bolo de aveia, maçã e laranja

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Vi essa receita na Lara, que viu num outro blog. Achei tão gostosinha, resolvi fazer. Como na receita da Lara não tinha a temperatura do forno e eu gosto de saber os graus exatos, fui na receita original para ver se lá tinha esse dado importante. Vi então o ingrediente purê de maçã, no lugar do suco de maçã. Como fiz com o suco, como a Lara, e ficou muito bom, constatei mais uma vez que receitas são entidades incrívelmente flexíveis, que se adaptam, se curvam, esticam, se dobram. Façam como quiser—com purê ou suco. Com o suco o bolo ficou bem fofinho, com um leve crocante das nozes, que eu substituí por pistachos.

1 ¼ xícara de farinha de trigo
1 xícara de aveia
½ xícara de açucar mascavo
2 colheres de chá de canela em pó
¼ de colher de chá de noz moscada
1 colher de sopa de casca de laranja ralada – usei a seca
1 ½ colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
1 ¼ de xícaras de suco de maça sem açúcar, ou o purê de maçã
1/3 de xícara de óleo
2 ovos
1/3 de xícara de buttermilk
Para a cobertura:
1/3 de xícara de nozes pecan – usei pistachos
4 colheres de sopa de açucar mascavo
¼ de colher de chá de canela
1 colher de chá de raspas de laranja
Forma de bolo inglês untada.
Forno pré-aquecido em 350ºF/180ºC.

Misture os ingredientes secos—farinha, aveia, açúcar, canela, noz moscada, raspas de laranja, fermento, bicarbonato e sal. Em outra vasilha, misture os outros ingredientes—suco de maça, óleo, ovos e buttermilk. Junte as duas misturas e deixe descansando enquanto prepara a cobertura.

Pique as nozes muito bem picadinhas, pode utilizar o processador. Adicione o açúcar, a canela e as raspas de laranja. Junte metade desta cobertura à massa. E o restante, jogue por cima da massa já acondicionada na forma. Asse por mais ou menos por 55 minutos.

the zero-waste festival

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Kombis coloridas, ônibus psicodélicos, centenas de cabeleiras rastafaris e camisetas tie dye do Grateful Dead vão invadir a cidade neste final de semana para o Whole Earth Festival, que acontece no campus da UC Davis. Todo ano quando chega a maio, o dia das mães e consequentemente o festival, eu me lembro de uma bofete que falou do alto da sua empáfia que não ia, nem levava a família nessa festa porque ela era cheia de gente que fumava ma-co-nhaa! Ha Ha Ha! Minha Santa Perequeta, nos salve desses boçais! Apesar de não ser uma, eu tenho uma alma hiponga e curto esse festival, que começou em 1969, cresceu e desenvolveu com muitas propostas bacanas. Uma delas é o zero-waste. Uma festa com milhares de pessoas que produz pouquissimo lixo é possível e foi comprovado. Tudo é reciclável e reciclado. Para as barracas de comida—que são cem por cento vegetarianas, não há quase lixo, pois os comensais “alugam” os pratos, copos e talheres, e recebem o dinheiro de volta no retorno. Tudo é lavado e esterilizado numa lavadora industrial. Além da comida veggie simplesmente deliciosa, o festival tem mil outras coisas bacanas—música ao vivo, palestras, filmes, dança, workshops esotéricos, artesanato bonito. Movida a energia solar, a festa demanda uma penca de voluntários, que trabalham os três dias e recebem o charmoso título de Karma Patrol. Eu vou estar lá, provávelmente dançando no show principal de sexta à noite e encaroçando alegremente na tarde de sábado. Eu adoro essa festa e vou todo ano, desejando sempre que a alegria contagiante inunde as almas dos caretas!

salad with mint and peas

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Da Everyday Food de maio 2007. Essa salada mistura três ingredientes que combinam muito bem, um ajudando a destacar o sabor do outro. Como a minha horta está abarrotada de hortelã chocolate, achei que essa era uma ótima oportunidade de usar a erva fresca.
Faça uma vinagrete com suco de limão, mostarda dijon, azeite, sal marinho. Descongele as ervilhas. Pique o hortelã. Coloque a alface numa vasilha grande, jogue as ervilhas, salpique com o hortelã e misture a vinagrete somente na hora de servir. Moa pimenta fresca e pronto: suuper refreeeescantee!

salada de couve-flor assada

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Me inspirei pra fazer essa salada numa revista Gourmet antiga que folheei no consultório do meu médico, quando fui ver as sequelas do tombaço. Adorei a mistura, que na original ainda levava radicchio. Fez sucesso no meu jantar de ontem, que acabou super tarde, mas teve a presença do Gabe e da Marianne. Todos elogiaram o sabor da couve-flor assada.

