bananas flambadas ao rum

Minha inquilina passou o final de ano no Caribe e me trouxe de presente uma garrafa de rum e uma caixa de charutos feitos a mão na República Dominicana. Eu agradeci e pensei —o que vou fazer com isso? Os charutos eu ainda não sei, mas com o rum eu decidi fazer algumas comidinhas. A primeira delas veio rapidinho enquanto eu pesquisava receitas com a bebida.

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Bananas Flambadas ao rum
4 bananas maduras e firmes cortadas ao meio no sentido do comprimento
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1/4 xícara de açúcar mascavo
1/2 xícara de rum escuro
Crème fraîche ou sour cream para acompanhar
Numa frigideira larga derreta a manteiga e o açúcar, mexendo bem. Adicione as bananas e frite dos dois lados. Vire com cuidado para elas não quebrarem.
Adicione a xícara de rum e flambe – muito cuidado nessa hora – até todo o álcool evaporar. Sirva imediatamente com uma colher de creme no topo.

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sopa de jerusalem artichoke

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A primeira vez que li sobre a alcachofra de jerusalem foi no livro da Isabella Beeton. Achei que era uma variedade da alcachofra normal, mas depois que a vi que saquei que ela é uma raiz, também chamada de sunroot ou sunchoke. Tem uma explicação muito boa sobre essa raiz na wikipedia. Ela lembra muito a textura do gengibre, mas o sabor se assemelha muitíssima ao coração da alcachofra. Eu fiz uma sopa bem simples com elas e um alho poró. Mas deixo aqui a receita da Isabella Beeton para uma sopa mais incrementada, usando essa raiz interessante.

Jerusalem Artichoke Soup
(A White Soup)
3 fatias de bacon ou presunto
Talos de salsão
1 nabo
1 cebola
100 gr de manteiga
2 quilos of jerusalem artichokes
1/2 litro de leite fervendo ou 1/4 de litro de creme de leite
Sal e pimenta cayenne a gosto
2 1/2 litros de caldo de legumes

Coloque o bacon/presunto e os legumes, tudo cortado em fatias numa panela com a manteiga. Refogue tudo por uns 15 minutos, mexendo sempre. Lave e descasque as alcafrofras, corte em fatias, adicione na panela e junte o caldo de legumes. Deixe ferver até tudo virar uma polpa cremosa, adicione os temperos – sal, pimenta – deixe ferver por mais 5 minutos e passe a sopa por uma peneira [liquidificador hoje, né genteee!], Retorne a sopa para a panela e deixe ferver de novo por mais 5 minutos. Adicione o leite ou creme de leite fervendo. Sirva com pequenos pedaços de pão frito na manteiga.

Leite Queimado

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Há dias de inverno em que até os ossos tremem. Sei lá por que, dá aquela friaca, um telecoteco físico, que só esquenta se você mergulhar o corpão num banho fervendo, ficar com os pés em cima do aquecedor ou tomar alguma coisa quente bem substanciosa. Meu reino por um sopão! Mas na hora do almoço não tinha sopão. Beber o que, então? Chá? Nãã… Chocolate? Nããã…

Lembrei do leite que minha mãe costumava fazer e que bebíamos nas noites geladas de inverno, quando anunciavam que ia ter geada e éramos obrigados a vestir o joguinho de camisola e calça de flanela, que minha mãe mandava fazer especialmente para essas noites—caso nos descobríssemos dos acolchoados de lã de carneiro ou de penas de ganso. Com a calça por baixo da camisola não corríamos o risco de pegar friagem nas pernas. Com as crianças, o seguro morria de velho!

Então nessas noites frias, minha mãe preparava o Leite Queimado, que nós bebíamos como se fosse um néctar. Ele servia também para abaixar febre, acalmar dores de garganta, tratava do frio e de qualquer eventual achaque piriritico de criança inventadora de moda. E como aquilo esquentava, mãe do céu! Eu, que sempre fui uma pessoa avessa aos apertamentos e confinamentos de qualquer espécie, já ficava toda incomodada com tanta roupa, puxava a calça de flanela com os pés e a deslizava para fora do acolchoado. Minha mãe enlouquecia com isso!

Hoje, me esquentei na hora do almoço com uma xícarazona do Leite Queimado, que sempre que acho que preciso, faço. E é a coisa mais simples e fácil.

Derreta duas [ou três, ou quatro—dependendo do tamanho da sua gana pelas cousas dolces] colheres de açúcar numa panela em fogo médio. Eu usei açúcar demerara, mas pode usar qualquer outro, branco, mascavo. Quando o açúcar estiver derretido, jogue uma xícara de leite e mexa bem, até todo o caramelo derreter novamente e se misturar no leite. Apague o fogo, transfira o Leite Queimado para uma xícara e beba imediatamente, sentindo o vapor do leite no rosto e queimando um pouco os beiços [faz parte!]. Depois me diga se não esquentou…

para pincelar bem pincelado

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Esses pincéis que não tem muita cara de pincel, eu comprei na IKEA há uns 3 ou 4 anos. Quando vi, achei que nem iriam pincelar direito, mas como adorei o design comprei sem nem piscar. Quando chegou a hora de usá-los, me surpreendi com a qualidade das pinceladas. Eles pincelam eficientemente como qualquer pincel, sem falar que têm um visual funky e são fáceis de lavar.

Ter ou não ter?

