you can get everything you want

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at Alice’s restaurant

Eu tirei essa foto na Portobello Road em Londres porque eu adorei o lugar e também porque me lembrei imediatamente do Alice’s Restaurant do Arlo Guthrie. O Arlo era um jovem hippiezinho no Festival de Woodstock e continua um hippie até hoje, já não tão jovem. Mas quando ele ainda era um piázinho desengonçado, compôs uma música chamada Alice’s Restaurant, que é literalmente uma viagem, pois dura quase meia hora. Depois o Arthur Penn dirigiu o Arlo num filme, também chamado Alice’s Restaurant, com a Alice e seu restaurante. O filme é outra viagem, hiponga.
Não sei explicar exatamente como, onde e por que, mas eu e o Uriel temos até essa private joke, quando dizemos um pro outro—you can get everything you want [at Alice’s restaurant]. Também não sei por que eu gosto tanto do Arlo e tiro foto do restaurante—ou pelo menos parecia um restaurante, em Londres, só por causa da música dele. Talvez não seja somente pelo fato do Arlo ser fofo, engajado e cantar músicas de protesto, mas também porque ele é o filho caçula do Woody Guthrie. Quem é Woody Guthrie, você me perguntará? E eu responderei prontamente, Woody Guthrie foi um grande folk singer norte-americano e um dos caras que influenciou Bob Dylan.

my own private junk food

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O cachorro-quente é uma daquelas comidas que faz parte da história gastrônomica da minha vida. O impacto que esse sanduíche me causou, comida alguma nunca se equiparou. Fazia muito tempo que eu não comia um cachorro, portanto estava mais do que na hora. O detalhe especial dessa junk food é que nada ali é realmente junk, a começar da salsicha—da melhor qualidade, até as batatas fritas e o molhinho de cebola e pimentão. Nada é ordinário, tudo é orgânico, até a maionese. Pra comer sem culpa, com gosto, ficar com aquela cara alegre, cheia de satisfação.
Eu cozinho as salsichas na água, escorro, retorno a panela ao fogo, rego com um pouco de azeite, jogo cebola e pimentão verde cortados em rodelas e refogo, até os legumes ficarem macios e formarem um molho. Só isso!

Bolinhos de banana e manteiga de amendoim

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Eu não escondo de ninguém que sou uma banana head—louca & pirada por banana, qualquer tipo de banana, como pelo menos uma por dia. Sendo ela a fruta da alegria, pois ajuda a produzir serotonina no cérebro, tá explicado porque eu sou essa hiena boba alegre que está sempre rindo de si mesma.

Outra coisa que eu não escondo é que de vez em quando curto uma colherada da infame manteiga de amendoim. Já confessei meu crime de partilhar do mesmo mau gosto do rei rebolante, justamente por causa dessa mistura incrívelmente deliciosa que é a da banana com a manteiga de amendoim.

Portanto esses bolinhos se materializaram rapidamente na minha cozinha, assim que que vi a receita no The Daily Green. Bolinhos fofos e macios, uma verdadeira love song—love me tender, love me sweet, never let me gooooo. you have made my life complete, and I love you soooooo!

75g de manteiga de amendoim – peanut butter
75g de manteiga
2 ovos
100g de açúcar
3 bananas médias amassadas com um garfo
1 colher de sopa de óleo vegetal
125 ml/ 1/2 xícara de leite
1 colher chá de bicarbonato de sódio
250g de farinha de trigo
3 colheres de chá de fermento em pó – químico

Na batedeira, bata os ovos, a manteiga, a manteiga de amendoim e o açúcar. Os ingredientes devem estar na temperatura ambiente. Quando obtiver um creme, adicione as bananas amassadas e o óleo. Bata mais um pouco. Numa vasilha separada misture o leite com o bicarbonato de sódio. Noutra vasilha misture a farinha de trigo com o fermento em pó. Com a batedeira ligada vá adicionando as misturas de leite e farinha alternadamente. Bata até ficar tudo bem misturado. Despeje a massa em forminhas de muffins. Asse em forno pré-aquecido em 350ºF/180ºC por uns 25-35 minutos. Retire do forno, deixe esfriar numa grade e deseforme.

