gelatina de frutas vermelhas

gelatina_frutasGelatina de fruta é uma sobremesa tão fácil de fazer e fica sempre tão gostosa, refrescante para os dias quentes, com mil variações e possibilidades. Não sei por que eu não faço gelatina mais frequentemente. Essa receita saiu da revista Everyday Food e levava apenas framboesas, mas eu fiz com uma mistura de framboesas, morangos e mirtilos. Achei o resultado um pouco doce pro meu gosto. Se refizer, vou omitir o açúcar e colocar um pouco mais de mel.

2 envelopes de 8 gr—1/4 ounces de gelatina em pó sem sabor
1 1/2 xícara de frutas frescas
ou 1 pacote de 350 g—12 ounces de frutas congelada
1/2 xícara de açúcar
1 pitada de sal
1/4 xícara de mel

Salpique a gelatina em 1/4 xícara de água gelada e deixe dissolver, por mais ou menos 10 minutos. Enquanto isso cozinhe as frutas numa panela com o açúcar [se gostar de coisas doces], 2 xícaras de água e uma pitada de sal. Cozinhe por mais ou menos 5 minutos, até as frutas amaciarem e dissolverem, Retire do fogo, acrescente a gelatina dissolvida e o mel e misture bem. Passe a mistura por uma peneira fina ou food mill. Meça 4 copos de liquido, se precisar acrescente mais água. Divida em seis potinhos, deixe esfriar, cubra com plástico e leve a geladeira até ficar firme.

Cerâmicas no Copia

Sandy Besser, uma colecionadora de arte de Santa Fé, juntou em três anos mais de cem peças artesanais e funcionais de cerâmica, todas feitas por artistas norte-americanos. As peças, contemporâneas e ecléticas, mostram uma ampla variedade de técnicas, materiais e processamentos e estão em exposição no THE AMERICAN CENTER FOR WINE, FOOD AND THE ARTS—COPIA. Eu fotografei algumas das que mais gostei e que me lembraram o trabalho da Mariângela e do Rui Gassen, de Porto Alegre. Infelizmente não anotei o autor de cada uma dessas lindas cerâmicas, mas a minha favorita é sem dúvida a sopeira decorada com desenhos de insetos.

litros, litros e mais litros

Acho que nunca bebi tanta água na minha vida, nem nos meus tempos de nadadora assídua. Com esse calor seco, reidratar é imprescindível e eu acordo e durmo bebendo água. Durante minhas horas de labuta isso irrita um pouco, pois provoca mais idas ao wanderley. Hoje, além dos quarenta e um graus celsius, está um fumacê horrível provocado pelos incêndios que, como todos já devem ter visto nos noticiários, estão castigando o norte da Califórnia. Nós estamos sentindo a calamidade pela névoa amarela e ardida que envolveu o nosso céu. É um cheiro tão forte de madeira queimada, que me faz ter vontade de chorar.

Ontem, jantando sozinha na mesa da sala, olhei para o quintal e vi através da porta de vidro a criaturinha delicada ali perto dos arbustos de lavanda. As perninhas finas, como as do Pernalonga, as orelhonas pontudas esticadas, os olhinhos meigos e o focinho mexendo pra lá e pra cá. O gato Roux já começou a bufar com a visão da lebrezinha, que permaneceu impávida, sem perceber que uma humana e um felino a observavam com diferentes intenções. O Roux mudou até de posição, depois de janela, para poder ver melhor. Eu parei de comer, parei de ler a revista que estava me acompanhando na saladinha de pepino com queijo feta e fiquei olhando com uma cara de parva sorridente apatetada até a lebrezinha dar um pulinho e desaparecer da minha vista tão rapidamente que nem vi pra onde.

Com esse calor miserável, senti muita pena da lebre pernalonga e orelhuda lá fora. Parei tudo que estava fazendo e fui até o quintal onde arrumei uma vasilha bem no meio do piso de tijolinhos e enchi de água fresca. O bichinho vai desidratar, ele precisa de água!

Mais tarde, contando o episódio pro Uriel, ele me disse que esses animais se viram muito bem e que chupam a água dos matinhos e plantinhas. De sede eles não morrem. Especialmente naquela selva que é o meu quintal.

peach mint frogurt

peach_mint_frogurt

Esse frogurt foi feito no improviso, porque o cabeção descascou e picou um bocado de pêssegos maduríssimos, colocou tudo no congelador para ficar somente por alguns minutos e só foi lembrar de tirar muitos dias depois. Pensei imediatamente no incrível sorbet de morango da Charlene e achei que daria pra fazer um igual, de pêssego. Coloquei no liquidificados os pêssegos congelados, mel a gosto, um punhado de folhinhas de menta fresca e uma dose de licor Cointreau. Logo vi que minha intenção de sorbet não iria ficar igual ao sorbet da minha amiga e tasquei na mistura uma xícara de iogurte natural integral e a partir dali tudo correu tranquilo. Sorveteira e nhac-nhoc-nhac. Esse frogurt foi devorado em tempo recorde.

