um banquete na era Tudor

Na sequência do documentário sobre a história da cozinha com a Lucy Worsley, assisti a essa outra realização de um grupo de arqueologistas e historiadores ingleses, que decidiram recriar um banquete da era Tudor. Eles fazem tudo numa cozinha da época, com ingredientes similares e usando as mesmas técnicas—desde trazer a água do corrego, até acender o fogo usando pedras, moer o açúcar, pescar, caçar, eteceterá. Cozinhar naquela época não era tarefa para os fracos. Na cozinha dos aristocratas abundava mão-de-obra, queimava-se muita madeira e algumas das mais simples tarefas poderiam levar muitos dias para serem concluídas. No final servia-se um banquete inigualável. Assista os quatro segmentos de 15 minutos cada para participar dessa excursão virtual pela cozinha laboriosa do século XV.

parte 1

parte 2

parte 3

parte 4

a história da cozinha [inglesa]

a historiadora Lucy Worsley não é apenas a chefe curadora da organização Historic Royal Palaces, que cuida da Torre de Londres, do palácio de Hampton Court, dos apartamentos do Kensington Palace State, a casa de banquetes em Whitehall e do palácio Kew em Kew Gardens. Ela também escreve livros e protagoniza séries para a BBC. Worsley tem apenas 37 anos e está causando um furor nos meios acadêmicos britânicos pela casualidade com que ela aborda temas delicados como a história da intimidade da humanidade. Ela fala de camas, fogões, banheiras e privadas com a mesma naturalidade com que fala da arquitetura e arte. Fiquei absolutamente encantada com a figura dessa historiadora depois que ouvi uma entrevista com ela na rádio pública americana, a NPR. Fui procurar o livro dela—If Walls Could Talk, an Intimate History of the Home, e achei as séries que ela fez para a rede de televisão britânica BBC4. Escolhi colocar aqui o episódio sobre a evolução da cozinha, que é o mais interessante. Mas ela também examina a evolução do banheiro, do quarto e da sala de estar. Vale a pena ver todos os episódios, que estão disponibilizados no YouTube em sequências de mais ou menos 15 minutos cada.

parte 1

parte 2

parte 3

parte 4

Ladurée at Harrods

Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods
Ladurée at Harrods

Inventamos de dar uma “passadinha” na loja Harrods no boxing day—o dia seguinte do Natal, que é quando tudo liquida. Toda a população local e turística de Londres resolveu fazer o mesmo. Não teve condições. Além do que estávamos com os meus pais, que não têm mais aquela destreza e energia para abrir caminho na multidão. Chegou uma hora que jogamos a toalha e decidimos ir tomar um cházinho. Dentro da Harrods tem uma filial da doceria francesa Ladurée, então ficamos por ali. Não podia tirar fotos lá dentro, apesar que vi flashes pipocando galore. Eu fui discreta e registrei nosso chá com o celular.

The Borough Market

Borough Market
Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market
Borough Market Borough Market
Borough Market Borough Market

No nosso primeiro sábado em Londres, fomos ao Borough Market pela manhã. Uns dias antes do Natal, aquilo estava uma muvuca indescritível. Mas mesmo assim, foi um dos melhores passeios que fiz naquela cidade nesta minha segunda visita. Meus pais tinham chegado do Brasil e o Uriel da India, então estávamos com a família quase completa, só faltando minha cunhada e minha outra sobrinha, que chegariam no domingo. Foi um esfoço manter todo mundo junto naquela multidão. Nos guiávamos pelo beret beige da minha mãe e pela touca vermelha do meu irmão, que é bem alto e bem visível. Conseguimos passear e comer muita coisa boa, até aportarmos numa cervejaria belga numa das saídas do mercado para almoçar. Adorei tudo o que vi e comi lá. Tomei vinho quente, sopa de cogumelos, pão de amêndoas, azeitonas, queijos, o Gabriel comeu um curry, que ele disse estar perfeito. Foi o melhor mercado de comida que já visitei. Super alegre e animado, apesar de tri-lotado.

um chá com a Valentina

chá com Valentina
chá com Valentina
chá com Valentina
chá com Valentina chá com Valentina
chá com Valentina
chá com Valentina chá com Valentina
chá com Valentina
chá com Valentina
chá com Valentina chá com Valentina
chá com Valentina

Marcamos de nos encontrar na saída do metrô em Notting Hill. Foi a primeira vez que fui me encontrar com uma amiga blogueira totalmente às cegas, pois apesar de conhecer a Valentina e o Trem Bom há anos, nunca tinha visto uma foto dela. Por alguns minutos fiquei lá parada com aquela expectativa estranha, olhando para cada rosto que se aproximava pensando, será ela? Mas quando ela chegou, sorridente e já de braços abertos para um abraço, não me surpreendi. A Valentina é exatamente o que ela nos passa pelo blog. Nem precisa mesmo de foto!

