uma herança de família

papi_click.jpg

Fotografia pra mim não é hobby, é simplesmente vida. Influenciada pelo meu pai, sempre tive fascinação por essa mídia. E ele foi meu guru, que me mostrou o caminho, quase sempre pelo exemplo. A vida toda vi meu pai fotografando. Também fui objeto da mira das suas câmeras. Meu pai passou toda a vida clicando muitas fotos, da minha mãe—sua musa e modelo favorita, dos filhos, das pessoas, das paisagens, das coisas. Meu pai sempre teve um laboratório fotográfico no fundo da casa. Hoje ele está desmontado, mas durante a minha infância, eu via ele entrar naquele quartinho para ficar horas lá dentro e emergir cheirando aos produtos químicos que usava para fazer seus experimentos com revelação. Entrar naquele quartinho, para ficar olhando todas as fotos e também desenhos e pinturas que ele fazia lá dentro, era o ponto máximo da felicidade pra mim. Eu entrava quando ele permitia, o que não era muito frequente. E entrava sorrateiramente, roubando a chave, quando ele não estava. Quando eu entrava lá sozinha e podia mexer em TUDO—tomando o devido cuidado de não deixar rastros da minha presença, me dava até cólicas de borboletas, pois estar lá era uma delicia, olhar as fotos que estavam secando no varal, os negativos pendurados, as fotos empilhadas, fotos que eu não tinha nem visto ele tirar, coisas diferentes, bacanas, artisticas. Entrar no laboratório do meu pai foi meu prazer proibido por muitos anos.

Um dia, já adolescente, ele me sentou no sofá, talvez percebendo o meu interesse anormal pela fotografia e disse—se você quer tirar fotos, tem que aprender o básico. E me ensinou a teoria sobre abertura, luz, velocidade, lentes, eteceterá. Eu esqueci tudo, obviamente, mas nunca esqueci da alegria que senti tendo meu pai ali, dividindo um pouco da paixão dele comigo.

Eu não lembro exatamente quando comecei a fotografar, mas foi com aquelas câmeras vagabas da Kodak. Depois ganhei uma câmera boa, e depois outra. Todas foram presentes do meu pai. Agora com as digitais, o céu é o limite para a nossa habilidade e criatividade. Meu pai já não fotografa mais, mas ele me elogia e me critica. Outro dia me deu uma bronca pelo telefone—você tira umas fotos muito próximas do objeto, a gente não consegue nem identificar o que é que você está querendo mostrar! Critica anotada, estou sempre querendo melhorar, afinal essa é a meta para tudo na vida, não é mesmo?

the walking tempura

Meu marido acha que eu exagero nas minhas criticas, mas eu detesto o Zen Toro. Ele é um restaurante japonês pseudo-modernex, que veio para Davis nesses esquemas massificantes de franchising. Está instalado num espaço minúsculo em downtown e quem vai almoçar ou jantar lá sai sempre fedendo a fritura da cabeça aos pés. Mas eu não desgosto de lá somente por isso. Também acho a comida pretensiosa e o serviço uma porcaria. Tá certo que numa cidade universitária, onde noventa e nove por cento dos atendentes dos restaurantes são estudantes, não se pode esperar o melhor serviço do mundo. Mas no Zen Toro eu tive um dos piores, com o agravante que de lá sempre se sai com cabelo, pele e roupa empesteados numa fedentina de óleo de fritura.

Meu chefe veio me ajudar num projeto que realmente eu não precisava de ajuda. Quando ele sentou-se ao meu lado, senti na hora que ele tinha almoçado em algum lugar catinguento, daqueles onde frituras abundam. Depois de me dar uma mão desnecessária ele entabulou num convercê e então confidenciou que ele e a esposa tinham ido almoçar num lugar diferente. E eu—ah é, onde? Nem fiquei surpresa quando ele respondeu—no Zen Toro.

how to make moqueca

moqueca_class_7.jpg
moqueca_class_1.jpg moqueca_class_4.jpg
moqueca_class_5.jpg moqueca_class_9.jpg
moqueca_class_10.jpg
moqueca_class_13.jpg moqueca_class_16.jpg
moqueca_class_17.jpg

Mais uma vez fui lá eu ensinar a malta a fazer moqueca. No ano passado tivemos um evento chamado Dia do Brasil, quando dei a aulinha, num dia cheio de mil atividades que culminou com eu perdendo inexplicavelmente todas as fotos.

