picolé de blackberry & rosa

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As polpudas e delicadas blackberries vieram do Farmers Market de Woodland, inspiração para usá-las veio do livro do People’s Pops e esses picolés ficaram o puro purê da fruta, absolutamente scrumptious! Fiz só com as berries, sem adicionar nenhum liquido. Também não passei na peneira, porque as frutinhas estavam bem maduras e as sementinhas ultra-macias. Mas se quiser, dilua e peneire as sementes.

Bati no liquidificador duas caixinhas de blackberries lavadas, adicionei mel a gosto [usei um bem forte, de jaborandi, que veio do Brasil] e uma colher de chá de água de rosas. Coloquei nas forminhas e levei ao congelador.

ricota fresca — feita em casa

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Fazia muito tempo que eu queria testar fazer ricota em casa, pois li que era super fácil, além de ficar deliciosa e tal. Só que às vezes eu enrolo à beça e preciso de um empurrão e neste caso recebi um da Deborah Madison quando abri novamente o livro Seasonal Fruit Desserts. As receitas de ricota fresca são muito parecidas, mas é importantíssimo usar os melhores ingredientes. Aqui no norte da Califórnia eu uso o leite e derivados de altíssima qualidade de um produtor local, a Straus Family Creamery. A ricota pode ser feita e consumida no mesmo dia. Quanto mais tempo deixar o soro escorrer, mais densa ela fica. Como ela dura apenas uns dias na geladeira, é para ser feita e consumida logo. Mas quem é que vai ficar dando bobeira, esperando pra devorar essa delícia?

4 xícaras de leite integral
2 xícaras de creme de leite fresco
1 colher de chá de sal kosher
3 colheres de sopa de vinagre de vinho branco

Coloque uma peneira sobre uma tigela funda. Humideça com água duas camadas de gaze para fazer queijo ou um paninho e coloque sobre a peneira.
Coloque o leite e creme de leite fresco em uma panela de aço inoxidável ou esmaltada, tipo Le Creuset. Acrescente o sal. Leve à fervura em fogo médio, mexendo ocasionalmente. Desligue o fogo antes que a mistura ferva e então coloque o vinagre. Deixe a mistura em repouso durante 1 minuto até que ela coalhe. Ela vai separar em parte mais grossa [a coalhada] e parte esbranquiçada [o soro].

Despeje a mistura na peneira coberta com a gaze ou pano e deixe drenando em temperatura ambiente por 20 a 25 minutos. Quanto mais tempo drenar, mais espessa ficará a ricota. Transfira a ricota para uma tigela, descartando a gaze e soro [eu guardei o soro e acho que vou usar em sopas frias] Use imediatamente ou cubra com filme plástico e leve à geladeira. A ricota pode ser guardada na geladeira por 4 a 5 dias.

Eu servi a minha ricota fresca em duas versões: doce e salgada. Para a salgada, tostei fatias de pão na frigideira, espalhei uma camada de ricota por cima, salpiquei com sal Maldon e pimenta do reino moída na hora, um fio de azeite por cima. Fiz também acompanhada com fatias de tomate temperadas. Para a versão doce, usei cerejas frescas descaroçadas e cortadas ao meio, marinadas por uma meia hora em um pouco de açúcar demerara e uma colherzinha de chá de extrato puro de amêndoas. Vai formar uma caldinha. Sirva essas cerejas e a calda com uma colherada da ricota fresca. Faça e depois me diga se não fica uma sobremesa de conto de fadas.

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bolo de chocolate & azeite

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O próximo passo na minha aventura do azeite era o bolo de chocolate. Procurei bastante por uma receita e esta aqui foi a que mais me agradou. O único porém foi que durante a preparação eu me deparei com um grande dilema: onde está a quantidade de açúcar da massa? Não achei em lugar algum, então improvisei uma quantidade baseada no meu bom senso de [metida a] cozinheira. Achei que 3/4 de xícara daria e foi isso que coloquei. Fiz esse bolo como uma das sobremesas do almoço de Memorial Day e decidi acrescentar morangos frescos no recheio e salpicar a cobertura com flor de sal. Foi a decisão certa. A primeira bocada que dei no bolo me fez soltar uma exclamação bem alta—WOW! Esse bolo ficou absolutamente incrível!

