purê de batata com verdura

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Adoro as receitas da Heidi Swanson, porque elas são o exemplo perfeito da combinação da naturebice com a sofisticação. Esse é apenas um purê de batata que com a delicada adição dos pequenos detalhes da cebola fritinha e da verdura misturada, se transforma numa deliciosa refeição. Fiz sem medida e comi tudo sozinha [burp! excuse me!] dividindo entre jantar e almoço do dia seguinte. Até requentado esse rango continuou bom. Um purê de batatas—avec élégance.

serve 6 porções
1 quilo e meio de batatas descascadas e cortadas em cubos
Sal marinho
4 colheres de sopa de azeite
4 dentes de alho picados
1 maço de verdura [usei a Swiss chard, mas ela usa a kale]
1/2 xícara de leite morno ou creme de leite fresco
Pimenta do reino moída
5 talos de cebolinha verde picados
1/4 xícara de queijo parmesão ralado
Echalotas ou cebolas caramelizadas para decorar

Coloque as batatas numa panela grande e cubra com água. Adicione uma pitada de sal marinho e leve ao fogo. Cozinhe por 20 minutos ou até que as batatas estejam bem molinhas.

Numa frigideira aqueça 2 colheres de sopa de azeite e adicione o alho picado, a verdura picada e uma pitada de sal marinho. Refogue até a verdura murchar e cozinhar. Desligue o fogo e reserve.

Amasse as batatas e coloque o leite morno devagar, até atingir a textura de purê. Coloque mais ou menos leite, conforme for amassando. Tempere com sal e pimenta do reino.
Na hora de servir, coloque a verdura refogada dentro do purê e misture. Coloque em cumbucas, faça um buraco no centro e regue com o restante do azeite, decore com as cebolinhas picadas, o queijo parmesão e as cebolas ou echalotas caramelizadas.

[*para fazer as cebolas/echalotas caramelizadas, apenas frite a cebola cortada bem fininho em azeite e em fogo baixo, mexendo com uma colher de pau vez e outra, até elas ficarem bem douradas e crocantes.]

pasta com harrissa e verdura

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Mais uma idéia criativa para gastar as diversas folhas verdes que recebo [ininterruptamente] toda semana na cesta orgânica. Determinação é realmente o meu nome do meio e nunca que vou desperdiçar essas preciosidades enfiando tudo num pote de caldo de legumes. Tenho preparado muitas coisas gostosas com essas verduras. Para replicar a receita de harissa spaghettini da Heidi Swanson, usei espaguete integral e as folhas escuríssimas da saborosa dino kale [cavolo nero].

3 dentes de alho
1 pitada de sal
1/4 xícara de azeite de oliva extra-virgem
2 colheres de sopa de pasta de harissa
250 gr de macarrão integral
1 maço de dino kale [cavolo nero]
1/2 xícara de azeitonas pretas secas [*usei a kalamata]
1/2 xícara de pinoles tostados
Casca ralada de 1 limão

Cozinhe o macarrão numa panela funda com bastante água e sal. Enquanto isso, amasse o alho com uma pitada de sal num pilão formando uma pasta. Misture a pasta de alho com a harissa e o azeite. Quando o macarrão estiver quase cozido [al dente] jogue na água do cozimento as folhas do dino kale rasgadas grosseiramente com as mãos. Conte até seis e remova as folhas. Escorra o macarrão. Reserve.

Na mesma panela onde o macarrão cozinhou, jogue a pasta de alho, azeite e harissa e deixe esquentar. Junte o macarrão cozido, as folhas cozidas de verdura, as azeitonas, os pinoles e as raspas da casca de limão. Misture bem e sirva. Faz de 4 a 6 porções.

