bolacha de aveia e sementes

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Fiz essa receita da Anna Jones assim que vi na revista Bon Appétit. Achei maravilhosa, porque só vai ingrediente legal e é super fácil de fazer. Fiz um hummus pra acompanhar, onde coloquei uma tâmara, sementes de gergelim e uma pitada de pimenta. Queria ter feito uma foto melhor, mas simplesmente não deu tempo. Essa eu fiz na cozinha do meu trabalho, na hora do meu almoço. No mesmo dia levei as bolachas para um potluck na casa de uma amiga e eles foram devorados com tanta voracidade que fiquei até meio abismada. Elas realmente ficam gostosas. E na realidade é apenas uma bolachona rústica, que você quebra com as mãos depois de assada. A receita sugere que se pode trocar as sementes, usar outras, contanto que mantenha-se as mesmas quantidades. Eu fiz planos de refazer com outros tipos de sementes, mais sal, ervas, mel, mas fui levada pela correria do dia-a-dia e ainda não consegui fazer nada. Mas irei!

1 xícara de aveia grossa
3/4 xícara de sementes de abóbora cruas
1/3 xícara de sementes de girassol cruas
1/3 xícara de sementes de gergelim
3 colheres de sopa de sementes de chia
3 colheres de sopa de sementes de papoula
1 colher de chá de sal kosher
1 colher de sopa mais 1 colher de chá de óleo vegetal
1 colher de sopa xarope de bordo puro [maple syrop]

Pré-aqueça o forno a 375°F/200°C. Misture a aveia, as sementes de abóbora, as sementes de girassol, as sementes de gergelim, as sementes de chia, as sementes de papoula e o sal em uma tigela grande. Misture o óleo, xarope de maple e 3/4 xícara água em temperatura ambiente em uma tigela média. Despeje o líquido sobre a mistura de aveia e mexa até a mistura ficar completamente encharcada. Deixe descansar 10 minutos. A mistura irá absorver a água e engrossar.

Formar a mistura de aveia em uma bola e transfira para uma assadeira forrada com papel vegetal. Pressione uma segunda folha de papel vegetal por cima da massa e usando um rolo de massa abrir a massa o máximo que der, mas não muito fina.. Remova o papel vegetal de cima e reserve.

Leve a assadeira ao forno e asse até a bolacha ficar dourada nas bordas, por 15 – 20 minutos. Retire do forno e cuidadosamente remova da folha de papel. Use a outra folha reservada para forrar a forma e coloque a bolacha sobre a folha nova, para assar do outro lado. Deixe assar por mais 15 – 20 minutos. Remova do forno, deixe esfriar na assadeira e em seguida quebre em pedaços com as mãos. Armazene num pote bem fechado.

sopa indiana de milho

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Na sexta-feira, ante-véspera do Natal, ficamos em casa e eu ainda estava resolvendo o cardápio da ceia, sem vontade nenhuma de cozinhar nada, mas com fome, então fiz a receita dessa sopa do David Tanis. Usei milho extra da cesta orgânica que eu tinha congelado no final do verão. Ficou substanciosa e confortante. O Uriel comeu uma tortinha de tapenade comprada pronta, mas eu me contentei somente com um prato dessa sopa.

4 colheres de sopa de manteiga
1 cebola média cortada em cubos
2 dentes de alhos picados
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1/2 colher de chá de açafrão da terra [cúrcuma]
1/2 colher de chá de sementes de cominho
1/2 colher de chá de sementes de mostarda preta
1 pitada grande de pimenta caiena
3 xícaras de grãos de milho
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Iogurte integral para servir
Folhinhas de coentro fresco para servir
Fatias de limão para servir

