curd de limão [fácil, para congelar]

Ainda estou com uma abundância de limões, todos ganhados! E estou também com um surplus de ovos, pois o tempo está bom e as galinhas andam bem produtivas. O que fazer com tanto limão e ovos? Curd de limão, é claro! Estava procurando por uma receita para selar os vidros, como geléia e li um comentário da autora do blog Foods in Jars dizendo que curd de limão não preserva bem, mas congela e descongela perfeito. Então decidi fazer pra congelar. Não usei a receita da Marisa McClellan, porque achei que ia muitos ovos. Achei esta aqui, mais simples, e simplesmente dobrei a quantidade. Fiz muitos vidros, com limão siciliano [que aqui chamamos de eureka] e limão meyer. Nas duas primeiras vezes, por distração, dobrei todos os ingredientes menos a manteiga. Deu certo mesmo assim. Depois fiz mais duas receitas com a quantidade de manteiga dobrada. Comemos uns vidros, congelei muitos outros, vamos ter curd de limão pro resto do ano. ♥︎

2 ovos caipiras grandes mais 1 gema de ovo extra
1/2 xícara de suco de limão fresco
1/2 xícara de açúcar
7 colheres de sopa de manteiga
Raspas da casca de 2 limões

Coloque uma panela com água no fogo, deixe ferver, abaixe o fogo e mantenha em fogo baixo. Numa vasilha de vidro ou metal misture os ovos e a gema extra com o açúcar e bata bem. Adicione as raspas e o suco de limão, junte a manteiga cortada em cubos e coloque a vasilha no topo da panela com a água em fogo baixo. Você vai fazer um cozimento com um double boiler improvisado.

Prepare-se para fazer uma meditação em pé, na frente do fogão, e ficar mexendo a mistura por mais de 10 minutos. Não pare de mexer para as gemas não cozinharem desigualmente e você acabar com pedacinhos de gema no curd. Vá batendo com um batedor de arame até toda a manteiga derreter. Continue batendo até o creme começar a engrossar. Assim que engrossar remova do boiler e continue batendo. Prepare os vidros, use uma concha pequena ou colher para enche-los com o curd. Deixe um espacinho entre o curd e a tampa. Adicione etiquetas com data e o tipo de limão pra você no futuro poder saber quando foi feito e tals. Feche bem, deixe esfriar e leve ao congelador. Os curds podem ser mantidos no congelador por 1 ano.

cepallas ou crispelas
[da tia Miquelina]

Uma das tradições de Natal na minha família sempre foi fazer e comer as cepallas. Minha mãe faz essa receita, da Miquelina, sua tia-avó. As cepallas [ou crispelas] são flores fritas, feitas de massinha aromatizada com anisette, depois polvilhadas com açúcar de confeiteiro e servidas regadas de mel. Esse doce tem gosto de infância pra mim e essa foi a primeira vez que fiz a receita herdada e guardada com todo cuidado pela minha mãe. Percebi que outras famílias italianas de diferentes regiões têm doces similares, com outros nomes. Não achei nada com nome similar nas receitas de doces natalinos da Basilicata, então pode ser que esses nomes tenham sido abrasileirados. Essa receita rende bastante cepallas. Elas crescem durante a fritura.

1/2 quilo de farinha de trigo
1 colher de sopa de manteiga sem sal amolecida
5 ovos caipiras
2 cálices de anisette [ou outra bebida de anis]
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal

Misturar todos os ingredientes e amassar bem, como se estivesse fazendo massa de macarrão. Cortar a massa em pedaços e passar na máquina de macarrão até o número 5 apenas. Cortar asa tiras com um cortador de massa [usei um pra fazer risoles] e dobrar em circulo, apertando a massa para formar as pétalas das flores. Frite em óleo bem quente, escorra para um prato forrado com papel. Salpique com açúcar de confeiteiro e guarde em caixas ou latas com tampa. Sirva com mel.

conserva de figo em vinho do Porto

Inacreditável que esqueci completamente de publicar essa receita que a Manuela Cruz do Tertúlia de Sabores me passou no verão, quando tive a posse de uma árvore carregada de figos por três semanas. Foram dias horrivelmente quentes e fiquei com medo de que o doce descansando na panela por três dias fosse azedar, mas deu tudo certo. O bom é que os figos não ficam cozinhando por um período muito longo, então fazer esse doce não esquenta a cozinha. Fiz a receita como a Manuela ditou, com um quilo de figos e deu dois vidros e meio de compota. Uma eu dei de presente pra moça que me deu todos os figos, os outros comemos nós. Servi os figos para amigos que nos visitaram e o Uriel se encumbiu de devorar o que sobrou. A Manuela contou que comeu essa compota em Trás-os-Montes, terra da família do meu pai. Os figos dulcíssimos devem ser servidos com queijo.

