me encantó Madrid

A Espanha nunca decepciona. Minha viagem ao sul do país, anos atrás, foi uma das melhores que já fiz. Desta vez pude finalmente conhecer Madrid. Que cidade linda e imponente. E quanta comida gostosa. Não planejei nenhum roteiro gastronômico, mas comemos muito bem por lá, desde tapas [galore!] até lugares onde devoramos postas gigantes de bacalhau. Andamos muito pela cidade, fomos aos museus do Prado e da Reina Sofia, visitamos dois mercados—o de Antón Martín e o maravilhoso San Miguel, bebemos muito vinho, comemos muitos doces com amêndoa, eu até ousei comer ostra [que coragem! hahaha!]. Foi uma visita curta, mas foi maravilhosa.

Lisboa é um sonho

Não estava nos meus planos ir à Portugal, mas o que eu realmente tinha planejado não deu certo e acabei embarcando nos planos de outros. O convite do meu irmão para que eu me juntasse à viagem dele foi totalmente auspicioso. Foi delicioso rever a romântica Lisboa, com suas ladeiras de pedras e os prédios coloniais que me lembram tanto o Brasil. Fiquei apenas dois dias lá, o que realmente não deu pra muitas aventuras, mas deu para matar as saudades. Ficamos hospedados num flat muito bonitinho no Chiado. Caminhamos bastante, subindo e descendo ladeiras. Bebemos uns bons vinhos, comemos uns bons bacalhaus e eu pude rever queridas amigas de longa data, que se prontificaram a nos encontrar no sábado e passear com a brasileirada por toda a tarde. Ficamos sem palavras para agradecer toda a atenção e a gentileza das três queridas—Isabel, Suzana e Manuela, que nos levaram pra almoçar no Palácio do Chiado, nos mostraram outras partes de Lisboa, nos levaram para comer pasteis de nata na Manteigaria e depois de muito sobe e desce, uma paradinha para visitar o Convento dos Cardaes e depois tomar um café na linda praça Principe Real, que eu não conhecia. Partimos de Lisboa para Madrid no dia seguinte. Regressamos por uma noite no final da viagem, para pegarmos nossos aviões de volta pra casa, mas conseguimos fazer um belíssimo jantar no As Salgadeiras, um restaurante muito aconchegante no boêmio Bairro Alto. Foi uma pena o tempo ser tão curto para passear em Lisboa. Ficou a vontade de voltar!

saí de férias [muito bem merecidas]

spanish_food
gazpacho, lagostim, gambas, almejas & verdejo wine

Fazia um tempinho que eu não saia de férias que não fossem pra visitar a família no Brasil. Desta vez a família saiu do Brasil e fomos todos juntos de férias para a Espanha, com uma paradinha em Portugal. Eu saí de San Francisco, minha mãe de Campinas e meu irmão e minha cunhada de Brasília, nos encontramos em Lisboa, depois fomos para Madrid e finalmente para Mallorca. Foram férias muito bem merecidas, quando pude ter a companhia da minha família por duas semanas. Comemos e bebemos muito e muito bem, revi minhas queridas amigas portuguesas, conheci a belíssima Madrid e caí de amores pela ilha Mallorca. Tenho centenas de fotos, algumas histórias, que vou tentar organizar aos poucos, assim que superar esse maledeto jet lag. Voltei!

nove de fevereiro

um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco
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um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco
um dia em San Francisco um dia em San Francisco

Fui rapidamente à San Francisco no inicio da semana para resolver negócios burocráticos. Faz um tempo que adotei o hábito de pegar o trem sempre que preciso ir até a cidade durante a semana. Além de evitar o trânsito e o cansaço de dirigir, posso usar meu tempo dentro do trem para trabalhar e não preciso usar muitas horas de férias. Isso tem funcionado muito bem, também por causa da facilidade que é se locomover pela cidade usando os serviços do Uber. Peguei um Uber na estação de ônibus no Financial District e fui até Nob Hill, onde eu tinha hora marcada para entregar papelada. Depois peguei outro Uber até o Mission District, porque queria muito conhecer o Craftsman and Wolves. Sigo a conta de instagram deles há tanto tempo e nunca tinha conseguido dar uma passada por lá. Assim que entrei na lojinha deles na Valencia Street senti o peso do meu librianismo. Não sabia o que pedir, porque eu queria realmente experimentar tudo! O pão japonês, a torta de maracujá, as bolachinhas com pétalas de flores, o biscoito de matcha, os croissants, as baguettes, eteceterá eteceterá eteceterá. Fiz um pedido para viagem, porque ainda queria ir ao Ferry Building Marketplace para almoçar e depois voltar para a estação de trem em Emeryville. Acomodados em caixas delicadas, levei comigo um éclair de pistachio e marmelade de clementine, patês de frutas de cenoura, maracujá e coco, um muffin salgado com queijo, linguiça e um ovo de gema mole dentro [que vem com um tubinho de sal de tabasco!] e um pão sourdough de chocolate valrhona. Tudo absolutamente delicioso! Ainda voltarei com mais calma, pra sentar no café e comer um sanduíche e beber uma taça de vinho.