um chucrute de meia-tigela

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Muita gente me pergunta se chucrute é uma comida da minha infância. Até o jornal Sacramento Bee, quando fez uma reportagem sobre os blogueiros locais anos atrás, teve a petulância de publicar que o chucrute era um prato especial que a minha mãe preparava. Minha mãe NUNCA fez chucrute. Essa é a graça da famosa receita que acabou virando uma história divertida de família e no final batizou este blog. Na verdade, foram raras as vezes que comi chucrute. E todas elas, que me lembro, foi sempre o chucrute feito à moda da Maria José—comprado pronto. E isso porque meu marido curte essa iguaria, pois se dependesse somente de mim chucrute nunca entraria de livre-arbítrio na minha lista de compras.
Fazer chucrute em casa então, era uma sugestão digna de ser retrucada com uma altíssima gargalhada. Mas ora bolas, quanto preconceito da minha parte. Fazer chucrute pode parecer uma tarefa para monges tibetanos, mas hoje vejo que nem é tanto assim. E existem muitos atalhos, muitas maneiras de driblar o processo de fermentação, a espera. E repolho, mes amis, é apenas repolho.
Com tantas imitações ostensíveis de chucrute manifestando-se por ali, aqui e acolá, o que realmente me prevenia de se jogar nessa aventura? Nada!
Comprei umas bistecas de porco defumadas de um fazendeiro no Farmers Market. Ele já me explicou como os porquinhos dele são criados, como são tratados e como são alimentados, o que me deu coragem pra comer carne de porco com um pouco mais de frequência. Fazia muitos anos que não comíamos essas bistecas. Elas são super saborosas e bem práticas, pois só precisam de uma passada na grelha ou uns minutos no forno. Essas fiz numa skillet grill, que só precisou de uma leve untada de azeite e a carne ficou com essas marquinhas fotogênicas. Pra acompanhar as bistecas cozinhei umas maçãs cortadas em quatro com um pouco de geléia de gengibre e um pingo de água, até as maçãs ficarem bem molinhas. E fiz também o arremedo de chucrute.
Achei a receita na aplicação para iPhone do Big Oven. Obviamente que tinha alguém no espaço para comentários chutando as latas e dizendo que aquilo não era chucrute coisa nenhuma, que chucrute precisa fermentar, eteceterá eteceterá, mas eu me fiz de tonta e fui em frente. E no final até o meu marido, apreciador do verdadeiro chucrute, comeu e gostou. E eu, nem vou mentir, também gostei.
1 repolho cortado em fatias finas
2 xícaras de vinagre de vinho tinto
1 xícara de água
1/4 xícara de azeite
1/4 xícara de açúcar
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 colher de chá de juniper berry
Sal e pimenta do reino moída a gosto
Numa panela robusta misture o vinho, água, azeite, mostarda, juniper berries, açúcar e leve ao fogo. Quando ferver adicione o repolho cortado e misture bem. Deixe cozinhar em fogo baixo por bastante tempo, até todo o liquido quase secar. Tempere com sal e pimenta do reino moída e sirva.

bolonhesa de berinjela

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Vi a idéia em algum lugar, só não lembro onde. A única certeza que tenho é que o autor foi o Mark Bittman. Não fiz como ele fez, também porque perdi acesso à fonte [cabeção!]. Peguei só a idéia, que achei genial e amplifiquei. Fiz um molho bolonhesa sem carne, mas com a berinjela assada no lugar dela. Ficou delicioso!

Assei uma berinjela cortada em rodelas e temperada com azeite e sal no forno alto [400ºF/205ºC] até elas ficarem bem cozidas. Fui olhando e virei as fatias no meio do procedimento. Levou uns 30 minutos, mais ou menos. Geralmente eu asso um monte de coisas num dia só, aproveitando o forno ao máximo. Daí guardo na geladeira e vou usando conforme as idéias vão aparecendo. Guardo apenas por alguns dias. Faço isso com abóbora, pimentões [tiro peles e sementes antes de guardar], beterraba e berinjela, que são os que se conservam bem. Para fazer essa receita de molho bolonhesa já tinha a berinjela previamente assada.

Numa panela com um pouco de óleo fiz um refogado com cebola, salsão e cenoura cortados em quadradinhos bem pequenos. Refoguei bem até os legumes ficarem bem cozidos. Acrescentei a berinjela já assada e também cortada em quadradinhos. Refoguei mais uns minutos e juntei mais ou menos um litro de molho de tomate. Usei os inteiros em lata [o fire roasted da Muir Gleen] que bati no liquidificador e passei pela peneira. Temperei o molho com sal, pimenta do reino moída na hora e umas folhas de louro. Deixei cozinhar por bastante tempo, até o molho reduzir em 1/3 e ficar bem grosso. Servi sobre fettuccine. Na hora de servir, salpiquei com salsinha picada e queijo grana padano ralado na hora.

