cornbread
[com estragão & cheddar]

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Sem dúvida nenhuma este foi o melhor cornbread que já comi. A receita saiu da ediçào de março de 2010 da revista Country Living, cujo forte nem são receitas. O segredo das beiradas super crocantes e douradas é pre-aquecer a manteiga no forno, como eles ensinam. Fica bom demais, é super fácil e rápido de fazer e pra nós foi o prato principal do dia, acompanhado de uma salada simples de tomate com manjericão.

1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de cormmeal amarela
2 1/2 colheres de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
3 colheres de sopa de açúcar
1 tablete [113 gr] de manteiga sem sal
1 xícara de buttermilk
2 ovos grandes
120 gr de queijo cheddar ralado
1 colher de sopa de folhas de estragão fresco picadas

Pré-aqueça o forno em 425ºF/ 220ºC. Numa frigideira robusta de uns 22 cm que possa ir ao forno coloque a manteiga em pedaços e leve ao forno até a manteiga derreter e começar a ficar dourada. Enquanto isso misture a farinha, cornmeal, fermento, sal e açúcar numa vasilha. Separadamente bata os ovos com o buttermilk. Remova a frigideira do forno [*com muito CUIDADO!] e despeje a manteiga derretida na mistura dos ovos. Bata bem, junte o queijo e as folhas de estragão. Junte a mistura liquida à de farinha e misture para incorporar. Coloque tudo na frigideira ainda quente e volte ao forno. Asse por uns 20 minutos, até o centro ficar firme e o bolo ter uma superfície dourada. Sirva morno ou frio.

bolo de vin santo & uvas

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Arrumando minhas revistas por meses, pra ficar mais fácil achar receitas com os ingredientes da época, abri uma Gourmet de janeiro de 2009 e pumba—lá estava a receita que passou na frente de todas as outras, na fila infinita das que quero fazer. A dica era para, se necessário, substituir o Vin Santo por Marsala, Porto ou qualquer outro vinho bem doce. Mas eu fui atrás do original e achei, portanto fiz a receita sem substituições.

Essa foi também uma boa oportunidade de usar umas uvas deliciosas que eu tinha congeladas desde o outono passado. Não consegui parar de comprar as tais e acabei tendo que congelar, pra que não estragassem. Quis saber que tipo de uva era aquela, mas o mocinho da fazenda me disse que as videiras estavam lá, ninguém sabia quem plantou, nem de que variedade eram, mas como estava abundante eles estavam vendendo e eu comprando como louca. Fiquei um pouco preocupada em substituir as uvas frescas pelas congeladas, mas deu tudo certo. Não soltou água, não deixou o bolo encharcado, ficou perfeito. E o aroma desse bolo, como está descrito na receita original, é realmente intoxicante. Vou refazer essa receita, não só porque ela agradou gregos e troianos, mas também porque ainda tenho muitas uvas congeladas e mais da metade da garrafa do Vin Santo.

bolos individuais de vin santo & uvas
faz 6 unidades
1 1/2 xícaras mais 1 colher de sopa de farinha de trigo
1 1/2 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/4 colher de chá de sal
1 tablete [113 gr] de manteiga sem sal amolecida
2/3 xícara mais 2 colheres de sopa de açúcar
2 ovos grandes
1 colher de sopa de raspas da casca de uma laranja
2/3 xícara de Vin Santo [ou Marsala, Porto ou outro vinho doce]
1 1/4 xícara [200gr] de uvas sem sementes cortadas ao meio [*não cortei]

Pé-aqueça o forno em 375°F / 200ºC com a grade no meio. Unte formas de muffin gigantes [jumbo/Texas muffin] com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Numa vasilha misture 1 1/2 xícara de farinha de trigo, fermento, bicarbonato e sal com um batedor de arame.

Na batedeira, bata a manteiga com 2/3 xícara de açúcar em velocidade média, até ficar uma mistura leve e fofa. Adicione os ovos, um por vez batendo bem. Junte as raspas de laranja. Adicione a mistura de farinha alternadamente com o vinho, começando e terminando com a farinha. Misture até a massa ficar bem incorporada.

Misture as uvas com o restante da farinha e junte à massa. Divida a massa entre as formas de muffin. Polvilhe com o restante do açúcar e asse por uns 20 minutos ou até os bolos ficarem bem firmes. Remova do forno, deixe esfriar por 5 minutos e com ajuda de uma faca levante os bolos e remova das formas. Deixe esfriar completamente e sirva.