almoço para três [sem gorjeta]

Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma

Essas fotos são de uma pequena viagem que fizemos com minha mãe em janeiro [sim, JANEIRO!] por Napa e Sonoma. Coloquei as fotos na lista de publicáveis e quis muito publicar, mas a carroça foi se movendo, o ano foi acontecendo, o tempo passou e nunca que consegui colocar as fotos e a história das fotos aqui. Sim, porque tem uma história, que eu achei que valia a pena contar. Como título eu poderia até sugerir “O Garção Punk” e subtítulo “Nossa Segunda Experiência dando ZERO de Gorjeta”. Quero destacar que realmente não é comum esse tipo de coisa acontecer com a gente por aqui, ainda mais neste país onde “O Consumidor Está SEMPRE Certo”.

Rodamos por Sonoma e paramos para almoçar num restaurante super fotogênico nas cercanias da cidade chamado The Fremont Diner. Tudo parecia perfeito, clima, locação, comida, tivemos que esperar um pouquinho, mas achamos que iria valer muito a pena. Eles servem lá uma comida caipira de raiz, com pratos típicos dos EUA, como frango frito, hamburger, grits, macaroni cheese, eteceterá. Achamos fofo que eles serviram nosso sparkling wine num copo de geléia. Estávamos escolhendo os nossos pratos e o Uriel sempre indeciso chamou o garção—um moço magro e alto vestido com camiseta de banda punk, jeans e jaqueta de couro.

U—quanto de frango vem no prato “meio-frango”?
G—meio-frango é…. MEIO FRANGO.
{risadas amarelas}

Fizemos nossos pedidos, incluindo um “pimento cheese” de entrada. Demorou um pouco e chegou uma sopa e um sanduíche de queijo. Confusa, chamei o garção.

F—desculpa, estou confusa, acho que pedi um pimento cheese…
G—EU TE PERGUNTEI, VOCÊ QUER UM PIMENTO CHEESE OU UM GRILLED CHEESE E VOCÊ DISSE GRILLED CHEESE!!
F—acho que você me confundiu com outra pessoa, eu pedi pimento..
G—VOCÊ DISSE GRILLED E AGORA VOU TER QUE RETORNAR ISSO PRA COZINHA, QUE BOSTA!
{silêncio mortal}

O garção levou o sanduíche de volta, trouxe o pimento, que foi bem decepcionante, trouxe a comida, que achamos mais ou menos, trouxe um outro prato que não pedimos, devolvemos, trouxe a conta errada cobrando ítens que não tínhamos pedido, voltou com a conta final. Até broxamos de pedir sobremesa, mas antes de pagar o Uriel chamou novamente o fulano.

U—o que foi que houve com os pedidos? teve algum mal entendido?
G—o problema é que ELA fala muito baixo, eu ainda perguntei se era grilled ou pimento cheese e ela fala muito baixo e eu ouvi grilled.

Okay, ele teve a chance de se desculpar, de se redimir pela grosseria, mas não aproveitou. Deixamos apenas o dinheiro para o total da conta. Sem gorjeta. No tip for you, asshole! Sonoma e Napa são regiões lindas, adoro passear por lá, mas nunca mais vamos parar nesse diner, que parecia muito legal, mas a experiência foi totalmente arruinada por um garção grosso e desequilibrado.

Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma
Napa Sonoma Napa Sonoma

Apple Hill — colhemos maçãs

 

colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs
colhendo maçãs colhendo maçãs

Tanta coisa aconteceu na minha vida em outubro paralelamente com a colheita das maçãs norte da Califórnia, que eu acabei só conseguindo ir até Apple Hill em novembro. Estava até preocupada que não iria ter mais maçãs pra gente colher, mas que nada! Não só ainda tinha maçãs, como a paisagem estava no auge da sua beleza de outono. Tivemos um dia muito produtivo, colhendo deliciosas Granny Smiths, passeando pelas montanhas coloridas pelas cores outonais, comprando geléias e apple turnovers, almoçando com amigos em Placerville, indo provar vinhos na vinícola Boeger e encerrar o passeio devorando fatias enormes das melhores tortas de maçã deste reino encantado. Para nós esse é um passeio curto, que pode ser feito em apenas um dia e, se outono for, vai valer todos os minutos em que houver luz para a gente tirar centenas de fotos magníficas.

