sou um pudim ambulante

Bem na minha frente e atrapalhando o meu acesso à marca de desodorante que eu costumo usar, estava uma mãe com quatro filhas. As meninas abriam os desodorantes um por um, cheiravam e murmuravam comentários elogiosos, dependendo do tipo de perfume. Violeta espanhola, hmmm, esse é realmente delicado. Algodão doce, ohh, esse eu gostaria de lamber. A mãe tentava dissuadir as meninas daquela lenga-lenga que a estava empatando, dizendo algo como—vocês ainda são muito novas pra usar desodorante, o que vocês precisam é apenas um bom banho. Concordei. A mãe também precisava de uma chuveirada, mas isso não vem ao caso. O caso é que eu não gosto de desodorante com cheiro forte e a marca do desodorante que eu uso lançou uma linha com cheiros inacreditáveis. Naquela confusão de meninas matracando, murmurando, cheirando, abrindo e fechando embalagens e tirando e pondo desodorantes das prateleiras, eu tive um cinco minutos de ansiedade, peguei o primeiro desodorante que alcançei e casquei fora. Desde então está tudo muito estranho por aqui, pois nunca na vida eu tive um sovaco com cheiro de baunilha e chai.

hoje eu lembrei

Acho que é hoje que faz dois anos. Não costumo ficar marcando e relembrando datas tristes, mas tenho quase certeza que foi no dia de hoje, há dois anos, que ouvi o recado do meu pai na secretária e depois o som abafado de quem não consegue mais falar. Eu chorei por um tempão, porque ela era uma das minhas pessoas favoritas neste mundo, aquela que eu admirava e imitava, reparava nas parecências e até me assustava. Ela dizia com a sua voz potente e alta—nós duas somos dois livros abertos!

Por tudo isso e mais um pouco, numa época em que meu irmão ainda morava em Los Angeles, nós decidimos que iríamos fazer uma compra mensal de gostosuras pra ela através do supermercado online que entregava tudo direitinho lá no sitio onde ela vivia. Ela amava gostosuras, chocolates, bolachas, geléias. Mas ela tinha aquela doença traiçoeira chamada diabetes. Então minha missão mensal era fazer uma compra de gostosuras que não deixasse ela mais doente. Por três anos, todo final de mês eu me logava e fazia uma comprinha. Era legal, porque durante esses anos eu me inteirei das novidades nas prateleiras do supermercado brasileiro. Via produtos novos aparecendo, marcas novas, diversidade, variedade. Algumas coisas eu queria comprar pra mim, ficava empolgada. Mas a compra era para ela e tinha que ser especial. Eu comprava também sabonetes variados, porque eu sabia que ela iria adorar. Éramos iguais nisso também, loucas por banho, por cheiros, por perfumes.

Faz dois anos então hoje que eu parei de fazer as comprinhas no supermercado online, faz dois anos que acabou a minha diversão de encaroçar pelas prateleiras virtuais, pensando e escolhendo as coisas que eu sabia que ela iria gostar e depois ficar me sentindo imensamente feliz imaginando a alegria dela ao receber a entrega. Outro dia minha irmã disse que a ausência dela é como se nunca mais tivessemos ido ao sitio visitá-la, no que eu concordei. Dois anos depois eu ainda penso nela sempre que vejo chocolates, bolachinhas e geléias gostosas, sabonetes e perfumes, ou todas as outras coisas que ela adorava. Fico olhando e matutando—hmm, será que compro pra enviar, pois ela iria amar!

where the buffalo roam

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*Vida nas pradarias canadenses: Uriel e Gabriel providenciando a CARNE pra Fer poder fazer o jantar. Bufalo ou bisão, honey?

