Cake Aux Olives

Esta receita é SEN-SA-CI-O-NAL e eu acho que peguei aqui – não tenho certeza, porque ela estava na minha inbox e eu a encontrei absolutamente por acaso, procurando por uma outra receita. Eu tenho o hábito de enviar para mim mesma receitas que eu ache interessante. Fica mais fácil encontrar no meu inbox fazendo uma busca, do que correr atrás de links e webpages. Bom, essa receita estava guardada há tempos, tinha até me esquecido. Mas que surpresa maravilhosa! Eu adoro tudo o que vai bebida e azeitona. Esse bolo/pão é um “treat”, além de ser facílimo de fazer, fica delicioso! Com certeza vou fazer outras vezes.

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Cake Aux Olives
2 xícaras de farinha de trigo
4 ovos
2/3 xícara de azeite
1/3 xícara de vinho branco seco
1/3 xícara de dry vermouth
1/2 colher de sopa de fermento em pó
1 1/2 xícara de queijo gruyere ralado
Sal e pimenta do reino a gosto
7 ozs/ 200 gr de azeitona verde descaroçadas e picadas
7 ozs/ 200 gr de presunto picadinho
Pré-aqueça o forno em 355ºF/180ºC.
Coloque a farinha numa vasilha – eu usei a batedeira com o paddle – faça um buraco no meio e coloque lá os ovos, vinho, vermouth e azeite. Misture bem. Adicione o fermento e o queijo ralado. Tempere com sal e pimenta. Jogue as azeitonas e o presunto. Misture bem e jogue tudo numa forma de pão bem untada com azeite. Asse no forno pré-aquecido por mais ou menos uma hora, ou um pouco mais. Quando o pão ficar dourado e uma faca inserida no centro sair limpa, ele estará pronto. Remova do forno e deixe descansar uns minutos. Retire da forma e deixe esfriar bem antes de fatiar.

o brócolis intergaláctico

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Romanesco broccoli – This ancient variety was grown around Rome (hence its name), and then improved and further developed by Dutch agricultural researchers, only appearing in international markets as recently as the early 1990’s. It is also called “Romanesco cauliflower” and can be prepared in any way you’d cook broccoli or cauliflower. It has a delicious nutty flavor, but be careful not to overcook it, as this can result in an unpleasant texture.

sopa de lentilha com limão

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lentilhas da região de Auvergne, na França
chamadas de green lentils of puy ou poor man’s caviar

Não lembro onde encontrei essa receita. Com certeza fazendo uma busca pela internet. Achei bem simples, como toda sopa de lentilha, mas gostei mesmo da adição do limão, que dá um toque e sabor especial à essas lentilhas ultra-saborosas.

Lave uma xícara de lentilhas verdes. Numa panela coloque 1 colher de sopa de azeite de oliva. Refogue as lentilhas no azeite, acrescente meia cebola picadinha e um dente de alho. Continue refogando. Jogue duas cenouras pequenas cortadas em rodelas.

Refogue mais um pouco, acrescente 3 xícaras de caldo de legumes, 1 folha de louro, 1 colher de chá de cominho, 2 colheres de chá de páprica húngara. Cozinhe até as lentilhas ficarem molinhas, tempere com sal e pimenta e 1 colher de sopa de suco de limão. Sirva bem quente com pão fresco.

*Se não tiver ou achar a lentilha verde, faça com qualquer lentilha.

Salada marroquina

Do livro Moosewood Restaurant Celebrates, uma salada para o Ramadan. Fiquei encantada à primeira olhada e fiz. Ficou muito boa e vou fazê-la, muitas outras vezes, com certeza, no verão.

Molho:
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de orégano fresco picado
1 colher de sopa de tomilho fresco picado [*omiti]
1 colher de sopa de Sumac em pó
2 ou 3 colheres de chá de suco de limão fresco
Bater bem os ingredientes do molho com um batedor de arame.

Numa vasilha grande misturar:
1 xicara de pepino picado
1 xícara de tomate picado
1 xícara de pimentão vermelho ou amarelo [*omiti]
2 colheres de sopa de scallions picados [*usei cebola roxa]
1/2 colher de chá de sal [*usei o Flor de Sal, of course!]
2 colheres de sopa da casca picada de conserva de limão
Acrescentar o molho bem batido, misturar bem e servir.

