Cache Creek lavender fields

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Visitamos outra região que não conhecíamos, aqui no norte da Califórnia, ainda no nosso condado deo Yolo. São tantos lugares legais, cidadezinhas, mercados, vinhedos, vinícolas. O Capay Valley é bem conhecido pela sua riqueza agrícola. No caminho vimos muitos campos de arroz, alguns de tomates alternados com trigo e os indefectíveis pomares de amêndoas e nozes. Nosso destino era a pequeníssima cidade de Rumsay, com 95 habitantes, onde ficava os campos de lavanda orgânica do Cache Creek. O lugar é bem pequeno, pelo menos a parte que nós visitamos. O Uriel insistiu na tese de que aquile sítio era uma ex-comuna hippie. O ambiente era todo zen. Os pequenos campos de lavanda, uma casinha simpática, uma green house, um pomar de frutas salpicado com mesinhas e bancos para picnic. No dia do festival vendia-se perfumes, produtos de beleza e culinário feitos com lavanda. E por quatro patacas você podia colher o seu próprio bouquet. Também vendia-se um pacote com pão, queijo e morangos para picnicar e havia a opção de comprar a caixa de vinhos produzidos no Capay Valley. Nos compramos o ranguinho, nos servimos da limonada e dos brownies com lavanda que eram gentileza da casa e nos sentamos numa mesa decorada com vaso de flores embaixo de uma macieira. Coloquei atenção especial nos detalhes zen que enfeitavam o pomar e nos ramos de lavanda secando na beira do riacho. Enquanto comíamos nosso lanchinho, escutamos a banda que tocava, uma mistura de new age com ritmos indianos. O rapaz que tocava a cítara parecia importado da India. E assim passamos umas horas muito agradáveis do sábado, visitando um perfumado campo de lavandas.

galette de damasco

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Nesta época do ano eu sempre me excedo. Fico numa ansiedade para poder consumir todas as frutas que começam a aparecer no mercado—principalmente as que têm duração curta, que é o caso dos damascos. Precisa ficar alerta e não piscar muito, para não perder nenhuma oportunidade de comprar essa frutinha deliciosa, cuja temporada é curtíssima. Daí que exagerei e além de comprar muito, comprei umas muito maduras. Me apressei numa receita para usá-los. Queria que a massa fosse algo diferente e encasquetei que queria uma feita com sour cream. Finalmente achei esta da Chow. O recheio saiu de uma receita de torta de ruibarbos e funcionou muito bem para damascos.

prepare a massa:
1 xícara de farinha de trigo
1 pitada de sal
8 colheres de sopa [113gr] de manteiga gelada sem sal
1/2 xícara de sour cream bem gelado

No processador coloque a farinha e o sal. Pulse. Corte a manteiga em cubinhos e junte à farinha, sempre pulsando até os pedacinhos de manteiga ficarem bem pequenos. Junte o sour cream e pulse até formar uma massa. Remova a massa do processador, forme uma bola, embrulhe em plástico e coloque na geladeira por uns 30 minutos. Essa massa fica bem frágil e delicada para abrir. Eu abri sobre um pedaço de papel vegetal levemente enfarinhado e coloquei a massa na forma em cima do papel. Gele a massa aberta por uns minutos antes de colocar o recheio.

faça o recheio:
12 damascos descaroçados e cortados ao meio
1/2 xícara de açúcar
1/3 xícara de maizena
1/4 colher de chá de cravo em pó
1/4 colher de chá de nos moscada ralada na hora
2 colheres de sopa de suco de laranja [ou limão]

Misture tudo muito bem, deixe descansar uns minutos. Coloque o recheio no centro da massa deixando um espaço ao redor para poder dobrar. Dobre as bordas sobre o recheio, pincele com o molho que sobrou do recheio [foi o que eu fiz] ou faça uma mistura de 1 gema com 1 colher de sopa de água. Leve ao forno pré-aquecido em 365ºF/ 185ºC por mais ou manos 30 minutos ou até a massa ficar bem dourada e o recheio de fruta cozido e borbulhante. Remova do forno, deixe esfriar e sirva.

