pesto de rúcula com pecans

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Variações para o pesto abundam. Essa é uma das versões para o pesto de rúcula. Eu recebi uma rúcula muito áspera na cesta dessa semana e achei que ela não ficaria boa em salada. Virou pesto. No processador, as folhas de rúcula, cubos de parmesão, pecans levemente tostadas, um dente de alho, sal a gosto, o que pra mim significa só uma pitadinha, e bastante azeite extra-virgem. Gosto muito de usar esse pesto mais picante no macarrão integral. Na hora de servir, salpique com mais queijo parmesão ralado.

salada quente de abóbora, radichio e figo

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Corte a abóbora em cubinhos, espalhe numa forma forrada de papel alumínio e asse em forno pré-aquecidoo em 400ºF/205ºC até ficar mole. Retire do forno. Corte um radichio grande ao meio, lave, escorra bem, coloque numa forma forrada com papel alumínio e asse até os radichios murcharem um pouco. É bem rápido, portanto não distraia. Numa panela, jogue alguns figos secos—eu usei a variedade black mission, e cubra com vinagre balsâmico. Reduza no fogo médio. Monte a salada numa travessa, a abóbora de um lado, as metades de radichio do outro. Salpique a abóbora com folhas de tomilho fresco. Jogue os figos cozidos e o balsâmico reduzido sobre a abóbora e radichio. Regue com azeite, salpique com flor de sal e sirva imediatamente.

bons hábitos no trabalho

No meu trabalho tem uma máquina de água, dessas com duas opões: água quente ou gelada. O programador compra os galões de água no Co-op, voluntários trocam, conforme a necessidade. A cada seis meses faz-se a limpeza da máquina de água. Voluntários são requisitados. Da última vez fui eu e a secretária. Ficamos duas horas seguindo o passo-a-passo, mas a água ficou deliciosa—ou assim comentaram os que provaram. Eu me voluntario pra trocar o galão ou limpar a máquina, porque bebo muita água. Se não é gelada, é a quente que eu uso pra fazer meus chás. Eu tenho várias latinhas cheias de saquinhos empilhadas na minha estante e durante os meses frios bebo pelo menos três xícaras de chá por dia. São xícronas. Nosso prédio é pequeno. É na verdade um anexo de um prédio grande. Nós temos uma micro-cozinha que fica no corredor com pia, geladeira, micro-ondas, armário e cafeteira. Não podemos jogar lixo orgânico nas lixeiras. Reciclamos tudo. Cada um limpa a sua própria sujeira. Todo dia pela manhã o meteorologista faz café. Às vezes a jornalista faz mais café à tarde. Todo mundo bebe café, menos eu. Não há pratos, nem talheres, nem copos de papel nem de plástico, todo mundo tem seus próprios utensílios e sua própria xícara ou caneca. Inclusive eu, que tenho três.

hoje eu lembrei

Acho que é hoje que faz dois anos. Não costumo ficar marcando e relembrando datas tristes, mas tenho quase certeza que foi no dia de hoje, há dois anos, que ouvi o recado do meu pai na secretária e depois o som abafado de quem não consegue mais falar. Eu chorei por um tempão, porque ela era uma das minhas pessoas favoritas neste mundo, aquela que eu admirava e imitava, reparava nas parecências e até me assustava. Ela dizia com a sua voz potente e alta—nós duas somos dois livros abertos!

Por tudo isso e mais um pouco, numa época em que meu irmão ainda morava em Los Angeles, nós decidimos que iríamos fazer uma compra mensal de gostosuras pra ela através do supermercado online que entregava tudo direitinho lá no sitio onde ela vivia. Ela amava gostosuras, chocolates, bolachas, geléias. Mas ela tinha aquela doença traiçoeira chamada diabetes. Então minha missão mensal era fazer uma compra de gostosuras que não deixasse ela mais doente. Por três anos, todo final de mês eu me logava e fazia uma comprinha. Era legal, porque durante esses anos eu me inteirei das novidades nas prateleiras do supermercado brasileiro. Via produtos novos aparecendo, marcas novas, diversidade, variedade. Algumas coisas eu queria comprar pra mim, ficava empolgada. Mas a compra era para ela e tinha que ser especial. Eu comprava também sabonetes variados, porque eu sabia que ela iria adorar. Éramos iguais nisso também, loucas por banho, por cheiros, por perfumes.

Faz dois anos então hoje que eu parei de fazer as comprinhas no supermercado online, faz dois anos que acabou a minha diversão de encaroçar pelas prateleiras virtuais, pensando e escolhendo as coisas que eu sabia que ela iria gostar e depois ficar me sentindo imensamente feliz imaginando a alegria dela ao receber a entrega. Outro dia minha irmã disse que a ausência dela é como se nunca mais tivessemos ido ao sitio visitá-la, no que eu concordei. Dois anos depois eu ainda penso nela sempre que vejo chocolates, bolachinhas e geléias gostosas, sabonetes e perfumes, ou todas as outras coisas que ela adorava. Fico olhando e matutando—hmm, será que compro pra enviar, pois ela iria amar!

pasta com cogumelos e espinafre

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Um rango bem simples pra poder usar aquele pacotão de baby portabellas que comprei no Farmers Market, mais uma boa quantidade de espinafre que veio na cesta orgânica. Achei que essa pasta ficou com uma cara incrível de outono!

Cozinhei em bastante água e sal uma porção de orecchiette. Quando a pasta estava quase al dente, refoguei uma misturinha de alho com sal grosso amassada no pilão numa boa quantidade de azeite. Juntei os cogumelos cortados em quatro, refoguei um minuto, juntei o espinafre picadinho, acertei o sal, moí um pouco de pimenta. Escorri o orecchiette e joguei no refogado. Joguei um punhado de salsinha picada, servi com queijo parmesão ralado na hora.

Não sei por que eu fiz sem pensar um panelão desse macarrão e no minuto em que estávamos sentando à mesa, chegaram o Gabriel e a Marianne. Eu tinha comida para um batalhão, somando-se à uma saladona. Colocamos mais dois lugares na mesa e tivemos um jantar em família, no meio da semana, que mais parecia um domingo!