capeleti no caldo

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Minha cunhada Patricia fez o capeleti no caldo [cappelletti in brodo] no mesmo jantar em que meu irmão fez o seu famoso macarrão. O capeleti no caldo foi servido como entrada. Esse prato precisa de um pouquinho mais de tempo e paciência—mais ou menos uma hora e meia para fazer capeletis suficientes para alimentar cinco pessoas. A massa foi a mesma do macarrão, só que deixada mais grossa. Usamos caldo de legumes orgânico. Ficou incrivelmente bom.

200gr de carne moída
1/4 de cebola
Um dente de alho
Dois ramos de salsa e dois de cebolinha
Sal, pimenta e noz moscada moída a gosto
2 colheres de sopa de azeite
Queijo grana padano ralado
Farinha de pão o quanto baste
1 ovo
2 litros de caldo de legumes ou frango

Refogar alho e cebola picadinho no azeite, juntar a carne moída, depois salsinha e cebolinha picadinhas, temperar com sal, pimenta e noz moscada moída. Colocar esse refogadinho no processador e bater bem com um ovo, queijo ralado e farinha de pão, até formar uma pasta. Rende bastante.

Para a massa do capeleti, meu irmão usou uma xícara pequena de farinha de trigo para cada ovo grande. Trabalhar a massa com as mãos e passar no rolo da máquina de macarrão até o número dois apenas. Deixando a massa mais grossa, o capeleti nao fura quando estiver sendo cozido.

Para fazer os capeletis, corte pequenos quadradinhos de 3 X 3 cm e coloque no meio o recheio—apenas uma bolinha do tamanho de uma ervilha. Dobre o quadradinho num triângulo, junte as duas pontas e se quiser dê uma viradinha, pra formar o “chapéuzinho” do capeleti.

Cozinhar por uns 6 minutos no caldo de legumes [ou de frango*] e servir com queijo ralado fresco. Usei o Grana Padano.

*A Patricia faz o capeleti no caldo de frango, que ela faz em casa com a carcaça que sobra do frango assado.

quiche de salmão – take II

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Essa receita de quiche de salmão precisava ser repetida e fotografada, pois foi um dos maiores sucessos de público e crítica da minha cozinha. Eu fiz pela primeira vez há tantos anos que não me lembro de onde peguei a receita. Já re-usei a massa para fazer uma torta de tomate. E desta vez não foi diferente da primeira—todo mundo adorou! Da primeira vez eu usei sobras de churrasco de salmão e desta vez usei um salmão defumado. O salmão pra mim é sempre o selvagem. Nessa versão eu não tinha sour cream, então usei iogurte grego e coloquei por acidente apenas dois ovos ao invés dos três que a receita pede e não houve problema. Esse é um quiche prático, pois é para se comer frio e então dá pra fazer com antecedência.

pasta integral com brócolis e grão-de-bico

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O booklet Everyday Meals da revista Gourmet descreve o resultado da mistura de ingredientes desse prato como absolutamente espetacular. Eu não sei se teria a inventividade de colocar na mesma panela grão-de-bico e macarrão, mas a revista Gourmet afirmou que era fantástico, então resolvi tentar. A receita pede brócolis congelado, que quando cozinha se despedaça. Eu usei brócolis fresco e os floretes ficaram inteiros. Talvez tenha sido isso o único porém do meu resultado, mas não comprometeu o veredito da revista.

6 dentes de allho picados
1/2 colher de chá de pimenta vermelha em flocos
1/4 xícara de azeite
2 pacotes de 300 gr de brócolis congelado [não descongele]
*eu usei um maço de brócolis fresco e cru
3/4 de colher de chá de sal
1 lata / 450gr de grão de bico cozido e escorrido
250 gr de espaguete integral
Parmesão ralado para servir

Refogie o alho picado e a pimenta em flocos no azeite por uns minutos. Adicione o brócolis ainda congelado e vá refogando até ele descongelar e ficar macio, em torno de 5 minutos. Adicione sal a gosto.Junte o grão-de-bico e refogue mais uns minutos. Desligue o fogo. Cozinhe o espaguete integral ao dente em bastante água com sal. Reserve 1/2 xícara da água do cozimento e escorra. Junte a água e o macarrão ao cozido de brócolis. Sirva com bastante queijo parmesão ralado por cima. Pode também regar o macarrão com um fio extra de azeite se quiser.

tagliatelle com limão [cravo]

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Navegando pelo novo caderno Paladar online, achei essa receita de tagliatelle com limão e resolvi fazer usando o limão cravo, abundante por aqui. Não gostei muito do jeito que eles publicaram a receita lá, precisando clicar nas fotos para ler o modo de fazer. É modernê, mas não é muito prático. O tagliatelle porém ficou delicioso, bem cítrico. Usei uma massa levíssima da marca Spinosi, que também contribuiu para o sucesso do prato.

