sopa de agrião
[com cenoura & grão-de-bico]

Desculpem o meu disco quebrado, mas esta é mais uma receita saida do livro Jerusalem dos chefs Ottolenghi e Tamimi. O que mais me chamou a atenção nessa sopa foi a cor verde intensa. E a combinação incomum de ingredientes—agrião, cenoura, grão de bico, água de rosas e a mistura de temperos típica do norte da Africa chamada de Ras el Hanout.
Pedi para o meu filho comprar uma caixinha desse tempero, porque eu não tinha mais e recomendei que ele fosse ao mercadinho internacional de propriedade de uns indianos que fica na 8th street em Davis. Lá o moço que o atendeu disse que ele não vendia e nem tinha como explicar aquilo, mas Ras el hanout não era UMA especiaria e sim uma mistura feita pelo próprio vendedor, algo assim como um pacotinho com tudo de melhor que ele tinha ali na lojinha. Para uma pessoa leiga como eu, que nunca colocou os pés no oriente nem na Africa, só o documentário Jerusalem on a Plate do Ottolenghi me deu condições de entender perfeitamente como isso funciona. Aqui compramos dessas caixinhas da marca Spicely, que meu filho acabou achando no Co-op. Esse Ras el Hanout continha pimenta do reino, cardamomo, macis, pimenta caiena, gengibre, erva-doce, nos moscada, pimenta-da-jamaica, carnela, cravo, curcuma, lavanda e botão de rosa seco. Se você não achar para comprar pronta, use esses ingredientes e faça a sua própria mistura.
Essa sopa ficou deveras interessante. Quando o Uriel provou a primeira colherada disse—parece comida indiana. A água de rosas não fica dominante, mas se você acha que esse ingrediente é algo muito perfumoso para fazer parte de uma sopa salgada, simplesmente omita.
250 gr de cenoura descascadas e cortadas em cubinhos
3 colheres de sopa de azeite de oliva
3/4 colheres de sopa de Ras El Hanout
1/2 colher de chá de canela em pó
Sal a gosto
250 gr grão de bico cozido
1 cebola média cortada em fatias finas
15 gr de gengibre fresco picado
600 ml de caldo de legumes
300 gr de agrião
2 colheres de chá de açúcar
1 colher de chá de água de rosas
Iogurte grego para servir
Aqueça o forno a 400ºF/ 200ºC. Misture a cenoura com uma colher de sopa de azeite, o Ras el Hanout, canela e um pouco de sal e coloque numa assadeira forrada com papel vegetal ou alumínio. Coloque no forno e asse por 15 minutos, em seguida adicione metade do grão de bico, misture bem e deixe assar e por mais 10 minutos, até que a cenoura esteja macia, mas com um pouco de crocância.
Enquanto isso, em uma panela grande em fogo médio, refogue a cebola e o gengibre no azeite restante por cerca de 10 minutos, até ficar macia e dourada. Adicione o grão de bico restante, o caldo de legumes, o agrião, o açúcar eo sal, mexa e deixe ferver. Cozinhe por um minuto ou dois, até que as folhas do agrião murchem. Em seguida bata tudo [com muito cuidado!] em um processador de alimentos ou no liquidificador até ficar um creme homogêneo. Acrescente a água de rosas e mais sal se achar necessário.
Na hora de servir divida a sopa em cumbucas ou pratos fundos e coloque por cima um pouco da mistura de cenoura grão de bico. Decore com um pouquinho de iogurte grego, se quiser.
![]() |
![]() |
[eat this peach!]

E vamos seguir em frente, presidente re-eleito Barack Obama! Muito trabalho nos aguarda pelos próximos quatro anos.
∴ pumpkin galore ∴
Elas estão onipresentes nesta época do ano. E vez e outra uma vira sopa, como essa da foto, que eu fiz batendo no liquidificador pedacinhos de abóbora já assados com caldo de cogumelo e temperando com azeite, sal, pimenta do reino moída na hora, ciboulettes e um pouco de half and half [1/2 creme de leite fresco—1/2 leite integral].
salada de espinafre & tâmara