*Pode usar formas de muffin comuns [fazendo 12 bolos, ao invés de 6] e diminuindo por uns minutos o tempo de forno.

bolo de iogurte & limão

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O bolo que levei no picnic musical foi essa preciosidade encontrada no novo blog da Luciana Betenson. Um bolo feito no liquidificador e quase sem sujar nenhum utensílio. Não sabia quando media o potinho de iogurte que ela usou, então instituí a medida de 1 xícara [250 ml] como base. Usei todas as outras medidas a partir daí.
Para a apresentação de Hair fiz uma versão com uma farinha de castanhas que achei dando sopa [ou bolo?] no Co-op outro dia e o açúcar demerara baunilhado, que eu faço em casa colocando as favas de baulinha usadas no pote do açúcar. Ficou um bolo bem denso, super aromático, adoramos e devoramos metade assim numa piscada. Como não deu pra tirar foto—também porque tive que cortar em pedaços pra caber na cesta, decidi refazer usando a mesma receita, mas mudando alguns ingredientes. Fiz com limão. Essa segunda versão também ficou bem densa, não ficou aquele bolo fofo, mas ficou delicioso. Além da praticidade e facilidade essa receita é realmente super adaptável. Faça como quiser, mas faça!
4 ovos inteiros
1 xícara de iogurte natural
2 xícaras de açúcar de limão
2 xícaras de farinha de trigo
½ xícara de óleo vegetal
1 colher de sopa cheia de fermento em pó
Raspas da casca de 1 limão
2 colheres de chá do suco do limão
Bater todos os ingredientes no liquidificador. Levar ao forno pré-aquecido em 355ºF/ 180ºC em forma untada e enfarinhada. Assar por mais ou menos uns 30 minutos. Deixar esfriar, desenformar e servir.

bolo de purê de maçã

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Na revista Everyday Food de abril de 2010 eu marquei inúmeras receitas para fazer e uma delas foi esse bolo. Adoro tudo que leva frutas, adoro também tudo que é prático e fácil. Quanto menos confusão, tropeções e farinha espalhada pela cozinha durante a execução da receita, mais pontos ela leva no meu ranking. Essa marcou bem alto. Conquistou a simpatia da cozinheira e também do crítico, que devorou muitas fatias e expressou alguns murmúrios elogiosos. Fica um bolo fofo, macio e úmido.

1/2 xícara de óleo vegetal [mais para untar a forma]
3 maçãs grandes, sem sementes e descascadas, cortadas em cubos
1/2 xícara de açúcar mascavo claro
2 ovos grandes
1 1/2 xícara de farinha de trigo
3/4 de colher de chá de sal marinho grosso
1/2 de colher de chá de fermento em pó
3/4 de colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 de colher de chá de canela moída
1/4 de colher de chá de noz moscada ralada
açúcar de confeiteiro para decorar [opcional]

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda de 20 cm com óleo. Numa panela coloque as maçãs em cubinhos e 1/4 de xícara de água e leve ao fogo até ferver. Abaixe o fogo e cubra a panela, deixando cozinhar por uns 10 minutos ou até que as maçãs estejam bem macias. Amasse as maçãs cozidas com um amassador de batatas ou um garfo, e vá mexendo no fogo até ficar um purê bem seco. Remova do fogo.

Numa vasilha coloque o purê de maçãs e o açúcar. Misture bem com um batedor de arame. Adicione os ovos, depois a farinha, depois o sal, o fermento, o bicarbonato, a canela e a noz moscada. Bata bem e transfira a massa para a forma untada. Leve ao forno e asse por 30—35 minutos. Remova do forno, deixe esfriar uns minutos, inverta numa grade e deixe esfriar completamente. Coloque num prato, decore com o açúcar se quiser e sirva.

bolo de amêndoa e limão

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Ainda no esforço para gastar a abundância de limões meyer, abri o livro Twelve – A Tuscan Cook Book da Tessa Kiros e procurei no index por limão. Dei de cara com esse bolo e foi ele mesmo que fiz. Vou contar que nunca vi o meu marido devorar algo com tanta animação. Só via ele cortando uma fatia, outra fatia e ainda mais uma fatia. Eu mesma me surpreendi um pouquinho com o tanto que esse bolo ficou gostoso.

