sanduiche de salmão
[defumado]

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Receita perfeita da Elise, que chegou no momento exato, quando eu tinha muitas sobras de salmão defumado do brunch do último domingo. Felicidade pra mim é chegar em casa no final da tarde, cansada do dia estafante e preparar um jantarzinho delicioso em menos de trinta minutos. ôlerê, belê!
Você vai precisar de:

Fatias de pão francês
Queijo Gruyere * usei o finlandês Lappi
Salmão defumado em fatias finas
Limão em conserva — eu compro pronto, mas veja como fazer em casa aqui
Chives – cibouletes picadinhas *esqueci de colocar
Manteiga
Uma frigideira robusta e bem larga

Coloque a frigideira no fogo médio. Enquanto isso monte os sanduiches com fatias do queijo, fatias do salmão, a casca do limão em conserva cortada finíssima e as cibouletes sobre uma fatia de pão. Passe manteiga na outra fatia e cubra o sanduiche. Coloque os sanduiches na frigideira, a parte com manteiga para baixo primeiro. Vire os sanduiches, deixe tostar dos dois lados. Retire da frigideira e sirva imediatamente.

minha sopa de tomate

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Estou numa missão para gastar os ingredientes que estão na geladeira e prevenir desperdícios. O ingrediente central de ontem era um bocado de tomate em lata, que sobrou de alguma outra receita. Era fire roasted tomato, que tem um sabor levemente defumado e que eu adoro. Também tinha um restinho de manjericão fresco, que sobrou do evento da pizza do Gabriel. Minha intenção, que acabou virando uma obsessão, era fazer uma sopa. Vamos lá, procurei uma receita de sopa de tomate—que tinha que ser EXATAMENTE como eu queria—em pelo menos uns dez livros. Não achei nada que me satisfizesse. Fui para o Food Blog Search. Nada, nada, nada. Decidi improvisar mesmo. Whatever…
Bati mais ou menos 1 xícara de meia de tomate no liquidificador com uma xícara de água e as folhas de manjericão fresco. Passei tudo pela peneira. Numa panela, refoguei três dentes de alho picadinhos no azeite. Quando os alhos ficaram dourados, joguei o purê de tomates. Adicionei sal, pimenta moída e deixei ferver. Quando o caldo ficou mais encorpado, joguei 1/3 xícara de half-and-half [2/3 xícara de leite integral e 1/3 de creme de leite] e bastante queijo asiago ralado. Desliguei o fogo, misturei bem para o queijo derreter e servi com torradinhas de pão de grãos integrais e manteiga.

lemon squares

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Receita da Everyday Food, para tentar gastar meus limões, pois ainda tenho muitos na árvore. Quando eu digo limão é sempre o amarelo. Essas lemon squares são fáceis de fazer e ficam, hmmmm, deliciosamente cítricas.

Lemon squares
Faça a massa, colocando no processador:
3/4 xícara de farinha
1/3 de açúcar de confeiteiro
1/4 xícara de amido de milho, maizena
1/4 colher de chá de sal
1/2 xícara [1 tablete–113gr] de manteiga sem sal cortada em cubinhos

Bata todos os ingredientes secos, junte a manteiga e pulse até obter uma farofa grossa. Pressione essa farofa no fundo de uma forma quadrada e funda, untada com manteiga e forrada com papel vegetal—use uma folha maior que a forma, que vai ajudar a desenformar o doce depois de pronto. Ponha na geladeira por 15 minutos. Então asse em forno pré-aquecido em 350ºF/176ºC por 20 minutos, até a massa ficar ligeiramente dourada. Enquanto assa a massa, faça o recheio.

Na batedeira coloque 4 ovos grandes e bata até formar um creme. Adicione 1 xícara de açúcar, 2/3 xícara de suco de limão, 1/4 xícara de farinha de trigo, 1/2 colher de chá de fermento em pó e 1/2 colher de chá de sal. Bata bem. *eu acrescentei também as raspas da casca de um limão.

Retire a massa do forno, deixe esfriar u pouco e então coloque o recheio. Abaixe a temperatura do forno para 325ºF/162ºC e asse a torta por mais 20 minutos, até o recheio ficar firme e levemente dourado. Retire do forno, deixe esfriar e depois coloque na geladeira por pelo menos uma hora. Desenforme, puxando os lados do papel vegetal. Coloque num prato e corte em quadradinhos. Pode polvilhar açúcar de confeiteiro por cima, mas eu não fiz. Dá 16 quadradinhos.

mousse de caramelo com laranja

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Fiz essa receita já há algumas semanas, mas como ela foi um total fracasso com a crítica, que declarou resolutamente—ficou muito doce!—e não comeu nem mais uma colherada, perdi o entusiasmo de publicá-la. Apesar de ter uma grave intolerância com coisas super doces, eu comi o mousse sem me contorcer, então concluí que a critica exagerou e se precipitou condenando a receita ao ostracismo.