Desta vez o evento foi o Festival Latinoamericano que ocorre uma vez por ano e a nossa associação brasileira Brazil in Davis participa. É um evento beneficente, onde arrecadamos dinheiro para fazer doações para entidades assistenciais que trabalhem com crianças carentes em cada país respectivo. Sempre participam o Brasil, o Chile, a Argentina, a Colômbia, a Venezuela, o Peru e neste ano Cuba também juntou-se ao grupo. O evento deste ano copiou o esquema que fizemos no Dia do Brasil e então a venue foi um pouco diferente, mas teve comidas típicas, além de palestras, shows de música e dança, exposição de arte, atividades para as criancas, open mic, aulas de dança e aula de culinária, onde eu participei com a infalível receita de moqueca da minha amiga Paula.

Eu uso a receita que a Elise adaptou para o inglês, com medidas mais exatas. Sempre, sempre, essa receita dá certo e faz um sucesso danado. Desta vez não foi diferente. O único problema nisso tudo sou eu mesma, com minha timidez horrorosa e meu temor de falar em público. Apesar do meu descabelamento, ensuvacamento e mal ajambramento pessoal, deu tudo certo. Levei tudo organizadíssimo, pois já tinha a experiência anterior pra me basear. As outras aulas que vi—de uma venezuelana e de uma colombiana, estavam extremamente desorganizadas. Elas não levaram nada e ficavam procurando os utensílios e ingredientes nos armários da pequena cozinha da International House durante a aula. Bocejo! A venezuelana entrou no meu horário e eu comecei minha aula com quinze minutos de atraso por causa dela. Mas eu estava o fino da organização, levei tudo que precisava e não me atrapalhei. Ofereci a receita impressa, com um pouco da história da moqueca baiana e capixaba também. Os atendentes curtiram. A cozinha da IHouse é pequena, então cabem lá umas quinze pessoas. Mas na hora de servir uma amostra da moqueca pronta, que eu levei montada e ficou cozinhando enquanto eu fazia outra na frente das pessoas, não parava de chegar gente para pegar um potinho. Servi a panela inteira. Teve gente que veio pedir mais um pouco e quando acabou o peixe, me pediram o caldinho! O panelão de sete litros que preparei durante a aula foi vendido em porções na nossa barraquinha de comida brasileira. Não sobrou uma lasca. Sucesso absoluto!

Para perder o apetite

Estava escrevendo uma novela sobre como cheguei a ver três episódios do No Reservations com o Anthony Bourdain, no Travel Channel. Deletei tudo e decidi ir direto ao que interessa: achei o programa divertido, honesto, e educativo, assistirei outros, se tiver a oportunidade, mas infelizmente não tenho a mente aberta de um gourmet, ao contrário, tenho uma visão bem limitada sobre o que considero coisas comíveis.
Num hotel finíssimo no Japão, gueixas serviram um café da manhã cheio de coisas muito gosmentas, muito purulentas e muito estranhas à Bourdan. Até ele hesitou. Em Cingapura o guia local mostrou o que seria uma iguaria caríssima e especialíssima—uma espécie de caranguejo carnívoro, que parecia mesmo um besouro jurrássico, importado das catacumbas do Sri Lanka. O bicho se alimenta de carne humana, de defuntos. For Christ’s sake, QUEM quer comer as vísceras de um monstro desse? Bourdan não comeu. Em Shangai me apavorei com várias coisas, entre elas o stinky tofu, peludo e cheio de mofo, que Bourdan comeu torcendo o nariz e depois disse que não gostou. Mas a pior cena foi a com um monte de peixes sendo colocados num wok cheio de óleo quente. Nada demais, se não fosse pelo fato dos peixes estarem VIVOS!
Em Cingapura, antes de devorar um balde de sopa de ossos com um molho viscoso vermelho, se lambuzar todo e chupar o tutano dos ossinhos com um canudinho, Bourdan fez uma massagem avaliativa e terapêutica num quiosque de Shiatsu num shopping center. Ali mesmo eu perdi o apetite, vendo closes de ranhuras, calos, unha encravada, unha com fungo e outros detalhes cascudos do pé do afamado chef. Certamente aquilo foi o aperitivo perfeito para o que estava por vir..
Gostei imensamente da experiência cultural proporcionada pelo programa do Bourdain, que me mostrou que comem-se coisas incrivelmente variadas por esse mundão afora. Algumas dessas coisas me provocaram naúseas, tristeza e contorcionismos bucais e faciais. Eu não comeria, mas não deixa de ser comida prar quem o faz.