torta di limone e mandorle – lemon and almond cake
125 gr de manteiga ligeiramente amolecida
125 gr de açúcar
3 ovos separados, gemas e claras
125 gr de amêndoas moídas bem fino [*usei a farinha de amêndoa]
60 gr de farinha de trigo peneirada
1 colher de chá de fermento em pó
suco espremido e raspas da casca de 2 limões
açúcar de confeiteiro para decorar *[omiti]

Pré-aqueça o forno em 355ºF/ 180ºC. Unte uma forma de fundo removivel de 20cm com manteiga e polvilhe com farinha. Bata a manteiga com o açúcar até formar um creme. adicione as gemas uma por vez e bata bem a cada adição. Numa vasilha separada misture a farinha peneirada, a amêndoa moída e o fermento com um batedor de arame e adicione ao creme de ovos. Junte o suco e raspas de limão. Bata as claras em neve e incorpore delicadamente à outra massa. Coloque a massa na forma untada e polvilhada, leve ao forno e asse por uns 30-40 minutos até o bolo ficar levemente dourado. Deixe esfriar, remova da forma, coloque numa travessa ou prato e sirva morno ou em temperatura ambiente. Se quiser decore com açúcar de confeiteiro. Eu nao quis.

torta de castanhas

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No final do ano me entusiasmei comprando ingredientes para a ceia do dia primeiro, sem poder imaginar que ficaria doente e não tivesse a mesma disposição que tenho sempre para enfrentar a cozinha. Muita coisa sobrou e encalhou. E uma delas foram dois pacotes de castanhas portuguesas já descascadas e cozidas no vapor. Estava um pouco ansiosa para usar logo as castanhas, que aqui são um produto sazonal e portanto não disponível o tempo todo nas prateleiras e bancas dos mercados. Escolhi esta receita de torta de castanhas publicada pelo Chef Janvier para usar meu estoque desse ingrediente precioso. Fiz exatamente, usando as medidas em gramas com ajuda da minha balança eletrônica, não adaptei nadinha, também não inventei um pingo. Tal como está lá, está cá. A minha torta ficou com uma textura mais para o lado de um suflê bem pesado. E vou dizer com toda a sinceridade—ficou uma delícia simplesmente absurda! Até o crítico, que já tinha confessado não gostar de castanhas portuguesas, devorou a torta com entusiasmo. Portanto, se um bocadito dessas deliciosas castanhas cruzarem o seu caminho, não deixe passar a oportunidade, faça correndo esta receita!

400 g de castanhas portuguesas já cozidas, sem casca e sem pele
100 g de de amêndoas
200 g de açúcar
100 g de manteiga sem sal
4 ovos inteiros
Raspa da casca de 1 limão
Açúcar de confeiteiro para decorar

Cozinhe as castanhas em água com uma pitada de sal e um pouquinho de sementes de erva doce. Reduza a um purê, usando um garfo, amassador de batatas ou a batedeira. Triture as amêndoa no processador para obter uma farinha grossa. Separe as claras das gemas. Bata as gemas com o açúcar, e adicione a manteiga derretida e a raspa do limão. De seguida junte as amêndoas e as castanhas em purê e envolva tudo nas claras, já batidas em neve.

Unte uma forma de torta ou bolo funda com manteiga e farinha, e leve para assar em forno pré-aquecido em a 355ºF/ 180 ºC por uma meia hora [*o meu levou mais tempo, vá testando]. Deixe esfriar, desenforme e decore generosamente com açúcar de confeiteiro.

bolinho de limão & tomilho

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Estes deliciosos bolinhos foi a primeira receita da Pioneer Woman que eu coloquei em prática, apesar de ter várias dela enfileiradas naquela lista infinita de receitas por fazer. Gosto das receitas da Ree Drummond, porque ela explica tudo nos micro-detalhes com fotografias. Muito difícil errar, a não ser que você desvie muito e não siga o passo-a-passo. Adorei a idéia de misturar limão com uma erva tão simpática como o tomilho e ainda a adição do azeite. Neste caso eu recomendo fortemente que se faça o glacê. Eu dei uma desequilibrada na receita, usando mais suco de limão do que açúcar. O glacê faz a diferença, acrescentando um toque citrico muito delicioso aos bolinhos. E ainda tem o plus que tudo é feito no liquidificador, hooray! Levei alguns para meus colegas no trabalho e eles desapareceram da bancada rapidamente. Ganhei de presente um elogio do meu chefe, que disse enquanto dava uma mordida animada num dos bolinhos—eu aprovei!