para fazer o bolo:
3 xícaras de farinha de trigo
6 colheres de sopa de um bom cacau em pó sem açúcar
3/4 xícara de açúcar
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal
3/4 xícara azeite extra-virgem
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
1 colher de sopa de extrato puro de baunilha
2 xícaras de água fria

Pré-aqueça o forno a 350ºF/ 176ºC. Unte com azeite e enfarinhe duas formas de bolo redondas. Misture a farinha, o açúcar, o cacau, o bicarbonato e o sal em uma tigela grande. Junte o azeite, o vinagre, a baunilha e água na mistura de farinha e bata com um batedor de arame até que a massa fique bem lisa. Despeje nas formas preparadas, leve ao forno e asse por aproximadamente 30 minutos ou até que o centro do bolo esteja firme. Remova o forno e deixe esfriar sobre uma grade por 10 minutos antes de desenformar. Deixar os bolos esfriarem completamente antes de rechear e cobrir.

para fazer a cobertura:
3/4 xícara de açúcar
4 colheres de sopa de amido de milho
1 xícara de água fervente
Dois quadrados grandes de chocolate amargo
1/2 colher de chá de sal

Cozinhe todos os ingredientes em uma panela robusta em fogo médio, mexendo continuamente até que a mistura engrosse. Quando a mistura ficar espessa, adicione 4 colheres de sopa de manteiga e 2 colheres de chá de baunilha. Deixe esfriar um pouco antes de rechear e cobrir o bolo. Eu coloquei uma camada de fatias de morangos sobre o recheio e na hora de servir salpiquei a cobertura com flor de sal. Achei que o sal fez uma grande diferença no resultado final.

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salada de tomate & abobrinha

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Acho que ainda não teve nenhuma salada que fiz do livro Jerusalem do Ottolenghi e Tamimi que não tenha me deixado abismada com o resultado. Essa ficou absolutamente deliciosa. Eu tinha comprado o xarope de tâmaras na lojinha internacional quando vi essa receita pela primeira vez e marquei para fazer quando os tomates locais dessem a cara por aqui. Coincidentemente eles chegaram junto com as abobrinhas e então preparei essa delicia para o nosso almoço de Memorial Day. Apenas modifiquei a maneira de grelhar os legumes, que no livro é feito no broiler e eu fiz na grelha sobre o fogão. Também pode ser feito na churrasqueira. E adicionei rodelas de cebola roxa. O xarope de tâmara pode ser substituído pelo de romã, maple syrup ou até por mel ou melado.

1 quilo de abobrinhas
800gr de tomates maduros grandes
1 cebola roxa grande
3 colheres de sopa de azeite de oliva
300gr de iogurte grego
2 dentes de alho esmagados
2 pimentas malaguetas sem sementes e picadas [usei em flocos]
Raspas de 1 limão e meio
2 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de sopa de xarope de tâmara
200g de nozes tostadas e picadas
2 colheres de sopa de hortelã picada
2 colheres de sopa de salsinha picada
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Corte as abobrinhas e a cebola em tiras grossas e os tomates em quatro. Tempere com azeite, sal e pimenta. Grelhe dos dois lados numa chapa ou churrasqueira ou no forno. Reserve. Numa vasilha misture bem o iogurte, o alho, pimenta vermelha, raspas de limão e suco e xarope de tâmara, sal a gosto. Adicione os legumes grelhados, as nozes, hortelã, salsinha e misture bem. Tempere com mais azeite e sirva.

macarronada de quinze minutos

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A super duper gênia da raça Martha Helena publicou essa receita na última edição da sua revista com direito a vídeo e tal, mas eu só acreditei que daria mesmo certo depois que fiz eu mesma e vi que realmente não só dá certo, como fica ótimo. Coloca tudo cru na panela, cozinha, cozinha e em 15 minutos o macarrão tá na mesa. Adorei toda essa praticidade.

