risoto cremoso de cevada

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Outro dia me deu vontade de fazer algo com cevada, então comprei os grãozinhos e fui procurar uma receita. A ideia era fazer algo simples e usar o último vidro de caldo de legumes caseiro que eu tinha feito na semana anterior. Um risoto foi a receita perfeita! Eu servi com espinafre refogado rapidamente no azeite e alho.

4 xícaras de caldo de legumes, de preferência caseiro
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
1 cebola média cortada em cubinhos
1/4 colher de chá de folhas de tomilho fresco
1 xícara de cevada [a.k.a. cevadinha]
1 xícara de vinho branco
1/2 xícara de queijo Parmigiano-Reggiano ralado, mais para servir
4 colheres de sopa de manteiga sem sal
Sal e pimenta do reino moída na hora

Em uma panela média colocar o caldo de legumes para ferver em fogo alto. Assim que ferver reduza o fogo para baixo e mantenha o caldo quente. Em uma panela grande e funda aqueça o azeite. Adicione a cebola e o tomilho e cozinhe em fogo moderado, mexendo ocasionalmente, até que a cebola amoleça, por cerca de 6 minutos. Adicione a cevada e cozinhe, mexendo, durante 2 minutos. Adicione 1 xícara de vinho branco e deixe absorver totalmente. Adicione 1 xícara do caldo quente e cozinhe, mexendo, até que fique quase completamente absorvido. Continue adicionando o caldo, 1 xícara de cada vez e mexendo algumas vezes entre as adições. O risoto estará pronto quando a cevada ficar al dente e o molho ficar espesso e cremoso, cerca de 35 minutos. Misture então a 1/2 xícara de parmesão e a manteiga e tempere com sal e pimenta do reino. Sirva imediatamente, colocando mais queijo se quiser.

cooking matters

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We will always make time for things that MATTER. Cooking matters.

A artista Maira Kalman ilustrou a edição especial do livro Food Rules: An Eater’s Manual do Michael Pollan. Essa ilustração, que peguei no website dela, sumariza quase tudo o que penso sobre a importância de cozinhar. Administro assim o tempo que preciso para alimentar minha família [onde estou incluída]. Depois disso estar feito, eu vejo séries, leio revistas, navego pela internet.

bolo de cenoura e gengibre
[com sementes de gergelim]

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Fiquei louca quando vi a receita desse bolo, tive que fazer. Fui até comprar umas cenourinhas orgânicas especialmente para isso. Não vou dizer que não ficou gostoso, mas achei um pouco úmido e molenga pro meu gosto. Mesmo assim comemos tudo. Adoro sementes de gergelim, mas preferi essa receita aqui, de bolo de banana.

1/2 xícara de óleo vegetal
2 xícaras de farinha de trigo
1 e 1/2 colheres de chá de fermento em pó
2 colheres de chá de canela em pó
1 xícara açúcar mascavo
1/2 xícara de purê de maçã [não-adoçado]
1/3 xícara de leite de amêndoa [ou outro leite]
Um pedaço de 5cm de gengibre descascado e ralado fino
1 colher de chá de extrato de baunilha
3/4 colher de chá de sal
2 cenouras grandes [200gr] raladas no grosso
2 colheres de sopa de sementes de gergelim preto

Pré-aqueça o forno a 350°F/ 176°C. Pincele o interior de uma forma de pão com um pouco de óleo. Polvilhe com a farinha de trigo, batendo bem para remover qualquer excesso. Em uma tigela pequena misture a farinha de trigo, o fermento em pó e a canela. Em uma tigela grande misture o açúcar, o purê de maçã, o leite de amêndoas, o gengibre, a baunilha e o sal. Usando uma espátula coloque a mistura de farinha sobre a mistura liquida, seguida das cenouras e finalmente o óleo. Despejar a massa na forma preparada e polvilhe a superfície do bolo com as sementes de gergelim. Cubra completamente, se precisar ponha um pouco mais de sementes. Leve ao forno e asse por cerca de 1 hora e 10 minutos. Remova do forno e deixe esfriar completamente dentro da forma antes de cortar.