No menu do restaurante da floresta de Apple Hill tinha a opção de hamburguer de carne de bufalo—cem por cento orgânica. Eu apontei o item do menu para o Uriel e nós dois fizemos aquela cara de bleargh. Eu não sou uma pessoa essencialmente carnívora. Eu como carne, mas tenho crises de consciência e de asco muito frequentes. Nunca quis provar cozido de coelho, que se preparava em festas de família ou o hamburguer de avestruz, que é famoso aqui em Davis. A carne de bufalo, porém, eu provei. Foi uma experiência inesquecível, no mais amplo sentido da palavra inesquecível. Meu paladar para carnes é bem sensível, carnes muito fortes me entojam fácil e a carne de bufalo não é coisa pra amadores. Pra mim foi mais do que eu consigo suportar.

Pedimos um hamburgão de carne de bufalo cada um num passeio ao Wanuskewin Heritage Park em Saskatchewan, Canadá. Um lugar completamente apropriado para a experiência de provar o sabor da carne do bufalo, que é praticamente o simbolo do desbravamento do oeste norte-americano e canadense. Nem preciso dizer que não consegui terminar o meu sanduíche e que me concentrei nas batatas fritas. Será que os índios plantavam batatas? Se eu fosse uma índia no tempo dos bufalos vagando, certamente viveria plantando e comendo muitas batatas.

como arruinar um dia perfeito

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Quando o Uriel propôs de irmos até Apple Hill no domingo, para o festival da colheita da maçã, logo pensei que aquela não era uma boa idéia. Quando li o relato da Sheri no Edible Sacramento tive certeza: seria uma FRIA! Mas fomos assim mesmo. E fomos tarde, pois eu precisava nadar. Eu só consigo nadar nos finais de semana. Pegamos a estrada pensando em almoçar em algum orchard em Apple Hill. Congestionamento na freeway, congestionamente na estradinha que leva aos pomares, dificuldade para estacionar, gentarada saindo pelo ladrão, familias e mais famílias com crianças, pais, avós, bisavós, querendo desfrutar as atividades promovidas pelas fazendas. E que atividades minha gente: correr por pumpkin paths fajutos, andar de cavalo [detesto, detesto essas coisas envolvendo animais], pagar ingresso para brincadeiras de quermesse, ficar horas na fila para tudo, inclusive para comer as mil e uma sobremesas feitas com maçã. No pomar que paramos, eles vendiam de tudo—tortas congeladas de maçã, vinho de maçã, suco de maçã, descascador de macã, e muitas maçãs, é claro. Fomos procurar algo para comer de almoço. O menu maravilhoso de hamburguer, hot dog, corn dog, chili dog, fritas, e eteceterá me desanimou. Mais desânimo quando vi o cartaz na janelinha da venda—espera de 30 a 45 minutos. Esperar tudo isso pra comer um monte de fritura? O Uriel se colocou na fila dos doces de maçã e comprou donuts, tortas, dumplings. Depois pegamos a estradinha congestionada novamente, pra tentar achar um restaurante. No meio de uma floresta de pinheiros achamos um pub inglês que servia todos aqueles pratos típicos, misturados aos norte-americanos, nada que entusiasmasse. Pedimos um rango mesmo assim e saímos de lá frustrados e desapontados. Fomos até o fim da estrada que corta Apple Hill e pegamos a freeway novamente, dando de encontro com outro congestionamento. Nesse ponto meus nervos já estavam em frangalhos e o Uriel decidiu parar em Placerville, que é uma cidadezinha histórica da corrida do ouro, com um ponto de interesse peculiar—um bar que foi construído no local onde ficava uma árvore onde se enforcavam criminosos, bem no estilo old wild west. Uma coisa fantasmagórica e deprimente. A cidade, que já visitamos duzentas e trinta e sete vezes, é bem bonitinha, com um bar a cada metro e muitas lojas de antiguidade. Eu me diverti nas lojinhas, bebemos suco de maçã, café e fomos embora. Que total desperdício de um belo domingo!

This is GOOD stuff!

