a melhor refeição das nossas vidas

Minha amiga Alison escreveu sobre comida e eu estou de olho! Ela descreveu o menu da festa de casamento da qual ela e o Allan participaram, na Espanha.

The wedding menu featured meats, salad, seafood in novel and interesting combinations (smoked duck and asparagus in an intriguing-looking sauce, for instance). But we were offered, and accepted, a “real” vegetarian menu. Watermelon gazpacho; saffron-flavored tagliatelle. Shaved cepes with an exquisite sauce. A chocolate-hazelnut mousse drizzled with tiramisu “soup.”

looking for M.F.K. Fisher

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Estou completamente apaixonada pelo texto da Mary Frances! Ainda estou lendo Serve it Forth, mas estou buscando informações sobre ela, porque quando eu leio um livro de alguém fico curiosa para saber mais sobre a pessoa. Vi no catálogo online da UC Davis que tinha lá um scrapbook, um livro publicado em 1997 com fotos da Fisher desde a sua infância até a velhice. Saí do trabalho e estacionei minha bike na biblioteca. Agora não tem mais jeito, estou numa confa literária!

Dentro daquela biblioteca, que coisa, às vezes me esqueço do cheiro dos livros e das sensações que eles me provocam. Camelei muito dentro daquela biblioteca para achar a prateleira dos livros da M.F.K. Fisher. São quatro andares, um verdadeiro labirinto. Finalmente achei e não consegui levar apenas um. Peguei o scrapbook, mais um livro de memória, outro de cartas…. aimeudeuso!

Como já estava ali, resolvi dar uma passadinha pelas prateleiras de culinária. Meusantantónio, tô ferrada! Dei uma olhada numa prateleira e já queria levar tudo! Peguei dois livrinhos de gastronomia publicado nos anos 30. A primeira e única vez que alguém retirou esses livros foi em 1980! Acho que não vou ter problema requisitando essas reliquias.

Agora preciso traçar um plano. Preciso de umas duas horas por dia pra comer – e preparar a comida, oito horas de sono, oito horas no trabalho, então preciso me organizar muito bem nas horas restantes, porque pra conseguir ler todos esses livros eu vou ter que me retirar da vida social, parar de ver filmes na tv, ir ao cinema, escrever nos blogs, eteceterá…..

salada de tomate com limão em conserva

Ainda estou colhendo muitos tomates, então resolvi fazer uma receita que vi num livro bonito que eu tenho de culinária do Marrocos. Gostei da idéia de misturar o tomate com o limão em conserva. É uma salada simples e fácil de fazer, mas tem um sabor bem especial. Foi aprovada!

Tire as sementes e corte uns quatro tomates grandes em fatias finas. Corte um limão em conserva no meio, tire a polpa e jogue fora, corte a casca em fatias finas. Misture com os tomates e acrescente um punhado de salsinha e outro de coentro picadinhos. Prepare o molho com o suco de meio limão, uma pitada de sal, uma colherzinha de chá de páprica doce e azeite. Misture bem e tempere a salada.
O limão em conserva é um ingrediente típico da cozinha marroquina e pode ser encontrado pronto em vidros. Mas pra quem não conseguir achar, há a opção de fazer em casa numa receita facílima que me foi passada pela Gisa:

confit de citron – preserved lemon – limão em conserva – Coloque o limão lavado e cortado em quatro no sentido longitudinal sem separar (fica como uma flor de 4 pétalas). Coloque num pote de conserva com tampa hermética e coloque um colher de chá de sal pra cada limão que couber no pote. Preencha com água fervente e feche. Leve o pote para uma panela grande cheia de água e deixe ferver 5 minutos. Depois de frio guarde o pote em local fresco e escuro. Depois de aberto deve ser conservado em geladeira.

começou a minha estação favorita

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Outono é a minha estação favorita do ano, por ser a mais agradável, a mais colorida, a mais bonita. Adoro as folhas mudando de cores, o clima de preparação pro inverno. Aqui na Califórnia o outono é bem longo então podemos apreciá-lo como se degustasse um bom vinho.
Essas fotos foram feitas em 2004 quando minhas sobrinhas estavam aqui me visitando. Elas vieram da Inglaterra com uma lista de coisas para fazer, uma delas ir à um pumpkin patch, pois segundo elas – em Londres não tem pumpkin patch! What a pity… Então fomos e elas se divertiram. Pegamos muitas abóboras e a Paula queria levar a dela no avião de volta para casa. Foi um sacrificio convencê-la a deixar a abóbora aqui. A Paula é essa da foto, às vezes coelhinha, às vezes sereia.

e num é que virou um banquete?

Chega aquele dia em que você não pode mais fingir que não está vendo aquele pacote de quiabo lá no fundo da gaveta, ou aquele milho cozido sobra de sábado enrolado no papel alúminio e empilhado na prateleira. É dia de limpeza da geladeira, pois o que não usar vai acabar indo pro lixo.
O quiabo que não iria demorar pra ir pras cucuías foi refogado no azeite com limão e sal. A espiga de milho foi ralada e virou um creme docinho, engrossado no leite e temperado com sal e chives. Uma batata doce que já estava cozida esperando uma receita foi regada com azeite e assada. A sobra de arroz basmati de domingo foi misturada com ervilhas frescas e muito queijo manchego ralado, que antes teve que se despir de uma tenra casquinha verde, e esquentado rapidamente. A última tortilla bread no saco foi cortada em quatro com a tesoura e torrada na frigideira de ferro. Pra beber, água gelada. Ops, acabei esquecendo de fazer uma salada, mas realmente nem fez falta.

a boa massa

Quando uma receita é testada e dá certo, vai pro patamar das receitas boas. Ontem uma conseguiu esse mérito. Eu precisava de uma receita de massa de torta para fazer uma torta de frango com uma sobra de um frango assado que comprei no Farmers Market. O recheio é fácil, os pedacinhos de frango picados e refogados com o que quiser. Eu usei salsão, pimentão vermelho, tomate, azeitona verde, salsinha. A massa é onde a porca torce o rabo – pra mim, eu sei!

Então peguei essa receita em um dos livros do Moosewood Restaurant. Fiz na batedeira elétrica, mas dá pra fazer no food processor ou mesmo na mão.

6 colheres de sopa de manteiga geladíssima
1 xícara e meia de farinha de trigo
4 colheres de sopa de água ou leite gelado [usei leite]

Coloque a farinha na batedeira. Bata com a pá achatada em velocidade de misturar por 10 segundos. Acrescente a manteiga cortada em cubinhos e misture por um minuto até os pedacinhos de manteiga ficarem do tamanho de uma ervilha. Vai acrescentando o leite e batendo, ate a massa ficar consistente. Embrulhar numa folha de plástico e deixar na geladeira por 15 minutos. Esticar com o rolo e usar. Forra uma forma de 20 cm.