pudim de croissant com ameixa

pudimcroissant.JPG
brunchdomingoscarlet.JPG
brunchdomingoscarlet.2.JPG

Para um brunch de domingo na casa de uma amiga, resolvi fazer uma receita que vi no Chow e que tinha imprimido e reservado. Mais uma das que eu gosto: fácil, diferente e saborosa. É um simples pudim de pão, só que feito com croissants, o que faz uma diferença e tanto. Fica um pudim de pão delicado, mas com sabor intenso.

Croissant and Prune Bread Pudding
1 xícara de ameixas secas de ótima qualidade
1/3 xícara de Armagnac ou Brandy
2 xícaras de half-and-half — um creme de leite diluído
1 xícara de leite integral
4 ovos grandes
2 gemas
3/4 xícara de açucar
1 colher de chá de extrato de baunilha
1/2 colher de chá de extrato de amêndoa
5 ou 6 croissants picados em pedacinhos

Corte as ameixas em pedacinhos e ponha de molho no Brandy por uns 10 minutos. Pré-aqueça o forno em 325°F/165ºC. Coe as ameixas e reserve o Brandy. Numa vasilha grande bata bem o Brandy, o half-and-half, o leite, os ovos, as gemas, o açúcar, os extratos de baunilha e amêndoa. Num refratário retangular grande, coloque os croissants picados, salpique com as ameixas amolecidas no Brandy, jogue a mistura de leite e ovos por cima e deixe absorver por uns 15 minutos. Salpique o pudim com açúcar demerara e leve ao forno sobre uma forma com dois centimetros de água fervendo. Asse nesse banho-maria por 1 hora. Retire do forno e sirva morno, em temperatura ambiente ou gelado, acompanhado de sorvete de baunilha ou de molho de caramelo. Eu servi o pudim puro e não sobrou nem uma lasca.

salada de pepino com gengibre

pepinocomgengibre.jpg

Repliquei a receita da Verena, pela qual eu tinha me encantado. Ficou saborosa e uuuuuuuwwwwuuuu refrescante! O gengibre acrescenta um picante vaporoso ao já levíssimo pepino. Usei pepinos pequenos, japoneses, que cortei em cubos. Ralei gengibre por cima – talvez um pouquinho demais, mas não importa! Temperei com shoyo, mesmo não curtindo muito o sabor desse molho. Deixei marinar e crockcracknhack, comi o prato inteiro!

[mais um] picnic no parque

Já escrevi aqui muitas outras vezes sobre o picnic das quartas-feiras no Farmers Market de Davis. Eles começam junto com o horário de verão, que aqui se chama Daylight Saving Time. Fui tantas vezes à esse picnic com minha família—mãe, sobrinhas; com amigos e com a associação brasileira da qual eu faço parte. Esse é o picnic mais eclético e divertido, pois mistura um monte de gente, não só brasileiros. E quando isso acontece ficamos até o anoitecer na grama, muitas vezes somos os últimos a sair do parque, reciclando antes nossas garrafas de vinho e água, jogando o lixo fora, deixando tudo impecável.
Quando chegamos ainda está sol e a banda está tocando, famílias e grupos se reunem sentados em panos espalhados pela grama. Para o nosso picnic BID, eu levo um pano verde-amarelo para marcar território, tudo muito discreto. Cada um leva uma comidinha ou compra no mercado, e dividimos sempre o vinho. Ontem a tarde estava fria e as nuvens se aglomeravam em chumaços cinzentos ameaçadores. Mesmo assim decidi enfrentar o parque, porque já havíamos marcado e divulgado o tal picnic. Preparei uma pastinha de abóbora na correria e me empinotei na bicicleta, com a minha infalível cesta enfiada nos guidões, e corri pro parque.

Não apareceu muita gente, mas alguns corajosos enfrentaram bravamente o frio, tentando se esquentar com vinho e risadas. Eu me empolguei na conversa e perdi a conta de quantos copos de vinho bebi. Na hora de ir embora, no escuro e com a bateria do farol da bicicleta arriada, fiquei um pouco preocupada. Mas como naquele momento eu estava vendo o mundo com muito mais alegria e positivismo, pedalei animada e com total confiança, embora a bambalêancia estivesse realmente evidente.