Toda vez que come a minha comida, ela exclama com seu pesadíssimo sotaque de norueguesa—this is GOOD stuff! Ela nasceu no pós-guerra e cresceu num país pobre, onde o treat de Natal era uma maçã. A Noruega não foi rica até a década de 70, quando descobriram que o país tinha óleo e então tudo mudou. Mas no tempo dela as coisas eram diferentes. O pai tinha uma padaria, onde ela aprendeu a fazer contas e administrar orçamentos. Assim ela cresceu, com aquela noção de conservar, juntar, economizar, guardar a água que cozinhou as batatas pra fazer sopa, fazer caldo com os ossos que sobraram do frango assado. Bem diferente de como eu fui criada, com fartura, sem poupança, minha mãe ajudando os pobres invés de guardar dinheiro pra comprar casa na praia, meu pai dizendo mais vale um gosto que um tostão no bolso, num lugar rico em agricultura, com frutas e legumes abundantes, muito solo, muita água, o slogam do país do futuro. Eu nunca pensei em imigrar. Aconteceu. Ela decidiu e imigrou sozinha, ainda bem jovem, em busca do sonho na América. Hoje somos meio família e quando eu cozinho ela comenta bem alto—this is GOOD stuff! Porque realmente é. Ela é quantidade, estoque de lataria na garagem, compras em bulk no Costco. Eu sou qualidade, bons ingredientes escolhidos à dedo para alegrar o paladar. A comida dela é okay, mas a minha—sem falsa modéstia, é realmente GOOD STUFF!

essa que sou eu

Vou ao banheiro muitas vezes durante o dia. Indo ou voltando, penso na maioria das coisas que escrevo aqui. Vou porque bebo muita água. E faço caretas, espirro, limpo o nariz, cruzo as pernas, suspiro, bocejo e bufo. Isso herdei do meu pai. Quando estou concentrada em algo que não está dando certo, eu bufo. Depois que me toco que tem gente em volta, vendo e ouvindo minhas bufadas. Estou zumbi porque não dormi muito bem. Sonhei, acordei, chorei, fiquei com uma cara de pinguça. Tive uma senhora dor de cabeça. Vesti um macacão jeans e uma blusa branca, porque ouvi alguém dizer que um blues man se vestia assim, todo dia. Eu não sou um blues man, mas gosto de pensar que sou. Estou preocupada, eu sou assim, me preocupo e sofro por antecedência, fico nervosa, estressada, me acabo. Depois tudo dá certo, ou nada acontece e eu fico com aquela cara abestalhada, sorrindo com todos os meus dentões. E choro de alivio, de alegria. Mas sempre choro, disso eu não escapo. E esquento a moringa, me chateio. O dia nublou quando eu fiquei sabendo da morte do cachorro. Nada escapa, nada passa batido. Sou preguiçosa. Queria ter aquele pique de atleta, correr uma maratona, escalar uma montanha, esquiar. E saber fazer analises, me meter a escrever uma tese de doutorado, mas isso não seria uma boa idéia pois às vezes me arrependo ou tenho vergonha do que escrevo. E sou impaciente e imediatista, quero tudo agora, escrever agora, publicar agora, ler agora, fazer agora, chegar agora, acabar agora.

o dia da virada

No dia 24 de maio de 1976 o inglês Steven Spurrier, um distribuidor internacional de vinhos, organizou uma degustação com olhos vendados de vinhos franceses e californianos. Ele estava muito interessado em conhecer mais os vinhos que estavam sendo produzidos na América e descobrir se eles tinham a mesma qualidade que os melhores do mundo. Os vinhos franceses servidos nesse evento foram os red Bordeaux e os white Burgundies que competiam contra os Cabernet Sauvignons e Chardonnays da Califórnia. Os juizes convocados para esse dia, todos franceses com credenciais profissionais impecáveis, estavam absolutamente certos da superioridade do vinho francês. Enquanto degustavam, faziam comentários jocosos como—esse só pode ser californiano, pois não tem buquê. E faziam elogios rasgados aos vinhos que pensavam ser franceses. Para a surpresa geral, quando o resultado foi revelado, os vinhos criticados como californianos eram franceses e os elogiados como sendo franceses eram californianos. Não só isso, mas os melhores vinhos escolhidos pelos juízes eram os da Califórnia. O resultado provou que os vinhos da Califórnia eram tão bons quanto os da França. Armou-se um forrobodó! Conta-se que os juizes tiveram peripaques histéricos. Mas tarde, um dos vinicultores californianos recebeu cartas iradas de produtores franceses dizendo que o resultado da degustação foi apenas um acaso de sorte, pois “todo mundo sabe que os vinhos franceses são e sempre serão melhores que os californianos”. Os jornais Le Figaro e Le Monde publicaram pequenas notas sobre o evento meses depois, declarando que o resultado não poderia ser levado à sério. Defensores dos franceses argumentaram que seus vinhos envelheceriam melhor que os concorrentes e outras degustações com olhos vendados foram feitas ao longo dos anos, sempre com os mesmos resultados, os californianos na frente. O episódio de maio de setenta e seis ficou conhecido como o Julgamento de Paris e mudou a mentalidade da comunidade enóloga, derrubando o grande mito de que o único vinho realmente bom era o produzido em território francês. A Califórnia fez bonito e brilhou, nessa mais que incrível virada, totalmente luxo, poder e cobiça. Essa foi sem dúvida a melhor história que eu li nos últimos tempos.