Coloque a manteiga em uma panela robusta e aqueça em fogo médio. Adicione a cebola e cozinhe até ficar macia, cerca de 10 minutos. Adicione o alho, o gengibre, a cúrcuma, as sementes de cominho, as sementes de mostarda e pimenta caiena e deixe cozinhar por um minuto ou assim. Adicione o milho e tempere generosamente com sal e pimenta do reino. Cozinhe, mexendo, durante 2 minutos. Adicione 4 xícaras de água ou caldo de legumes e deixe ferver. Tampe e deixe cozinhar em fogo baixo durante 10 minutos. Bata a sopa no liquidificador [com cuidado!] ou use o mixer de mão. Coloque a sopa em tigelas ou pratos fundos. Decore cada um com 2 colheres de sopa de iogurte e salpique o coentro. Esprema um pouco de limão por cima e sirva.

pudim de maçã & figo

As últimas maçãs que colhemos em Apple Hill precisavam ser usadas. Queria uma receita fácil e achei esta aqui da revista Bon Appétit. Só adaptei um pouco os passos, pra deixar mais simples. Como figos frescos já não temos, usei uns congelados [Semi-Dried Green Figs do Trader Joe’s]. Comemos esse pudim no lanche de domingo a noite.

4 colheres de sopa de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de açúcar demerara
1/2 xícara de açúcar comum
2 colheres de chá de raspas de limão
1 fava de baunilha
3 ovos caipiras grandes em temperatura ambiente
2/3 xícaras de leite integral em temperatura ambiente
2 colheres de sopa de conhaque ou rum escuro
3/4 xícara de sour cream em temperatura ambiente
1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de sal kosher
1 quilo de maçãs descascadas, descaroçadas, cortada em rodelas
200 gr de figos frescos cortados na metade [*usei congelados]

Coloque a grade do forno na terceira altura e pré-aqueça a 450°F/ 232°C. Misture o açúcar comum e raspas do limão numa tigela. Raspe as sementes da fava de baunilha e massageie o açúcar com os dedos até que a mistura fique bem perfumada.

Colocar os ovos no liquidificador e bater até espumar, cerca de 1 minuto. Com o motor em funcionamento [e com cuidado, porque espirra] adicione gradualmente o leite, depois o conhaque. Adicione a mistura de açúcar, o sour cream, a farinha de trigo e 1 colher de chá de sal. Bata apenas até ficar homogêneo. Deixe o creme descansar enquanto as maçãs assam.

Coloque as 4 colheres de sopa de manteiga em uma panela pequena em fogo médio, mexendo sempre, até a manteiga começar a espumar e em seguida ficar escura [mas não deixe queimar!], cerca de 5 minutos. Retire a manteiga queimada do fogo e adicione as maçãs, uma pitada de sal e as 2 colheres de sopa de açúcar demerara. Mexa bem.

Disponha as maçãs em uma única camada em uma assadeira. Leve ao forno pré-aquecido e deixe cozinhar, virando as maçãs no meio tempo, até que fiquem caramelizadas, cerca de 25 – 30 minutos. Remova do forno e deixe esfriar um pouco. Adicione os figos, jogue o creme preparado com antecedência sobre as frutas. Reduza a temperatura do forno para creme 375°F/ 200°C e asse até ficar dourado e o centro fica firme, uns 30 a 35 minutos. Deixe esfriar um pouco antes de servir.

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torta tenerina—torta italiana de chocolate

Eu precisava de uma sobremesa fácil e ótima pra levar num jantar na casa das minhas vizinhas e vi essa receita. Achei perfeita e fiz na sexta à noite, pra servir no sábado. É uma torta/bolo tradicional da cidade de Ferrara, perto de Bolonha, na Itália. Conhecida como la torta tenerina ela fica densa e meio cremosa por dentro, com uma crosta bem fina por cima. Eu decidi servir com um creme de leite batido em chantilly, adoçado só com um pouquinho de nada de mel e o creme ajudou a quebrar o doce da torta. Ela é levíssima e meio que derrete na boca. Minhas vizinhas adoraram e no dia seguinte me mandaram uma mensagem dizendo que aquela tinha sido a melhor sobremesa que elas tiveram na vida. Isso é que é elogio!