Lemon Confit Shortbread Tart

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Lemon Confit Shortbread Tart
Receita retirada do jornal The NY Times
massa:
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher chá de sal
2 tabletes de manteiga sem sal cortada em pedacinhos
1 1/4 xícara de açúcar
1 ovo grande
1/8 to 1/4 de colher de chá de extrato de amêndoa
2 colheres de sopa de suco de limão
recheio:
8 limões, de preferência os de casca fina – usei os delicados Meyer lemons
3/4 xícara de açúcar
Faça a massa:
Misture a farinha, sal, manteiga e 1 xícara de açúcar numa vasilha. Misture bem com as mãos, até a manteiga se incorporar nos ingredientes secos. Fica bem farinhento. Adicione o ovo, o extrato de amêndoa e o suco de limão. Continue amassando com as mãos. Fica uma massa muito estranha, mas não desanime, não tem nada errado. Ela vai ficar mais macia conforme for amassando. Forme uma bola, envolva em filme plástico e ponha na geladeira por no mínimo meia hora.
Faça o recheio:
Remova a casca e as sementes de 5 limões. Corte em fatias bem finas. Coloque numa vasilha. Remova a casca dos outros 3 limões e pique a casca bem fininho. Acrescente 3/4 xícara de açucar, misture bem e deixe descansar por no mínimo 30 minutos. * Eu fiz um pouco diferente, cortei todos os limões em fatias finérrimas com casca e tudo – sem as sementes. O resultado foi um doce mais amarguinho, mas eu gostei. A casca do Meyer Lemon é macia o suficiente. Se fizer com limão siciliano, talvez seja melhor seguir a receita à risca. Mas às vezes vale a pena experimentar.
Coloque a mistura de limão e açúcar numa panela e deixe ferver. Abaixe o fogo e cozinhe até virar um doce – mais ou menos uns 15 minutos, mexendo de vez em quando. Reduza o liquido até ficar como um xarope grosso. Deixe esfriar.
Retire a massa da geladeira, corte em duas partes. Abra uma parte e forre uma forma redonda [9″/22cm] com ela. Essa massa é super antipática, difícil pacas de abrir com o rolo, pois fica grudenta. Para a parte de baixo tudo bem, pois dá pra ir pressionando com as mãos. Mas para a parte de cima eu passei farinha no rolo, mesmo assim foi duro. Coloque o recheio na forma forrada com massa, cubra com a outra parte e asse em forno pré-aquecido em 350ºF/176ºC por uns 35 minutos. Retire do forno, salpique com açúcar – eu usei o demerara – e recoloque no forno por mais 10 minutos.
Deixe esfriar. Desenforme e sirva. Eu usei uma forma de torta com fundo removível e ficou fácil de tirar a torta.

Comida de sonho e de vida

Acordei de um sonho, no meio da noite, onde eu estava almoçando no Shambhala, um centro de meditação aqui em Davis. Lá não tem almoço e o local do sonho não era o real Shambhala. Mas sonho é sonho, ninguém discute. Mas nele eu colocava arroz e outras preciosidades vegetais numa caneca branca de cerâmica bem comprida e comia com hashis azuis. Acordei com uma sensação incrivelmente boa, e levei um tempo pra pegar no sono novamente. Nesse interim, algumas histórias de comida começaram a pipocar freneticamente na minha mente, como se o sonho tivesse aberto uma gaveta fechada há muitos anos. Tive até que cantar um mantra pra conseguir dormir novamente, tal o estado de animação mental que fiquei.

Fui visitar uma amiga da Etiópia que tinha tido um bebê. Levei presentes, flores e fui recebida com comida. Ela tinha preparado uma carninha desfiada imersa num molho vermelho super apimentado, um refogado de batatas e pão achatado caseiro. Eu fiquei pasma! Ela me disse que era essa a tradição do país dela, a recém-parida servir comida para as visitas. E me ensinou como comer, cortando pedacinhos do pão macio com as mãos e usando para pegar bocados da comida.

Minha amiga indiana cozinhou um festim de comidas típicas para mim. Almoçamos juntas e eu não sabia nem por onde começar – era tudo uma delícia, vários pratos, tudo vegetariano. Comi muito um cozido de grão-de-bico, os pães fritinhos crocantes de lentilhas e as samosas.