revani — bolo de semolina
[com calda de camomila]

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Adorei a ideia desse bolo de semolina encharcado com um xarope de camomila. Ele é conhecido como revani na Turquia e na Grécia, mas tem versões similares em outros países do Oriente Médio. É mais como uma sobremesa, porque é muito doce e não conseguimos comer mais do que dois quadradinhos. Pode ser servido com iogurte batido ou frutas. Se um dia eu refizer essa receita, cortarei a calda de açúcar na metade. Achamos doce demais para o nosso paladar.

para o bolo:
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 xícara de farinha de semolina
1 colher de sopa de fermento em pó
1/2 colher de chá de sal kosher
1 xícara iogurte grego natural
Raspas da casca de 2 limões [*usei o verde]
1 colher de sopa de extrato de baunilha
3 ovos caipiras em temperatura ambiente
1/2 xícara de açúcar
1 xícara de óleo vegetal
1 xícara de pistache torrado e finamente picado para servir [*omiti]

para a calda de camomila:
1 e 1/2 xícaras de água
1 colher de sopa de flores de camomila [*ou do chá]
2 xícaras de açúcar
1 colher de sopa de suco de limão

Pré-aqueça o forno a 350°F/ 176ºC. Unte com manteiga uma assadeira quadrada. Coloque a farinha, o fermento em pó e o sal em uma tigela e bata com um batedor de arame para misturar. Reserve. Misture o iogurte, as raspas de limão e a baunilha em uma tigela pequena. Reserve. Coloque os ovos e o açúcar na tigela de uma batedeira equipada com o batedor de claras. Bata em velocidade média até formar um creme pálido e amarelo que deve aumentar em volume, por cerca de 5 minutos. Abaixe a velocidade e lentamente despeje o óleo vegetal. Em seguida adicione a mistura de iogurte em duas partes. Raspe bem as laterais da tigela com uma espátula. Adicione então os ingredientes secos e misture com a espátulas apenas para combinar os ingredientes. Misture manualmente com uma espátula até a massa ficar Lisa. Despeje a massa na forma untada. Asse por 35 a 40 minutos. Enquanto o bolo assa, prepare a calda. Leve a água para ferver em uma panela pequena. Retire do fogo, adicione a camomila, tampe a panela e deixe descansar por 5 minutos. Coe e descarte as flores. Retorne o líquido para a panela e adicione o açúcar e suco de limão; leve para ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por 8 minutos, até reduzir a 1 e 1⁄4 xícaras. Assim que o bolo sair do forno, despeje a calda de camomila quente uniformemente sobre o bolo. O bolo vai encharcar. Deixe o bolo esfriar e absorver a calda completamente. Inverta o bolo em uma travessa. Fatie e sirva com uma colherada de iogurte e pistache picado.

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galette de maçã

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Fomos colher maçãs em Apple Hill e é claro que tive que fazer uma torta, no caso uma galette. Porque galettes são sempre muito mais fáceis pra quem não tem talento abrindo massa como eu. Eu tinha uma receita do livro Everyday Greens da Annie Somerville marcada, por causa da massa com cream cheese. A receita é com marmelo e maçã, mas eu fiz só com maçã. Gostei do fato da maçã já estar cozida antes de ir pro forno. Essa galette fica bem sequinha.

massa:
2 xícaras de farinha de trigo
1/3 de cornmeal bem fina [pode ser fubá]
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher de chá de sal
16 colheres de sopa ou 2 tabletes [de 113gr cada] de manteiga sem sal gelada e cortada em cubos
230 gr de cream cheese