fatos históricos que adoramos aprender

O restaurante Chez Panisse em Berkeley, Califórnia, serviu o seu primeiro jantar inaugural em 28 de agosto de 1971. O menu único teve pâté en croûte como entrada, canard aux olives e uma salada como prato principal, uma torta de ameixas de sobremesa e café. O preço, também fixo, era de $3.95. Alice Waters ainda estava martelando um tapete na escada quando os primeiros comensais começaram a chegar. Eram na maioria amigos e ela os recepcionou naquele dia usando um vestido antigo de renda beige. Um enorme vaso com flores decorava a entrada. Cinco garçons passaram a noite trombando entre si, enquanto tentavam servir os clientes jantando no pequeno salão, com poucas mesas arranjadas com toalhas xadrez de vermelho e branco, louça e talheres de segunda-mão descombinados. Os vinhos servidos naquela noite foram Mondavi Fumé Blanc, Mondavi Gamay e um Sauternes, Château Suduiraut, vendido por copo. A caótica cozinha foi comandada pela chef Victoria Kroyer. Antes de ser contratada por Alice, Victoria fazia pós-graduação em filosofia na UC Berkeley e nunca tinha trabalhado num restaurante. Sua única experiencia com culinária era os jantares que ela preparava na sua própria cozinha. No final da noite, 120 refeições foram servidas, nem todas foram pagas. Clientes aguardavam na calçada, quando Alice avisou—desculpem, mas não temos mais comida, voltem amanhã. Faltou talheres e no dia seguinte Alice percorreu todos os flea markets da cidade, buscando por mais talheres antigos e o número de garçons baixou para três, o que tornou o serviço mais eficiente. O nome Chez Panisse foi uma homenagem ao personagem Honoré Panisse da trilogia Marius, Fanny, and César do diretor francês Marcel Pagnol, de quem Alice era fanzoca.

a peste do dia

“This summer has been a tough one for us in the pest department… and not just arthropods and diseases! We continue chasing off wild turkeys (that have decimated our second melon planting and have turned their eyes on our cucumbers!) and setting out have-a-heart traps for the jackrabbits that keep sneaking in under our fence. Aside from these crop-munchers, there is always the odd crow or ground squirrel that decides to chew a hole in our irrigation lines. Alas, this is life on an organic farm, and as a CSA subscriber you can feel good about what both you *and* those little critters are putting in your bodies!”

