sopa de cenoura

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Fui forçada a comprar cenouras no Farmers Market, porque na minha cesta só tem vindo folha verde claro, folha verde escuro, folha verde arroxeada, folha verde espinhuda, folha verde aveludada, folha verde, folha verde. E necas de pitibiriba das outras cores, como o laranja ou o amarelo das cenouras que eu tanto gosto. O produtor de quem eu comprei essas cenouras amarelas me disse que elas tinham o sabor bem semelhante aos da cor de laranja. Eu gostei muito. Lavei, despelei, piquei e fiz uma sopa excepcional.

Receita do The Art of Simple Food.
sopa de cenoura
4 colheres de sopa de manteiga
2 cebolas médias em fatias –o cabeção esqueceu de colocar
1 ramo de tomilho
6 xícaras ou mais ou menos 1 quilo de cenouras
Sal
6 xícaras de caldo de galinha — usei o caseiro
Numa panela de fundo grosso [usei a de ferro] derreta
a manteiga. Quando começar a espumar adicione a cebola e o tomilho. Refogue em fogo médio por uns 10 minutos. Adicione as cenouras cortadas em cubos, salgue e refogue por 5 minutos. Coloque o caldo e deixe cozinhar por uns 30 minutos. Ajuste o sal. Bata a sopa no liquidificador. Eu usei o ralo grosso do food mill. Na hora de servir acrescentei 2 colheres de sopa de creme fraiche. Serve de 6 a 8 pessoas, dependendo da fome.

sopa de feijão branco com berinjela

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Num comentário sobre uma das minhas sopas, a Valéria mencionou uma receita do Jamie Oliver de sopa de berinjela com feijão branco. Fiquei realmente entusiasmada com essa mistura, sem falar que ainda tinha umas berinjês pra gastar, frutos dos últimos suspiros do verão. Ela me passou a receita e eu fiz. Foi um sucesso com o fanzoco das berinjelas, que repetiu dois pratos. Eu também gostei muito da mistura dos dois legumes. Dei umas modificadas na maneira de fazer, mas mantive os ingredientes. Assei as berinjelinhas [usei 4 bem pequenas] no dia anterior. Usei feijão em lata, porque tem dias que simplesmente não dá tempo de cozinhar feijão. Usei os butter beans, uns feijões grandões. E inverti a maneira de fazer—primeiro passei os feijões e a polpa assada das berinjelas no food mill, depois acrescentei caldo de legumes caseiro. Refoguei bastante cebolinhas, a parte branca e a verde e joguei o caldo lá. Não usei alho nem cebola, mas usei a páprica doce e a cayenne seca. Servi com uma bolota de creme fraiche.

A receita, como a Valéria me enviou:
sopa de feijão branco com berinjela
2 berinjelas
2 xícaras de feijão branco (eu meço as duas xícaras quando tiro o feijão do pacote, ainda seco, antes de cozinhar)
1 litro de caldo de legumes ou galinha
1 tantinho de chilli seco picado, sem as sementes (tem que ser um tantinho mesmo porque, na primeira vez em que fiz, usei uma pimenta inteira, como mandava a receita, e quase morri afogada na primeira colherada de sopa)
azeite
cebola
alho
cebolinha
outros temperos que você gostar – eu ponho uma pitada de páprica doce e uma de páprica picante em tudo que eu faço, seguindo os conselhos de uma velha amiga da minha mãe, que dizia que é a melhor maneira de prender o marido pelo estômago (ela ficou casada mais de 50 anos… rsrsrs…)

Asse as berinjelas em forno alto por uns 40 minutos, até ficarem bem chamuscadas. Quando esfriarem um pouquinho, raspe toda a carninha de dentro delas e reserve. Eu tiro um pouco das sementes, porque tenho uma certa aflição, mas não precisa. Cozinhe os feijões na panela de pressão por uns 20 minutos. Eu uso a água do cozimento para fazer o caldo de legumes. Refogue os feijões e a massa de berinjela no azeite com os temperos. Acrescente o caldo, bata tudo no liquidificador e pronto! A receita original manda colocar um pouquinho de ricota esfarelada por cima na hora de servir, mas acho que qualquer queijo ou uma colherada de creme azedo servem.