Fomos caminhando pela noite gelada pelas ruas de Notting Hill, conversando sem parar, até que encontramos um lugarzinho simpático para beber um chá. Eu não vou saber dizer onde fica exatamente, mas era uma loja, com coisas lindas de decoração, uma boutique de roupas no subsolo e um restaurantezinho no fundo da loja. Ainda não eram nem 6pm, apesar da escuridão, e portanto ainda poderíamos oficialmente pedir um chá da tarde.

A Valentina que me orientou nos pedidos, pois eu queria provar algo tradicional inglês. Pedimos então duas tortas—pra mim a banoffee pie com banana fresca e pra ela uma treacle tart com custard. Bebemos chá, of course, eu fui de hortelã fresco e a Valentina de lapsang souchon, um chá bem aromático, que ela mesma disse que não é todo mundo que gosta. Achei o aroma bem defumado, mas não provei.

Conversamos tanto, tanto, que até constrangimos o garçon. Fomos caminhando novamente pelas ruas de Notting Hill, paramos numa livraria para olhar livros de culinária e depois a Valentina me acompanhou até a minha estação, pra não ter perigo de eu pegar o lado errado da linha às nove da noite. Foi de uma delicadeza ímpar.

Tivemos um encontro de duas dinossauras da velha guarda dos blogs de culinária brasileiros. Já fizemos e vimos muita coisa e continuamos firmes, ou quase. Esses são laços importantes, que eu gosto de preservar. Valentina, muito obrigada pela noite tão agradável! e espero um dia poder retribuir toda a sua gentileza, quando você for me visitar lá do outro lado do mundo!

Ottolenghi [take out]

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Precisava comprar os dois últimos presentinhos de natal, então fui até a High Street em Kensignton, um lugar que eu já conhecia bem. Aproveitei também pra dar um pulo numa das filiais do Ottolenghi que fica na rua de trás, a Holland Street. Cheguei lá verde de fome e já fui perguntando se eles serviam almoço. Infelizmente aquela loja só fazia take out, ou take away, como eles dizem aqui. Comprei toda comida que eu pude carregar—arroz iraniano com pistachos, saladas diversas, pãezinhos de queijo, bolinho de maracujá e torta de frutas. Perguntei se podia tirar fotos e o mocinho que me atendeu super gentilmente disse que não. Então me conformei só em olhar e fotografar de fora. Comprei o livro também e voltei pra casa carregada, com mais fome ainda e com uma apertamento daqueles de fazer xixi. Me atrapalhei na estação de metrô e peguei o trem pro sentido oposto. Esperei um tempão na estação pra pegar o trem de volta, desta vez no sentido certo. Quando cheguei em casa, meu irmão estava lá e devoramos juntos toda a comida, super fresca, super saborosa. Adoramos.

Partridges

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Se eu tivesse me programado para visitar esta sex-shop gourmet, talvez não tivesse dado tão certo. No meu caminho entre a King’s Road e a Saatchi Gallery, lá estava ela toda convidativa. Entrei e fiquei zanzando pelos corredores. A loja é bem pequena, com uma lanchonete no fundo. Olhei e quis comprar quase tudo, mas a minha zuretice causada pelo jet lag me preveniu. Comprei porém umas mince pies tradicionais, que não gostei. A massa, feita com gordura de animal, foi um pouco demais para o meu paladar. Mas meu irmão, mais versado nas iguarias inglesas, traçou. Quero voltar nessa loja mais vezes e olhar tudo com mais tempo e atenção.

uma cozinha inglesa

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Os headquarters do Chucrute mudaram de continente temporariamente e estará transmitindo todas as programações festivas direto de Londres, UK. Chegamos com a neve. Mas já enchemos a geladeira de ingredientes para muitos rangos. Teremos um cozinheiro convidado, pois desta vez quem vai comandar as panelas é o Gabriel. Estamos na expectativa!