frogurt de morango & lavanda

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Milagrosamente eu usei uma receita para fazer este sorvete. É o strawberry frozen yogurt do livro The Perfect Scoop do David Lebovitz que dei uma pequena [pequena mesmo] modificada. Troquei o limão pela lavanda. Na verdade, usei um açúcar biológico de lavanda que ganhei da Carlota, quando nos encontramos em Lisboa. Demorei pra achar uma receita legal para usar esse açúcar e também demorei pra sacar que fazer açúcar de lavanda é a coisa mais fácil do mundo, daí fiz um tanto para usar novamente no futuro. Como tenho o paladar muito sensível para o açúcar, achei que esse sorvete ficou um pouco mais doce que os que eu normalmente faço, usando mel ou nectar de agave. Mas nada que me previna de comê-lo com animação. E ficou com uma cor impressionante. Pensar que ele é cem por cento natural—a really good thing.

450 gr de morangos orgânicos picados
2/3 de xícara de açúcar * usei o açúcar biológico com lavanda
3 colheres de sopa de vodka ou kirsch * usei vodka
1 xícara de iogurte orgânico integral
1 colher de chá de suco de limão * não usei

Coloque os morangos numa tigela e misture o açúcar e a vodka ou kirsch. Mexa bem e deixe descansar por pelo menos 30 minutos. No liquidificador coloque os morangos e o iogurte e bata bem. Coloque na sorveteira e é só.

um curau natureba

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Todo mundo fez uma careta de espanto quando eu servi esse curau de cor estranha. Mas eu garanti que um sorriso iria aflorar logo na primeira colherada. E assim foi. O curau ficou com essa cor de caramelo porque usei açúcar de rapadura pra adoçar. Fiz com duas xícaras de grãos do milho raspados da espiga com uma faca, 1 xícara de leite integral, 1/2 xícara de açúcar de rapadura e raspinhas de canela, que fiz na hora com o microplane. Bater tudo no liquidificador e passar por uma peneira. Dai é só cozinhar, cozinhar, cozinhar em fogo baixo. Eu adoro milho e qualquer comida preparada com ele. Curau pra mim é o verdadeiro manjar.

a última leva

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Eu compro livros compulsivamente, embora meu tempo para leituras seja bem limitado. Mas já tendo os livros nas estantes, me organizo para ir lendo aos poucos, em etapas, conforme vou sendo direcionada por curiosidade, dúvida ou interesse. Essa leva de livros chegou há duas semanas. Ja folheei todos, até marquei algumas coisas interessantes, mas ainda não consegui ler com mais cuidado e por algumas coisas em prática. Os dois do Mark Ruhlman já são bem conhecidos e achei Ratio bem interessante [so far]. O The Flavor Bible foi recomendação da Elise e recomendação da Elise pra mim é ordem! Achei bem legal, pelo que já vi. Os autores dão inúmeras possíbilidades de combinação de ingredientes. Acho que Ratio complementa The Flavor Bible, um dando as proporções básicas para algumas receitas e o outro abrindo um horizonte extremamente amplo para combinações de sabores. E o último, Vefa’s Kitchen, outro volumão da editora Phaidon, todo dedicado à culinária grega. Como os outros livros dessa editora, o Vefa’s é lindo, cheio de fotos e receitas maravilhosas. Vou precisar de tempo para examiná-lo com cuidado, mas só uma passada os olhos pelas centenas de páginas já foi suficiente para marcar várias receitas.

sopa fria de abobrinha

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Outra receita do chef belga Alain Coumont que saiu na revista Food & Wine. Numa grande coincidência, na semana que marquei de fazer essa sopa, achei um macinho de purslane no Farmers Market. Eu já tinha recebido essas folhinhas na cesta orgânica. Ela é considerada um mato, pois cresce rasteiro no chão, vai espalhando e ninguém gosta dela. Mas ela é comestível e muito saborosa, como outros matinhos interessantes, entre eles o espinafre selvagem e o dandelion. A sopa ficou bem interessante e como precisa cozinhar antes de gelar, pode ser servida também quente. Ao gosto do freguês.

2 colheres de sopa de azeite e extra para por sobre a sopa pronta
1 cebola pequena picadinha
1 colher de chá de folhas de tomilho fresco
1 folha de louro
1 quilo de abobrinhas pequenas cortadas em cubos
1 abobrinha extra para ser fatiada e decorar a sopa
Sal kosher a gosto
3 xícaras de água
2 colheres de sopa de manjericão fresco picado
Pimenta do reino moída na hora
2 xícaras de purslane ou rúcula

Numa panela grande coloque o azeite e refogue a cebola em fogo médio até ela ficar transparente. Acrescente o tomilho e o louro e cozinhe por 1 minuto. Junte as abobrinhas e o sal. Cozinhe mexendo de vez em quando por uns 10 minutos. Junte a água e deixe ferver. Remova o louro e junte o manjericão. Bata a sopa em partes no liquidificador com cuidado ou passe pelo food mil, que é mais seguro e é como eu faço. Transfira tudo para uma sopeira e leve à geladeira por pelo menos 3 horas. Na hora de servir acerte o sal, tempere com pimenta, decore cada prato com um punhado de purslane e fatias de abobrinha raladas finas. Coloque um fio de azeite por cima e delicie-se. Essa sopa pode ser preparada com antecedência.

gadgets para churrasqueira

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Ainda na primavera eles começam a aparecer e quando chega o verão as lojas já estão lotadas de apetrechos para a churrasqueira. São mil e uma utilidades para facilitar a vida dos amantes das comidas grelhadas. Eu sempre olho todos aqueles cacarecos com imensa desconfiança, pois sei que a maioria deles acaba empoeirando nos armários ou sendo vendidos a preços de banana nas garage sales da próxima estação. Apesar do meu ceticismo, não me livro de cair na tentação de comprar algumas dessas utilidades. Foi o caso desse suporte para espigas de milho, que usei uma ou duas vezes. Mas outro dia cai na tentação novamente, comprando uns espetinhos longos de metal, que já usei algumas vezes e gostei pois acho chato usar palitos de madeira que tem que imergir na água antes e depois vão pro lixo. Também comprei uma forma de pizza para churrasqueira, que não achei nada ruim. Mas o melhor investimento foi nessa frigideira, na qual fiz as flores de abobrinha recheadas de outro dia e esses tomates, que ficaram muito bons. Pra coisas pequenas, especialmente legumes, a churrasqueira é um pouco complicada, pois os pedaços podem cair, grudar, espatifar. Mas assim, com a frigideira—que tem um cabo que pode ficar pra fora ou para dentro—tudo fica facílimo.

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Esses tomatinhos foram recheados com uma mistura de queijo de cabra, ciboulettes picadinhas, pimenta do reino moída na hora e azeite. Cortei a tampa dos tomates, removi as sementes, recheei com o queijo, tampei de volta e eles ficaram uns dez minutos na churrasqueira a 400ºF. Nesse dia também grelhei espigas de milho, mas não usei meu suporte encalhado. Apenas cortei as pontas e abri um pouquinho os sabugos e coloquei na grelha. Esses milhos ficam tão doces e tão bons, que pro meu gosto não precisam de nada extra, mas quem quiser pode salpicar sal ou manteiga ou manteiga com ervas.