frozen yogurt de figo

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Quando comprei as três primeiras cestinhas de figos na primeira banquinha no Farmers Market em que parei, a vendedora foi rapidamente me avisando—esses são os últimos da temporada, viu? Foi o que bastou pra me colocar um frenesi quase histérico. Fui passando pelas banquinhas e abocanhando todas as frutinhas que pudesse carregar. Foi assim que acabei com uma quantidade absurda de figos na minha geladeira. Tenho comido muitos deles frescos, levo pra comer no trabalho. Também assei alguns, morninhos pra acompanhar sorvete, ou enrolados em fatias finas de prosciutto e salpicados de sementes de erva doce. Mas neste dia usei um montão pra fazer um frogurt. Ficou absolutamente delicioso! Essa receita é pra minha amiguinha Sueli [♥].

300gr de figos frescos maduros
1 xícara de iogurte natural integral
1/2 xícara de creme de leite fresco
Acúcar demerara baunilhado a gosto*
[se não tiver, use outro açúcar ou mesmo mel]
1 colher de chá de vodka

Bata tudo no liquidificador. A vodka por último. Coloque na sorveteira, depois de 20 minutos, guarde no congelador. Voalá!
*faço meu açúcar baunilhado [e de outros sabores] em casa, colocando favas usadas e secas no pote de açúcar.

pão de ló de morango

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Minha mãe me escreveu pra contar de algumas coisas e aproveitou pra dizer—fiz sua receita de pão de ló de morango e ficou uma delicia! MINHA receita? Fiquei muito intrigada. Ela esclareceu que essa era uma receita do tempo em que eu morei em Piracicaba, nos anos 80, antes do exílio. Estou até agora matutando sobre essa história. Pensei, pensei, pensei, interroguei o Uriel, ele não lembra de nada, nem eu. Fiz a receita e enquanto comia, volta e meia me sentia quase lembrando de quando eu fazia esse bolo, tantos anos atrás. Não posso negar que a receita tem a minha cara. É fácil de fazer, leva poucos ingredientes, leva fruta e tem esse esquema de cortar o bolo, fazer uma espécie de trifle, que é realmente uma coisa bem prática. E funciona como sobremesa para um almoço festivo, um jantar comemorativo. Minha mãe disse que a receita também levava leite condensado, que ela eliminou. Realmente não consigo imaginar onde esse ingrediente entraria sem arruinar tudo. E ela também diminuiu o açúcar, o que eu também fiz. Minha idéia era fazer mini-bolinhos, que ficaram bem interessantes. Mas como sobrou massa, assei o restante numa outra forma maior e fiz também a idéia original, cortando o bolo em quadrados. Ficou muito bom. Bati o creme de leite com um fio de mel de abelha. E os morangos, super madurinhos, eram orgânicos.

5 ovos [claras e gemas separadas]
2 xícaras de açúcar [*diminuí para 1 xícara]
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 xícara de leite fervendo.

Untar a forma com manteiga e enfarinhar. Pré-aquecer o forno em 365ºF/ 185ºC. Bater as clara em neve. Misturar às claras, sem bater, as gemas, o açúcar e a farinha. Juntar o leite fervendo e por último o fermento em pó, incorporando bem com uma colher de pau ou espátula. Assar por uns 20 minutos ou até o bolo ficar bem dourado e cozido por dentro. Corte o bolo em quatro partes—ao meio e depois cada parte em duas. Regue o bolo com suco natural de laranja, salpique com morangos picados e creme de leite fresco batido em chantilly. Faça camadas intercaladas com as fatias de bolo. Cubra com mais morangos picadinhos e chantilly.

ervas no vaso [ou jarra]

Não é a maior novidade na praça nem a mais nova descoberta no planeta. Essa prática é bem comum, mas não era comum na minha cozinha. Eu tenho uma técnica muito eficiente de embrulhar as vaso-salsaervas já lavadas e ainda úmidas numa folha bem larga de papel toalha e depois colocar num saquinho plástico bem fechado e sem ar dentro da geladeira. E funciona incrivelmente bem com todas as ervas, menos com o manjericão. E porque durante o verão chegam maços gigantes de manjericão na cesta orgânica, estava ficando muito chato ver parte dele se estragar. Eu nem sempre sou muito rápida no consumo dos ingredientes, especialmente se eles são em qrande quantidade. Então comecei a testar colocar o maço de manjericão em vasos e jarras com água e deixar na bancada da cozinha. Os verdinhos se deram super bem nessa situação. O manjericão não só se mantém fresco e bonito, como até florece e cresce! Estou expandindo a idéia para outras ervas—como a salsinha italiana desta foto. E esses vasos e jarras até dão uma enfeitada bonita na cozinha. Gostei!