olive oil cakes with lemon and thyme
1 colher de sopa de manteiga derretida
1 1/3 xícara de açúcar
2 colheres de sopa de raspinhas da casca de um limão
2 ovos
1/4 xícara de azeite
2/3 xícara de leite
1 xícara de farinha de trigo
1/2 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal
1 colher de sopa de tomilho fresco picadinho
para o glacê
1 xícara de açúcar de confeiteiro
2 colheres de sopa de manteiga derretida
4 ou mais colheres de sopa de suco de limão

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte formas para muffin com a manteiga derretida e polvilhe com um pouco de farinha de trigo. Coloque o açúcar e as raspas da casca do limão no copo do liquidificador e pulse até misturar. Adicione os ovos, um de cada vez, continue pulsando e adicione o azeite e o leite. Pulse por apenas uns 30 segundos.

Numa outra vasilha coloque a farinha, o fermento, o sal e o tomilho e misture bem com um batedor de arame. Adicione essa mistura e farinha no copo do liquidificador em duas porções, vá pulsando até a mistura ficar bem misturada na massa. Coloque a mistura nas forminhas untadas e enfarinhadas e leve ao forno por uns 25 minutos.

Faça o glacê, misturando os três ingredientes com um batedor de arame. Remova os bolinhos da forma, espere esfriar uns minutos e mergulhe a parte superior de cada um no glacê, depois decore com folhinhas de tomilho.

bolo de absinto

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Estou lendo The Sweet Life in Paris do David Lebovitz à passos largos, meu segundo livro no Kindle. Sempre achei o Lebovitz um cara muito engraçado e consigo rir com ele em muitas das coisas que ele relata, pois de uma certa maneira, uma maneira meio que invertida, consigo me colocar no lugar dele. Ele é um americano vivendo na França e já registrou neste livro pra quem quiser ler, que vai ficar por lá, se sujeitando à humilhação de renovar o visto todo ano, pelo período mais longo que puder. E como todo estrangeiro, ele tem seus momentos de surpresa, encantamento, revolta, crítica e reflexão. Me identifico à beça porque já tive meus momentos de choque, como aquele clássico—onde está o maldito ralo para eu poder esguichar água neste banheiro imundo? Hoje já me ajustei tão absurdamente bem à tudo, que até consigo entender como esse norte americano vê o estrangeiro.

Mas o livro não é só textos pitorescos e engraçados com dicas bacanas de lugares de comer e visitar em Paris. Sendo o autor um pastry chef, cada curto capítulo é interrompido por uma receita maravilhosa. Receitas com todos os ingredientes que ele tem em abundância em Paris e pelos quais nós, reles mortais espalhados pelo resto do mundo, o invejamos tanto. Já marquei várias delas, mas a primeira que eu tinha que fazer era a desse bolo de absinto, a delicada fada verde de quem já sou fanzoca. Adoro todas essas bebidas feitas com base de anis, como o absinto, o pastis ou o arak. Sei que o absinto que usei não deve ser o melhor, como o recomendado pelo dono da lojinha parisiense especializada na bebida, que aconselhou Lebovitz. Mas mesmo assim o bolo ficou incrivelmente bom! Ele recomenda usar a farinha de pistaches, que dá um tom verde à massa, mas não achei pra comprar em lugar nenhum. Até pensei em moer os próprios e fazer a farinha eu mesma, mas na hora esqueci e usei a farinha de amêndoas que eu já tinha. E dá pra usar o cornmeal também e outra bebida de anis. A única coisa que não aprovamos foi o glacê. Achamos muito doce e muito alcóolico, acabamos raspando antes de comer. Mas faça se quiser ou como quiser.

3/4 colher de chá de sementes de anis [erva-doce]
1 1/4 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de farinha de pistachos ou de amêndoas ou cornmeal
2 colheres de chá de fermento em pó [de preferência o sem alumínio]
1/4 de colher de chá de sal
8 colheres de sopa de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
2 ovos grandes em temperatura ambiente
1/4 xícara de leite integral
1/4 de absinto
Raspas da casca de 1 laranja [de preferência orgânica]
para o glacê
3 colheres de sopa de açúcar
1/4 de xícara de absinto
Raspas de casca de laranja, se quiser

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC e unte uma forma de pão de 9″/23cm com manteiga e forre o fundo com papel vegetal.