sopa de lentilhas com pancetta

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Cozinhe a lentilha com bastante água até que elas fiquem bem molinhas. Desta vez eu usei lentilhas espanholas Pardina. Numa panela separada frite a pancetta cortada em micro-cubinhos até elas ficaram tostadinhas. No meio tempo acrescente um dentão de alho picadinho. Jogue a pancetta frita com o alho na lentilha cozida, acresente sal a gosto e deixe cozinhar mais uns minutos. Antes de servir jogue um punhado de salsinha fresca picadinha.

Monday Monday, [not] so good to me

Não bastasse eu estar soterrada de trabalho há meses, sem tempo para muitas leituras durante o dia, fazendo malabarismos e correrias para poder manter esse Chucrute ativo durante a semana, agora temos a noite chegando às 5 horas e a cesta orgânica abarrotada de folhas verdes. Infelizmente eu preciso dormir oito horas por noite, para poder funcionar e produzir no dia seguinte, senão poderia usar essas horas pra fazer outras trocentas mil coisinhas que eu quero fazer e não consigo.

Segundas são sempre punk pra mim, mas se durante o verão eu pegava a cesta e lavava rapidamente os legumes e frutas, ainda me sobrava tempo e luz para bolar fotos, pensar em receitas. Agora, com a noite chegando tão cedo e a cesta praticamente monocromática, com uma abóbora para destoar do vasto espectro de tonalidades de verde, não é mais a mesma coisa. Fico muito mais cansada e com a impressão de que já é muito mais tarde do que parece.

E como usar esse monte de verde? Chegou outra acelga do tamanho de uma melancia. E mais mações de espinafre, alface, rúcula, boc choi, red russian kale e cebolinhas verdes de tamanho descomunal. Com as sobras da geladeira, que incluiam outros verdes de alho poró e salsão, mais alguns nabos, fiz um caldo. Usei todos os verdes possíveis e ainda sobrou muita coisa. Enquanto fazia o caldo e lavava as mil e uma folhas verdes, coloquei uma abóbora cortada ao meio e sem as sementes para assar no forno—sim, eu tenho mania de assar tudo nessa época do ano.

A abóbora assada virou uma sopa, que ficou realmente boa. Refoguei a parte branca e picada de um alho-poró num pouco de azeite. Quando a abóbora ficou molinha, removi a polpa com uma colher e coloquei no copo do liquidificador, onde bati com um pouco de caldo de legumes—não usei muito, pois quis uma sopa bem cremosa e que não precisasse cozinhar mais. Juntei ao creme de abóbora, uma xícara de um queijo branco cremoso, russian style. Joguei esse creme de abóbora, queijo e caldo de legumes sobre o refogado de alho-poró. Temperei com sal, deixei ferver, desliguei o fogo e servi.

sopa de cogumelo assado

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Outra sopa para aproveitar a abundância dos cogumelos no Farmers Market. Usei uma receita como base, mas adaptei tanto que ela se transformou. O resultado foi aprovado pelo provador oficial da família, que primeiro olhou com aquela cara de desconfiado, depois raspou o prato.
Usei umas 300gr de baby portabella, tomilho fresco, um litro de caldo de legumes, meia xícara de vinho branco, umas gotas de limão amarelo e meia xícara de creme de leite fresco. Azeite e sal. Pré-aqueça o forno em 400ºF/ 205ºC. Forre uma forma com papel alumínio e espalhe os cogumelos, regue com azeite e ponha pra assar. Os cogumelos assam muito rapido, portanto não vá ver tevê, nem ler o jornal na internet. Quando eles estiverem assados—murchinhos e escuros, retire do forno e coloque no liquidificador com metade do caldo de legumes. Bata, mas não deixe virar um creme. A sopa vai ficar pedaçuda. Coloque os cogumelos batidos na panela, o resto do caldo, muitas folhas de tomilho fresco e sal. Cozinhe por um bom tempo, até o caldo reduzir. Acrescente o vinho e cozinhe mais um pouco. Quando a sopa tiver engrossado, desligue o fogo, acrecente umas gotas de suco de limão, o creme de leite, acerte o sal e sirva. Como eu tinha umas sobras de garlic chives que resgatei da horta, acrescentei elas picadinhas no final. Mas não é necessário.