aquela torta de maçã

the_apple_pie_1.jpg

Todo sábado, quando vou para minhas comprinhas no Farmers Market, eu passo por uma banquinha que vende pães, sopas e vejo umas tortas de maçã. Eu não costumo parar nessa banca, cuja vendedora é uma americana que já viveu em Paris, França. Ela faz uns pães bonitos, as sopas são sempre populares nos dias frios e na época do Thanksgiving ela faz umas tortas lindas que parecem ter saido de um desenho animado. No resto do ano, as tortas que ela vende são bem simples. Mesmo assim eu sempre olho pra elas com olhos purpurinantes, porque elas me parecem tão bem feitas e tão deliciosas. Só que até hoje eu nunca tinha comprado nenhuma, porque sempre penso—ohwell, essas tortas são ridiculamente fáceis de se fazer em casa!

Mas fazer que é bom, nada. Então neste último sábado extremamente baforento, que não abria a menor possibilidade nem de pensar em assar nada em forno nenhum, não tive a desculpinha de sempre para seguir em frente e esnobar as lindas tortas. Comprei uma!

Engraçado como criamos receitas imaginárias para comidas que vemos por ai. Nessa torta eu jurava que tinha uma camada de creme entre a massa e a fruta. Que nada, é só mesmo uma massinha bem fina, com as fatias grossas de maçã por cima. Deu pra perceber que as frutas tinham sido regadas com limão e salpicadas com açúcar, pois estavam um bocado doces. Muito mais fácil de fazer do que a minha imaginação tinha fantasiado. Isso se um dia eu realmente chegar a fazer.

o que não é blogável

Preparei a mega salada, fotografando o passo-a-passo, que nem era necessário, mas achei legal mostrar o processo de montagem de um prato único e completo. Em seguida fotografei o resultado final e para isso movi algumas coisas aqui e ali. Depois olhei as duzentas fotos uma por uma, escolhi umas quinze, que cortei e preparei para publicação. Quando vi as fotos montadas, uma sensação de que aquilo iria dar em nada tomou conta de mim. Não senti firmeza, não só pelas fotos, mas pela salada em si. Isso não é blogável, afirmei. E assim abortei mais um ex-futuro post para o Chucrute com Salsicha.

Outro dia uma pessoa me perguntou por que eu tinha ido naquele evento, que era a mesma coisa sempre, todo ano. Porque tudo lá é muito blogável, respondi. No vocabulário dos blogueiros, o jargão blogávelnão blogável já está ficando comum. Eu sempre gasto um minuto de análise antes de publicar algo, porque ladies & gentlemen nem tudo é realmente blogável. Como foi o caso da multi salada, que vai ficar somente na minha memória.