Ela saiu da edição de abril da Martha Stewart Living, com um nome mais chique e acompanhada de uns biscoitinhos. Eu simplifiquei tudo, do meu jeitão, indo diretamente ao que me interessava. A MS usou vários tipos de cítricos, eu usei somente laranja, então ficou simplesmente Mousse de caramelo com laranja.

Voilá.

1/4 xícara, mais 2 colheres de sopa de água gelada
1 colher de chá de gelatina em pó
1 xícara de acúcar
2 colheres de sopa de light corn syrup – karo light
2 1/2 colheres de sopa de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1 3/4 de creme de leite fresco
1/2 xícara de crème fraiche
*se não tiver creme fraiche, use somente creme de leite, totalizando 2 xícaras e 1/4 de creme
Uma pitada de sal

Dissolva a gelatina em 2 colheres de sopa de água gelada. Reserve. Numa panela, coloque o acúcar, o corn syrup e o restante 1/4 xícara de água e leve ao fogo, mexendo sempre em fogo médio, até o acúcar dissolver. Continue mexendo até a mistura ficar cor de âmbar escuro, mais ou menos 12 minutos.

Remova a panela do fogo. Coloque na pia a adicione com cuidado a manteiga em cubinhos, batendo sempre com o batedor de arame, até a manteiga dissolver—cuidado, pois o açúcar borbulha e espirra. Adicione 1/4 xícara de creme de leite e 1/4 de creme fraiche [ou 1/2 xícara só de creme de leite]. Bata bem. Adicione a gelatina misturada na água, mexa para incorporar. Deixe esfriar completamente.

Enquanto o caramelo esfria, coloque na batedeira o resto do creme de leite/creme fraiche [ou só o creme de leite] e bata ate formar picos firmes. Coloque o caramelo gentilmente no creme batido, cubra e refrigere por uns 10 minutos.
Corte as laranjas em cubinhos e coloque em taças ou copos. Uma camada de laranja, outra do mousse de caramelo, outra de laranja. Leve à geladeira por um hora. Sirva.

Tassajara cooking

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Esse é outro livro que eu carrego comigo há anos e tenho um carinho especial por ele, por uma razão que não tenho cem por cento certeza. Quando eu comecei minhas aventuras naturebas na cozinha, um livrinho me guiou e me inspirou com suas ilustrações fofinhas. Não tenho mais a tal edição, mas quando cruzei pela primeira vez—anos depois, já morando no exterior—com o Tassajara Cooking, reconheci as ilustrações do livro da minha adolescência. Concluí que aquele livrinho do meu passado era a tradução em português desse clássico, publicado em 1973 pela editora Shambhala e de autoria do monge Edward Espe Brown, do Zen Center de San Francisco. Brown ainda é muito ativo e no ano passado lançou o filme How To Cook Your Life, que está na minha lista de must see.

só me restaram as flores

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Fui toda pirilampa buscar minha cesta orgânica semanal na fazenda da UC Davis, já antecipando as lavagens e tais. Nem lembrei que não tinha recebido naquele dia a mensagem que sempre recebo, contando um pouco sobre a semana na fazenda, o que está por vir, quem colheu o que com cuidado e carinho e a esperada lista dos produtos. Não lembrei também que já tinha recebido a mensagem do final do quarter de inverno e perspectivas para o quarter de primavera, com custos, calendário, eteceterá. Por causa do sambalelê em que minha vida se transformou nas últimas semanas, não lembrei de nada, fiz o que sempre faço automaticamente e como já fiz antes, cheguei na fazenda e encontrei tudo vazio. Elementar minha cara, a cesta está no spring break, junto com a massa de estudantes que simplesmente desapareceu do campus depois do estresse do exames finais. Minha vida segue mais ou menos o ritmo do sistema de quarters [trimestres] da universidade. Quando as aulas começam, me atrapalho manobrando a bicicleta no meio da horda de gente também bamboleando ou fazendo tolices em duas rodas, gente falando no celular, correndo, carregadas de livros, pratos ambulantes, milhares de copos gigantes cheios de café, fones de ouvido, laptops. Quando os estudantes têm um break, tudo muda. Minhas pedaladas na segunda-feira foram tranquilas, por um campus vazio, ouvindo apenas uma barulheira de passarinho, recebendo uma chuva de flores nos ombros, com as alergias borbulhantes, sol aquecendo a alma, doce aroma da nova estação. Que surpresas terei quando a cesta orgânica voltar, junto com os estudantes, no último dia de março?

shots de aspargos

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Claro que sobrou um monte de aspargos que a Madame Exagero fez pro brunch de domingo. Nem pensar em desperdiçar tais beleuzuras. Como os aspargos já estavam cozidos no vapor e temperados com sal e azeite, apenas piquei e bati no liquidificador com um pouco de água. Passei pela peneira, jogando mais um pouco de água, até obter um creme. Levei ao fogo até ferver, acertei o sal, desliguei o fogo e acrescentei um pouco de half-and-half [*para fazer em casa misture 3/4 xícara de leite integral com 1/4 de xícara de creme de leite fresco]. Servi morno em copinhos, como se fossem shots. Também pode servir frio.