bolo de polenta & grapefruit

Fiz essa receita da revista Food & Wine para usar grapefruits que abundaram na minha cozinha durante o inverno. Eu fui colher a fruta na fazenda da universidade e na mesma semana meu diretor trouxe um balde cheio deles, que ninguém quis. Fiz muitas coisas com esses grapefruits todos e esse bolo foi uma delas. Se não tiver grapefruit, use laranja ou limão. Traduzi o cornmeal da receita original como polenta, porque é o ingrediente mais próximo da textura do primeiro.

para o bolo:
180gr de manteiga sem sal, derretida e resfriada [*uso a vegana]
1 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/2 xícara de polenta [cornmeal de moagem média]
1 xícara de açúcar
2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal kosher
3 ovos caipiras grandes
1 colher de sopa de raspas de grapefruit [toranja] mais 1/4 xícara do suco de grapefruit fresco
para o glacê:
2 xícaras de açúcar de confeiteiro, peneiradas
1/4 xícara de sementes de papoula
1/4 xícara de suco de grapefruit [toranja] fresco

faça o bolo:
Pré-aqueça o forno a 350F°/176C°. Unte uma forma de bolo com manteiga. Forre o fundo com papel vegetal e passe manteiga sobre o papel.

Em uma tigela média misture a farinha com a polenta, o açúcar, o fermento e o sal. Em outra tigela média bata a manteiga derretida com os ovos, junte as raspas da casca e o suco de grapefruit. Adicione a mistura de manteiga à mistura de farinha aos poucos, mexendo constantemente até ficar tudo bem misturado. Coloque a massa na forma preparada e leve ao forno por cerca de 40 minutos, até dourar e estar cozido no centro. Transfira o bolo para uma grade e deixe esfriar por 10 minutos. Inverta numa travessa ou prato, remova o papel vegetal. Deixe esfriar por cerca de 30 minutos.

faça o glacê:
Em uma tigela média, misture o açúcar de confeiteiro e as sementes de papoula. Mexendo constantemente vá despejando lentamente o suco de grapefruit até formar um glacê delicado e espesso. Despeje o glacê por cima do bolo e espalhe bem por cima. Deixe repousar por cerca de 30 minutos para o glacê solidificar.

carne feita de planta

Já comprei muito hambúrguer vegetal nessa vida. Parei quando comecei a ler os rótulos e ver que, baseado nos ingredientes, eu não estava comendo algo tão saudável assim. Mas a demanda por produtos vegetarianos e veganos aumentou imensamente nos últimos anos, e também a exigência por produtos de qualidade. Num restaurante, no ano passado, comi o Impossible Burger e achei bem sem graça. Talvez porque tenha pedido pra retirar o queijo e não sobrou muita coisa além do hambúrguer dentro do sanduíche. Depois disso recebi um cupom pra comprar o Beyond Meat e achei infinitamente melhor. Talvez pelo fato de ter preparado em casa, acompanhado de outras comidas e não servido socado no meio de um pão. Mas achei essa versão muito estranha, porque ele tem uma textura muito próxima da carne, com aquela aparência de medium-rare por causa da beterraba que é incorporada na massa de uma maneira absurdamente eficiente e calculada para ficar parecendo meio-mal-passada. Comi, mas não fiquei entusiasmada. Depois comecei a olhar para outros produtos veganos no supermercado. E lendo os rótulos, como é do meu costume, percebi que alguns dos produtos melhoraram muito em termos de ingredientes. Comprei duas versões do Good Seeds, feitos com sementes de cânhamo. Achei gostoso, mas também nada que me deixasse impressionada. O da marca Hillary’s ainda não comi, mas não estou antecipando ficar apaixonada. De todas essas versões que já provei, o melhor hambúrguer de todos é sem dúvida o feito em casa. Repito muito essa receita com feijão preto [removo o queijo] ou esse de lentilha. No dia em que achar algo melhor do que fazer esses hambúrgueres em casa, venho correndo contar!

salada marroquina de ervilha & alcachofra

Essa receita do jornal The Guardian decepcionou no visual, pois na foto publicada no jornal tudo está muito mais bonito [e inteiro]. Fico com muita raiva disso, porque sei que as fotos são maquiadas para parecerem bonitas, mas não acho isso muito honesto. De qualquer maneira a salada ficou muito gostosa. Ainda estou usando os limões preservados que fiz no ano passado. Acho que exagerei um pouco. Neste ano fiz menos.

3 colheres de sopa de azeite
2 dentes de alho descascados e esmagados
2 limões preservados no sal, polpa e casca picadinhos
1/2 colher de chá de curcuma em pó
1/2 colher de chá de gengibre em pó
200g de ervilhas congeladas
2 colheres de sopa de coentro fresco picado
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
200g de alcachofras pré-cozidas e grosseiramente picadas
60g de azeitonas kalamata sem caroço e picadas

Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio. Adicione o alho, o limão em conserva, a curcuma e o gengibre em pó e refogue, mexendo bem, por um minuto.

Adicione as ervilhas e o coentro, tempere e dê uma boa mexida em tudo. Cubra a panela e deixe no fogo até as ervilhas estarem completamente cozidas – cerca de quatro minutos.

Misture as alcachofras e azeitonas, prove e ajuste o tempero e sirva quente ou frio.