Eu confesso que ainda olho com muita cautela e desconfiança para certos utensílios de cozinha feitos de silicone. Adoro minhas espátulas, meus pincéis sem cara de pincéis, e o meu mais novo Caco pega-panelas. Comprei outro dia um forro de silicone para assadeiras. Ainda não usei. Já vi muitas formas para bolo ou muffins, até da Le Creuset, mas sinceramente elas ainda não me seduziram. Olho, olho, coço o queixo, penso, penso, mas continuo silicon-ess em termos de formas. E não é nem questão de preço, pois aqui essas formas não custam tão super mais caro que as de metal, e algumas ainda veem acompanhadas de um suporte—uma pequena ajuda para a moleza do produto.
Hoje saiu um artigo no NY Times comentando e avaliando os utilitários de silicone. A jornalista fez até uma lista dos itens que ela recomenda e não recomenda. Acho que a minha intuição estava certa quanto às formas de bolo. Parece que na prática nem tudo funciona tão bem quanto se imagina. Vou continuar olhando, coçando o queixo e pensando…

três coisinhas boas

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Uma coisinha boa é um chazinho de gengibre: põe água numa panela, joga muitos pedacinhos de gengibre ralado bem fininho, uns cravos da índia e o suco de um limão. Ferve por uns minutos, coa na xícara, adoça com mel e glup, glup, glup, hmmmmmm….
Outra coisinha boa é o sal de limão, feito com a casca do limão que foi usado no chá. Raspa ele todinho com o raspador/ralador, mistura as raspas no pilão [óia tô usando!] com sal marinho e põe numa vasilha pra secar. Secando, coloque num container com tampa e use como quiser.
A última coisinha boa é essa pimentinha perdida, que eu achei no fundo da minha cesta orgânica. Tirei foto dela, porque agora só vou ver outra assim no meio do verão.

vai começar o ano!

Estava lendo o delicioso post da Valentina, sobre o seu linguine com butternut squash e parmesão, e não pude deixar de pensar que simplicidade é TUDO! Tenho refletido muito sobre isso nesses dias, porque tenho cozinhado pouquíssimo, tenho tentado gastar os ingredientes que estão na geladeira e me preparar para a volta da minha cesta orgânica, que esteve de férias por três semanas. Na hora do almoço recebi o e-mail da fazenda, listando os produtos que vão chegar e fiquei felicíssima com o conteúdo da cesta que ainda não peguei. Vai ser uma alegria lavar e guardar todas esses legumes e verduras saudáveis e frescos e depois planejar o que fazer com eles. Pensando nisso, e olhando a foto do linguine da Valentina tão lindo, majestoso e apetitoso em toda a sua simplicidade, cheguei a conclusão que gosto muito dessa maneira de cozinhar, que não envolve grandes peripécias, nem ingredientes carésimos e raros, mas que é a melhor comida do mundo, porque é fresca, foi feita e vai ser degustada num breve período de tempo, não causou alvoroço, mas deu muito prazer e ainda contribuiu para a nutrição caprichada do nosso corpão! Hoje vai ser uma noite especial, com um jantar especial, feito com amor – como foram colhidos e empacotados os produtos pelo Raoul, Rachel, Dori, Catherine e o Scott – e com simplicidade. Batatas, cenouras, limões, alho, cebola, brócolis, repolho, couve, beterrabas, rabanetes negros, nabos e abóboras – olá! iuuuurúú!!

clafoutis de pera e cereja seca

Ainda estou muito desanimada, com sintomas dessa gripe que não se manca e não se pirulita. Passei o final de semana quietinha, enfurnada. Hoje resolvi dar uma organizada nas minhas revistas, especialmente as MSL, que são as que eu mais uso pra receitas. Fui marcando com post-its cor de abóbora as páginas com idéias interessantes. Numa delas a receita não só era interessante, como deliciosa, rápida e FÄCIL, e eu tinha todos os ingredientes. U-la-la! Saí do meu retiro de pessoa adoentada e fui pra cozinha fazer o clafoutis com pêras e cerejas secas.

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Pear and dried cherry clafoutis da edição de outubro de 2005 da revista Martha Stewart Living. Clafoutis é uma clássica sobremesa francesa com uma textura semelhante a uma mistura de pudim assado com panqueca. Pode ser servida no dia seguinte, quente ou fria.

Pré-aqueça o forno em 400ºF/205ºC. Unte uma forma redonda de cerâmica com manteiga e depois com farinha de trigo. Coloque 1/2 xícara de cerejas secas de molho num dedo de água fervendo e deixe por uns 10 minutos. Enquanto isso corte 1 pêra grande Anjou {eu usei duas Bartlett médias] em fatias e ajeite na forma. Eu deixei a casca. No liquidificador bata:

2 ovos
1/4 xícara de açúcar
1 colher de chá de extrato de baunilha
3/4 xícaras de creme de leite fresco [heavy cream]
3/4 xícaras de leite integral
1/4 xícara de farinha de trigo.

Derrame essa massa sobre as pêras já arrumadas na forma, escorra as cerejas da água e salpique por cima da massa. Asse por 25 minutos. Retire do forno quando a massa estiver dourada e deixe repousar por 15 minutos antes de servir. O clafouti pode ser refrigerado em container bem fechado por no máximo 1 dia.

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gadgets galore

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Gadgets adoráveis, embora nem sempre completamente úteis: separador de gema/clara; fatiador de ovos; bico dosador; raladores de tudo em diferentes tamanhos; coador de azeitona; mini-fouet, perfeito para molhos de salada; espremedor de limão; pegador de panela de silicone; micro-fouet, para bater o chocolate no leite na xícara; colheres para grapefruit.