350gr de linguine ou espaguete
350gr de tomates cereja cortados ao meio
1 cebola em fatias finas [cerca de 2 xícaras]
4 dentes de alho cortado em fatias finas
1/2 colher de chá de de pimenta vermelha em flocos
2 raminhos de manjericão
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem de oliva
Sal grosso e pimenta moída na hora
4 e 1/2 xícaras de água
Queijo parmesão ralado na hora, para servir

Numa panela grande coloque tudo cru—o macarrão, o tomate, a cebola, o alho, a pimenta em flocos, o manjericão, o azeite, 2 colheres de chá de sal, 1/4 colher de chá de pimenta do reino moída na hora e a água. Leve para ferver em fogo alto. Quando ferver, vá mexendo e virando a pasta frequentemente, até que a massa fique cozida al dente e água tenha quase evaporado, mais ou menos uns 10 minutos. Remova do fogo e sirva com queijo parmesão ralado na hora.

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mousse de queijo cremoso
com frutas silvestres

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Tirei da estante o volume Seasonal Fruit Desserts da Deborah Madison para procurar uma ideia de sobremesa para fazer no almoço de Memorial Day. Esse livro tem receitas super diferentes e criativas usando frutas da estação. E agora é a hora dos damascos, cerejas e berries em geral. Achei várias ideias e coloquei essa em pratica. Um mousse com apenas alguns ingredientes da melhor qualidade e tchan dan—a cara do meu filho devorando a porção dele e fazendo comentários elogiosos sumariza tudo. Simplicidade, elegância e deliciosidade, exatamente como eu gosto.

1 pacote de 225 gr [8 ounces] de cream cheese
1 xícara de iogurte natural
3 colheres de sopa de açúcar demerara
1 fava de baunilha [ou 1 colher chá de extrato]
1/2 xícara de creme de leite fresco

Coloque o cream cheese e o iogurte no processador, adicione o açúcar e pulse bem até ficar um creme. Corte a fava de baunilha ao meio e raspe as sementes. Coloque as sementes na mistura de queijo [e guarde a fava na lata de açúcar] Processe mais um pouco e adicione o creme de leite. Teste se o açúcar está a seu gosto. Coloque a mistura numa peneira forrada com um paninho [pode ser o de fazer queijo], coloque a peneira sobre uma vasilha grande, cubra a mistura com as bordas do pano e leve à geladeira por algumas horas ou de um dia para o outro. Antes de servir remova o creme da peneira e coloque em taças ou numa vasilha grande, como quiser. Sirva com frutas frescas. Eu escolhi servir com as blackberries.

picolé de limão cravo
[com alecrim]

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Seria um constrangimento admitir que eu sou uma fominha com limões e laranjas, especialmente com o limão cravo que me remete à minha infância. Seria um constrangimento, se eu não realmente aproveitasse bem essas frutinhas que pego nas árvores de ninguém da minha antiga vizinhança em Davis. Não me constranjo mesmo, porque uso TODOS os limões que pego, até a ÚLTIMA GOTA. Desde o inverno que a gaveta da minha geladeira na garagem estava lotada de limões cravos, que fui usando, usando, usando, até que pra fazer estes picolés acabei com os últimos. Valeu cada espremida, cada pingo—adoro esse limão.

Para fazer esses picolés encasquetei que queria algo cremoso. No último minuto resolvi acrescentar o alecrim e imagino que teria ficado melhor se eu tivesse batido as folhinhas no liquidificador com o creme. Mas essa ideia ficará para a próxima vez. Desta vez foi assim mesmo, que ficou vistoso de olhar só que na hora de chupar o sorvete os raminhos incomodam um pouquinho. Mas não é nada que impeça qualquer um de devorar esses picolés limãozudos e sofisticados, com o leve toque aromático da erva.

1 xícara de suco de limão cravo
2 xícaras de half and half [metade leite integral/metade creme leite]
Acúcar [ou mel ou nectar de agave] a gosto
Raminhos de alecrim fresco

Coloque o suco de limão cravo numa jarrinha e adoce mais pro doce ou mais pro não doce, conforme o seu gosto pessoal. Junte o half and half e bata com um batedor de arame. Coloque os raminhos de alecrim dentro das forminhas de picolé e despeje o liquido nelas. Leve ao congelador até firmar, remova e bom proveito.