risoto com radichio

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Agora que meu marido finalmente se tornou um apreciador de risotos, posso me soltar e fazer esse prato sempre que tiver vontade, inventar, arriscar. Pra completar a minha alegria, descobri no Co-op um arroz arbóreo produzido aqui pertinho, um pouquinho mais pro norte de Davis. Fiquei muito besta quando descobri um tempo atrás que a Califórnia não é somente uma grande produtora de arroz, mas que também exporta o dito para a Ásia. Todo o arroz que eu consumo—basmati comum, basmati integral, jasmine, grão curto ou grão longo, integral ou comum, para sushi, vermelho, selvagem e o arbório, é produzido por aqui. A animação para testar o arbório californiano juntou-se aos lindos radichios alface que comprei na banca de uma família de fazendeiros onde compro também os melhores ovos, morangos e tomates. E sendo o radichio uma das folhas favoritas do Uriel, logo previ que este risoto iria acabar no nosso hall of fame.

Fiz risoto novamente sem usar caldo e não me arrependi. Quem quiser fazer com caldo faça, mas não me recrimine. Gosto de seguir meus instintos e muitas vezes acho que o caldo acaba dominando e oprimindo o sabor do ingrediente principal. Fiz a receita super básica, com 1 xícara de arroz, 1 xícara de vinho branco e 4 xícaras de água quente.

1 radichio lavado e picado em fatias
1 xícara de arroz arbóreo [sem lavar]
1 xícara de vinho branco seco
4 xícaras de água quente [ou caldo, se quiser]
2 colheres de sopa de manteiga
1 echalota picadinha
3 rodelas grossas de queijo de cabra cremoso
Sal a pimenta do reino a gosto
Vinagre balsâmico envelhecido para servir

Numa panela robusta derreta a manteiga e refogue a echalota picadinha até ela ficar bem macia. Junte o radichio picado, refogue até as folhas murcharem bem. Junte o arroz e refogue, mexendo sempre, por alguns minutos. Coloque o vinho e mexa até o liquido absorver completamente. Dai vá adicionando a água, uma xícara de cada vez e mexendo ocasionalmente, até o arroz absorver as 4 xícaras de água e ficar bem cozido e cremoso. Nos últimos minutos adicione o queijo de cabra [ou queijo parmesão ralado na hora], misture bem para incorporar. Salgue a gosto e tempere com pimenta do reino. Desligue o fogo, deixe descansar uns minutos e sirva com uns pingos de um bom vinagre balsâmico envelhecido por cima do arroz.

as minhas lavandas

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Até eu me espantei em perceber que nunca tinha apanhado nenhum raminho das lavandas do meu quintal para por num vaso. Já tinha usado pra cozinhar, mas nunca para enfeitar. Quando nos mudamos pra esta casa, há oito anos, plantei lavanda por todos os lados, diferentes variedades, algumas foram pra frente e outras não. As que prosperaram estão no canteiro onde ficam também o limoeiro e o pé de nectarina. Tenho o maior amor por essas lavandas, pois elas perfumam o meu quintal. Num outro dia acabamos de jantar na mesa do quintal e de repente eu olhei pras florezinhas, catei a tesoura de jardim e plicplicplicplic. Enchi dois vasinhos. Posudo, aqui está um deles.

cornbread
[com estragão & cheddar]

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Sem dúvida nenhuma este foi o melhor cornbread que já comi. A receita saiu da ediçào de março de 2010 da revista Country Living, cujo forte nem são receitas. O segredo das beiradas super crocantes e douradas é pre-aquecer a manteiga no forno, como eles ensinam. Fica bom demais, é super fácil e rápido de fazer e pra nós foi o prato principal do dia, acompanhado de uma salada simples de tomate com manjericão.

