Bebi o sun tea feito pela Elise com hortelã e verbena e achei uma delícia. Não fica com o sabor tão acentuado como no do chá comum, feito com água fervendo. Eu fiz só com hortelã—uma variedade chamada “chocolate” que se domina a minha horta há anos. Numa jarra ou garrafa transparente com tampa, coloque as ervas—use a mistura que quiser, adicione lascas de gengibre, casca de limão ou laranja, vale tudo! Encha de água filtrada, tampe bem. Como eu usei uma jarra, lacrei com filme plástico bem apertado. Deixe no sol por no mínimo duas horas. Ponha na geladeira e quando estiver bem fresquinho, beba. Esse chá feito no sol tem que ser consumido rapidamente, pois como não chegou a ser fervido, pode estragar fácil. *Não precisa tirar as ervas da garrafa ou jarra para servir. Elas fazem uma decoração linda dentro do vidro.
Domo Arigato!!
Toda vez que eu vou ao mercadinho asiático da minha cidade eu volto pra casa carregada de belezuras e gostozuras. O tipo de biscoitinho de polvilho que eu amava no Brasil, encontro lá. Desta vez dei de cara com essa pipocona, que confesso sem nenhuma vergonha ser uma das grandes delicias da vida pra mim. No Brasil eu comprava aquelas de pacote cor-de-rosão. Fiz o Moa comprar um pacote no semáforo, quando estávamos voltando pra casa de taxi no Rio de Janeiro. Minha mãe uma vez fez um estoque delas, porque o Gabriel também é fanzoco dessas pipoconas. Quando ele ficar sabendo que essa japonesa é idêntica à brasileira, vai ter um treco!
Comprei uma bento box de laca linda de presente de aniversário para a Marianne. Essa comprei pra mim. É uma mini-bento box—the cutest little thing! Ainda não sei o que vou fazer com ela. Talvez carregar meus sushis até o parque? Ah, não, vou guardar meus saquinhos de chá no meu escritório. Tantas possibilidades para essa linda coisinha vermelha cravada de borboletinhas!
uncanny
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Imaginem o primeiro Burning Man. Ou um micro-burning man. Poderia ser o evento Uncanny, organizado por estudantes do colégio de Design e Technoculture da UC Davis. Numa fazenda e vinícola orgânica próxima de Davis, o evento incluiu um pouco de tudo—performances de arte, dança, música, instalações esdrúxulas, comida orgânica, e atraiu um público bem eclético. Eu fui com os meus amigos Heloisa e Michael e prestigiamos o show de outros amigos, David e Scarlet, que tocaram e cantaram bacanérricamente. Ficamos até às nove da noite, quando o pessoal realmente começou a chegar em peso. Enquanto nós saíamos, muitos carros e pessoas em bicicletas chegavam. A entrada era uma doação e o bilhete era uma casca de noz amarrada num barbante. Felizmente eu fui de botas, porque o lugar—no meio de uma clareira, era um poeirão só!
déjà vu
Um post játevi, requentando textos e fotos do passado chucrutal. Mas são textos e fotos tão fino da bossa que merecem uma reprise!
»De perto ninguém é normal—leia e tire a sua própria conclusão.
»Mesa de café da manhã—uma das fotos mais requisitadas através dos search engines, o que as pessoas fazem com ela eu já não sei.
»Toda segunda é dia das verduras—cestinha + melões + os gatos.
»Esse rango saí ou não saí?—um dos shots favoritos do Roux, porque foi tudo tão natural…
»quando nós fomos lá longe… —um autêntico passeio de índio!
»chá da tarde—a lovely afternoon, com minha cunhada Iri em Windsor.
»Flores do mercado—adorei a idéia dessa foto.
Orzo com alcachofra
Tão simples que nem parece que estamos preparando uma receita. Frite um alho picadinho numa boa quantidade de azeite. Não deixe o alho ficar muito dourado. É coisa rápida. Retire do fogo e deixe o azeite com o alho esfriando. Enquanto isso ponha uma panela com bastante água e sal no fogo e cozinhe o orzo—macarrãozinho em formato de arroz. Escorra quando estiver ao dente. Pique uma boa quantidade de coração de alcachofra [usei em lata] e reserve. Numa vasilha coloque o orzo cozido, jogue as alcachofras picadinhas, jogue a infusão de azeite e alho, misture bem e sirva!
dias assim são assim mesmo
Não é que a comida ficou ruim ou incomível. Ela só não ficou maravilhosa, e nem deve ter sido erro de receita ou má escolha dos ingredientes, mas sim efeito moral de final de segunda-feira agitada e cansativa, regada com um pinguinho de mau humor. Fui fazer o jantar usando uma estratégia impraticável para uma pessoa sozinha—usar o forno na cozinha e a churrasqueira lá no fundo do quintal ao mesmo tempo. E fui falar ao telefone, fui lavar os legumes e verduras da cesta orgânica, além de organizar os ingredientes pras receitas. Assim é querer demais, não? No interim o garbage disposer entupiu com alguma coisa e uma das bacias da pia ficou inusável, com aquela água suja boiando. Mesmo assim consegui terminar tudo, sem queimar nada e servi o jantar na mesa do quintal, como sempre—com tudo arrumado, pratos, copos bonitinhos, guardanapos de pano. Mas não rolou aquele excitamento de receita nova feita com ingredientes frescos. O clima do jantar foi de vamos apenas forrar o bucho. Nem as fotos que tirei prestaram. Dias assim acontecem e são assim mesmo, fazer o quê?
