panna cotta de limão meyer
[outra versão]

panna cotta de limão

Umas amigas vieram jantar comigo numa noite durante a semana. Eu preparei uma receita de macarrão feito em casa com molho pesto de salsinha. Elas trouxeram sopa, saladas, pão feito em casa. Como eu tinha muitos limões dando sopa, resolvi fazer uma sobremesa. Já tinha feito uma panna cotta de limão meyer antes, mas quando achei essa receita pensei que ela era muito perfeita para ser ignorada. Panna cottas são deliciosas e super fáceis de fazer. Essa rendeu 8 porções, usei tacinhas de formatos diferentes, só pra deixar a coisa divertida. Todo mundo adorou a sobremesa, mas ninguém comentou minha inventividade com os potinhos—fuén!

1 envelope [7gr] de gelatina em pó sem sabor
1 xícara + 2 colheres de sopa de açúcar
1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de suco de limão Meyer
2 colheres de sopa de raspas de casca de limão Meyer
1 copo de iogurte grego desnatado

Numa vasilha pequena polvilhe o gelatina sobre 1/2 xícara de água fria e deixe amolecer por 5 minutos. Misture o açúcar e 1/2 xícara de água em uma panela. Deixe ferver e mexa até o açúcar dissolver. Desligue o fogo e adicione na mistura de gelatina, mexendo até que se ela se dissolva completamente. Adicione o creme de leite, suco e as raspas de limão. Deixe esfriar um pouco. Coloque o iogurte em uma tigela e bata para deixá-lo cremoso. Adicione a mistura de gelatina ao iogurte pouco a pouco, mexendo com delicadeza. Despeje a mistura em copinhos. Leve para gelar por pelo menos 6 horas ou de um dia para o outro.

panna cotta de limão panna cotta de limão

bolo [simples] de limão

bolo simples de limão

O que fazer quando se ganha uma quantidade razoável de limões meyer? Sai procurando por MAIS UMA receita de bolo de limão. E a Martha Stewart tem todas, incluindo essa que usa limões cozidos na massa. Eu adorei a ideia, porque pra mim, tudo que é feito com limão tem que ter um gosto acentuado de limão. Só as raspinhas não colam. Esse bolo desapareceu com uma rapidez incomparável—o Uriel comeu metade, o Gabriel comeu outra metade.

1 tablete de 113gr de manteiga em temperatura ambiente
1 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
2 limões cortado em fatias finas e sementes removidas [*usei o Meyer]
Uma pitada de sal grosso
1/4 xícara de suco de limão [*usei o Meyer]
1 e 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá bicarbonato de sódio
1 xícara de açúcar
2 ovos caipiras grandes
1/2 xícara de buttermilk
1 colher de chá de extrato de baunilha
Açúcar de confeiteiro, para polvilhar

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda regular de bolo com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Reserve. Em uma panela média coloque as fatias de limão e cubra com 3 xícaras de água. Adicione a pitada de sal, tampe e leve ao fogo até ferver. Diminua o fogo e cozinhe os limões na panela parcialmente coberta, até eles ficarem bem tenros, uns15 minutos. Escorra os limões em uma peneira e transfira para o processador de alimentos, juntamente com suco de limão; processe até ficar homogêneo e reserve. Em uma tigela pequena misture a farinha, o fermento em pó, o bicarbonato de sódio e 1/2 colher de chá de sal. Na batedeira, bata a manteiga na velocidade média por 2 minutos. Gradualmente adicione o açúcar e continue a bater até formar um creme bem claro e liso, por cerca de 3 a 4 minutos. Adicione os ovos, um de cada vez, batendo após cada adição. Com a batedeira em velocidade baixa, gradualmente adicione a mistura de farinha em três adições, alternando com duas adições do buttermilk. Juntar a baunilha e despejar tudo na mistura de limão. Despeje a massa na forma untada e leve ao forno por 35 a 40 minutos. Remova do forno, deixe esfriar um pouco. Retire o bolo da forma e deixe esfriar completamente. Polvilhe com açúcar de confeiteiro.

bolo simples de limão bolo simples de limão

pudim de tangerina

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O inverno traz sempre uma cornucópia de frutos cítricos e eu fico meio descontrolada, comprando tudo o que vejo pela frente. Sem falar nas desovas que acontecem frequentemente e eu nunca recuso. Estava procurando receitas para usar alguns dos sei lá quantos limões, laranjas, limas e tangerinas que abundam na minha cozinha quando vi este pudim no livro Seasonal Fruit Desserts da Deborah Madison. Usei os tangelos—um delicioso híbrido de tangerina e pomelo ou tangerina e grapefruit. Esta sobremesa fica bem delicada, mas com bastante sabor cítrico. Ela pode ser feita com outro tipo de tangerina ou laranja e até com uma mistura de laranjas e limões, tangerina, laranja e limões ou qualquer outra mistura de frutas cítricas ao gosto do freguês.