O Chucrute com Salsicha não é um blog partidário do radicalismo, aqui todo assunto é um bom assunto. Mas eu mantenho sempre ativa e alerta a percepção de que tem muita coisa que não é blogável, assim como outras tantas simplesmente não são fotografáveis. E a infotograbilidade é um fenômeno que interfere terrívelmente com a possível blogabilidade da situação. Portanto temos que aceitar estes fatos incontestáveis de que certas coisas não fotografam bem, como outras coisas não blogam bem. Conscientes disso, prossigamos então, avante—próximo post, por favor!

não estou preparada pra hoje

É difícil alguém me pegar reclamando do frio. A não ser que chova muito e a umidade e falta de sol comece a mofar e cansar a beleza. Mas de maneira geral, eu encaro bem outono e inverno, nunca reclamei, nem mesmo quando morei em Alaskatoon. Mas o calor, lordhavemercy, esse me pega sempre com as calças na mão, tentando correr pra me esconder sem sucesso. Como eu abomino os dias infernais. Só não abomino mais os dias infernais daqui, do que a sauna do verão tropical. Sou uma pessoa temperada, não gosto de exageros.

Então me deu um siricotico histérico quando olhei a previsão do tempo para esta semana e vi lá na quinta-feira números inacreditáveis para esta época do ano. Hoje, 39ºC / 102ºF. O que significa isso??

Significa que preciso me vestir o mais confortável possível, com roupas que não apertem, não sufoquem, e beber muita água, andar devagar, não se abanar nem se afobar, fechar as janelas e cortinas da casa na hora do almoço—na verdade deveria ter fechado agora de manhã—evitar usar o forno e tentar usar o fogão o mínimo possível. Plantas irrigadas, gatos com suplemento extra de água, coragem pra pedalar para casa às 5 pm, quando o mercúrio do termómetro estiver batendo lá nos trinta e nove.

Essa ondaça de calor vai durar até domingo. A coisa boa é que está ventando muito. E ontem eu dormi com todas as janelas escancaradas e ouvindo uma deliciosa sinfonia de grilos, que pra mim é sempre um som nostalgico e reconfortante.

necas de pitibiriba

Eu cheguei, mas ainda não estou realmente aqui.
O negócio é que ando sem a menor vontade de cozinhar. Durante a semana tenho feito um rangabofe simples, porque precisamos comer e gastar os produtos frescos que já se aboletam nas gavetas da geladeira. Mas pra falar a verdade, ando sem inspiração e sem ânimo. Olho as receitas nas revistas do mês que se empilharam durante a minha ausência e tenho ganas de jogar tudo pra cima, depois pisotear as folhas coloridas e impressas com fotos bacanas bem pisoteadas e sair correndo pela rua, braços estendidos em direção à qualquer restaurante ou birosca que venda batata frita. Esse é o meu estado de espírito atual. Não tenho nenhuma pretensão de me explicar, só quero registrar esse fato singular de que não ando querendo cozinhar.
Tenho planejado tentar replicar alguns dos rangos bacanas que experienciei em Portugal. Naquele dia da semana passada fiz numa piscada de olho a sopa de tomate alentejana que tanto encanta a minha irmã e que me deixou realmente abismada pela sua simplicidade. Cebola, tomates pelados e picados, azeite e um ovo pochê acomodado no caldo, ajeitado numa cumbuca forrada por uma fatia de pão rústico. Naquele dia eu jantei sozinha às 5:30 da tarde, porque não consegui esperar pelo Uriel, tamanha era a minha fome e o meu sono. Quando a sopa ficou pronta eu pensei em tirar fotos e esse pensamento me fez curvar de tanto cansaço. Simplesmente não consegui tirar foto nenhuma, só consegui comer, comer e pronto.
Não estou querendo cozinhar, não ando querendo tirar fotos das minhas comidas, por isso vou sentar e esperar essa vontade de fazer nada na cozinha passar. Porque vai passar, eu tenho certeza que vai.