dez quilos de tomate

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A fazenda orgânica enviou uma mensagem avisando que eles estavam com um surplus de tomates e estavam vendendo caixas de 10 quilos por 20 mangos cada uma. Me entusiasmei ao ponto do histerismo. Respondi correndo dizendo que queria comprar uma. Quando os tomates aportaram na minha cozinha, percebi o tamanho da encrenca em que tinha me metido. Mas nessa altura a Inês já estava morta e só me restava arregaçar as mangas e começar a rebolar. Decidi usar a tomatada para fazer molho pra congelar. Achei que seria o processo mais fácil. Felizmente tivemos um final de semana de temperaturas muito amenas e pude ter panelões borbulhantes dominando o cenário da minha cozinha. Fazer molho não é complicado, mas envolve tempo. Eu gosto do molho bem grosso, então tem que deixar reduzir em fogo baixo por bastante tempo.

Depois de um final de semana frenético, consegui estocar quase uma dúzia de potes de vidro cheios de molho de tomate, que vão com certeza ajudar a alegrar os dias chuvosos do próximo inverno. Aproveitei também para gastar uma enorme coleção de casca de queijo parmesão, que vou guardando para usar em molho ou para rechear braciolas.
Fiz um molho de tomate bem simplificado. Se quiser pode acrescentar carne, mas eu prefiro sem.

Cozinhe primeiro os tomates com 1/3 de água numa panela funda. Cozinhe até os tomates racharem. Bata tudo no liquidificador—tomates cozidos e água do cozimento. Passe tudo por uma peneira.

Numa panela grande, funda e robusta, coloque um tanto de azeite e refogue cebola, talos de salsão e cenouras, tudo bem picadinho. Quando os legumes estiverem bem macios, junte o purê de tomates já cozido e peneirado. Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora. Junte umas folhas de louro e pedaços de casca de parmesão [a parte dura, que não dá pra ralar]. Deixe cozinhar em fogo baixo, até o molho ficar na consistência desejada. Não deixe muito aguado, tem que ficar um tanto grosso. Quanto mais reduzir, mais grosso e melhor fica.

Deixe esfriar, remova as folhas de louro e os pedaços de casca de queijo, coloque em vasilhas de vidro com tampa e guarde no congelador.

drinkwell softers

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Quando vi os refrigerantes probióticos da fazenda Eatwell pela primeira vez, não pude deixar de pensar no famoso Yakult, a bebidinha lactofermentada da minha infância. Na verdade, não sei exatamente como o Yakult adentrou a minha rotina, pois lembro muito bem de ouvir minha mãe—apesar de ser uma pessoa de alma natureba, sempre atenta aos valores nutricionais e às novidades saudáveis—declarar em alto e bom tom seu NOJO ABSOLUTO por esse produto japonês que continha BICHINHOS [lactobacilos] VIVOS! Mas contra tudo e contra todos, uma vez por semana a moça do Yakult passava com seu carrinho pela nossa casa, nos deixava um estoque e eu simplesmente amava o sabor daquilo. Fui comentar com a Gabriel sobre a parecência entre as bebidas e me surpreendi em descobrir que ele também é fã do Yakult e compra de vez em quando no supermercado que ele frequenta aqui em Davis.
Mas os Drinkwell Softers não são a mesma coisa que o Yakult. Eles são algo mais. São produzidos na cidade vizinha de Dixon com iogurte da também local Strauss Family Creamery e com óleos essenciais de lavanda, gerânio rosa, verbena limão e alecrim. E são gasosos! É realmente um refrigerante probiótico. Adorei todos os sabores, em especial o de gerânio rosa e o de lavanda. Não consigo beber uma garrafa inteira, vou de pequenas doses. São super refrescantes, gostosos e devem fazer algum bem pro nosso estômago, não?
»quero deixar esclarecido que todos os ingredientes e produtos que mostro ou recomendo aqui no Chucrute com Salsicha são do meu gosto pessoal. não recebo nada para ser avaliado ou revisado. eu mesma vejo, compro, uso e se aprovo, escrevo a respeito. quando linko ingredientes aqui, é porque eles são meus favoritos pela qualidade e recomendo porque quero recomendar. não ganho nada de ninguém por isso.

pão com nutella, mascarpone e morango fresco

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A idéia saiu deste blog e eu fiz apenas uma pequena modificação. Ao invés de usar a notável Nutella, investi numa versão mais natureba e mais local, com a deliciosa manteiga de chocolate e avelã da Justin’s—uma companhia do Colorado. Use um pão bem rústico, tipo italiano. O meu tinha nozes na massa. Os morangos bem doces e maduros, de preferência orgânico. E se não conseguir de jeito nenhum achar mascarpone, vá lá e substitua pelo cream cheese.