grão-de-bico com espinafre

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Nem tentem imaginar o tamanho do maço de espinafre que chegou na última segunda-feira com a cesta orgânica. Lavei folhinha por folhinha [e muitas folhonas também], guardei tudo num saco na gaveta da geladeira e nem pensei mais. Com o tempo esfriando, esfriando, esfriando, descartei por um momento a possibilidade das folhas virarem salada. Eu como salada o ano todo, com qualquer clima—frio ou quente. Mas desta vez eu não quis saber de servir as folhas cruas. Queria usar a espinafrada para fazer um prato bem quente. Só dei uma passada de olhos na aplicação para iPhone do How to Cook Everything do Mark Bittman. Nem li muitos detalhes, porque já sabia mais ou menos o que eu queria e o que iria fazer. Já tinha grão de bico cozido na geladeira, que eu faço sempre em maior quantidade pra poder ter sobras. Parte dele tinha virado duas salada diferentes. E o que restou eu coloquei nessa receita, que não tem nada de super especial, mas que ficou muito gostosa. Do Bittman eu roubei a idéia de fazer uma farofinha com farinha de pão e queijo parmesão, que completou muito bem o prato com um charme e um sabor extra.

1 mação de espinafre [bem lavado e escorrido]
1 1/2 xícara de grão de bico cozido
1/2 cebola [*usei roxa]
Sal a gosto
1 pitada de pimenta vermelha em pó
1 pitada de canela em pó
1 pitada de cravo em pó
1 pitada de cominho em pó
1 pitada de paprica ou pimenton de la vera
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado na hora
2 colheres de sopa de farinha de pão [*faço em casa com bolacha integral]

Numa panela coloque um pouco de azeite e refogue a cebola até ela ficar macia. Junte o grão de bico e refogue por uns minutos. Adicione o sal, pimenta, canela, cravo, cominho e paprica e continue refogando, até o grão de bico ficar bem dourado. Junte as folhas de espinafre e refogue mexendo com uma colher de pau até as folhas murcharem bem. Desligue o fogo e sirva salpicado com uma farofa feita com a farinha de pão e o queijo parmesão misturados.

pasta de berinjela [assada]

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Fiz essa pasta de berinjela inúmeras vezes. Fica uma delícia, pra comer com pão árabe torradinho, chips naturebas, torradas, bolachinhas, o que você quiser. Já fiz grelhando as berinjelas na churrasqueira e no forno. Das duas maneiras dá certo e fica ótimo. Acho que na churrasqueira o processo é mais rápido e deixa a polpa da berinjela com um sabor mais intenso, mais defumado, Mas fazendo no forno também dá certo.
Normalmente uso de 2 a 3 berinjelas. Mas pode-se fazer mais, pois essa pasta se conserva muito bem e por muitos dias na geladeira. Você pode variar as ervinhas e adicionar ou não as frutinhas secas.

2 ou 3 berinjelas médias
1 colher de sopa de tahine [pasta de gergelim]
Suco e raspas de meio limão
Azeite a gosto
Sal a gosto
Uma pitada de pimenta vermelha
Ervinhas frescas picadas a gosto
[*já fiz com salsinha, ciboulettes e até coentro]
Um punhadinho de berberis secas [zereshk]

Coloque as berinjelas lavadas e inteiras no forno [ou na churrasqueira] pré-aquecido em 400ºF/ 205ºC e asse, virando as berinjelas durante o processo, até que a casca fique bem tostada e escura. Remova do forno, deixe esfriar e remova toda a casca das berinjelas. Você pode fazer isso com bastante antecedência, até dias antes, e guardar a polpa assada numa vasilha com tampa na geladeira.

Para preparar a pasta, amasse bem a polpa da berinjela assada com um garfo, tempere com o limão, tahine, azeite, sal e pimenta. Junte as frutinhas secas e as ervinhas picadas. Guarde na geladeira até a hora de servir. Se quiser, pode decorar com sementes frescas de romã.

pesto de verdura

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Começa o frio e o número de verduras na minha cesta orgânica semanal triplica. Nesta semana contei 7 [SETE] tipos diferentes de folhas verdes. Lord have mercy—não é fácil! Fico o inverno inteiro praguejando e correndo atrás de receitas diferentes e criativas pra usar tanta clorofila. Mas sei que estou errada reclamando, pois essas folhas verdes têm bastante nutrientes para manter o meu corpo saudável nesses meses cinzentos. E é por causa delas que acabo descobrindo receitas maravilhosas como esta da Heidi Swanson. Fiz duas vezes, da primeira vez usando um macarrãozinho tipo parafuso, e depois com este da foto, tipo fita. Das duas vezes não teve sobras.