fer_click_mosaico.jpg

** O tempo que tenho economizado não cozinhando está sendo usado pra fazer outras mil coisas, como capinar novamente a horta que foi tomada por um matagal durante a minha ausência. Finalmente plantei meus pés de tomate. Desta vez apenas quatro, pois quero experimentar dar bastante espaço para os arbustos. Plantei vários tipos de manjericão e orégano, mais cibouletes, sálvia e lemon verbena, pra fazer par com o lemon balm [melissa] que está crescendo lindamente. Replantei também as ervas dos vasos. No interim tomei conhecimento de um novo morador no meu quintal—um esquilo, que se divide entre a minha casa e a do vizinho. No ano passado foi um filhote de lebre muito fofinho que detonou com metade das minhas ervas. Neste ano é o senhor esquilo, que está prestes a fazer um belo estrago, talvez nas frutinhas de pêssego e nectarina.
*** Também aproveitei para fazer um remanejamento das roupas no closet, armários e gavetas. Saí de cena artigos de lã, veludo, mangas compridas, casacos, cachecóis. A previsão do tempo para esta semana está arrepiante. Ainda estamos em meio de maio e já teremos uma ondaça de calor temporã. Quinta-feira, mínima de 16ºC, máxima de 38ºC. ARGH!!!

casquei-me fora

Bem que eu vi o e-mail da secretária chegando, mas me fiz de sonsa e pensei alegremente—estou em férias, não preciso responder, não vou confirmar, portanto me livrei dessa! Bom se fosse. A danada querendo ser gentil e eficiente resolveu confirmar ela mesma a minha presença no fabuloso picnic anual dos funcionários da UC Davis, criativamente batizado de TGFS – Thank God For Staff.

E veio me trazer o ingresso, que eu aceitei com um sorriso amarelo. Conversei um pouco com ela sobre o evento, que na minha opinião é o mais completo acontecimento aborígene que a universidade organiza. Contei que fui ao picnic de 2006 e tinha jurado nunca mais cair nessa armadilha. Expliquei mais ou menos o esquema da coisa: camelar até o final do arboretum, ficar na fila pra pegar um sanduba e um garrafa de água, sentar no chão, pagar todos os micos possíveis com joguinhos infames, só porque você teve a sorte na vida de ser funcionário da grande Universidade da Califórnia. Eu, sinceramente, passo. Trocar meu tranquilo almoço em casa pra ficar lá na grama conversando amenidades sem importância com meus colegas, tentando comer sem ficar com fiapos de carne entre os dentes, ensovacando no sol do meio-dia, ouvindo o “agito” dos funcionários animados, que participam dos jogos com aquele entusiasmo irritante, não é a minha praia, não faz o meu estilo.

Segurei o ingresso imóvel por alguns minutos pensando na única vantagem de ir a esse picnic indigena—poder escrever sobre a famigerada experiência aqui. Sinto muito folks, mas optei por cascar-me fora dessa.

6 am

Cheguei em Davis na noite do mesmo dia que parti de Lisboa, depois de outra maratona transcontinental. Eu não posso acreditar que exista um ser humano normal que curta viajar de avião. Eu sou do time dos que odeiam. Paguei um tantão a mais no total da passagem para descer em Sacramento, cujo aeroporto fica a 20 minutos da minha casa, mas chegando em New York fui recolocada para voar para San Francisco por causa de todos os atrasos que comprometeram a minha conexão. Esperei muitas horas no aeroporto, depois voei mais seis horas, além das sete que me custaram para atravessar o Atlântico. O Uriel foi me buscar e enfrentamos mais uma hora de estrada até Davis. Eu sempre digo que amarrei meu burro num lugar maravilhoso, mas muito longe. Tudo nessa vida tem vantagens e desvantagens.

Hoje já estava acordada às 5:30 am. Agora vou combater o jet-lag inverso. Meus gatos já me receberam felizes, vi que todas as roseiras estão apinhadas de flores, tem algo cheirando mal na geladeira, vou desfazer as malas, tentar comer uma comidinha decente pra compensar as refeições plastificadas que tive nos aeroportos e aviões. Aos poucos tudo vai voltar ao normal, mas eu ainda tenho muita coisa para comentar sobre Portugal, então ainda vão aparecer muitos posts sobre aquela linda terrinha!

*vou colocar aos poucos as quatro mil e quinhentas fotos que tirei, numa coleção chamada Portugal no meu álbum no Flickr.