Fatias de pão rústico
Nutella ou manteiga de avelã
Mascarpone
Morangos orgânicos lavados e fatiados
Manteiga [opcional]

Corte o pão em fatias, passe manteiga se quiser [eu não quis] e toste ligeiramente numa frigideira ou grelha. Cubra cada fatia com uma camada de Nutella, outra de mascarpone e por cima espalhe as fatias de morango. Sirva imediatamente.

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Ainda estamos na onda dos melões e eles aparecem em inúmeras variedades, cores e tamanhos. Comprei esses bem pequenos, porque estavam tão perfumados. E quando abrimos não nos decepcionamos. De polpa branca e muito doce, comemos os melõezitos al naturel de colheradas, mas eu poderia ter feito um frogurt como este ou uma salada de frutas, inspirada nesta de outros verões e carnavais.

torta de figo
[com creme inglês]

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Começou a segunda rodada dos figos, pra matar todas as minhas vontades, porque a primeira durou uma semana e não deu pra nada. Exagerei na compra das frutas, nem preciso dizer. Me empanturrei de figos frescos e comecei a procurar algo diferente pra fazer com os outros, porque um figo estragado é uma punhalada no meu coração. Eu ando completamente sem idéias, meio paradona [alguém percebeu algo?], fazendo sempre as mesmas receitas repetecos e pra chegar nessa torta de figos folheei muitos livros. Resolvi montar a torta com uma massa diferente que tirei do livro da Rose Bakery— Breakfast Lunch Tea. Ela é bem fácil de fazer e de abrir e segundo a autora, é uma massa doce diferente, pois gosta de ser sovada! No mesmo livro tirei o creme inglês, que achei que faria uma deliciosa caminha para os figos. E fez mesmo! E os figos eram orgânicos, só isso.
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massa doce para torta
faz duas tortas de 28 cm
500 gr [3 1/2 xícaras] de farinha de trigo
120 gr [2/3 xícara] de açúcar
320 gr [1 1/2 xícaras] de manteiga sem sal 10 minutos fora da geladeira
1 pitada de sal
1 ovo inteiro
2 gemas de ovos
1 colher de chá de extrato de baunilha

Pode usar um processador ou fazer na mão. Eu fiz na mão. Coloque a farinha, o açúcar, o sal e a manteiga e misture bem usando os dedos para incorporar a manteiga a farinha. No processador apenas pulse todos os ingredientes até formar uma farofa grossa e coloque a massa numa vasillha. Se fizer a mão apenas faça um buraco no meio da massa e coloque o ovo, as gemas e o extrato de baunilha no meio. Misture com um garfo e depois trabalhe com as mãos até a massa formar uma bola. Numa superfície enfarinhada trabalhe a massa, sovando por uns minutos.

Corte a massa ao meio, se estiver calor coloque na geladeira por uns minutos, senão abra cada parte numa superfície enfarinhada com o rolo. Coloque a massa na forma. Abra a segunda massa, que poderá ser congelada na forma. Deixe a massa gelar por 30 minutos antes de levar ao forno pré-aquecido em 350ºF/ 180ºC por uns 20 minutos, até ela ficar levemente dourada. Remova do forno, deixe esfriar e coloque o recheio.

crème anglaise—creme inglês
250 gr [1 xícara] de creme de leite fresco
1/2 fava de baunilha cortada no comprimento e as sementes raspadas
4 gemas de ovos
50 gr [1/4 xícara] de acúcar

Coloque o creme e a baunilha—fava e raspas, numa panela e leve ao fogo até quase ferver. Remova do fogo. Numa vasilha bata as gemas com o açúcar. Junte um pouco do creme quente na mistura de ovo e bata bem. Jogue a mistura de ovo no resto do creme e volte ao fogo baixo mexendo sempre com uma colher de pau ou batedor de arame até o creme engrossar levemente. Mais ou menos uns 5 minutos. Remova do fogo, deixe esfriar e recheie a torta.

Cubra o creme com fatias de figo fresco, leve ao forno pré-aquecido em 365ºF/ 185ºC até a massa ficar bem dourada, o creme firme e a fruta cozida.