1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de cormmeal amarela
2 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
3 colheres de sopa de açúcar
1 tablete [113 gr] de manteiga sem sal
1 xícara de buttermilk
2 ovos grandes
120 gr de queijo cheddar ralado
1 colher de sopa de folhas de estragão fresco picadas

Pré-aqueça o forno em 425ºF/ 220ºC. Numa frigideira robusta de uns 22 cm que possa ir ao forno coloque a manteiga em pedaços e leve ao forno até a manteiga derreter e começar a ficar dourada. Enquanto isso misture a farinha, cornmeal, fermento, sal e açúcar numa vasilha. Separadamente bata os ovos com o buttermilk. Remova a frigideira do forno [*com muito CUIDADO!] e despeje a manteiga derretida na mistura dos ovos. Bata bem, junte o queijo e as folhas de estragão. Junte a mistura liquida à de farinha e misture para incorporar. Coloque tudo na frigideira ainda quente e volte ao forno. Asse por uns 20 minutos, até o centro ficar firme e o bolo ter uma superfície dourada. Sirva morno ou frio.

sopa de abobrinha grelhada

sopa-abob-grelhadasO tempo continua estranho por aqui. Parou de chover, mas as temperaturas sobem e descem, abre o sol, depois nubla, venta, uma situação bem incomum. Mas já tivemos uns dias razoavelmente quentes e daí já me dá os cinco minutos das sopas frias. Elas não foram apenas uma febre do verão passado. Como os sorvetes e as variações de gelatinas, as sopas geladas já foram incorporadas no meu cardápio sazonal. Essa, totalmente invencionice, ficou interessante. Não provocou epifanias gastronômicas, mas inaugurou a temporada das sopas frias. As abobrinhas já estão chegando com frequência na cesta orgânica, como também o manjericão—a cada semana um maço maiorzinho. Também usei novamente os pinoles, pois tenho um saco que quero gastar. E o buttermilk, que pode muito bem ser substituído por iogurte.

2 abobrinhas de casca verde
1 1/2 xícara de buttermilk
1/2 xícara de água
1 xícara de folhas de manjericão fresco
1/3 xícara de pinoles
2 colheres de sopa de suco de limão
Sal e azeite

Corte as abobrinhas em pedaços, tempere com sal e azeite e grelhe ou asse até elas ficarem bem douradas dos dois lados. Remova da grelha ou forno [fiz na churrasqueira] e deixe esfriar um pouco. Coloque as abobrinhas grelhadas e os outros ingredientes no liquidificador e bata bem até formar um purê. Acerte o sal se precisa. Coloque numa sopeira ou jarra e leve à geladeira. Sirva a sopa bem fria.

pudim com morango & água de rosas

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Acho que nunca fiz uma sobremesa que tenha causado tanto entusiasmo no meu marido. Quando ele elogia, é sempre com intensa sinceridade. Ele chamou de panna cotta. Eu resolvi chamar de pudim. Fiquei um pouco receosa que o perfume da água de rosas fosse ser um problema, porque não é todo mundo que gosta desse tipo de aroma na comida. Mas neste caso, foi a água de rosas que fez toda a diferença. Adoramos. Ao invés de colocar em moldes para desenformar, resolvi usar potinhos pequenos, alguns deles são porta velas de vidro. Ficaram fofíssimos. A receita fez 8 potinhos pequenos.

1 xícara de morangos orgânicos picadinhos
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sopa de água de rosas
Pique o morango, misture com o açúcar e a água de rosas e distribua pelos potinhos, uma colher de sopa em cada um. Reserve.
1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de leite integral
3 colheres de sopa de açúcar
1 pacotinho de 4gr [1 colher sopa] de agar-agar
2 colheres de sopa de água de rosas

Numa panela, coloque o creme de leite e o açúcar e mexa bem com um batedor de arame até o açúcar dissolver bem. Adicione o agar-agar e leve ao fogo médio, até o creme ferver. Remova do fogo. Adicione o leite e a água de rosas, mexa bem para incorporar e distribua o creme pelos potinhos com os morangos picados no fundo. Leve à geladeira até firmar. Com o agar-agar o processo é rapidíssimo, então dá pra fazer enquanto prepara a refeição e já servir logo em seguida como sobremesa.

galinhetes galore

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Minha cozinha é dominada por elas. Algumas já se mostraram por aqui durante os últimos anos. Outras nunca tiveram a chance e nem eu mesma sei explicar o por que dessa falha. Mas estou me redimindo e mostrando mais um par delas. As primeiras galinhas ganhei da querida Sonia Novaes quando estive em Campinas. As segundas também comprei em Campinas, na Tok&Stok. E a terceira é uma fofucha que fica lá em cima do armário, me olhando enquanto eu faço coisas na pia da cozinha. Adoro todas essas minhas lindas galinhas igualmente!