Indian slapjacks

American Cookery, foi o primeiro livro de receitas publicado em território norte-americano em 1796 . A autora da façanha, uma órfã e trabalhadora doméstica chamada Amelia Simmons, fez o primeira registro dos hábitos alimentares e do uso de ingredientes nativos, como milho, cornmeal, squash e abóbora. O livro, cujo título original era American Cookery, or the art of dressing viands, fish, poultry, and vegetables, and the best modes of making pastes, puffs, pies, tarts, puddings, custards, and preserves, and all kinds of cakes, from the imperial plum to plain cake: Adapted to this country, and all grades of life , substituiu os importados da Inglaterra nas cozinhas da América e tornou-se extremamente popular. Hoje existem somente quatro cópias do livro original, e uma delas pode ser vista no website da Biblioteca do Congresso. Notem ao folhear as páginas amareladas, que a prensa que fez a impressão do livro certamente tinha um problema com a letra “s”, que foi substitu;ida em todas as páginas por um “f”. Esse detalhe acrescenta um toque extra de peculiaridade à leitura de American Cookery.

*Reproduções desse livro e de outros pioneiros da culinária norte-americana podem ser encontrados AQUI. **O Projeto Gutenberg tem o livro disponibilizado para download AQUI.
Nem todas as receitas são fazíveis, mas a leitura desse livro precursor é certamente uma aula de história da gastronomia no Novo Mundo. Eu quis experimentar ao menos uma receita e escolhi essa de Indian Slapjacks, que é basicamente uma panqueca de milho. Elas não ficam tão macias quanto as panquecas comuns, mas são extremamente saborosas.

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Indian Slapjacks
1 xícara de leite
2 xícaras de cornmeal
4 ovos
4 colheres de sopa de farinha de trigo

Misture bem todos os ingredientes até formar uma massa uniforme. Frite em frigideira ou chapa untada, sob fogo ou em temperatura média. Vire quando a massa fizer bolhinhas. Sirva morno com mel, manteiga, geléia, ou somente com sal. As minhas foram servidas com maple syrup.

salada de feijão & tomate

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Vi essa receira na MSLiving de junho de 2007. Ela é uma versão simplificada desta salada que eu peguei na Elise no ano passado e que foi um estouro, primero lugar absoluto na parada dos sucessos culinários. Essa tem menos ingredientes, mas mantém o básico feijão-tomate-azeite aromatizado com alho. Também ficou muito boa e foi o meu almoço, acompanhada de torradas de pão francês feitas na frigideira de ferro.

Duas latas de feijão branco cannellini
*usei uma lata de butter beans ou fagioli bianchi de spagna
250 gr de tomate roma cortados em cubinhos
*usei os cerejas, pois estou com uma colheita abundante na minha horta
1/2 xícara de folhas frescas de manjericão
Sal grosso e pimenta moída na hora a gosto
1/4 xícara de azeite
3 dentes de alho pequenos amassados

Frite o alho no azeite, deixe esfriar um pouco e jogue sobre a salada que já deve estar misturada numa vasilha. Mexa bem e deixe descansar por 30 minutos, para os sabores se incorporarem bem.

um desastre sem precedentes

Coloquei a massa da pizza para dar uma pré-assada ligeira e peguei o ônibus espacial para Saturno. Quando regressei à Terra, a massa tinha torrado muito mais que o grau regulamentado pelo FDA. Removi a placa amarronzada da forma e coloquei em cima da pia, já quase dando tudo como perdido. But I ain’t no quitter, no sir! Olhei bem dos dois lados da arga-massa e vi que o centro ainda estava com uma cor razoável, achei que dava pra salvar. Quebrei as partes periféricas e sobrou um centro arrendondado, que emplastei com molho de tomate e salpiquei com bastante queijo mussarela. Coloquei por dois minutos no microondas só pra derreter o queijo e não comprometer a massa. Daí levei ao forno e liguei o broiler, só para dar aquela cara bronzeada para o queijo. Quando abri o forno, três minutos depois, a pizza estava pegando fogo—sim, em chamas! Foi uma correria histérica pra retirar e apagar a forma crepitando em labaredas. Fumacê, gritaria, abalo emocional, frustração.
E agora, melhor ninguém fazer perguntas, tá? Circulando, circulando! Ninguém viu nada, não aconteceu NADA, capito?

sorvete de iogurte e nectarina

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Tive um ataque de ansiedade quando, no meio da tarde no trabalho, resolvi checar em que ponto estava a minha compra no site da Amazon. Quando li delivered – front door quase tive um treco! Minha sorveteira estava na porta da minha casa e eu tinha ainda umas boas três horas de labuta pela frente. Roí até os cotovelos de vontade de largar tudo e pedalar enlouquecidamente para casa. Mas a hora chegou e eu pude finalmente abrir a caixa da minha primeira sorveteira!

Maldição que é essa minha librianice de ficar como uma tonta, indecisa, de enrolar e procrastinar, de não conseguir escolher as coisas, ir na loja e dizer—é essa! Agarrar e comprar. Fiquei protelando tantos meses para comprar essa sorveteira. Já estamos no meio do verão, veja quanto tempo perdido.