Israeli couscous com tomate

couscous tomate

O Israeli couscous, também conhecido por maftoul ou pearl couscous, é bem diferente do couscous marroquino. O Israeli é feito de bolotas largas e precisa ser cozido, não apenas re-hidratado como o marroquino. Ele fica ótimo em saladas, como esta com lentilha e hortelã que eu fiz um tempo atrás. Desta vez me baseei numa receita da revista Martha Stewart Living.

Toste 1 xícara de Israeli couscous numa panela até os grãozinhos ficarem dourados. Enquanto isso tenha uma chaleira preparada com água fervendo. Quando o couscous estiver douradinho despeje bastante água fervendo até cobrir todo os grãos, acrescente sal a gosto e deixe cozinhar até os grãos ficarem bem macios. Escorra bem e reserve. Você pode fazer com tomates crus, como a MS ensina, mas eu estava usando a churrasqueira pra fazer outras coisas e resolvi aproveitar o calor e assei os tomates pequenos cortados ao meio e embrulhados numa folha de papel alumínio. Você pode também fazer no forno. Quando eles estiverem cozidos, remova da churrasqueira, abra o pacote e deixe esfriar um pouco. Misture os tomates assados—com o caldinho que soltou e tudo, no couscous cozido. Tempere com molhinho feito com vinagre balsâmico, suco de limão, azeite, óleo de nozes e flor de sal. Misture bem, jogue bastante folhinhas de manjericão frescas rasgadas com as mãos, e então sirva.

uma bolsa para a bolsa

Cria-se o hábito. No carro eu mantenho uma cesta redonda grande, duas sacolas de pano, duas de lona plastificada e uma térmica. Não tem mais erro, nunca esqueço de levá-las comigo quando vou às compras. Sacoletas de plástico NO MORE! Mas o negócio era a comprinha informal, que não era aquela compra de supermercado, quando se dá apenas uma passadinha na farmácia ou de repente se vê algo legal e decide comprar. Lá vem a sacolonstra. Mas um dia, no passado, eu fui até a bookstore da UC Davis ver uns earphone novos para usar no meu computador durante o trabalho e vi essas sacoletas. Comprei várias para dar de presente e guardei uma pra mim. Ela é perfeita para se carregar na bolsa e para ser sacada nos momentos cruciais—eu não preciso de nenhuma sacola, pois tenho a minha própria. Tcharannn! Alegria, alegria! Ela é bem pequena, cabe na palma da mão e quando aberta fica enorme, carrega muita coisa. Além de ser feita de um material resistente e lavável, ainda é lindona. A Andrea do bacanérrimo blog Superziper tem uma igual e a mesma opinião que a minha.

43 graus

43_panzanella_S

Pedalando minha bicicleta pelo campus da UC Davis às cinco da tarde me senti dentro de um forno natural. O ar estava seco e amarelado e os meus olhos ardiam com o calor que estava no pico, marcando 43ºC / 109ºF. Nesses dias extremamente quentes, o departamento de saúde pede para as pessoas evitarem ficar na rua, fazer exercícios, levar crianças à piscina, pois o ar fica insalubre. Felizmente, essas ondas de calor duram no máximo três dias, embora elas aconteçam várias vezes durante o verão. Felizmente também temos uma excelente infra-estrutura e só se sente o calor na rua. Minha casa tem ar condicionado central, como a maioria das casas e locais públicos ou de trabalho. Eu fecho as janelas pela manhã para não deixar o bafão entrar e quando chego em casa, o a/c já ligou automaticamente para manter a temperatura da casa nos agradáveis 25ºC / 77ºF. Por isso eu não uso o fogão nesses dias tórridos, porque não faz sentido ter uma temperatura controlada e esquentar deliberadamente uma parte da casa. E como esquenta! Em dias secos e quentes como esse, até a chama do fogão produz calor demais. Então o jeito é cozinhar na churrasqueira, onde eu já adquiri maestria, ou fazer receitas que não precisam cozimento. Nesse dia baforento optei mais uma vez pela panzanella. Essa salada é uma refeição completa e não precisa usar o fogão para prepará-la. Nessa variação usei abobrinha. Mas já fiz várias vezes a receita clássica e a versão com aspargos. Assim jantamos no primeiro dia da ondaça, que ainda vai nos castigar por mais dois dias. E a previsão pra hoje—lord have mercy—é de 44ºC / 112ºF.

menu du jour

Salada de batatas de casca vermelha, cozidas e descascadas, temperadas com um molho de creme fraiche, suco de limão, mostarda dijon, flor de sal e óleo de nozes torradas e salpicadas com ciblulettes/chives.

Salmão selvagem assado na churrasqueira sobre uma cama de cebolas, salpicado com sal defumado e pimenta do reino.

Purê de ervilhas e edamame com menta e iogurte.

Carpaccio de abobrinha verde e amarela, temperada com uma mistura de suco de limão, óleo de abacate, flor de sal e salpicada com folhas frescas de estragão e fatias finíssimas de queijo manchego

Pão de centeio integral. Manteiga orgânica sem sal.
Água fresca e vinho verde.