350 g de tagliatelle
4 limões
1 colher (sopa) de azeite de oliva
150 g de creme de leite fresco
150 g de queijo parmesão
sal a gosto
pimenta branca moída na hora

Rale a casca dos limões e esprema o suco. Eu usei apenas 3 limões e achei que foi o suficiente. Use as raspas do quarto limão para decorar o prato. Numa panela refogue as raspinhas do limão no azeite por dois minutos em fogo baixo. Adicione o creme de leite e deixe ferver. Acrescente o suco de limão e deixe ferver novamente. Junte o queijo parmesão e salgue a gosto. Misture esse molho no tagliatelli cozido e tempere com a pimenta branca moída e raspinhas de limão.

butternut squash gnocchi

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Na cartinha do final do verão já fomos avisados que por uma eventualidade agrícola estaríamos lidando com uma avalanche de abóboras neste outono. O pessoal da fazenda aconselhou que nos preparássemos bem para enfrentar essa súbita invasão cor de laranja, com muitas receitas criativas porque abóboras abundariam dali pra frente. Dito e feito. Já tenho uma coleção de variedades de abóboras na minha cozinha, com diferentes cores, formatos e sabores. E agora? Perguntam vocês. Já estou me virando. Respondo eu.

A revista SUNSET trouxe, na edição de outubro, uma seção de receitas com abóbora. Acho que vou testar algumas delas. A primeira foi essa, de gnocchi servido com manteiga e queijo. Ficou bem interessante. As sobras eu servi no dia seguinte com um molho simples de tomate caseiro. Também ficou muito bom.

2 xícaras de abóbora cozida, sem casca e sem sementes
3 a 3 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/2 colher de chá de sal
1/4 colher chá de noz moscada ralada na hora
1/4 colher chá de pimenta do reino branca moída na hora
3 colheres de sopa de manteiga derretida
1/2 xícara de queijo parmesão ralado—ou pecorino ou asiago
Pimenta moída a gosto

Misture a abóbora com sal, noz moscada e pimenta. Vá acrescentando a farinha até dar o ponto. Enfarinhe bem uma superfície plana e sove a massa umas dez ou doze vezes. Faça rolinhos compridos e corte em pedacinhos com uma faca. Mantenha enfarinhados.

Numa panela com bastante água salgada fervendo, cozinhe os gnocchis por 3 minutos ou até eles subirem à superfície. Remova com uma escumadeira e reserve. Tempere os gnocchis com a manteiga derretida, o queijo ralado e com mais pimenta moída a gosto. Sirva imediatamente.

creme de milho com orzo

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Fiz uma simplificação da receita que vi na revista Bon Appétit e que tinha muitos passos. Pra mim, se uma receita tiver três etapas e usar mais que duas panelas, eu já desanimo. Essa valia a tentativa, mas eu decidi inverter a sequência e enxugar os detalhes.

Numa panela refogue no azeite um talo de alho-poró picadinho até ficar macio. Acrescente os grãos raspados de 2 milhos verdes [ou o equivalente a uma lata]. Continue refogando, acrescente sal a gosto e pimenta do reino. Junte 1/4 xícara de vinho branco seco. Refogue mais um pouco, até o milho ficar cozido. Junte 1 xícara de creme de leite fresco, mexa bem e deixe borbulhar. Desligue o fogo. Numa outra panela com bastante água e sal cozinhe 1/2 xícara de orzo. Deixe ficar um pouquinho durinho. Coe o orzo e junte ao creme de milho. Acrescente ciboulettes picadas—eu esqueci de colocar, mas não comprometeu em nada. Sirva quente ou frio, como acompanhamento ou prato principal.

torta de tomate e ricota

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Essa é a época do ano em que eu fico completamente frenética tentando usar todos os tomates que chegam via cesta orgânica, pela horta ou nas minhas compras impulsivas no Farmers Market ou no Co-op. Então temos um ítem com tomate em todas as refeições, seja salada, prato quente ou frio. A razão pra tanta pressa é que os tomates estragam rápido, pois eles ficam na bancada da cozinha, nunca na geladeira.

Tomate guardado na geladeira perde definitivamente todo o seu sabor e textura original. Portanto, se você costuma guardar seus tomates na geladeira, nunca realmente provou o verdadeiro sabor adocicado e delicado desse fruto.

Outro dia usei vários dos tomates grandes super maduros numa receita bem simples e que ficou bem legal. Cortei uma tampa e despolpei os tomates—com a polpa e as tampas fiz molho. Recheei os tomates com uma mistura feita com restos de arroz basmati misturados com bastante salsinha picada e um tanto de azeitonas pretas. Antes de rechear os tomates, pinguei no fundo azeite e salpiquei com sal, coloquei o recheio, decorei com uma bolota de cream cheese e levei ai forno até eles ficarem cozidos e gratinados. Ficou muito bom.