Mas lamentos serão desnecessários, pois já estreei com sucesso minha maquininha de fazer gelados. Comecei com algo bem saudável, um frozen yogurt. Usei as nectarinas que já estamos colhendo, polpudas, suculentas e docinhas. A receita eu adaptei do livrinho que veio com a máquina. Não poderia ser mais simples.

Coloque três nectarinas no processador e pulse até ela ficar pedaçuda, mas não totalmente liquida. Numa outra vasilha misture 2 xícaras de iogurte natural, 1/2 xícara de leite integral, 1/4 xícara de açúcar. Bata bem, para o açúcar dissolver completamente. Acrescente o molho de nectarinas e misture bem. Ligue a sorveteira, coloque o liquido nela e espere o sorvete ficar pronto, que neste caso foram vinte minutos. Gostei muito mais da textura do sorvete no dia. Depois que dormiu no congelador ele ficou mais durinho. Mas nada que comprometesse o sabor. Outros experimentos virão, com creme de leite e tais.

Clafoutis de abobrinha, milho & queijo de cabra

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Essa receita muito saborosa da Bia eu tive que testar. Fiz algumas modificações, porque é sempre de praxe. Como só tinha uma abobrinha amarela pequena, juntei o milho raspado de duas espigas. Também não tinha cebolinha, usei uma mistura de ciboulette e salsinha, ambos fresquinhos da minha horta. A salsinha foi praticamente resgatada, pois já estava quase se metamorfoseando numa planta alienígena.
2 abobrinhas * uma abobrinha pequena e milho de duas espigas
1 maço de cebolinha *ciboulette e salsinha
4 ovos
80 g de farinha de trigo
500 ml de creme de leite fresco
180 g de queijo de cabra fresco
Pré-aquecer o forno à 180°C/355ºF. Ralar as abobrinhas no ralo grosso e raspar o milho com uma faca. Refogar a abobrinha ralada e o milho em um pouco de azeite, juntar as ervas picadinhas, sal e pimenta do reino, tampar e deixar cozinhar 10 minutos. Deixar esfriar. Bater os ovos como para uma omelete, Junte aos poucos a farinha e vá misturando com um batedor de arame. Junte o creme de leite. Misture bem até que fique bem liso. Amasse o queijo com um garfo e junte ao creme anterior, misturando bem. Junte a abobrinha e milho cozidos e despeje numa forma untade com manteiga. Deixe assar 30 minutos, ou até que doure. Tire do forno e deixe esfriar.

as boas compras—ninguém é de ferro!

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Quando participei daquela yard sale onde levei o bolo de figos da Elvira, não vendi quase nada—eu estava vendendo pela Brazil in Davis. Mas imaaaagineee só se eu iria voltar pra casa sem comprar nada! Sou uma gastona, uma compradora compulsiva. Mas pelo menos essas coisinhas foram baratotais. Na verdade nem comprei tudo. A linda colher de pau e a latinha francesa eu ganhei. A toalhinha foi $0,50 cents, o livro $0,25 cents, a cesta foi $1,00 pataca e ainda tem um bowl de cerâmica belíssimo, que não saiu na foto, mas me custou apenas $1,00 green buck e estou usando praticamente todos os dias.

menuteca

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Um link que é pura diversão—a coleção de menus de restaurantes da Biblioteca pública de Los Angeles. Digite o ano – comece por 1920, por exemplo, e navegue pelos menus autênticos dos restaurantes da época na cidade. Compare os preços—onde se pode comer com $0,50 cents em L.A. hoje? Analise os pratos dos menus, a carta de vinhos. É uma verdadeira viagem! Entre lá com tempo, pois você vai ficar muitas horas bisbilhotando. Delightful!

molho de azeitonas pretas

Num sábado comprei dois filés grandes de bacalhau fresco e preparei essa receita de sumac crusted cod with black olive sauce. Infelizmente o prato não fez o sucesso que eu esperava que fizesse. Na minha opinião o molho de azeitonas, mais o sumac, ficou exagerado. O bacalhau fresco é um peixe bem carnudo e leve, não combinou com temperos tão vigorosos. Não ficou do nosso gosto e, infelizmente, não conseguimos comer o que sobrou, que acabou indo pro… [ai!].. lixo…

No entanto sobrou uma parte do molho de azeitonas, que não usei para servir acompanhado do peixe por razões óbvias—o do tempero já estava demais. Guardei na geladeira e resolvi usar como molho de salada. Ficou ótimo numa salada de folhas verdes variadas. Mas quero experimentar com abobrinha.
Molho de Azeitonas Pretas
1/3 xícara de azeitonas pretas descaroçadas
1 filé de achova/aliche ou 1 colher de chá de pasta de anchova
1 xícara de azeite extra virgem
1 dente de alho
1 ramo de tomilho
1 colher de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de vinagre de laranja* não estava na receita original, mas eu acrescentei para a salada
Bata tudo no liquidificador ou processador até ficar um molho bem liso e espesso. Mantém-se bem na geladeira por muitos dias.