* coloquei muita massa nas forminhas, por isso meus muffins ficaram com essa cara de cogumelos encantados.

salada crocante

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Saladas são geralmente uma tela em branco, abrindo espaço para o exercício da criatividade. Eu acredito que poucas saladas precisam de receita. Todo mundo pode criar saladas inéditas ou recriar algumas das clássicas. Quase tudo pode virar salada e eu geralmente brinco com os ingredientes que tenho, usando o bom senso, misturando as cores e sabores e coroando a mistura com um molho que ajude a realçar os ingredientes. Minha regra número um é quanto mais simples melhor. Nenhum ingrediente deve oprimir o outro, todos devem combinar harmoniosamente e o resultado final deve ser um prazer!
Nessa salada crocante eu usei as cores e sabores que me estavam disponíveis. Ainda estão chegando pepinos e pimentões na cesta. Usei rúcula fresquinha picada, uma laranja cortada em cubinhos, um pepino, um pimentão amarelo. No molho usei as raspas da casca da laranja, vinagre de laranja, sal grosso e bastante azeite. Salpiquei umas lascas de amêndoas tostadas. Esse tipo de salada com ingredientes delicados [rúcula] e que soltam água [pepino] eu tempero imediatamente antes de servir.

sopa picante de tomate e grão-de-bico

sopa_tomate_graobicoReceita da revista Martha Stewart Living, edição de novembro 2007. É uma sopa bem apimentada, eu recomendo diminuir a quantidade de pimenta, se você não quiser ficar naquele abafamento sudoral provocado por elas.

Spiced chickpeas and tomato soup
2 dentes de alho picados
3 pimentas secas picadas ou 1/2 colher de chá de pimenta vermelha seca
1 colher de chá de coriander [coentro] seco moído
3/4 colheres de chá de sal grosso
1/8 colher de chá de sementes de caraway [kümmel]
2 colheres de sopa de azeite extra-virgem
1 lata [15 ounces] de grão-de-bico, escorrido
1 1/2 xícara de tomate em lata, com o suco *usei o tomate orgânico assado da marca Muir Glen, que é uma das melhores
1/2 xícara de pimentão vermelho assado
3 1/2 xícaras de caldo de legumes ou de galinha feito em casa ou comprado, mas de boa qualidade
Sour cream e folhas de salsinha para decorar

Num pilão, amasse o alho com sal e temperos, até formar uma pasta. Numa panela, adicione o azeite e refogue a massa de alho por uns 3 minutos, até ficar macia. Adicione o grão-de-bico, o pimentão e o tomate. Refogue uns minutos, adicione o caldo e deixe cozinhar por uns 15 minutos. Desligue o fogo, deixe esfriar e então bata a sopa no liquidificador. Retorne à panela e esquente. Sirva com uma bolota de sour cream e uma folhinha de salsinha.

domingo no Ciocolat

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Fizemos muitas coisas no domingo e no meio do tempo paramos para um almocinho rápido no Ciocolat, que é um café aqui em Davis, o favorito da minha amiga Leila. O café é uma gracinha, instalado numa casa de esquina em downtown, com mesas sempre decoradas com vasos e jarras de flores, pratos e xícaras de porcelana e talheres de metal. No Ciocolat não tem nada de papel nem de plástico e o lugar vive cheio, desde manhã para o breakfast, até o final da noite para sobremesa e vinho. Eles têm os melhores doces, bolos, pastries, sucos, chás e também têm um cardápio simples para um lanchinho light. Eu adoro a salada que acompanha todos os pratos, de folhas verdes com cranberries secas e com um tempero vinagrete bem simples, que deixa você sentir o gosto das folhas e da fruta. Nesse domingo corrido eu pedi um croque monsieur californiano, feito com salmão defumado e o Uriel pediu um muffuletta. Depois pedimos sobremesa, uma pastry com pêra e um mousse de abacaxi. Sentamos da varanda observando o movimento em downtown e nem frio e o vento atrapalhou nosso delicado almoço.
*já mencionei o Ciocolat inúmeras vezes nos meus blogs nesses últimos sete anos, uma delas foi AQUI.

sou uma dinossaura

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Um bolinho de chocolate para celebrar sete anos de blogagens ininterruptas! Tudo começou , onde eu escrevia sobre tudo—filmes, comida, cotidiano e ainda faço, de maneira menos sistemática, mas sempre contínua. Sou do tempo que existiam no total uns dez blogs brazucas no pedaço e todo mundo se conhecia. Hoje a blogolândia é do tamanho do mundo e tem de tudo, todo tipo de gente, todo tipo de blog. Continuo firme, porque essa é a mídia com que eu mais me identifiquei e que preencheu todas as minhas necessidades, de escrever e de criar. Meus blogs já fazem parte do meu testamento, onde instruí que eles permaneçam online para sempre, porque neles tem muita vida e muita história. Sete anos escrevendo e fotografando, não é pra qualquer um!