1 quilo de figos inteiros com casca e cabinhos
1/2 quilo de açúcar
1/3 de xícara de vinho do Porto

Coloque os figos, o açúcar e o vinho do Porto numa panela grande. Leve ao fogo médio e quando levantar fervura conte dez minutos e desligue o fogo. Repita a mesma operação por 3 dias, de manhã e à noite. Deixe ferver, conte 10 minutos, desligue. Na noite do terceiro dia coloque os figos e a calda em vidros esterilizados com tampa. Eu mantive os meus na geladeira, mas foi embora tão rápido que não vou poder predizer quanto tempo essa conserva dura.

bolo persa de laranja

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Minha vizinha contratou um serviço de um arborista para avaliar e podar algumas árvores na casa dela, uma laranjeira gigante cheia de frutas no quintal e um carvalho ancestral simplesmente maravilhoso na frente da casa. O carvalho tinha uns galhos muito altos e muito fracos, que poderiam cair na cabeça de algum passante e a laranjeira precisava ser podada e aproveitar os frutos. Vale a pena pagar pelo serviço de profissionais como esse. Eles podaram tudo com um imenso cuidado, o carvalho ficou praticamente intacto e agora mais seguro. E as laranjas foram colhidas. Por isso eu ganhei três sacolas cheias delas. Fiz a festa! E fiz também esse bolo, dobrando a receita pra fazer uma pra presentear a minha vizinha. Ela merecia um agrado! É um tradicional bolo de laranja do oriente médio, com a adição de uns condimentos na massa e da calda para regar. Ficou parecendo mais uma sobremesa do que um bolo. Fez sucesso com minha vizinha e a família dela, que também aproveitou o presente, degustado no quintal num sábado à noite.

para o bolo:
2 laranjas grandes
4 ovos caipiras
1 e 1/2 xícaras de açúcar
3 xícaras de farinha de amêndoa
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de cardamomo em pó
Mascarpone, para servir

para a calda de laranja:
1 laranja grande
1/2 xícara de açúcar
1/4 xícara de água
1 colher de chá de água de flor de laranjeira

Coloque laranjas em uma panela grande; Cubra com água fria. Leve ao fogo alto e deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe por 1:30 ou até que as laranjas estejam completamente cozidas, bem moles.

Pré-aqueça o forno a 350°F/176°FC. Unte um forma de bolo com óleo e forre a base com papel vegetal.

Coloque as laranjas em um processador de alimentos e processo até as laranjas ficarem bem picadinhas. UNa batedeira coloque os ovos e o açúcar e bata até formar com creme grosso e de cor pálida. Adicione as laranjas picadinhas, a farinha de amêndoas, o fermento em pó, a canela e o cardamomo. Misture com uma espátula. Despeje n forma untada e forrada e leve ao forno por mais ou menos 1 hora ou até que o bolo esteja completamente cozido no centro. Remova do forno e deixe esfriar completamente.

Para fazer a calda, raspe a casca da laranja e esprema o suco. Coloque o suco, o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo. Cozinhe mexendo por 5 minutos ou até que o açúcar se dissolva e a calda engrosse ligeiramente. Retire do fogo, adicione as raspas da laranja e a água de flor de laranjeira. Deixe a calda esfriar e despeje sobre o bolo.

Se quiser, sirva as fatias de bolo acompanhadas de mascarpone ou iogurte grego. Eu não quis.