serve de 4 a 6 porções
4 dentes de alho
4 chalotas pequenas [*usei meia cebola roxa]
1 maço de verdura
[*usei um tipo de couve chamada komatsuna, mas pode usar qualquer tipo de folhas verdes—kale, couve, espinafre, folhas de beterraba, etc]
1/3 xícara / 80 ml de azeite extra virgem
1/3 xícara de queijo de cabra
2 colheres de sopa da água do cozimento do macarrão [*opcional]
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Suco de limão [*opcional]
350 g de macarrão seco
Tomilho fresco

Numa panela grande, coloque água e bastante sal e leve ao fogo até ferver. Quando ferver, adicione os dentes de alho e a cebola [ou chalotas] e deixe cozinhar por uns 2-3 minutos. Junte as folhas de verdura e deixe por uns 10 segundos. Remova tudo com uma escumadeira e coloque num processador de alimentos. Na água fervendo na panela, jogue o macarrão da sua preferência e cozinhe até ficar al dente. Enquanto o macarrão cozinha, bata a cebola, alho, verdura, o azeite e o queijo de cabra no processador até formar um creme. Se precisar, junte um pouco da água do cozimento do macarrão. Pra mim não precisou. Tempere com sal e pimenta. Se quiser adicione o suco do limão. Escorra o macarrão e tempere com o pesto. Sirva decorado com folinhas de tomilho fresco e um pouquinho de queijo de cabra esmigalhado com os dedos.

cebolinhas ao vinho

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Essa foi a primeira receita que tirei do lindissimo livro Moro East e aproveitando que tinha uma cestinha cheia de echalotas fresquinhas. Foi uma via crucis lacrimosa descascar todas elas, mas valeu a pena. Pode-se usar mini cebolinhas também, ao gosto do freguês. O vinho pode ser o Malaga, o Moscatel ou o Oloroso Sherry [vinhos doces]. Eu usei o Sherry. Servi as cebolinhas acompanhando um frango grelhado com abóbora e o mundialmente famoso carpaccio de abobrinha numa versão temperada com balsâmico de figo.
40 gr de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de azeite
300 gr de mini cebolinhas [baby] ou echalotas inteiras [*usei echalotas]
75 ml de vinho Malaga, Moscatel ou Oloroso Sherry [*usei Sherry]
Folhas de salsinha fresca para decorar
Numa frigideira funda coloque a manteiga e o azeite e quando a manteiga começar a espumar acrescente as cebolinhas. Tempere com sal e pimenta do reino moída a gosto e refogue por uns 15-20 minutos, até que as cebolinhas fiquem ligeiramente douradas nos lados. Adicione o vinho e cozinhe por mais ou menos um minuto, até o alcool evaporar. Coloque numa travessa, decore com folhas de salsinha e sirva.

sweet peppers

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Eu gosto de pimentão—dos verdes, vermelhos, roxos, amarelos e multicoloridos. Mas eu não saio do meu caminho para comprar, preparar ou comer esse legume. Porém, todavia, contanto, num belo dia parei na banquinha de uma família de fazendeiros no Farmers Market exatamente por causa deles. Essa família faz parte dos meus favoritos no mercado, onde paro toda semana pra ver o que eles tem de novidade ou diferente. É uma banca pequena, com produtos que tem cara de que vieram de uma pequena fazenda ou sítio. Gosto muito disso. Comprei os pimentões, e confesso sem acanhamento, porque achei lindos! E não ficou só nisso, vejam só o que aconteceu uns dias depois—eles ficaram assim mais bonitos ainda!

berinjela tailandesa

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thai eggplant

Essa berinjelinha quase me enganou e também quase enganou o Gabriel, que já foi levando uma delas à boca, pensando que fosse tomate. Breca, breca, é berinjela! A moça da banquinha no Farmers Market que me vendeu essas berinjelas me disse que elas são ótimas em refogados com curry. Depois li que na Tailândia elas são mesmo a base de muitos cozidos—com curry verde ou vermelho. Mas eu não estive em bons dias, então usei os legumezinhos na pressa, só cortei, temperei com sal, ervinhas e azeite e grelhei na churrasqueira pra depois servir frio, como salada. Elas são levemente amargas e têm bastante sementes. São as irmãs gêmeas do jiló.