqui no Chucrute com Salsicha são do meu gosto pessoal. não recebo nada para ser avaliado ou revisado. eu mesma vejo, compro, uso e se aprovo, escrevo a respeito. quando linko ingredientes aqui, é porque eles são meus favoritos pela qualidade e recomendo porque quero recomendar. não ganho nada de ninguém por isso.

pão com nutella, mascarpone e morango fresco

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A idéia saiu deste blog e eu fiz apenas uma pequena modificação. Ao invés de usar a notável Nutella, investi numa versão mais natureba e mais local, com a deliciosa manteiga de chocolate e avelã da Justin’s—uma companhia do Colorado. Use um pão bem rústico, tipo italiano. O meu tinha nozes na massa. Os morangos bem doces e maduros, de preferência orgânico. E se não conseguir de jeito nenhum achar mascarpone, vá lá e substitua pelo cream cheese.

Fatias de pão rústico
Nutella ou manteiga de avelã
Mascarpone
Morangos orgânicos lavados e fatiados
Manteiga [opcional]

Corte o pão em fatias, passe manteiga se quiser [eu não quis] e toste ligeiramente numa frigideira ou grelha. Cubra cada fatia com uma camada de Nutella, outra de mascarpone e por cima espalhe as fatias de morango. Sirva imediatamente.

melões-zitos

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Ainda estamos na onda dos melões e eles aparecem em inúmeras variedades, cores e tamanhos. Comprei esses bem pequenos, porque estavam tão perfumados. E quando abrimos não nos decepcionamos. De polpa branca e muito doce, comemos os melõezitos al naturel de colheradas, mas eu poderia ter feito um frogurt como este ou uma salada de frutas, inspirada nesta de outros verões e carnavais.