Corte a couve em floretes, espalhe numa forma forrada com papel alumínio e regue com azeite, salpique com sal e pimenta do reino fresca. Asse em forno médio até os floretes ficarem tostadinhos por fora. Tire do forno, separe e deixe esfriar. Monte a salada com bastante alface, os floretes assados e amêndoas tostadas [eu usei as tostadas e defumadas]. Tempere com azeite, vinagre de vinho, sal, pimenta do reino fresca. Misture bem e salpique com bastante salsinha picada. Sirva.

*Fiz arroz e porpetinhas bem simples, pras crianças comerem e uma salada de beterraba crua ralada e pecans tostadas, temperada com vinagre balsâmico, que também agradou a todos.

o que vamos beber hoje

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Meu cunhado, que está aqui nos visitando, é um português de Coimbra que entende dos bons vinhos. Estou aproveitando para pedir a opinião dele. Servi uns vinhos portugueses que ele gostou e muitos californianos, que ele está levando na mala. Ontem ele mesmo comprou essa garrafa numa wine store em San Francisco. Vamos beber hoje e dar nosso veredito.

foi um dia bem cansativo

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Comecei o dia mal humorada, pois tinha 8996534 coisas pra fazer e meu filho avisou que só apareceria ao meio-dia, pois tinha aula de akidô. E meu marido saiu pra trabalhar como se fosse um dia normal [dele] e só apareceu quando os convidados já estavam aqui. Tive seis pessoas para o brunch, mais nós e a família da minha irmã, então fiquei bem esbaforida. Felizmente minha querida irmã me ajudou a cortar todos os ingredientes para a moqueca e quando os convivas chegaram eu já estava preparando o brunch e limpando a meleca que a cafeteira resolveu aprontar, vazando liquido e pó por toda a bancada. Coisas assim sempre acontecem nas horas inapropriadas. Mas o brunch foi gostoso, todos comeram bem, fiz panquecas, três omeletes de forno, cornbread, salmão, além dos queijos, pães, morangos, geléias, café, vinho, chá, sucos. ufaaaa!

Às três da tarde peguei minhas cestinhas com toda a “gear” para preparar a moqueca e fui para a International House com a minha irmã-assistente. Preparei a cozinha, montei os ingredientes na bancada, felizmente tive o bom senso de levar uma panela de arroz e outra de moqueca pra cozinhar enquanto eu falava. As pessoas foram chegando e se aboletando na cozinha. Quando comecei a falar, me apresentei, disse quem era, de onde era, citei meu blog, e algumas pessoas já exclamaram—ah, te vimos no jornal! Pois é, a fama me persegue! Fiquei um pouco nervosa, tremi levemente, mas falei bem, expliquei bem e todos tiveram uma visão razoavel da panela no fogão, viram como é fácil fazer uma moqueca. Quando terminei de falar, a moqueca que eu trouxe montada e o arroz estavam prontinhos e todos puderam provar um pouco. Foi um sucesso absoluto! Eu custo a crer o quanto essa moqueca fica boa e agrada a todos. A outra panelona de moqueca que fiz durante a aula foi vendida inteira, nao sobrou uma lasca de peixe e só se ouviu elogios. Ela chegou atrasada e concorreu com uma feijoada completa, então dá pra ter uma idéia de como esse prato de peixe faz sucesso. A prefeita de Davis estava no evento e entrou na minha aula, comeu a minha moqueca e elogiou, depois tirou fotos comigo. Eu não sabia que ela era a prefeita—a total purfa! O evento foi um tremendo sucesso, com muita gente nas palestras e comprando comida, que teve uma venda recorde. A diretora da I-House estava com um sorriso histérico congelado na cara. Ela ainda não tinha tomado tento que TUDO que envolve o Brasil atrai muita gente e é sempre um sucesso. Esse evento não foi diferente.