“bifes” de beterraba

Vi essa ideia de “beet steaks” numa conta de instagram de alguém, que nem tinha receita nem nada, mas achei o fino da bossa e naquele dia coloquei em prática, do meu jeito. Meu marido se recusou a chamar as rodelas de beterrabas de “bifes”, mas elas ficam com uma cara interessante. Chame do que quiser, mas faça!

Cozinhe as beterrabas inteiras em água até elas ficarem “al dente”, mas não muito macias. Você vai querer uma mordida mais densa. Descasque e corte em fatias grossas. Coloque um fio de azeite ou óleo vegetal numa frigideira e frite as fatias de beterraba dos dois lados. Coloque numa travessa, tempere com um molho da sua preferência, eu usei um de coentro com limão e nozes, mas pode ser de curry ou de mostarda. Salpique com ervinhas frescas e sirva.

bolo de chocolate com maçã [vegano]

Outra receita do livrão vegano da editora Phaidon. Muito fácil de fazer e fica muito fofo e delicado. Fiz numa quarta-feira à noite, antes de dormir, e comi no dia seguinte. Achei a mistura de chocolate e maçã muito intrigante, foi aprovado! Eu sempre uso maçãs organicas, porque essa fruta está na dirty dozen, lista dos 12 produtos mais contaminados por agrotóxicos. Veja a lista do seu país e decida.

2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
1 colher de sopa de amido de milho
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
1 colher de chá de canela em pó
1/2 xícara de cacau em pó [sem açúcar]
500 gr de purê de maçã orgânico [sem açúcar]
2 maças orgânicas cortadas em cubinhos [*usei a red delicious, e não descasquei]

Pré-aqueça o forno em 325ºF/ 162ºC. Unte uma forma com manteiga vegana ou óleo vegetal. Reserve. Misture os ingredientes secos numa vasilha. Adicione o purê de maçãs e misture bem com uma espátula. Junte os cubinhos de maçã. Misture bem e despeje na forma untada. Leve aio forno e asse por 6o minutos, ou até que o centro do bolo esteja firme e totalmente cozido. Remova do forno, deixe esfriar completamente. Desenforme e sirva.

sopa de feijão branco [com couve lacinato, alecrim e limão]

Vi a foto dessa receita no instagram e fiz no dia seguinte, porque coincidentemente eu tinha cozinhado feijão branco. Eu vou colocando grãos de molho por 24 hrs e cozinhando na panela de pressão durante a semana, guardo na geladeira e depois penso o que vou fazer com eles. Assim sempre tenho um estoque de grãos cozidos, semi-prontos, que podem ser usados em qualquer receita. Isso incluí arroz integral, que eu também deixo de molho. A foto que me seduziu expressa exatamente a deliciosidade dessa sopa. E fica melhor fresquinha, tipo fazer e comer. Requentada ela perde um pouco o charme, mas nada grave. Só a couve lacinato que não fica mais tão saborosa. Eu usei um limão inteiro batido com a sopa, mas isso não é pra todo mundo, porque adiciona um toque de amarguinho. Se você não curte amargo, use somente o suco.

1 colher de sopa de óleo vegetal
1 cebola pequena picadinha
1 cenoura média picadinha
1 talo do aipo picadinho
2 dentes de alho picadinhos
Pimenta vermelha em flocos [se tiver use a Aleppo] a gosto
1 ramo de alecrim fresco picado
4 xícaras de feijão branco cozido
4 copos de caldo vegetal
2 colheres de sopa de suco de limão fresco
sal marinho e pimenta do reino moída na hora a gosto
1 maço de couve lacinato picada ou rasgada
1 punhado de salsinha

Aqueça o óleo em uma panela grande e robusta. Adicione as cebolas, cenouras, e aipo e mexa com uma colher de pau. Refogue os legumes até ficarem levemente amolecidos e translúcidos, por cerca de 5 minutos. Adicione o alho, a pimenta em flocos e o alecrim. Mexa e cozinhe por 30 segundos. Adicione o feijão e mexa bem, em seguida junte o caldo de legumes e deixe ferver.

Quando ferver remova com uma concha metade da sopa e coloque em um liquidificador. Adicione o suco de limão e cuidadosamente ligue o liquidificador e bata até obter um creme. Despeje esse creme de volta para a panela. Tempere a sopa com sal e pimenta do reino a gosto.

Adicione a couve e deixe a sopa ferver novamente. Misture a salsa picada e sirva a sopa imediatamente.

panquecas de banana com aveia

No café da manhã geralmente como aveia cozida onde adiciono uma fruta fresca, frutas secas, sementes e um probiótico vegano [iogurte]. Nos finais de semana, quando o meu marido está em casa, comemos pão. Mas às vezes esqueço de comprar e nesse dia fiz panquecas. Procurei rapidamente por uma receita e achei esta. Coincidentemente, panquecas de aveia com fruta, neste caso banana. Servi com fatias de laranja, que é a fruta que mais abunda na minha cozinha neste momento. Polvilhei com uma mistura de sementes.

1 xícara de aveia grossa [*uso sempre a orgânica]
2 ovos caipiras
1/2 xícara de leite [*usei o de castanhas]
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 pitada de canela em pó
1 banana madura

Pré-aqueça uma frigideira ou grelha untada a fogo médio. Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata bem. Despeje cerca de 1/4 xícara de massa na frigideira e cozinhe até formar pequenas bolhas, por cerca de 4 minutos. Virar e cozinhar por mais 2-4 minutos por lado. Servir em seguida com frutas, mel, maple, geléia, e o que mais desejar.