sopa picante de tomate e grão-de-bico

sopa_tomate_graobicoReceita da revista Martha Stewart Living, edição de novembro 2007. É uma sopa bem apimentada, eu recomendo diminuir a quantidade de pimenta, se você não quiser ficar naquele abafamento sudoral provocado por elas.

Spiced chickpeas and tomato soup
2 dentes de alho picados
3 pimentas secas picadas ou 1/2 colher de chá de pimenta vermelha seca
1 colher de chá de coriander [coentro] seco moído
3/4 colheres de chá de sal grosso
1/8 colher de chá de sementes de caraway [kümmel]
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
1 lata [15 ounces] de grão-de-bico, escorrido
1 1/2 xícara de tomate em lata, com o suco *usei o tomate orgânico assado da marca Muir Glen, que é uma das melhores
1/2 xícara de pimentão vermelho assado
3 1/2 xícaras de caldo de legumes ou de galinha feito em casa ou comprado, mas de boa qualidade
Sour cream e folhas de salsinha para decorar

Num pilão, amasse o alho com sal e temperos, até formar uma pasta. Numa panela, adicione o azeite e refogue a massa de alho por uns 3 minutos, até ficar macia. Adicione o grão-de-bico, o pimentão e o tomate. Refogue uns minutos, adicione o caldo e deixe cozinhar por uns 15 minutos. Desligue o fogo, deixe esfriar e então bata a sopa no liquidificador. Retorne à panela e esquente. Sirva com uma bolota de sour cream e uma folhinha de salsinha.

sopa para uma noite de chuva

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Quando chove não tem graça, especialmente quando ainda é outono. Porque chuva é personagem de inverno, quando a paisagem já está cinza mesmo e todo mundo já se conformou. Mas tem chovido, chuvarada demais e eu me molhei na hora do almoço e senti frio, por isso fui pra casa decidida que naquela noite teríamos uma sopa bem yang pra compensar o ying do dia.
Descasque e corte uma abóbora pequena em cubinhos e embrulhe em papel alumínio. Descasque uns 4 dentes de alho e embrulhe em papel alumínio. Descasque e corte umas três batata-doces médias em cubinhos ou deixe-as inteiras mesmo e embrulhe em papel alumínio. Coloque os três pacotinhos numa forma e asse em forno pré-aquecido em 400ºF/205ºC por uns 30 minutos ou até que tudo esteja molinho. Pode tirar o alho antes, para que ele não fique muito cozido. Remover tudo to forno. Se não descascou as batatas antes, agora é hora de descascar com cuidado pra não pelar os dedos. Coloque a abóbora, alho e batata-doce no liquidificador com um litro de caldo de galinha ou de legumes. Adicione uns galhinhos de dill fresco e bata bem, até obter um creme. Jogue tudo numa panela, adicione sal a gosto, azeite a gosto e um tantinho de pimenta pra quebrar a doçura dos legumes e do alho assado. Eu usei a pimenta chipotle, que é a jalapeño seca e defumada, que eu acho que tem um sabor bem especial. Deixe a sopa engrossar um pouco no fogo médio e sirva em potinhos decorados com uma bolota de creme fraiche [ou sour cream, ou iogurte] salpicada com dill fresco picadinho.

sopa de ervilha & bacon

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Porque eu já tinha combinado de pegar um cinema com uma amiga na sessão das sete e o Uriel já tinha avisado que não iria jantar, abri portas de armários e da geladeira freneticamente durante o meu almoço, para tentar bolar um menu rápido e prático para a noite. Ervilhas secas acenaram idilicamente através de um vidro e desesperadas fatias de bacon congeladas imploraram—nos use e abuse!