1 colher de chá de raspas da casca de tangerina
1 colher de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de amido de milho orgânico
2 xícaras de suco de tangerina
Uma pitada de sal
1 colher de chá de água de flor de laranjeira ou suco de limão yuzu
Mel ou néctar de agave a gosto
1 colher de sopa de manteiga

Misture as raspas de tangerina com o açúcar para impregnar o açúcar com os óleos aromáticos da fruta. Transfira o açúcar para uma panela, junte o amido de milho, o suco de tangerina e a pitada desal. Misture até o amido de milho dissolver. Leve a mistura ao fogo até ferver e cozinhe por uns minutos, mexendo sempre até dar uma engrossada. Cozinhe mais um minuto, desligue o fogo e misture a manteiga e água de flor de laranjeira ou suco de yuzu. Se achar necessário adoce com um pouco de mel ou néctar de agave. Divida entre copinhos ou taças e leve à geladeira até firmar, cerca de 2 horas. Pode servir com um pouco de creme de leite fresco batido, mas eu não fiz.

panna cotta de matcha

matcha panna cotta

Não sei como foi que cheguei nessa receita, porque não estava buscando por nada parecido, não tinha a intenção de preparar nenhuma sobremesa e nem tinha a maioria dos ingredientes. Fui às compras especialmente para fazer a receita e essa [e fazer uma limpeza e organização na garagem] foi a melhor decisão e ação do meu final de semana. Essa panna cotta fica um primor de cremosidade e faz uma integração perfeita entre o sabor denso do matcha e a vivacidade da framboesa. Eu não quis usar framboesa fresca fora de época, então substituí pela congelada. Cogitei não usar as sementes de chia, mas ela deixou a mistura de framboesa com uma textura mais engrossada de pudim, que fez a diferença.

1 xícara de leite integral
1 envelope [7gr] de gelatina em pó sem sabor
1 xícara de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de matcha—o chá verde japonês em pó
1/2 xícara, mais 1 colher de sopa de açúcar
1 fava de baunilha cortada ao meio, sementes removidas
1 e 1/2 xícaras iogurte integral sabor baunilha
1 xícara de framboesas frescas [*usei congeladas]
2 colheres de sopa de sementes de chia

Numa uma panela grande, misture 1/2 xícara de leite, o creme de leite fresco, o matcha e 1/2 xícara de açúcar. Raspe as sementes da fava de baunilha e adicione tudo ao leite. Leve a mistura para cozinhar em fogo médio, mexendo até o açúcar se dissolver. Retire do fogo e deixe descansar por 10 minutos. Coloque a 1/2 xícara de leite restante em uma tigela pequena e polvilhe a gelatina por cima. Deixe descansar por 15 minutos até a gelatina amolecer.

Coe a mistura de matcha por cima da mistura de gelatina. Mexa bem e quando a mistura esfriar um pouco adicione o iogurte e mexa bem. Amasse as framboesas com um garfo e adicione 1 colher de sopa de açúcar e as sementes de chia. Coloque uma colher da framboesa no fundo de 6 copinhos ou taças, despeje com cuidado 1/2 xícara da mistura de matcha em cada copo. Leve à geladeira por 3 a 6 horas ou até firmar. Remova da geladeira e sirva.

salada de couve flor assada
[com uva & queijo cheddar]

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Esse foi outro prato que fiz para a ceia de Natal. Saiu do livro Plenty More do Yotam Ottolenghi e foi um dos que fez mais sucesso com a nossa convidada de honra, minha mãe. Essa mistura de ingredientes é realmente muito auspiciosa e a salada ficou deliciosa. E ela sobrevive muito bem de um dia para o outro guardada na geladeira.

1 couve-flor grande, os floretes separados
90ml de azeite
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 colheres de sopa de vinagre de xerez
1 colher de chá de mostarda de Dijon
1/2 colher de chá de mel
30g de uvas passas
40g de avelãs torradas e grosseiramente picadas
100g de uvas vermelhas cortadas ao meio
80g de queijo cheddar cremoso quebrado em pedaços
20g de salsinha picada

Aqueça o forno a 400ºF/ 205ºC. Misture os floretes da couve-flor com metade do azeite, sal e pimenta do reino moída. Espalhe em um a assadeira, leve ao forno e asse por 20 a 25 minutos, mexendo uma ou duas vezes até dourar. Remover do forno e deixar esfriar.

Em uma tigela misture o azeite restante com o vinagre, mostarda, mel e um quarto-colher de chá de sal. Adicione as passas e deixe de molho pelo menos 10 minutos. Pouco antes de servir transfira a couve-flor para uma saladeira ou travessa e adicione os outros ingredientes. Regue com o molho, misture delicadamente e sirva.

eton mess—com caqui & maple

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Quero deixar essa sobremesa que fiz pro almoço de Ano Novo registrada aqui, porque ela simplesmente arrasou Péris in Chammas. Todo mundo que comeu adorou, porque ficou realmente sensacional. E é tão fácil de fazer que eu preparei tudo em vinte minutos, depois de ter bebido duas taças de prosecco [abafa!]. Como fiz uma quantidade grande e éramos apenas quatro comensais no dia primeiro, reservi as sobras num jantar dois dias depois e estava meio preocupada que iria passar vergonha, mas esse eton mess de caqui sobreviveu muito bem e foi devorado até a última colherada. No ano passado eu já tinha tido essa ideia de fazer a tradicional receita britânica que leva morangos, usando caquis. Não lembro porque acabei não fazendo. Foi muito auspicioso que finalmente decidi fazer e é certeza que farei muitas outras vezes.