7 colheres de sopa de manteiga sem sal amolecida
1/2 xícara de açúcar de confeiteiro peneirado
113 grs de chocolate meio-amargo de boa qualidade [uns 70% cacau]
2 ovos caipiras grandes, clara e gemas separados
2 colheres de sopa de fécula de batata
3 e 1/2 colheres de sopa de açúcar super fino

Aqueça o forno a 350ºF/176ºC. Unte uma forma redonda com manteiga e forre o fundo com papel vegetal.Reserve. Na tigela da batedeira bata as 7 colheres de sopa de manteiga com o açúcar de confeiteiro até ficar um creme. Derreta o chocolate e despeje sobre a mistura de manteiga e o açúcar e bata até ficar homogêneo. Misture as gemas dos ovos, uma de cada vez. Misture a fécula de batata. Em outra tigela bata as claras em neve até formar picos moles. Gradualmente acrescente o açúcar e continue batendo até obter picos firmes. Junte as claras na mistura de chocolate. Coloque a massa na forma untada. Leve ao forno por 18 minutos. Retire do forno e deixe esfriar completamente, por cerca de 2 horas. Bolo vai afundar um pouco. Desenforme o bolo, remova o papel do fundo e inverta para um prato ou travessa, com crosta fina para cima. Peneire açúcar de confeiteiro por cima, corte em fatias e sirva.

salada de couve-flor [e agrião]

shaved cauliflower

Foi essa foto da Amanda Hesser no instagram que me inspirou pra fazer essa salada. Já refiz várias vezes, usando outras folhas verdes, até folhas da beterraba, que funcionaram muito bem. Também já adicionei pedacinhos de cebola assada, que eu recomendo fortemente, pois fica uma delicia. Essa da foto foi a primeira que eu fiz, com agrião.

Couve-flor cortada em fatias finíssimas no mandolin
Folhas de agrião
Uvas passas brancas
Pistaches
Molho vinagrete de mel:
Um limão espremido [*usei o cravo]
Vinagre de vinho branco
Azeite
Sal
Mel

Misture todos os ingredientes e bata bastante com um batedor de arame até obter um molho cremoso. Adicione as passas, a couve-flor em fatias. Coloque o agrião ou outras folhas verdes numa travessa, junte o molho com as passas e couve-flor, salpique com os pistaches, misture bem e sirva.

colhendo azeitonas & fazendo azeite

Na última primavera eu estava almoçando com uma amiga de trabalho e conversando sobre comida, quando ela mencionou um tal “clube do azeite”. (( PLIN!)) Em questão de segundos eu já tinha pedido mais informação e muito mais rápida do que um raio eu já tinha me filiado ao clube, que é mais ou menos como uma CSA do azeite. Você paga por ano e recebe dois vidros por trimestre. Num dia horrivelmente tórrido de verão eu recebi meu primeiro lote. Duas garrafas de azeite e um potinho com creme para as mãos feito com azeite e aromatizado com lavanda. Que delicia! Ainda não recebi meu segundo lote, que chegará na semana que vem, mas em novembro fomos convidados para conhecer a fazenda com seus modestos oliveirais e aprender como se faz o azeite. Num sábado chuvoso dirigimos até a pequena propriedade do simpático Mike Madison [irmão da Deborah Madison] que fica entre as cidades de Davis e Winters. Lá fomos recebidos com café, bolo de banana e caquis recém-colhidos. Fizemos uma tour pelo lugar, as crianças colheram azeitonas, ouvimos muitas histórias sobre a fazenda e a produção de azeite. Na volta pudemos ver as azeitonas serem moídas, a pasta centrifugada e provamos o azeite fresquinho que saia pelo outro lado. Duas panelonas com sopa quentinha nos esperavam num fogão com muito pão para molhar no azeite novo, que pudemos provar a vontade. Eu já tinha visto produção de azeite numa escala um pouco maior [o azeite da Séka Hills no Capay Valley], mas nunca tinha visto numa tão artesanal, com colheita manual. Na hora de ir embora avisei que ia tirar fotos das árvores de caqui e fui incentivada a pegar quantos caquis eu quisesse. É claro que eu quis—peguei uma sacola cheia!