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pudim com sementes de gergelim preto & mel

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Fui várias vezes num restaurante japonês em Davis que serve “tapas”. Come-se em pratinhos pequenos mil coisinhas gostosas e bebe-se cerveja ou vinho espumante. Numa das vezes decidimos pedir sobremesa. Eles têm apenas três opções e uma delas era um pudim com sementes de gergelim preto. Achei uma delicia! Resolvi replicar o pudim em casa e fui atrás de uma receita. Achei essa aqui, que me pareceu bem similar. Fiz com agar-agar, porque tinha um envelope que queria gastar.

1/4 xícara sementes de gergelim preto torradas ou 3 colheres de sopa de pasta de sementes de gergelim preto
1/3 xícara de mel
1 e 1/2 xícaras de leite integral
2 colheres de chá de gelatina em pó [usei agar-agar]
1 e 1/2 xícaras de creme de leite fresco

No pilão ou no moedor de especiarias, moa as sementes de gergelim bem fininho. Pode fazer no mini processador, pulsando as sementes com 1/3 xícara de mel até formar uma pasta. Se for usar a pasta comprada pronta [acha pra comprar em loja de produtos asiáticos], pule essa parte. Coloque o leite numa panela média e polvilhe a gelatina em pó uniformemente por cima. Deixe descansar por 5 minutos. Leve a panela ao fogo baixo, mexendo sempre, até que a gelatina se dissolva. Se usar agar-agar deixe ferver. Misture as sementes de gergelim preto pulverizadas e o mel. Remova do fogo e misture o creme de leite. Misture bem com um batedor de arame e despeje o líquido em 6 ramequins ou taças de sobremesa. Leve à geladeira por pelo menos 2 horas, para firmar.

panquecas persas de abóbora

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A Amazon às vezes tem ofertas incríveis de livros de culinária para o Kindle. Fiquem de olho, porque livros maravilhosos podem ficar disponíveis por precinhos que vão de $2,99 a $0,99. Isso mesmo, alguns custam menos que uma pataca! Peguei essas ofertas duas vezes e comprei quase vinte livros. Um deles foi esse de comidas persas. Escolhi fazer essas panquecas de abóbora, pois ainda tinha [tenho] uma abóbora que comprei no halloween para enfeitar a sala e tinha assado e congelado em porções. Fiz as panquecas para o meu jantar de convalescente quando fiquei mofando em casa com um resfriado chato. A receita faz umas doze panquecas, então comi duas e o resto coloquei num prato e levei para os meus colegas no trabalho. Alguns colegas comeram, mas o meu chefe exagerou. Pegou uma logo de manhã quando chegou, duas de sobremesa no almoço e no final do dia pegou as duas últimas que ainda estavam no prato e levou pra casa. Fica uma panqueca muito aromática, por causa da água de rosas. Como recomenda a autora do livro, essas panquecas típicas do norte do Irã podem ser comidas como café da manhã ou como sobremesa, ou em ambas as ocasiões, como fez o meu chefe!

1/2 xícara de açúcar
1 ovo caipira grande em temperatura ambiente
3 colheres de sopa de água de rosas
1 xícara de purê de abóbora [eu sempre asso a minha]
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de canela em pó
2 colheres de sopa de óleo vegetal [para fritar]
1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro [para decorar]
1/2 xícara de nozes e pistaches picados [para servir]

Misture o açúcar e o ovo numa vasilha e bata bem, como a batedeira ou o batedor de arame. Adicione o purê de abóbora e a água de rosas e bata bem. Adicione a farinha de trigo, o fermento e a canela e misture com uma espátula. Leve a massa à geladeira por pelo menos 1 hora. Pode fazer à noite e deixar na geladeira até o dia seguinte, se for fazer pro café da manhã. Coloque o oleo aos pouquinhos na frigideira [eu gosto de espalhar com um pincel] , coloque mais ou menos 1/4 de xícara da massa e vá fritando as panquecas uma por uma. Polvilhe com açúcar de confeiteiro, salpique com as nozes e pistaches e sirva.

pudim de chocolate

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Tenho feito muitos “flans” porque eles são fáceis de fazer e tenho usado as receitas do site da Nestlê, porque imagino que elas foram bem testadas. Esses pudins fazem um sucesso enorme com os americanos, porque são diferentes. E agradam os brasileiros, porque é nossa comfort food. Perdi a conta de quantas fatias desse pudim de chocolate o meu filho repetiu. Usei um cacau em pó da Valrhona que deixou o pudim bem chocolatudo. Servi como sobremesa para um almoço com amigos acompanhado de fatias de laranja sanguínea temperadas com mel.