[setembro] passou tão rápido

setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil
setembro no Brasil setembro no Brasil

De repente me toco que este blog está quase virando um arquivo morto, um balaio de gato com coisas velhas, visitado apenas por paraquedistas dos mecanismos de buscas. Foi apenas um hiato ou é pra valer? Quero explicar que foi apenas um intervalo, causado por toneladas de trabalho e uma viagem ao Brasil. Fui, voltei e nem tive tempo de respirar pois mais trabalho me aguardava na volta. Minha visita foi, com sempre, rápida e intensa. Fui ver meus pais e passar um pouquinho de tempo com eles. Não fiz muitas coisas por lá, mas encontrei amigos e família, comi coisas gostosas e até vi televisão [pra matar o tempo durante a semana]. No meu último final de semana por lá fui pra São Paulo levando a minha mãe para assistir a palestra da Neide Rigo no evento do Paladar Cozinha do Brasil. Até pra ir lá foi tudo na correria, chegamos no local, batemos um rango rápido no mercado, entramos na palestra e tivemos que sair antes do término porque minha mãe precisava pegar o ônibus de volta pra Campinas. Mas foi muito legal poder participar de um evento grande, ver a Neide em ação e aprender um monte de coisas legais. E ainda tive a oportunidade de conhecer a simpaticíssima e fofa Maria Capai, autora do blog Diga Maria. Que pena que foi tudo tão rápido e não tive tempo pra bater mais papo e conhecer mais gente. Mas aproveitei muito meu último dia no Brasil na companhia das queridas amigas Roberta F, Maria Rê & Lilian T. Muito obrigada pela amizade, hospedagem, risadas e pelas comidas gostosas que dividimos. Até breve! Agora acho que finalmente regressei, né? E vamos em frente!

when Napa is not available

wines in placer county
wines in placer county wines in placer county
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wines in placer county wines in placer county
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Foi a primeira vez em dezessete anos que eu realmente me organizei para uma visita ao Napa. Peguei uma dica de vinícolas para serem visitadas na revista Food & Wine, fui no website de todas elas, escolhi algumas, coloquei todos os endereços no google maps e avisei o Uriel da minha decisão—marido, desta vez sairemos cedo e não ficaremos zanzando como baratas tontas sem saber onde ir, desta vez eu me organizei!

Isso foi no sábado. No domingo pela manhã quando nos levantamos animados com a perspectiva da jornada vimos a noticia: TERREMOTO NO NAPA!!

You’ve got to be kidding me!

Ainda cogitei não cancelar o passeio, mas quanto mais eu lia sobre os estragos, mais desanimada eu ficava. Quando vi fotos da cidade e tentei fazer reserva num restaurante pela open table e recebi mensagem de que ele estava fora do ar, repensei tudo. Esquece, não vou fazer passeio em panorama pós-terremoto, barris e garrafas de vinho espatifados por todo canto, calçadas rachadas, áreas sem energia elétrica. Botei minha viola no saco e avisei o Uriel da minha decisão—marido, vamos para o lado contrário, vamos para Auburn.

E fomos. Auburn é uma pequena cidade histórica no pé da Sierra Nevada onde já fomos muitas vezes. Ela é uma das muitas cidadezinhas da época corrida do ouro na California. Dali seguimos para duas vinícolas no Placer county. Essa região não tem o mesmo glamour de Napa ou Sonoma, mas tem vinícolas muito boas, fazendo vinhos muito bons. Usamos o Yelp e chegamos na Green Winery na hora do almoço quando estavam todos colhendo uvas. O dono correu abrir um galpão onde pudemos provar os vinhos que a vinícola produz a bater papo. Ele nos recomendou uma outra vinícola que só fazia vinhos com uvas espanholas e seguimos para lá. A Viña Castellano era um pouco mais sofisticada, com um tasting room muito bem instalado numa caverna. Lá dividimos uma bandeja de tapas e eu fiz um flight completo com muitos tempranillos. No meio do nosso tasting a moça veio perguntar se éramos brasileiros.

—somos! como você sabe??
—é que o uncle Charlie da Green Winery me ligou e disse que um casal de brasileiros muito simpáticos tinham passado por lá e estavam vindo pra cá.
—hahaha, deve ser nós mesmos!
—um brinde!

a árvore da floresta

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Eu não estava planejando armar árvore de Natal este ano, porque não vamos passar em casa e não estava muito no espírito. Mas o Uriel insistiu e fomos. Coincidentemente tinha nevado sem parar por dois dias seguidos e até nos perdemos por causa de algumas estradas fechadas, acabamos não indo no nosso lugar de sempre de buscar árvore. Acabamos aportando por acaso nessa fazenda toda coberta de neve novinha, branquinha, fofinha, flocuda, das melhores para se fazer bolas de neve! Lá tomamos cidra quente e devoramos tortas tradicionais dessa época—shoo fly pie e apple pandowdy. Passeamos pela fazenda que estava encantadora, depois compramos nossa árvore, que estava coberta de neve como todas deveriam ser, sem flocos de algodão.