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perus selvagens, uma das pragas que atacam a horta da minha amiga Alison

A cartinha da cesta orgânica desta semana me fez sorrir nervosamente, pois agora eu sei que as pestes na agricultura abrangem muito mais espécies do que eu podia imaginar. Pra falar a verdade, antes de eu ter uma horta eu nem pensava em pestes ou se pensava era uma concepção tão remota, só de ouvir falar, naquele papo dos horríveis agrotóxicos. Mas eu lembro de sempre dizer com muita determinação e empáfia que eu preferia as minhas verduras com furos ou presença física de bichos [escrotos] do que pulverizada por químicos e venenos. Mas na verdade eu nunca tinha tido muito contato com as pragas e outros miserês agrícolas até então. Claro que os bichos que chegavam com os legumes e verduras da cesta assustavam, mas não me davam raiva. Ter uma praga destruindo a sua horta dá raiva e dá vontade de aniquilar tudo sem dó, rápido e de qualquer jeito—com spray desintegrante, veneno cancerigeno, pó fumegante, bomba de gás, maçarico flamejante, energia nuclear. Foi isso que eu senti quando vi o meu quintal todo esburacado por um gopher no final de um inverno. Fui atrás de uma solução e fui instruída por experts a comprar umas bombas de gás e enterrá-las acesas dentro dos túneis cavocados pelos gophers. Comprei os tubinhos mortíferos movida pelo ódio, mas não tive coragem de implementar o plano assassino. Não sei que fim teve o gopher de olhinhos sapecas. Se ele morreu, foi por qualquer outro motivo alheio à minha vontade. Praga de pensamento cármico, talvez, mas minhas mãos não se sujaram com sangue inocente e minha consciência está tranquila.

Meu trabalho no IPM também contribuiu muito para me abrir os olhos, não só para a quantidade quase incomensurável de pragas nojentas dos mais diversos tipos, mas também para as pragas fofinhas. Não são somente vermes, insetos, ácaros, cracas, doenças, pulgões, lesmas, ratazanas, aracnídeos, répteis rastejantes e ervas daninhas de diferentes procedências, que atacam como uma invasão enlouquecida de entidades devoradoras as nossas frutas, legumes e verduras. Há também o esquadrão das pragas bonitinhas. A descoberta de que coelhinhos, passarinhos, esquilinhos, veadinhos e outros bichinhos fofos podem ser realmente do mal foi um grande choque.

Ainda é muito duro pra mim encarar esses bichos realmente bonitos como inimigos. Mas já estou me acostumando a olhar aquela fauna de filme da Disney com olhos mais suspeitos e tenho certeza absoluta que não quero a visita de um esquilo ou de um coelhinho no meu quintal.

stuck outside of mobile with the memphis blues again

Meus gatos são indoors, isto é, eles não saem na rua. Nem mesmo no quintal. Os motivos são basicamente segurança e saúde. Gatos indoors são mais limpos e mais saudáveis, vivem mais anos. O Misty não pode sair também porque ele é um gato indefeso—ele foi “declawed”, teve suas garras removidas cirurgicamente pelo seu primeiro dono. Essa prática, considerada cruel na maior parte do mundo, ainda é feita aqui com a maior naturalidade. O Roux não pode sair porque ele é uma criatura esbaforida e não é muito inteligente. Ele é imaturo e meio bobo, um amoreco total, mas tem suas limitações. Quando eu o adotei, tive que prometer que não iria deixá-lo sair. Estou cumprindo como posso. Mas ele é um gato e é curioso. Se der mole, ele casca fora.
Sexta-feira é dia de faxina na minha casa. O pessoal da limpeza já foi avisado desde o primeiro dia, que os gatos não podem sair. Mas ontem algo aconteceu. Cheguei em casa às 5 pm e fui primeiro checar a limpeza, pois eu sou bem chatonilda e olho tudo nos micro-detalhes. Liguei a máquina de lavar roupa, falei olá pro Misty, que sempre vem me recepcionar e só depois de uns quinze minutos que parei em frente a porta de vidro que dá para o quintal e vi um gato familiar trancado do lado de fora, todo assustado, encolhido, com os pelos sujos de folhagem. Era o Roux!

Alguém deixou ele sair. Com certeza foram varrer o quintal e deixaram a porta aberta e ele, enxerido que só, escapuliu. Foi muita sorte ele não ter saído pra rua, pois atrás da minha casa tem um shopping center super movimentado. E também foi sorte ele não ter pulado a cerca, pois meus dois vizinhos têm cachorros. Baita susto! Esse Roux….