1 xícara de açúcar para fazer a calda
1 lata de leite condensado
1 xícara de cacau em pó
2 vezes a mesma medida [lata] de leite integral
3 ovos caipiras

Para fazer a calda coloque o açúcar numa panela e derreta em fogo baixo até formar uma calda dourada. Forre uma forma com furo no meio com essa calda e reserve.

Pré-aqueça o forno em 356ºF/180ºC. Bata no liquidificador o Leite condensado, o leite, o cacau e os ovos até que fique tudo homogêneo. Despeje na forma caramelizada. Cubra a forma com papel alumínio, coloque sobre uma assadeira com bordas e despeje água fervendo na assadeira até quase a borda. Leve ao forno e asse em banho-maria por 1 hora e 30 minutos. Remova do forno, deixe esfriar e leve à geladeira por cerca de 6 horas. Desenforme com cuidado numa travessa e sirva.

bloodoranges

calzoni di ceci
[pasteizinhos de grão-de-bico]

No Natal eu quis quis refazer algumas comidas que eu comia na casa dos meus pais. Era inevitavelmente um carneiro assado e uma panela de cabrito à caçadora. Falei com a minha mãe sobre isso e fui atrás de uma receita pro cabrito. Foi então que tive o choque da minha vida—o cabrito é o filhote da cabra, um baby goat! Era isso que comíamos no Natal, um bebê! Fiquei tão aparvalhada, não conseguia me conformar. Alguém me disse que alguns cabritos são malvadinhos e que tinha certeza de que eu tinha comido um deles e não um dos fofinhos. Na verdade eu mal comia o cabrito, eu gostava mesmo era do molho, com tomate e vinho, onde eu molhava o pão. As recordações dessas comidas ficarão, mas a realidade é que não posso mais com isso de comer esses bichos fofinhos. Acabei fazendo um prato com bacalhau, que nunca foi uma tradição na minha família. Mas para os doces não tinha nenhum animal envolvido. Nós sempre tínhamos as crispelas—flores feitas de massinha, fritas e cobertas com açúcar de confeiteiro e mel; e os pasteizinhos recheados de grão-de-bico, que eram os meus favoritos. Fui buscar receitas, tinha que ser uma tradicional da Basilicata, a região na Itália de onde veio toda a família da minha mãe. Procurei muito e achei essa aqui que se encaixou mais ou menos no que eu queria. Na receita da minha mãe não ia chocolate derretido, apenas chocolate em pó [usávamos aquele da caixinha dos Frades]. Como vi muitas, mas muitas receitas de todos os cantos da Itália, percebi que algumas usavam castanhas portuguesas outras grão-de-bico. Talvez a versão com o grão-de-bico fosse a mais barata.  É uma ideia genial e fica gostoso demais. Fiz mais de cem pasteizinhos, dei um pouco para as minhas vizinhas, outro pouco pro Gabriel, eu e o Uriel comemos a beça e eu pude matar as lombrigas que me atormentavam há dezenas de anos!

para a massa:
400 gr de farinha de trigo
1 xícara de azeite de oliva
1 xícara de vinho branco [*usei o anisete, licor de anis]
50 gr de açúcar
1 ovo caipira

para o recheio:
1 quilo de grão-de-bico.
500 gr de chocolate meio-amargo
50 gr de cacau em pó
1/2 xícara de anisete ou vermute [*usei anisete]
1 xícara de mel
1 colher de chá de extrato de baunilha.

Coloque todos os ingredientes para a massa numa vasilha e misture bem até obter uma massa bem homogênea e macia. Pode usar a batedeira com a pá. Deixe a massa descansar por uma hora.

Cozinhe o grão-de-bico que foi deixado previamente de molho até ficarem macios. Ou use os de lata ou caixa, já cozidos. Coloque o grão-de-bico no processador de alimentos e pulse até obter uma massa. Derreta o chocolate em banho-maria e adicione ao grão-de-bico, juntamente com o cacau em pó, o licor, o mel e a baunilha. Pulse para incorporar.