Preparei essa salada duas vezes, porque ela ficou uma delicia. A receita veio do livro Jerusalem do Yotam Ottolenghi e Tamimi Sami, que agora não sai mais da bancada da minha cozinha. O Tim do blog Lottie + Doof também fez essa salada e lá você poderá ver fotos melhores das etapas e resultado final. Essa receita entrou pra categoria das que eu considero O Fino da Bossa.
1 colher de sopa de vinagre de vinho branco
1/2 cebola roxa média cortada em fatias finas
100g de tâmaras Medjool cortadas em quatro
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de azeite de oliva
2 pães pita cortados em pedaços pequenos
1/2 cup de amêndoas sem sal picadas
2 colheres de chá de sumac
1/2 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
150 gr de folhas de espinafre
2 colheres de sopa de sumo de limão
sal a gosto
Coloque o vinagre, cebola e as tâmaras em uma tigela pequena. Adicione uma pitada de sal e misture bem com as mãos. Deixe marinar por 20 minutos e escorra todo o vinagre.
Enquanto isso, aqueça a manteiga e metade do azeite de oliva em uma frigideira média em fogo médio. Adicione os pedaços de pão pita e as amêndoas e cozinhe por 5 a 6 minutos, mexendo o tempo todo, até que o pão fique crocante e dourado. Retire do fogo e misture o sal colher de chá de sumac, os flocos de pimenta vermelha. Deixe esfriar e reserve.
Na hora de servir, misture as folhas de espinafre com a mistura de pita em uma travessa grande. Adicione as tâmaras e cebola, o restante do azeite, o suco de limão e outra pitada de sal. Misture bem e sirva imediatamente.
the bikes of Davis
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
bolo invertido de amêndoa
[e chocolate]

Achei tudo quase tudo perfeito nesse bolo da MS, com a exceção da quantidade de açúcar. Só de ler os ingredientes da calda de caramelo meu deu arrepios. Minha tolerância para coisas extremamente doces é super baixa. Por isso arrisquei e diminuí as quantidades de açúcar, tanto da calda como do bolo. Achei que mesmo assim ficou um pouco mais doce do que eu gostaria, embora suportável para pessoas não-formigas como eu. Minha impressão foi que esse bolo ficou mais gostoso com o passar dos dias.
para o caramelo
6 colheres de sopa de manteiga sem sal derretida
3/4 xícara de açúcar mascavo [*usei 1/4 xícara]
1/4 xícara de mel
1 e 1/4 xícaras de fatias ou lascas de amêndoas levemente tostadas
para o bolo
1 e 1/4 xícaras de farinha de trigo para bolo [*para cada xícara de farinha de trigo, acrescente 2 colheres de sopa de amido de milho])
1/2 xícara de cacau em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal
1/2 xícara [1 tablete de 113 gr] de manteiga sem sal amolecida
1 e 1/2 xícaras de açúcar [*diminuí para 1 xícara]
3 ovos grandes
1 xícara de buttermilk
1 colher de chá de extrato de baunilha
Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda de bolo com manteiga. Coloque as 6 colheres de sopa de manteiga derretida na forma e agite para cobrir o fundo, polvilhe com o açúcar mascavo. Regue com o mel e espalhe as amêndoas por cima. Reserve.
Peneire junto a farinha de trigo, o cacau em pó, o bicarbonato de sódio e o sal três vezes—isso ajuda a deixar o bolo bem leve Coloque a manteiga na tigela da batedeira e bata até ela ficar cremosa e fofa. Adicione o açúcar e continue batendo. Adicione os ovos, um de cada vez, batendo após cada adição. Continue batendo até formar um creme, cerca de 3 minutos. Com a batedeira em velocidade baixa, adicione um terço da mistura dos ingredientes secos, alternando com a metade do buttermilk, depois mais outro terço dos ingredientes secos, mais o restante do buttermilk e a baunilha. Adicionar o último terço da mistura de ingredientes secos e bater bem até ficar homogêneo. Despeje a massa na forma, por cima das amêndoas, e leve ao forno.
Asse até que o centro do bolo esteja cozido, de 45 a 55 minutos. Remova do forno, deixe esfriar por uns minutos. Passe uma faca ao redor da borda da forma e inverta sobre uma travessa. Deixe descansar assim virado por 5 minutos para que o caramelo se incorpore ao bolo. Remova a forma totalmente. Se a cobertura grudar no fundo da forma, aqueça a base da forma levemente sobre a chama do fogão, em fogo baixo, para soltar o caramelo e em seguida vire numa travessa. Deixe esfriar completamente antes de servir.

sete anos—um resumo
sete anos—it’s getting better!
happy halloween!
Uma centena de crianças e adolescentes baterão hoje na porta da minha casa pedindo doces. A minha vizinhança é uma área bem popular com os trick-or-treaters que invadem as calçadas caminhando em grupos barulhentos carregando lanternas, e sacolinhas e baldinhos para coletarem as gostosuras. A noite das bruxas é uma das celebrações mais divertidas daqui do hemisfério norte. Eu adoro participar e já estou muito bem preparada!








