o primeiro livro—Ruth Reichl

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Eu nunca fui uma pessoa ligada em gadgets. Não mesmo. Até adquirir o iPhone e perceber que gadgets são super úteis. E mais do que úteis, são divertidas. Ponderei um pouco, como fiz com o super-celular, mas acabei decidindo que seria uma boa coisa adquirir o Kindle—o leitor de livros da Amazon. Um dos motivos que pesaram na balança na hora da decisão foi a facilidade de comprar, carregar e ler mais livros. Andava me sentindo um pouco frustrada com minhas parcas leituras. Gosto imensamente dos livros, mas não tenho preconceito nenhum contra novas tecnologias. E o Kindle tem a vantagem, pra mim, de compactar muitos volumes num lugar só e assim economizar um baita espaço físico, que eu já não tenho sobrando. Escolhi o novo livro da Ruth Reichl, Not Becoming My Mother, para estrear meu Kindle. Na verdade estreei a autora também, já que apesar de ter um dos seus livros, nunca tinha lido nada dela. Esse não é exatamente um livro sobre comida, mas sim um tipo de catarse pública que ela precisava fazer com relação à mãe. Eu entendi que Miriam Reichl apareceu nos outros livros da filha como uma figura engraçada. Pois ela realmente era. Preparando e servindo comidas exdrúxulas, envenenando os convidados da festa de noivado do filho, histórias que ficaram conhecidas como The Mim Tales. Neste livro, Ruth resgata a imagem da mãe, que foi uma mulher frustrada por não poder trabalhar fora e ter que enfrentar as tediosas tarefas domésticas. Tinha escutado uma entrevista da Ruth falando sobre a mãe na NPR e achei que iria querer ler o livro. E é leitura rápida, apenas 120 páginas, o que fez muitos leitores reclamarem que aquilo nem era um livro, mas sim um longo artigo. Mas livro ou artigo, não foi fácil para Ruth escrever sobre a mãe. Gostei muito da minha primeira experiência de leitura no Kindle e já estou engatando segunda para ler outro. Desta vez as aventuras do chef David Lebovitz em Paris.

» para os curiosos, dá para adicionar livros de domínio público no Kindle, usando sites como o Projeto Gutenberg. só que os livros grátis não têm a mesma formatação bonitinha dos vendidos pela Amazon. também dá pra ouvir música em formato mp3 e navegar toscamente pela internet. uma grande utilidade é poder consultar a wikipedia online. outra é o dicionário embutido que facilita buscar o significado de uma palavra dentro do texto, sem precisar sair da página. muito bom. só falta mesmo a tela iluminada para leituras noturnas e com acesso à cores, mas isso virá com o tempo, tenho certeza!

pecan pie

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Separei a receita desta pecan pie para fazer no almoço do primeiro dia do ano, mas a gripe que me sequestrou não permitiu. Consegui fazê-la no segundo dia do ano, quando me desvencilhei de alguns dos péssimos sintomas. É tão fácil de fazer que dá até preguiça. Como eu estava doente, o Uriel viu a torta e achou que tinha sido comprada. Eu que fiz—protestei. Usei uma massa de torta dessas congeladas, feita com farinha de spelt. Mas qualquer massa serve.

3 ovos
2 colheres de sopa de manteiga amolecida
1/2 xícara de creme de leite fresco
1 1/2 xícara de pecans
1/2 xícara de xarope de milho escuro [*usei agave]
1/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de canela
3/4 xícara de açúcar
1/2 colher de chá de extrato de baunilha
1 massa pronta de torta funda, de 22 cm.

Pré-aqueça o forno em 400ºF/ 205ºC. Coloque todos os ingredientes na ordem da listagem no liquidificador e bata por uns 10 segundos. Coloque a massa de torta sobre uma assadeira, coloque o recheio batido e asse por uns 35 minutos ou até que a massa esteja dourada e o recheio levemente crescido. Deixe esfriar e coloque na geladeira. Sirva fria. Nós achamos que o recheio ficou um pouco mais doce que o nosso gosto, então servimos com creme de leite para diluir um pouco a doçura.

Ladurée at Harrods

Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods

Inventamos de dar uma “passadinha” na loja Harrods no boxing day—o dia seguinte do Natal, que é quando tudo liquida. Toda a população local e turística de Londres resolveu fazer o mesmo. Não teve condições. Além do que estávamos com os meus pais, que não têm mais aquela destreza e energia para abrir caminho na multidão. Chegou uma hora que jogamos a toalha e decidimos ir tomar um cházinho. Dentro da Harrods tem uma filial da doceria francesa Ladurée, então ficamos por ali. Não podia tirar fotos lá dentro, apesar que vi flashes pipocando galore. Eu fui discreta e registrei nosso chá com o celular.

então vamos, por aqui

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Fui e voltei. Ainda não superei o cansaço da viagem e já caí gripada. Passei o primeiro dia do ano novo me sentindo podre, um zumbi tentando colocar em prática o menu planejado para o primeiro almoço. Não consegui. Todos ajudaram, mas não teve sobremesa e meu humor não estava dos melhores. Dormi o resto da tarde. Dormi e dormi muito. Parei de acreditar nessas superstições de ano novo há muito tempo. Mas se ainda acreditasse, estaria rangendo os dentes. Sei que este ano de 2010 será razoavelmente turbulento. E se não for, sairemos no lucro. Também parei de fazer resoluções há muito tempo, mas se ainda tivesse disposição para essas listas, diria que gostaria de descansar mais, encanar menos, tentar não exagerar em nada, nem me deixar ficar muito óbvia. Então vamos indo, né, que é por aqui mesmo.