Fui com minha amiga chinesa a um templo budista coreano. Era aniversãrio do Buda e após o ritual e celebração da manhã, teve um grande almoço. No fundo do templo armou-se toldos e muitas mesas e cadeiras. A comida era fora desse mundo de deliciosa. Tudo vegetariano. Infelizmente não lembro os detalhes, pois já faz muitos anos, mas lembro de como fiquei encantada com tudo. O detalhe é que eu era a única ocidental no lugar – altona, cara de Ana Magnani, com esse meu jeito típico desengonçado, me sentindo a girafa perdida no reino dos pinguins. Mas minha amiga sorria e dizia, fica tranquila que você é muito bem-vinda aqui.

Tempos depois voltei a esse templo com a minha mãe – as duas sozinhas dentro do templo, mais estranhas e estrangeiras impossível. Uma senhora muito pequena e amável nos aproximou de nós, falou algo com gestos e nos ofereceu laranjas enormes, super suculentas. Agradeci imensamente…

Muitos anos depois conheci um casal do Sri Lanka e fui convidada para outro aniversário do Buda, desta vez num templo bem pequeno e humilde onde teve a cerimônia e depois um almoço. Foi tudo muito simples, dentro do templo mesmo, que era na verdade uma pequena casa. Na cozinha muitos pratos vegetarianos, um com a aparência mais apetitosa que o outro. Pegamos os pratos e o casal todo sem graça veio me dizer – nós não usamos talheres, comemos com as mãos. Sentamos no chão com nossos pratos no colo e eu novamente a única cara de ocidental, mal ajambrada pois tenho certa dificuldade em me sentar no chão, comi feliz da vida aquela comida deliciosa em homenagem ao Buda.

polenta com queijo asiago

Receita inventada, mas ficou realmente boa. Salvou a patria do jantar, e foi um excelente acompanhamento para a sopa de frango à caçadora!
3 xícaras de caldo de legumes
3 xícaras de água
2 xícaras de milho de polenta
2 colheres de sopa de crème fraîche
1 xícara de queijo asiago ralado
1 pitada de sal
Ponha o caldo de legumes, a água e o sal numa panela em fogo alto. Quando ferver, abaixe o fogo e jogue o milho da polenta. Mexa vigorosamente com um batedor de arame, tomando cuidado para não empelotar. Siga o tempo de cozimento do pacote – o meu foi cinco minutos, um pouco mais. Desligue o fogo e coloque o crème fraîche e o queijo asiago ralado. Mexa bem até o queijo derreter. Leve ao forno médio por uns 10 minutos. Essa polenta fica cremosa, no ponto certo para acompanhar a carne com molho. First-class!

um jantar [quase] perfeito

Como descrever uma tarde na cozinha preparando um jantar para amigos, que me deixou imensamente frustrada? Resolvi fazer frango à caçadora com polenta. Acrescentei ao menu o famoso carpaccio de abobrinha e uma torta de limão meyer que vi no NY Times. Parecia tudo muito simples, tudo muito fácil. O problema é que sou uma pessoa rebelde e mereço muitas chibatadas por isso.

Migrei da receita do The Silver Spoon para outra do The New Best Recipe by Editors of Cook’s Illustrated Magazine, porque ela parecia mais bem explicada, com mais detalhes ilustrativos e portanto dando menos chances para erros. Escolhi fazer o frango com vinho branco, porque ainda tinha muitas garrafas que sobraram do Natal.
Li e reli a receita, as micro-explicações dadas pelo livro, tudo parecia sob controle, sopa no mel. Mas dei um pequeno passo em falso – me rebelei nas quantidades dos ingredientes. Ingenuamente pensei que poderia passar a perna nas onces, xícaras, unidades, gramas. E sei exatamente onde errei: coloquei muito vinho e muito tomate, o que causou uma profusão de molho que não engrossou com o tempo regular no forno e eu tive que apurar no fogo, até o ponto desastroso em que a carne do frango descolou dos ossos e virou uma gororoba assustadora, cheia de pedaços alienígenas, ossos pelados boiando, cogumelos quase irreconhecíveis, uma aparência realmente tétrica. Deu vergonha de servir aquilo aos meis convidados.

Ninguém falou nada e todo mundo comeu a sopa à caçadora, que ficou saborosa. Mas aprendi a minha liçao. Quando decidir usar uma receita, siga os ingredientes à risca [siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca,siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca, siga os ingredientes à risca!], tamos combinados?