Moa as sementes de anis usando um pilão. Numa vasilha misture com o batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de pistachos [ou amêndoas ou cornmeal], o fermento, o sal e as sementes moídas. Reserve.

Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até ficar uma mistura bem leve e fofa. Adicione os ovos, um de cada vez até eles ficarem completamente incorporados ao creme. Numa vasilha pequena junte o leite e o absinto e as raspas de laranja. Misture metade dos ingredientes secos ao creme de manteiga e ovos. Junte a mistura de leite e absinto. Com uma espátula misture o resto dos ingredientes secos e incorpore delicadamente até fica ficar uma mistura lisa, mas não misture demais. Coloque a massa na forma untada e leve o forno por 50 minutos. Remova do forno de deixe esfriar por 30 minutos. Remova da forma, retire o papel e coloque o bolo numa travessa.

Para fazer o glacê apenas misture o açúcar com o absinto, somente para misturar, não deixe o açúcar se dissolver. Pode adicionar mais raspas de laranja se quiser. Faça furos na superfície do bolo e pincele o bolo com a mistura de açúcar e absinto.

bolo de chocolate e cranberry
[com creme de bourbon]

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Na semana passada eu tive uma folga extensa patrocinada pelo furlough imposto pela universidade à todos os funcionários e professores. Isso quer dizer que tivemos que tirar um certo número de dias sem trabalhar, nem ganhar para a UC economizar umas pratas. Eu resolvi tirar meus dias no final do ano, quando viajei e recebi visitas. Mas ainda sobraram alguns e eu decidi que iria usá-los para fazer uma limpeza monstro nos armários da minha casa. Foi uma semana trancada em casa, com a vantagem de que chovia cântaros lá fora, selecionando e jogando fora papelada acumulada em caixas e pastas desde o século passado, limpando armários de sapatos, bolsas e roupas que abarrotavam tudo de uma tal maneira que eu já não conseguia mais achar minhas coisas e lembrar do que eu tinha. Finalizei a semana dirigindo até a thrift store com o bagageiro do carro lotado de coisas que foram doadas. Foi uma limpeza bem grande, que me fez sentir até mais leve.

Mas infelizmente uma semana não foi tempo suficiente para atacar todas as áreas críticas da casa. Ainda restou a parte de baixo, onde estão a cozinha, sala de jantar e estar, lavanderia e garagem. Essas áreas também estão abarrotadas de coisas e vou precisar de mais tempo para reorganizar tudo. Mas pelo menos dei uma geral nas pilhas de revistas, que estavam ficando ridiculamente altas e numerosas. Levei todas elas para um canto e pretendo organizá-las num futuro próximo, junto com as outras 876454 que estão numa estante. Durante esse pequeno ziriguidum doméstico pude dar umas folheadas em algumas das revistas espalhadas pela casa e abrindo uma Gourmet de novembro de 2006, caí exatamente na página com a foto desse bolinho. Não sou chocólatra, mas pisquei com a presença das cranberries e do bourbon na lista de ingredientes. Fruta e booze é uma mistura que só pode resultar em algo interessante.

Vou dizer que esses bolinhos vão agradar imensamente aquelas pessoas que curtem um chocolatão. Não é uma receita light. Eu e o Uriel achamos gostosos, mas imensamente substanciosos. A mais apropriada descrição para eles em inglês é—very rich. Fiz em formas de muffins gigantes, ao invés da forminha de torta ou ramequins que a receita recomendava. Mas acho que dá pra fazer usando formas regulares de muffins, só que a quantidade vai aumentar.

chocolate cranberry cakes with bourbon whipped cream
serve 4 porções
1 tablete [113 gr ou 8 colheres de sopa] de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 xícara de cranberries secas [ou outra fruta seca, se não tiver]
1/4 de xícara, mais 2 colheres de sopas de bourbon [ou whisky]
200 gr de chocolate meio-amargo de excelente qualidade
[não mais que 60% de cacau, se isso estiver especificado na embalagem]
1/4 xícara de nozes pecans tostadas
3 ovos grandes, gemas e claras separadas
1/2 xícara de açúcar mascavo
1/2 xícara de creme de leite fresco gelado
1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro

Coloque a grade do forno no meio e pré-aqueça em 350ºF/ 176ºC. Unte as formas com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Se usar as forminhas de torta com fundo removível, cubra o fundo com papel vegetal antes de untar com manteiga.