*assista à um pequeno filme de um dos picnics que fizemos no parque, em 2005. fiz uma geral logo que cheguei. depois encheu muito, muito de gente. a banda de blues que tocou estava ótima, assim como a comida e a companhia no nosso pano verde-amarelo, que foi ganhando muitas extensões e muitas outras bundas sentadas!

grão-de-bico crocante com pão pita [crispy chickpea pita]

crispychickpeas.JPG

Mais grão-de-bico! Não resisti à essa receita que vi no website da Real Simple e resolvi gastar um estoque de latas do grão orgânico que comprei outro dia no Co-op. Faz um tipo de salada, mas o interessante dela é que o grão-de-bico é tostado antes no azeite.
Aqueça 2 colheres de sopa de azeite numa panela ou frigideira e adicione o grão-de-bico – usei duas latas. Vá mexendo sempre, até os grãos ficarem bem tostados. Retire do fogo. Coloque numa tigela, acrescente suco de limão, sal, pimenta e misture bem.

Numa outra tigela misture uns 2 tomates cortados em cubinhos, tempere com sal, pimenta e bastante salsinha picada. Eu misturei o grão-de-bico nessa salada de tomate. Sirva em cima do pão árabe – pita bread – levemente tostado na frigideira de ferro, ou no forno, com hummus e iogurte grego. Pode adicionar umas gotas de Tabasco na salada, mas eu infelizmente esqueci de fazer isso.

Hummus. Como eu não tinha pronto, fiz rapidinho no liquidificador: grão-de-bico, suco de limão, sal, flocos de pimenta vermelha, uns dentes de alho assado e bastante azeite, até dar ponto. Normalmente eu coloco um pouquinho de Tahini no meu hummus, mas nesse dia também esqueci de adicionar esse ingrediente.

A eterna dúvida que me consome intensamente

Hora do almoço: o que vou comer? o que vou comer? Serão sempre restos requentados do jantar, ou um misto quente com salada de folhas, tomates, algo fácil. Eu tento comer bem no almoço, porque sinto que preciso—além de forrar o bucho pra não ficar esfomeada durante a tarde e acabar comendo porcarias—também ter uma refeição nutritiva. Pra mim o almoço ainda é, mesmo realmente não sendo mais, a refeição mais importante do dia.
Hora do jantar: o que vou fazer? o que vou fazer? Todo dia, sem exceção, eu fico muito tempo vagando pela cozinha com a cabeça vazia de idéias, olhando repetidamente dentro da geladeira e nos armários de despensa, pois não consigo planejar menu e nunca sei o que fazer. Todo dia eu tenho um momento de absoluta certeza de que não vou conseguir cozinhar nada. É um começar do zero diário. Quando eu tenho a sorte de dar de frente com uma receita legal e ainda ter todos os ingredientes, fica muito mais fácil. Mas o normal é sempre faltar um ou dois ingredientes e eu ter que improvisar, substituir, ou se acho que não vai rolar, desistir. O jantar é sempre um esforço, também porque no final do dia eu já estou bem cansada, e sonho—ou melhor, deliro—com a idéia de chegar em casa e encontrar a mesa posta com um ranguinho brejeiro—caseiro não feito por mim, já servido, fumegante, saboroso e prontinho para ser devorado.

o pão de tapioca

paotapioca.JPG

Tudo o que eu vejo de diferente, eu TENHO que experimentar. Muitas vezes dou com os burros n’ água, como foi o caso desse tapioca bread. O negócio é wheat free, gluten free, dairy free, casein free, no saturated fat, zero trans-fat, no cholesterol, no sugar, no preservatives, embalado a vácuo com garantia de que pode ficar UM ANO na prateleira sem refrigeração, se estiver fechado. Resumindo: o pão tem gosto de NADA. Mas eu até que fiz um sanduba de queijo, presunto e tomate com ele, e ficou bem comível, por causa do recheio. O pão puro não tem a menor condição, além do que ele tem um cheiro meio ácido e enjoativo. Está na geladeira desde então. Será que vai durar um ano ou um século assim refrigerado? Pode até ser útll para excursões na selva ou no deserto, ou para estocagens preventivas no caso de uma hecatombe nuclear.

