
São poucas as chances de eu ser pega no flagra com a mão na lata de biscoitos, porque não sou uma cookie person—nem pra comer, nem pra fazer. Mas um dia uma receita tentadora aparece para me convencer a colocar as mãos na massa. E esses nem são biscoitinhos doces, como a maioria. São bolachinhas de queijo para comer como aperitivo, acompanhadas de uma bebidinha, só para abrir o apetite. São facilimos de fazer, a massa é muito maleável e o único trabalho é cortar e colocar a geléia. Usei uma caseira, que tinha feito com figos frescos no final do verão. Pode-se usar também uma marmelada ou geléia de pera.
faz 3 dúzias
1 xícara de farinha de trigo
113 gr [8 colheres sopa] de manteiga em temperatura ambiente
113 gr [8 colheres sopa] de queijo azul [ou gorgonzola]
Pimenta do reino moída na hora
Geléia de figo
Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Forre duas assadeiras com papel vegetal [parchment paper]. Coloque a farinha, a manteiga, o queijo e pimenta do reino moída a gosto no processador de alimentos. Pulse até obter uma massa levemente grudenta. Coloque a massa num superfície bem enfarinhada e amasse até ficar uma massa bem firme a macia pra abrir. Abra com um rolo e corte em rodelinhas de 3 cm. Coloque as rodelinhas nas assadeiras forradas e com a base da colher medidora de 1/2 colher de chá ou com o dedo, aperte o centro para formar uma depressão. Coloque 1/4 de colher de chá de geléia de figo na depressão no centro das bolachinhas. Leve ao forno e asse por 15 minutos. Remova do forno, deixe esfriar bem. Para guardar, use uma lata ou pote com tampa e coloque as bolachinhas em camadas intercaladas por folhas de papel vegetal.














figos em três bancas diferentes no Farmers Market. Numa delas, vendo figos e mais figos empilhados na minha cestinha, a mocinha vendedora comentou desoladamente—ah, você já comprou figos? E eu heróicamente resolvi levar mais duas cestinhas dela, pra não fazer desfeita, nem causar constrangimentos, usando uma justificação perfeita—vou fazer geléia. E foi o que fiz, não só porque queria mesmo fazer uma geléia, mas porque precisei fazer a tal geléia para não desperdiçar tanta fruta deliciosa. Não lembro exatamente se cozinhei os figos com limão ou com baunilha, só sei que rendeu bastante e um pote da geléia de figo ainda estava na geladeira enquanto eu arrumava as malas para viajar para o Brasil em outubro. Como nunca nessa vida eu iria correr o risco de deixar uma geléia caseira feita com figos frescos e orgânicos acabasse criando mofo dentro da geladeira, passei rapidamente o pote para o freezer. Viajei e esqueci.