Numa panela, coloque as cranberries e o bourbon e cozinhe em fogo baixo por 5 minutos, até as frutas absorverem o liquido. Remova do fogo e reserve.

Numa outra panela derreta o chocolate com a manteiga em fogo baixo, mexendo constantemente até ficar um creme bem liso. Remova o fogo e reserve.
Na mini processador pulse as pecans com as 2 colheres de sopa de farinha de trigo. Não deixe virar uma pasta. Reserve.

Bata as claras com uma pitada de sal, até ficar bem firme. Reserve.
Bata as gemas e o açúcar até ficar um creme. Adicione a mistura de chocolate e bata só até ficar bem misturado. Junte então as pecans moídas e as cranberries cozidas. Coloque 1/3 das claras em neve, delicadamente, até a massa ficar com uma cor mais clara, depois junte o resto, misturando com cuidado.

Divida a massa nas formas e leve ao formo por 25 minutos. Depois de assado, remova do forno, deixe esfriar uns minutos e vire os bolinhos numa grade. Deixe esfriar completamente. Polvilhe com açúcar de confeiteiro [*eu não fiz] e sirva acompanhado do creme de bourbon, feito com o creme de leite batido com 2 colheres de sopa de bourbon e 1 colher de chá de açúcar de confeiteiro.

bolo de ruibarbo & especiarias

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Resolvi levar um pacote de ruibarbo congelado pra casa. Aqui os ruibarbos frescos só aparecem brevemente numa certa época do ano, mas congelados eles estão disponíveis year-round. Lógico que prefiro o fresco, mas decidi arriscar. O pacotinho de ruibarbo ficou esperando no freezer porque, comprado de impulso, eu realmente não tinha nenhuma idéia de como usá-lo. Foi quando folheando a revista Olive distraidamente, encontrei lá três receitas com ruibarbo logo nas primeiras páginas. Uma delas foi a escolhida. Vou dizer que apesar de ter balança [e agora uma digital, presente de natal do meu filho], conversores de medidas nos computadores e no telefone, ainda me atrapalho—sem falar que me irrito— com medidas em gramas. Principalmente se elas não tiverem a conversão exata para xícaras e colheres. Também fiquei cabreira com o detalhe da receita ser feita no processador. Juro que achei que não iria dar certo, ainda somando o fato do ruibarbo ser congelado. Mas para a minha imensa surpresa, o bolo não só vingou, mas ficou fofinho e delicioso, perfumado de especiarias com uma base ardidinha proporcionada pelo ruibarbo. Muito bom! Como eu não tinha o mixed spice pedido na receita, improvisei a minha própria mistura. Também fiz a minha própria farinha self-raising.

140 gr de manteiga amolecida
300 gr de farinha self-raising [*para fazer essa farinha adicione 1 1/2 colher de chá de fermento em pó e 1/2 colher de chá de sal para cada 1 xícara de farinha comum]
2 colheres de chá de mixed spice [*fiz a minha com canela, cravo, cominho, nos moscada, tudo em pó, e raspinhas secas de casca de laranja]
1 colher de chá de gengibre em pó
100 gr de açúcar muscovado escuro [*substitua pelo mascavo]
250 gr de golden syrup [* use xarope de milho ou mel]
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 ovos batidos
300 gr de ruibarbo cortado em pedaços pequenos
Açúcar de confeiteiro para polvilhar

Pré-aqueça o forno em 356ºF/ 180ºC, unte uma forma quadrada de 20 cm com manteiga e forre o fundo com papel vegetal. Coloque uma chaleira com água no fogo.
Numa vasilha peneire a farinha de trigo [e o fermento e sal, se não tiver a self-raising] e as especiarias. No processador de alimentos bata a manteiga e o açúcar até ficar uma mistura clara, junte o golden syrup e bata novamente. Misture o bicarbonato de sódio com 200 ml de água fervendo e junte essa mistura gradualmente à massa no processador. Junte a mistura de farinha e pulse, então junte os ovos batidos e pulse mais umas vezes. Remova a mistura do processador para uma vasilha. Junte o ruibarbo e misture delicadamente. Coloque a massa na forma untada e forrada, leve ao forno por 60 minutos ou até que o bolo esteja firme e cozido. Remova do forno e deixe esfriar por uns minutos. Vire o bolo numa grade, remova o papel, deixe esfriar completamente, coloque numa travessa ou prato quadrado e polvilhe com o açúcar de confeiteiro.