Peneire os ingredientes secos na vasilha da batedeira. Encaixe a pá e em velocidade baixa vá juntando os cubos manteiga até formar uma farofa bem grossa. Adicione o cream cheese e continue girando a pá até tudo se incorporar na massa. Não trabalhe muito essa massa, ela vai ficar mostrando partes com cream cheese. Embrulhe numa folha de filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos. Remova da geladeira uns minutos antes de abrir. Essa massa pode ser feita com antecedência e mantida no congelador por até 1 mês.

recheio
1 colher de sopa de manteiga sem sal
1/4 xícara de açúcar
1 pitada de sal
1 colher de chá de suco de limão
4 maçãs grandes, descascadas e cortadas em cubos
1 xícara de suco de maçã [não-filtrado, não processado se for possível]
2 e 1/2 colheres de sopa de polvilho ou maisena
Canela em pó a gosto

Derreta a manteiga numa panela grande e robusta. Adicione o açúcar, o sal e o suco de limão. Cozinhe até que o açúcar se dissolva completamente. Adicione as maças em cubos e o suco de maçã misturado com o polvilho ou maisena. Deixe cozinhar por uns 5 minutos ou até as maças ficarem tenras e o caldo engrossar.

Pré-aqueça o forno em 375ºF/ 200ºC. Remova a massa da geladeira e abra com um rolo sobre uma folha de papel vegetal. Transfira a massa aberta para uma assadeira. Coloque o recheio no centro, polvilhe com canela. Dobre as bordas em direção ao centro, deixando o centro aberto. Pincele a massa com um pouco de leite. Polvilhe açúcar cristal e canela em pó e leve ao formo pré-aquecido por 25 minutos ou até a massa ficar bem dourada.

o n z e !

Onze anos, hein? Quem diria. Passei o marco da década e comemorarei o décimo primeiro ano do Chucrute já de cara nova, o que eu sempre achei que nunca iria acontecer. Mas é necessário mudar. E como teve mudança nestes últimos onze anos. Como eu mudei desde este primeiro post onde quase tudo que eu dizia já não é mais tão real. Hoje gasto muito mais tempo cozinhando do que precisaria, mas gosto tanto de cozinhar e de ficar praticando minha meditação preparando, descascando e picando ingredientes, que até aboli outros hobbies. Nestes onze anos posso dizer que evoluí e que fiz muito mais comidas gostosas do que gororobas. Mudou cidade, mudou casa, mudou gato na cozinha, mudou panelas, mudou louça, mudou objetivos, mudou rotina, mudou tanta coisa, mudou, evoluiu e melhorou, não concorda? Então, acho que onze é um excelente número pra se comemorar!

Mallorca — uma estrela no Mediterrâneo

Assim que saímos do aeroporto eu vi as figueiras carregadas de frutas e pensei—meudeuso, cheguei no paraíso! Daí eu vi o mar azul esverdeado e as oliveiras, e os sycamores, e os ginkgos, e as magnólias, e todos os arbustos, flores e árvores que vejo todos os dias aqui no meu pequeno rincão no norte da Califórnia. Do outro lado do mundo tem um lugar muito parecido, muito quente no verão, muito lindo no outono, muito popular com os turistas, com diferença que Mallorca é uma ilha medieval cheia de influencias árabes. Nós ficamos num resort em Alcúdia e visitamos Sóller [e Port de Sóller], Pollença [e Port de Pollença] e a Serra de Tramuntana, que é parte do patrimônio mundial. Aproveitamos muito as praias por perto e visitamos com nossos primos que moram em Pollença. Lá também tivemos a chance de fazer compras num mercado aberto, no centro da pracinha medieval. Foram dias deliciosos, com muita comida e vinho, um sol gostoso, uma água de mar tão agradável, onde podíamos ficar por horas boiando, nadando e conversando. Aproveitamos bastante o resort também, que tinha um spa sensacional onde batíamos ponto todo final de tarde. A ilha é muito grande, não deu pra conhecer muito, por isso um dia vou querer voltar.