E desta vez matei os tomatinhos pequenos, amarelos e vermelhos, numa torta que revelou-se no mínimo o máximo. A receita saiu da supimpa Everyday Food.

torta de tomate e ricota
Serve 4 pessoas
2 xícaras de farinha de pão fresca
1/4 xícara de azeite de oliva
1 xícara de ricota de leite integral
1/2 xícara de queijo parmesão ralado
2 ovos grandes
2 colheres de sopa de manjericão fresco picadinho
Sal e pimenta do reino moída a gosto
Tomates cortados em fatias ou tomatinhos cortados ao meio

Pré-aqueça o forno em 450ºF/ 230ºC. Misture a farinha de pão com o azeite até formar uma farofa. Eu faço minha farinha na hora, com pão torrado ou bolachas integrais. Pressione essa farofa no fundo de uma forma de aro removível [daquelas de fazer cheese cake]. Numa vasilha misture bem a ricota, o queijo parmesão, os ovos, o sal e a pimenta e o manjericão picadinho. Espalhe esse creme sobre a massa de farinha de pão e azeite. Cubra tudo com os tomates e regue com um fio de azeite. Leve ao forno e asse por 35 a 45 minutos. Deixe esfriar, desenforme. Sirva morna ou na temperatura ambiente.

making ravioli

É praticamente uma vergonha que eu, neta de italianos, passei minha vida inteira vendo minha mãe fazer todo tipo de pasta em casa e nunca tenha feito raviolis. Mas minha amiga Alison mudou o destino da minha história, iluminando o meu caminho com um convite para fazermos raviolis juntas. Foi uma experiência enriquecedora, que eu quero com certeza repetir em casa. Fizemos um ajuntamento de idéias, ingredientes e habilidades. Eu fiz um recheio de nozes e ricota, a Alison fez outro recheio de abóbora assada e também fez a massa, com ovos das galinhas da Mary, a vizinha que também participou do evento. Os ovos fizeram toda a diferença. Nós passamos a massa na máquina numa ação conjunta, se revezando na manivela. A Alison colocou o recheio caprichadamente sobre as tiras de massa e nós nos revezamos mais uma vez no corte dos raviolis. A Mary produziu os quadradinhos mais perfeitos. Fizemos primeiro o com recheio de nozes e ricota, que foi o nosso jantar. A Alison preparou um molho rápido com azeite, alho e manjericão colhido na hora na imensa horta que ela mantém. Quando sentamos para comer, acompanhadas também da Theresa e do Allan, só ouviam-se os murmuros—hmmhmmm!

Eu levei um melão e a Mary levou blueberries e uma melancia. Ela pegou umas nectarinas na árvore carregada de frutos em frente da casa e fez, vapt-vupt, uma salada de frutas perfeita. O melão se sobressaiu, pois tive a sorte de receber um verdadeiro pingo de mel nesta semana na cesta orgânica.

Eu fui embora, já atacada pela exaustão, antes da finalização dos raviolis recheados com a abóbora assada. A Alison usou uma butternut squash da horta dela, que ela assou no forno solar. O aroma dessa abóbora assada estava impressionante. Fiquei triste de ter perdido a segunda rodada.

Meu recheio de nozes com ricota foi simplérrimo de fazer. Preparei na noite anterior, colocando no processador:
1 1/2 xícara de nozes tostadas na frigideira
1 xícara de ricota
Um punhado de salsinha
Sal marinho a gosto

Bater tudo e guardar na geladeira. Fica um recheio bem pedaçudo, com o sabor dominante e extraordinário das nozes.

Panisses

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Marquei essa receita, assim que a vi publicada no blog do David Lebovitz. Fanzoca que sou de polenta frita e de grão-de-bico, vi as duas delicias combinadas numa friturinha parecida com a polenta, só que feita com farinha de grão-de-bico. Esperei um tempo para me aventurar, pois uma receita com duas etapas e fritura se encaixa na categoria de receitas para um dia especial. Esse dia chegou com uma manhã refrescante, quando primeiro abri todas as janelas da casa e então mandei bala!

1 quarto/ 1 litro de água
2 colheres de sopa de azeite
3/4 de colher de chá de sal grosso
2 1/4 xícaras [285g] de farinha de grão-de-bico
azeite ou óleo para fritar
sal grosso ou flor de sal e pimenta moída fresca para servir

Unte uma forma com azeite e reserve. Aqueça a água numa panela, com o azeite e o sal. Quando estiver quente, mas não fervendo, junte a farinha de grão-de-bico e bata bem com uma batedor de arame, até dissolver e engrossar, por mais ou menos uns 3 minutos. Troque o batedor por uma colher de pau e continue batendo, por mais ou menos uns dez minutos, até a mistura ficar bem firme. Coloque a massa na forma untada e espalhe com uma espátula. Deixe esfriar bem. Quando esfriar corte em tiras compridas como os do Lebovitz ou em retangulos gordos, como os meus.

Aqueça uns 2 cm de óleo ou azeite numa frigideira robusta, de preferência de ferro. Lebovitz usa azeite, mas eu usei óleo de canola. Frite os pedacinhos cortados, virando para dourar dos dois lados. Coloque numa travessa forrada com papel, para absorver o excesso de óleo. Salpique com sal e pimenta e sirva imediatamente.