Cheguei em casa às cinco da tarde com uma missão definida: fazer uma sopa com as ervilhas e o bacon. Tudo muito rápido, porque ainda queria tomar um banho antes de cascar para o cinema.

Cortei as fatias de bacon, que já tinham sido descongeladas e estavam mais calmas em pedacinhos pequenos e fritei numa panela. Quando o bacon estava bem fritinho, acrescentei um dentão de alho picadinho, uma cenoura picadinha e refoguei uns minutos. Juntei as ervilhas secas já lavadas e escorridas e refoguei mais um pouco. Juntei água o suficiente e tampei para que as ervilhas cozinhassem. Quando as ervilhas amoleceram, juntei um pouco de vinho branco, sal, pimenta e deixei cozinhar mais um pouco. Eu quis uma sopa pedaçuda, então não bati nada no liquidificador, nem usei o mixer de mão. Antes de servir juntei umas folhas de manjericão que estavam abandonadas em cima da pia, sobra de um macarrãozinho que tinha feito na noite anterior. Como também tinha dois salsichões que sobraram de um outro dia, cortei em rodelas e coloquei na sopa, mas me arrependi de ter feito isso, pois achei que emperequetou demais. Somente o bacon teria sido suficiente.

sopa – simples – de lentilha

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O dia se dispersou, turvo pelo sofrimento imposto por uma famigerada dor de cabeça. Assim que a hora do jantar se avizinhou, veio o telefonema e a fatídica pergunta—você quer que eu pegue uma sopa lá no Nugget?

NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!

Você já sofreu todas as indignidades e frustações de passar o dia desmilinguida e incapacitada, e merece—digo MERECE, uma refeição decente. Mesmo que você mesma, convalescente, tenha que preparar. Dá licença. Foi assim então que jantamos a sopa de lentilha mais simples que se pode preparar.

1 xícara de lentilha lavada e escorrida – usei a beluga, que parece um caviar
1 litro de caldo de legumes
1 cenoura picada em cubinhos
1 talo de salsão picado em cubinhos
Casca de queijo parmesão cortada em cubinhos – aquela parte dura que não rala mais
Óleo vegetal para refogar
Sal a gosto
Cibouletes picadinhas.

Refogue a cenoura e salsão no óleo. Quando os legumes estiverem molinhos, adicione a lentilha. Refogue uns minutos, adicione o caldo de legumes, deixe cozinhar em fogo médio. No final acrescente os cubinhos de queijo e acerte o sal. Antes de servir jogue as cibouletes. Sirva com pãozinho torrado.

Sopa de milho com queijo de cabra e shiitake

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Procurando desesperadamente por receitinhas bacanas para um jantar que eu iria fazer no sábado, achei nos meus bookmarks um link para a Vejinha São Paulo com receitas especiais de vários chefs de restaurantes brasileiros. Gostei muito desta receita da chef Tatiana Szeles. O resultado ficou bem interessante. Servi morninha, quase fria.
1 cebola média picada
4 colheres (sopa) de azeite virgem
400 g de milho pré-cozido congelado
1,5 l de leite integral
200 g de shiitake cortado em lâminas
Sal a gosto
100 g de queijo de cabra tipo boursin
Sopa: refogue a cebola no azeite. Acrescente o milho e refogue por 10 minutos. Junte o leite, tempere com sal e deixe cozinhar por mais 20 minutos. Espere amornar, bata no liquidificador e coe.
Sauté de shiitake: aqueça o azeite numa frigideira, junte o shiitake, tempere com sal e refogue por 5 minutos ou até que fique macio.
Montagem: reaqueça a sopa, coloque num prato fundo e sirva com o queijo de cabra e o sauté de shiitake.