Salada de abobrinha grelhada
Cortei duas abobrinhas amarelas grandes em fatias grossas e temperei com sal marinho grosso, pimenta do reino, sálvia seca e azeite. Coloquei na churrasqueira em fogo baixo—pode ser feita na grelha. Grelhei dos dois lados, coloquei numa vasilha, deixei esfriar e salpiquei com cebouletes picadinha e cubinhos de queijo feta. Servi com um molhinho feito com duas partes de iogurte natural, uma parte de maionese, azeite, suco de limão e sal, tudo muito bem emulsificado pelo batedor de arame.
Tabuli de tomate assado
Ponha o trigo de quibe de molho na água—uma xícara de trigo, uma xícara de água. Deixe absorver toda a água. Mexa com um garfo. Acrescente bastante hortelã, manjericão e salsinha picados. Asse uns tomates no forno, temperados com sal, pimenta, azeite. Deixe esfriar e misture no trigo com as ervas. Tempere com sal, pimenta, azeite e suco de limão a gosto. Sirva.
medindo com eficiência
Resolvi aposentar meus medidores de copo e colher, pois eles já estavam meio chumbados, esfolados, cansados de guerra. Estava pensando se comprava de metal ou o que, quando vi esses na Sur la Table. Os copos são de silicone e retrácteis, se fecham pra guardar, ficando completamente planos. Isso é ótimo, pois eles não ocupam espaço nenhum na gaveta, como os velhos ocupavam. Super duper! E as colheres, além de terem medidores nas duas pontas, ainda têm um imã que as mantém juntas na hora de guardá-las. Muitíssimo práticos, tanto os copos, como as colheres, além de terem esse visual alegre e pop.
fechando o expediente
Daqui se vê a África
Minha última lembrança de praia no Brasil foi em mil novecentos e noventa e um, quando passamos férias em Ubatuba. Sentada sozinha na cadeirinha posicionada de frente para o mar, lendo e tentando não ficar muito tostada, levantei a cabeça, olhei pro horizonte e pensei—no final desse marzão está a África…
Meu marido recebeu um professor da Universidade de Córdoba, que vai trabalhar com ele por cinco meses no projeto das azeitonas. Recebemos ele para um jantar no sábado à noite e eu fiquei um pouco surpresa, pois esperava encontrar uma pessoa um pouco mais velha, de uns trinta e poucos anos. Mas o professor é um guri de vinte e nove anos, com um inglês razoável, pontuado com o sotaque forte da Andaluzia. Ele falou bastante sobre a cidade onde mora com a esposa e o gato cor de laranja, Sevilla. Ele contou que tem uma oliveira no quintal e que compra vinho e azeite de pequenos produtores. Contou de como todo mundo diz que o clima de Davis é muito parecido com o do sul da Espanha, com a diferença que aqui sempre esfria a noite.
E ficou provado, pois sentamos para jantar no quintal sob as luzes das lanterninhas coloridas e esfriou mesmo. Depois da sobremesa entramos para tomar café. No menu da noite, pizza mussarela e portuguesa, azeite português na mesa, vinho português nos copos. Estava eu tentando provar alguma coisa pra ele? Não sei, foi tudo sem querer ou inconsciente. Mas ele elogiou tudo e contou que Sevilla fica muito próxima do Marrocos. Eu então perguntei se dava pra ver a África de lá e ele respondeu que sim, num dia bem claro sem névoa, dá pra ver a África…
ice cream social
Passamos a tarde do Memorial Day na casa da Elise, em Sacramento. Ela ganhou um batch de sorvetes da Mashti Malone’s de Los Angeles, todos com sabores incomuns e exóticos. Fizemos uma degustação regada a home made lemoncello e super deliciosos cupcakes. Foi muito legal reencontrar os queridos blogueiros e conhecer os simpaticissimos pais da Elise, além de conversar sobre o óbvio—COMIDA! Também comentamos exaustivamente a reportagem sobre food blogs que saiu no jornal Sacramento Bee e combinamos uma degustação de vinhos para breve.
* na foto, o sorvete de lavanda, um dos meus favoritos depois do incrível sorbert de ervas.