Dear Pavlova

pavlova1.JPG pavlova2.JPG
pavlova3.JPG pavlova4.JPG
pavlova5.JPG

Finalmente tomei a coragem necessária para ousar fazer a sobremesa que aprendi na classe de clara de ovos que fiz com a pastry chef Shuna Lydon. Comprei uma caixa de ovos caipiras e deixei fora da geladeira durante a noite, para eles ficarem em temperatura ambiente. Esse é um detalhe muito importante para o sucesso de qualquer sobremesa feita com ovos. Na manhã do dia seguinte mandei bala com determinação, afinal de contas não vai ser qualquer clara de ovo que vai me botar pra correr. Embora eu tenha sempre aquele grilo falante pessimista, que matraca sem parar negatividades na minha orelha, consegui dar um chega prá lá no fulano inoportuno, superei os obstáculos e assei umas Pavlovas deliciosas, iguaizinhas as da Shuna, com o mesmo cheiro inebriante e sabor perfeito—não muito doce, levemente crocante por fora, textura de marshmallow por dentro— que servi com um molho de framboesa, morango e blueberry, e um chantilly feito com creme de leite fresco, sem açúcar, só com um pinguinho de extrato de baunilha. Comi uma querida Pavlova às onze da manhã e depois ainda tive a coragem de ir à uma festa e comer feijoada! Eu vou muito mal, vou muito, muito mal…..

Pavlova —— como foi ensinada por Shuna Lydon
1 e 1/2 colher de chá de extrato de baunilha
1/2 colher de chá de cream of tartar ou 2 colheres de chá de vinagre de vinho branco [*usei o vinagre]
1 e 1/2 colheres de sopa de amido de milho – maizena
1 e 1/2 xícaras de açúcar
3/4 xícara – 6 ounces – 180gr – umas 5 ou 6 claras de ovo

Coloque a grade no meio do forno e aqueça em 275ºF/175ºC. Forre uma forma grande com parchment paper – ou qualquer outro material que não grude e não pegue fogo.

Misture a baunilha com o vinagre – se for usar vinagre. Se usar o cream of tartar, não misture o vinagre na baunilha.

Misture bem a maizena com o açúcar numa vasilha.

Numa batedeira, coloque as claras de ovo, o cream of tartar – se não for usar o vinagre, e uma pitada de sal. Bata em velocidade média por 2 ou 3 minutos, até as claras ficarem com uma consistência de espuma firme. Aumente a velocidade da batedeira e vá acrescentando a mistura de maizena com açúcar bem devagar, batendo por uns 5 minutos, até a consistência ficar bem firme e lustrosa. Adicione a baunilha com o vinagre—se tiver usado o cream of tartar, acrescente só a baunilha e bata até ficar bem incorporado. Faça barquinhos de merengue, todos mais ou menos do mesmo tamanho. Dá oito de tamanho médio – uns 15 cm. Asse por uns 50 minutos até os merengues ficarem secos e meio crocantes por fora, e com uma consistência mais cremosa, como marshmallow, por dentro. Não deixe dourar, os merengues devem ficar esbranquiçados.

Retire do forno, deixe esfriar numa grade, sirva com um molho de frutas—pode ser berries congeladas—e creme de leite batido em ponto de chantilly, sem açúcar, somente com uma gota de baunilha.

Os merengues duram até uma semana, se guardados em vasilha bem fechada ou embrulhados individualmente, em temperatura ambiente, em lugar não úmido.

Dicionário & Dicas

Como fazer sour cream em casa? Qual o substituto para o cranberry? O que é cornmeal? Qual é a tradução de radish?
Tantas dúvidas, sempre pipocando aqui e ali. Fazia tempo que eu estava pensando em fazer um FAQ com essas questões, então finalmente coloquei a mão na massa e criei uma página para ir adicionando traduções e dicas de substituições. Aceitarei alegremente correções e adições. Com o tempo farei a página mais caprichada, com links para fotos e as idéias que forem aparecendo. Espero que o Dicionário & Dicas torne-se um link útil para todos! Ele vai ficar permanentemente ali no topo da página, no menu da direita, sob o título ingredientes.
update: já coloquei algumas contribuições. obrigada à todos!! e super obrigada à querida Brisa Carter, que enviou um glossário completíssimo, que já transformei em documento PDF para ser baixado e já está linkado lá na página.