The Borough Market

Borough Market
Borough Market
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Borough Market Borough Market
Borough Market
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Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
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Borough Market
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Borough Market Borough Market
Borough Market
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Borough Market Borough Market

No nosso primeiro sábado em Londres, fomos ao Borough Market pela manhã. Uns dias antes do Natal, aquilo estava uma muvuca indescritível. Mas mesmo assim, foi um dos melhores passeios que fiz naquela cidade nesta minha segunda visita. Meus pais tinham chegado do Brasil e o Uriel da India, então estávamos com a família quase completa, só faltando minha cunhada e minha outra sobrinha, que chegariam no domingo. Foi um esfoço manter todo mundo junto naquela multidão. Nos guiávamos pelo beret beige da minha mãe e pela touca vermelha do meu irmão, que é bem alto e bem visível. Conseguimos passear e comer muita coisa boa, até aportarmos numa cervejaria belga numa das saídas do mercado para almoçar. Adorei tudo o que vi e comi lá. Tomei vinho quente, sopa de cogumelos, pão de amêndoas, azeitonas, queijos, o Gabriel comeu um curry, que ele disse estar perfeito. Foi o melhor mercado de comida que já visitei. Super alegre e animado, apesar de tri-lotado.

um chá com a Valentina

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chá com Valentina

Marcamos de nos encontrar na saída do metrô em Notting Hill. Foi a primeira vez que fui me encontrar com uma amiga blogueira totalmente às cegas, pois apesar de conhecer a Valentina e o Trem Bom há anos, nunca tinha visto uma foto dela. Por alguns minutos fiquei lá parada com aquela expectativa estranha, olhando para cada rosto que se aproximava pensando, será ela? Mas quando ela chegou, sorridente e já de braços abertos para um abraço, não me surpreendi. A Valentina é exatamente o que ela nos passa pelo blog. Nem precisa mesmo de foto!

Fomos caminhando pela noite gelada pelas ruas de Notting Hill, conversando sem parar, até que encontramos um lugarzinho simpático para beber um chá. Eu não vou saber dizer onde fica exatamente, mas era uma loja, com coisas lindas de decoração, uma boutique de roupas no subsolo e um restaurantezinho no fundo da loja. Ainda não eram nem 6pm, apesar da escuridão, e portanto ainda poderíamos oficialmente pedir um chá da tarde.

A Valentina que me orientou nos pedidos, pois eu queria provar algo tradicional inglês. Pedimos então duas tortas—pra mim a banoffee pie com banana fresca e pra ela uma treacle tart com custard. Bebemos chá, of course, eu fui de hortelã fresco e a Valentina de lapsang souchon, um chá bem aromático, que ela mesma disse que não é todo mundo que gosta. Achei o aroma bem defumado, mas não provei.

Conversamos tanto, tanto, que até constrangimos o garçon. Fomos caminhando novamente pelas ruas de Notting Hill, paramos numa livraria para olhar livros de culinária e depois a Valentina me acompanhou até a minha estação, pra não ter perigo de eu pegar o lado errado da linha às nove da noite. Foi de uma delicadeza ímpar.

Tivemos um encontro de duas dinossauras da velha guarda dos blogs de culinária brasileiros. Já fizemos e vimos muita coisa e continuamos firmes, ou quase. Esses são laços importantes, que eu gosto de preservar. Valentina, muito obrigada pela noite tão agradável! e espero um dia poder retribuir toda a sua gentileza, quando você for me visitar lá do outro lado do mundo!

Ottolenghi [take out]

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Precisava comprar os dois últimos presentinhos de natal, então fui até a High Street em Kensignton, um lugar que eu já conhecia bem. Aproveitei também pra dar um pulo numa das filiais do Ottolenghi que fica na rua de trás, a Holland Street. Cheguei lá verde de fome e já fui perguntando se eles serviam almoço. Infelizmente aquela loja só fazia take out, ou take away, como eles dizem aqui. Comprei toda comida que eu pude carregar—arroz iraniano com pistachos, saladas diversas, pãezinhos de queijo, bolinho de maracujá e torta de frutas. Perguntei se podia tirar fotos e o mocinho que me atendeu super gentilmente disse que não. Então me conformei só em olhar e fotografar de fora. Comprei o livro também e voltei pra casa carregada, com mais fome ainda e com uma apertamento daqueles de fazer xixi. Me atrapalhei na estação de metrô e peguei o trem pro sentido oposto. Esperei um tempão na estação pra pegar o trem de volta, desta vez no sentido certo. Quando cheguei em casa, meu irmão estava lá e devoramos juntos toda a comida, super fresca, super saborosa. Adoramos.

Partridges

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Se eu tivesse me programado para visitar esta sex-shop gourmet, talvez não tivesse dado tão certo. No meu caminho entre a King’s Road e a Saatchi Gallery, lá estava ela toda convidativa. Entrei e fiquei zanzando pelos corredores. A loja é bem pequena, com uma lanchonete no fundo. Olhei e quis comprar quase tudo, mas a minha zuretice causada pelo jet lag me preveniu. Comprei porém umas mince pies tradicionais, que não gostei. A massa, feita com gordura de animal, foi um pouco demais para o meu paladar. Mas meu irmão, mais versado nas iguarias inglesas, traçou. Quero voltar nessa loja mais vezes e olhar tudo com mais tempo e atenção.

uma cozinha inglesa

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Os headquarters do Chucrute mudaram de continente temporariamente e estará transmitindo todas as programações festivas direto de Londres, UK. Chegamos com a neve. Mas já enchemos a geladeira de ingredientes para muitos rangos. Teremos um cozinheiro convidado, pois desta vez quem vai comandar as panelas é o Gabriel. Estamos na expectativa!