A sogra do Gabe com o namorado também foram ao evento e entraram em algumas palestras. Voltamos para casa, bebemos café no quintal e eles foram embora. Estava uma noite tão agradável que resolvemos comer a pizza lá fora. As crianças dormiram e ficamos até onze da noite bebendo vinho e conversando no quintal. Foi um dia cheio e cansativo, principalmente pra cozinheira!

*Murphy é padrasto e apareceu pra fazer outra sacanagem comigo. Tiramos muitas fotos do brunch e minha irmã se empenhou tirando fotos da minha aula de moqueca. Não sei explicar o que houve, mas perdi TODAS as fotos. Gone! Estou até agora inconsolável….

tudo super natural

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Comprei o Super Natural Cooking da Heidi Swanson, do blog 101 Cookbooks. O livro é simplesmente lindo, como ela e o blog. Poderia ser um livro de mesa, pra enfeitar, mas ainda tem receitas maravilhosas. Ela dá muitas dicas para que se use alimentos naturais. Essas dicas eu não vou aproveitar, porque eu já sou uma natureba veterana e mergulhei nessa onda há muitos anos, quando mal tinha completado dezessete anos. Mas sei que vou folhear e folhear o livro da Heidi por muito tempo. Ele é um colírio para os olhos. E para quem reparou que na foto tem dois livros—é que um está indo para o Brasil—pisc!

Estou me preparando para um evento culinário no sábado—dois aliás: um brunch de família pela manhã e uma demonstração culinária à tarde. A International House de Davis escolheu o Brasil como tema de uma conferência de um dia. Vai ter muita coisa legal, e eu vou fazer uma demonstração da famosa moqueca de salmão da Paula. Te mete, hein nega? Paulista fazendo moqueca pra americano! Mas o problema nem é essa adaptação toda, mas a minha terrível timidez de falar em público. Vou ter a cozinha da I-House toda pra mim, até preparei um texto pra dar apoio à minha fala, e estou pensando no esquema de cook show da minha performance. Vou levar uma moqueca já pronta e todos os ingredientes já cortados e preparados para fazer a outra. Infelizmente eu não tenho uma produção pra me ajudar, vai ter que ser estilo DIY. Vamos ver se consigo alguém para tirar fotos. Desejem-me [muita] sorte!

não tem nada melhor!

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Um picnic no parque—se eu que sou adulta adoro, imagina o efeito de comer sobre uma toalha na grama pra uma criança. Eles adoraram. O menu foi simplérrimo, sanduba de queijo, presunto e tapenade, morangos frescos, queijo, figos secos no balsâmico e damascos secos com queijo, amêndoas torradas, suco de laranja pras crianças e vinho branco pra nós. Ficamos no parque até não aguentarmos mais de frio, depois fomos beber chá e café no Ciocolat.

Pudim de pão com banana

Um monte de banana ficando passada e um monte de resto de pão viraram um belo pudim, inspirado numa receita da Dona Marthinha Stewart. Minha irmã apontou a diferença desse tipo de pudim de pão, onde o pão fica em pedaços, e aqueles nossos tradicionais, onde o pão é moído e o pudim fica uma massa uniforme. Os dois tipos são gostosos, e esse é mais fácil de fazer.

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2 colheres de sopa de manteiga cortada em cubinhos
1 1/4 de creme de leite fresco ou half-and-half [creme de leite diluído no leite]
3 ovos
3/4 xícara, mais 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1/2 colher chá de sal
2 colheres de chá de extrato de baunilha
2 colheres de sopa de rum escuro – eu usei brandy
3 bananas cortadas de rodelinhas
Meia bengala de pão tipo rústico cortado em cubinhos

Pré-aqueça o forno em 350ºF/180ºC. Coloque uma forma de assar com uns dois cm de água fervendo no forno. Espalhe a manteiga no fundo de um refratário. Espalhe as 2 colheres do açúcar por cima da manteiga. Coloque as bananas por cima das camadas de manteiga e açúcar. Numa vasilha misture bem o creme de leite, ovos, sal, baunilha e rum [brandy]. Coloque os cubinhos de pão espalhados sobre a banana e cubra com a mistura de creme e ovos. Deixe incorporar por uns 5 minutos. Coloque o refratário na forma com água no forno e asse por uns 50 minutos. Sirva morno ou frio.