Abra a massa com um rolo, corte discos usando a borda de um copo e coloque em cada disco um pouquinho do recheio. Dobre a massa e feche selando as bordas com os dentes de um garfo. Frite os pasteizinhos em bastante óleo quente. Decore com açúcar de confeiteiro ou com gotas de mel. Guarde um um recipiente com tampa.

torta de ricota e polenta

Queria fazer uma sobremesa italiana de ricota para receber minhas amigas num almoço. Escolhi essa receita, mas acho que errei na quantidade de alguma coisa [talvez a farinha de amêndoa], porque essa torta ficou mais como um bolo, nada cremoso, bem mais seco. Não teve problema, nós comemos do mesmo jeito, acompanhado de caquis cortados em cubinhos e regados com suco de limão.

1/2 xícara de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1/2 xícara de mel
Raspas da casca de 3 limões orgânicos
1/2 colher de chá de extrato de baunilha
4 ovos caipiras, gemas e claras separadas
1 e 1/4 xícaras de farinha de amêndoa
1 xícara de farinha de polenta
1 xícara de ricota fresca
1/2 xícara de fatias de amêndoas

Pré-aqueça o forno a 325°F/163°C. Forre uma forma de fundo removível com com papel vegetal e reserve. Coloque a manteiga, metade do mel, as raspas de limão e baunilha na batedeira e bata até ficar cremoso. Adicione as gemas e continue a bater por um minuto a mais. Adicione a farinha de amêndoa, a polenta e a ricota e misture bem. Bata as claras em uma tigela separada. Adicione o restante mel e continue batendo até obter picos firmes. Misture as claras com cuidado na mistura de bolo usando uma espátula. Coloque a mistura na forma preparada e polvilhe as amêndoas por cima. Leve ao forno e asse por 40 a 50 minutos. O centro do bolo pode parecer um pouco mole, mas firmará depois de frio. Deixe esfriar completamente antes de retirar da forma.

torta tenerina—torta italiana de chocolate

Eu precisava de uma sobremesa fácil e ótima pra levar num jantar na casa das minhas vizinhas e vi essa receita. Achei perfeita e fiz na sexta à noite, pra servir no sábado. É uma torta/bolo tradicional da cidade de Ferrara, perto de Bolonha, na Itália. Conhecida como la torta tenerina ela fica densa e meio cremosa por dentro, com uma crosta bem fina por cima. Eu decidi servir com um creme de leite batido em chantilly, adoçado só com um pouquinho de nada de mel e o creme ajudou a quebrar o doce da torta. Ela é levíssima e meio que derrete na boca. Minhas vizinhas adoraram e no dia seguinte me mandaram uma mensagem dizendo que aquela tinha sido a melhor sobremesa que elas tiveram na vida. Isso é que é elogio!

7 colheres de sopa de manteiga sem sal amolecida
1/2 xícara de açúcar de confeiteiro peneirado
113 grs de chocolate meio-amargo de boa qualidade [uns 70% cacau]
2 ovos caipiras grandes, clara e gemas separados
2 colheres de sopa de fécula de batata
3 e 1/2 colheres de sopa de açúcar super fino

Aqueça o forno a 350ºF/176ºC. Unte uma forma redonda com manteiga e forre o fundo com papel vegetal.Reserve. Na tigela da batedeira bata as 7 colheres de sopa de manteiga com o açúcar de confeiteiro até ficar um creme. Derreta o chocolate e despeje sobre a mistura de manteiga e o açúcar e bata até ficar homogêneo. Misture as gemas dos ovos, uma de cada vez. Misture a fécula de batata. Em outra tigela bata as claras em neve até formar picos moles. Gradualmente acrescente o açúcar e continue batendo até obter picos firmes. Junte as claras na mistura de chocolate. Coloque a massa na forma untada. Leve ao forno por 18 minutos. Retire do forno e deixe esfriar completamente, por cerca de 2 horas. Bolo vai afundar um pouco. Desenforme o bolo, remova o papel do fundo e inverta para um prato ou travessa, com crosta fina para cima. Peneire açúcar de confeiteiro por cima, corte em fatias e sirva.