Uns 8 caquis fuyu [aquele durinho] descascados e cortados de cubinhos
1 limão meyer, casca ralada e suco espremido
Maple syrup a gosto, para adoçar o caqui e o chantilly
2 xícaras de creme de leite fresco
Uns 10 merengues [suspiros] comprados prontos

Tempere os cubinhos de caqui com o suco e raspas do limão e o maple syrup. Na batedeira coloque o creme de leite e bata até o ponto de picos firmes, adoce com maple syrup e reserve. Numa vasilha funda coloque em camada uma porção de merengues esmagados com as mãos, os cubos de caqui, o chantilly, alternando até terminar todos os ingredientes. Decore com um pouquinho de merengues esmigalhados, cubra com um filme plástico e leve à geladeira até a hora de servir.

torta de iogurte com pêssego
[e massa de pecans]

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Essa foi outra receita guardada que viu a luz do dia e acabou se revelando muito melhor do que eu esperava. Como tínhamos planos de sair de casa o dia todo no domingo, fiz essa torta para o sábado à noite, mas dividi a receita ao meio para não ter perigo de acabar com um monte de sobras. Fiquei com uma cara de nhoca quando dei a primeira mordida e percebi a delicia que tinha encontrado. Vou refazer e da próxima vez farei a torta inteira. Mudei apenas a fruta da receita original, pois pêssego era o que eu tinha em casa. E drenei o iogurte grego por dois dias na geladeira, mas sinceramente acho que não precisa. Decidi adoçar o iogurte, porque o iogurte grego drenado fica bem pungente. Acho que pra essa torta ele precisa ser adoçado, embora na receita original ele não seja. Eu usei um açúcar de lavanda que eu tinha, mas pode usar açúcar baunilhado ou mel. Fica a seu critério.

faz uma torta de 22 cm
1 e 1/2 xícara de pecans
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de manteiga sem sal gelada, cortada em pedaços pequenos
1 xícara de iogurte grego
1/4 xícara de açúcar de lavanda [ou outro adoçante de sua preferência]
4 pêssegos descascados e cortados em fatias

Aqueça o forno a 400°F/ 205ºC. Coloque as pecans em um processador de alimentos e pulse até obter uma farofa grossa. Transfira para uma tigela e misture o mel e em seguida os pedaços de manteiga, misturando bem com os dedos. Pressione essa mistura em uma forma de torta redonda de uns 20 cm. Aperte bem no fundo e só um pouquinho dos lados. Coloque forma sobre uma assadeira e leve ao forno. Asse por cerca de 12 minutos, até a massa ficar dourada. Retire do forno e deixe esfriar completamente. Bata bem o iogurte com o açúcar de lavanda e espalhe com uma espátula sobre a massa. Coloque as fatias de pêssego por cima do iogurte e sirva imediatamente. Ou guarde a torta na geladeira coberta com um filme plástico até a hora de servir.

shake de abacate com coco

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Tenho a impressão que neste momento vivemos uma renascença do abacate, quando finalmente começam a aparecer receitas com essa fruta que não são uma das 87532 mil variações do guacamole. Nós, nativos da America do Sul, já estamos carecas de saber o quanto é bom uma vitamina de abacate. Mas aqui no norte isso ainda pode causar surpresa. Falo por mim, por experiência própria, não investiguei, não li papers científicos, não montei uma tabela com estatísticas. Mas como não ser arrebatado por uma delícia dessas? Essa receita é uma ótima variação da nossa velha conhecida vitamina, com a adição do sorvete de coco e do sal. Fiz e adorei!

faz duas porções
1 e 1/2 abacate pequeno [tipo hass] ou um grande
1 colher de sopa de suco de limão tahiti
1 xícara de sorvete de coco
3/4 a 1 xícaras de leite [ou um leite vegetal]
1/4 de colher de chá de flor de sal
Xarope de agave a gosto [*eu omiti]

Corte o abacate ao meio e retire o caroço. Coloque a polpa em um liquidificador. Adicione o suco de limão, o sorvete, o leite e 1/4 colher de chá de sal. Bata bem até ficar homogêneo. Prove, adicione mais sal ou adoçante e bata por alguns instantes. Divida em dois copos, polvilhe com uma pitada de sal, coloque um canudo em cada copo e sirva.

pêssegos no Lillet
[com manjericão]

peachesLillet.jpg

Essa receita é perfeita para essa época de fartura dos pêssegos. Descasque uns três deles, bem maduros e corte em fatias. Coloque tudo num vidro esterilizado, junte folhas de manjericão cortadas bem fininho. Despeje o vinho Lillet branco no vidro com as frutas até cobrir tudo. Feche bem com uma tampa e leve à geladeira. Consuma depois de algumas horas.