bolo de romã

 

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No mês passado o Uriel trouxe da fazenda de pistachos seis romãs gigantes. Essa fazenda produz romãs exclusivas para exportação, elas vão para o Japão provavelmente dentro de saquinhos de veludo e devem custar por lá o seu peso em ouro. Mas elas são lindas e perfeitas! O cara da fazenda avisou o Uriel que elas já estavam ótimas para consumo. Eu dei uma para uma amiga, abri outra que comi sozinhas devorando as sementes com a colher—e desta vez não encontrei nenhuma surpresa!

Estava pensando no que fazer com tanta romã, ainda mais que também tem chegado romãzinhas singelas, as primas pobres das romãzonas bacanudas, na cesta orgânica. Estava pensando em fazer uma panna cotta, quando cruzei com esta receita. Assim foi. Abri uma romã gigante, fiz o bolo e e ainda sobrou muitas sementes para eu levar de snack no trabalho. O bolo ficou no mínimo o máximo!

Pomegranate Pound Cake
3/4 xícara de açúcar
6 colheres de sopa de manteiga na temperatura ambiente
2 ovos caipiras grandes
1 clara de ovo
3/4 xícara de buttermilk
2 colheres de chá de raspas de limão
2 colheres de chá de extrato de baunilha
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 1/2 xícaras de farinha de trigo
1/4 colher de chá de sal
3/4 xícara de sementes de romã
Manteiga para untar a forma

Pré-aqueça o forno em 350°F/ 176ºC. Na batedeira bata em velocidade de média para alta a manteiga com o açúcar até ficar bem misturado. Adicione os ovos e a clara um de cada vez, batando sempre. Numa vasilha misture o buttermilk com as raspas de limão, a baunilha e o bicarbonato de sódio. Numa outra vasilha misture a farinha e o sal e bata com o batedor de arame. Vá colocando alternadamente a mistura de buttermilk e a de farinha na batedeira, até formar uma massa lisa. Desligue, adicione as sementes de romã, misture com uma espátula e coloque numa forma média untada. Asse por uma hora, até que o bolo fique firme e dourado. Retire do forno e deixe esfriar antes de desenformar.

sopa de berinjela e tomate

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No domingo eu empilhei várias berinjelas, pimentões e pimentas numa vasilha imensa e pedi para o Uriel tostar na churrasqueira. Essa foi a única maneira que encontrei de tentar salvar os tais legumes que acumulavam na geladeira. Quando ele trouxe a vasilha de volta cheia dos tais legumes chamuscados, despelei tudo e guardei em containers na geladeira. Por isso pude facilmente fazer uma sopa na segunda-feira, com a polpa da berinjela assada. Procurei por receitas de sopa de berinjela e a maioria que encontrei levava tomate. Os tomates ainda estão chegando na cesta orgânica, mas não têm mais nem a sombra da beleza, sabor e exuberância que exibem durante o verão, pois chegam queimados pelas temperaturas baixas das noites frias de outono. Esses tomates só servem para molho, não dão mais pra serem comidos crus. Então bati alguns tomates feiosos no liquidificador com um pouco de água e depois passei pela peneira. Voltei o purê para o copo do liquidificador e acrescentei a polpa de duas berinjelas pequenas assadas. Bati bem. Numa panela fritei uns três dentes de alho picadinhos num tantinho de azeite. Acrescentei a mistura batida de tomate e berinjela, adicionei uma pitada cuidadosa de pimenta chipotle—a jalapeño seca e defumada. Salguei a gosto. Deixei ferver, desliguei o fogo e servi logo em seguida.

e agora são oito

Eu gosto de marcar datas, especialmente para poder ter alguma referência e poder relembrar e recontar quando a memória começar a falhar. O marco importante que quero frisar hoje é que completo oito anos escrevendo blogs ininterruptamente. Oito anos de textos diários sobre a vida, sobre comida, filmes, música, gentes, gatos, meu cotidiano aqui nas terras californianas, como também pequenas e grandes viagens.
Quando eu comecei minhas blogagens, os blogs não eram conhecidos, muito menos populares. Meu e-mail chegava nas caixas dos meus amigos com a assinatura que eu uso até hoje [leia o meu pensamento] e os que iam lá checar o que os meus pensamentos poderiam ser, voltavam encantados e entusiasmados. O meu primeiro blog, The Chatterbox, foi mãe de muitos blogs nos primórdios da blogolândia, assim como o Chucrute com Salsicha também acabou sendo mãe de alguns blogs de culinária.
Eu e o meu The Chatterbox saimos em muitas reportagens sobre blogs em quase todos os jornais e revistas brasileiros. Estávamos lá nos primeiros relatos, que acabaram dando inicio à febre blogueira que se alastrou pela internet no inicio deste novo século. Era muito engraçado ganhar aquele tipo de destaque, já que eu estava apenas escrevinhando os meus pensamentos sobre o meu cotidiano e sobre a vida. E é isso que venho fazendo até hoje. São três blogs ativos, oito anos de vida, muitos textos, muitas fotos, informação à beça que já dá pra fazer de arquivo da memória, somado à muitos amigos, muitos encontros e alguns desencontros, pois eles também fazem parte. A soma dos oito é extremamente lucrativa, pois desde o inicio que eu tinha absolutamente certeza de ter encontrado a mídia perfeita para por em prática o que eu sempre quis fazer: escrever para quem quiser me ler.

bacalhau a Califórnia

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O bacalhau é canadense, que foi desalgado de molho na água com duas trocas por 24 horas, depois cozido no leite. O resto são os ingredientes básicos de uma bacalhoada, com o detalhe significante de ser tudo californiano—local e orgânico. As batatas novas, daquelas com a casca finíssima quase um papel de seda e as echalotas [shallots] compradas no Farmers Market de um fazendeiro da região. As azeitonas verdes vieram de Sonoma e o azeite maravilhoso veio de Corning, no Tehama county. As batatas foram pré-cozidas e para montar a bacalhoada foi só regar o fundo de um refratário com azeite, deitar uma camada de batata cozida cortada em rodelas, outra camada do bacalhau em pedaços grandes, uma camada das echalotas cortadas em fatias finas, muitas azeitonas, outra camada de batata, regar com bastante azeite e colocar em forno médio por uns 20 minutos.

dutch baby [com pêras]

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A dutch baby é uma panquecazona alemã que é um coringa nas minhas noites de domingo. Ela é fácil e rápida de fazer, e fica deliciosa. Eu faço sempre que não tenho nenhuma gostosura para o nosso lanchinho de encerramento do final de semana e não estou nos ânimos de fazer nada mais demorado. A dutch baby fica pronta num piscar de olhos. Desta vez eu inovei fazendo com fruta no meio da massa e ficou muito bom. Essa receita serve muito bem duas pessoas com fome.

3 ovos caipiras
3/4 xícara de leite integral
3/4 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de extrato de baunilha
2 colheres de sopa de manteiga
2 pêras
1 colher de sopa de açúcar baunilhado
Açúcar de confeiteiro para decorar

Pré-aqueça o forno em 425ºF / 220ºC. Numa frigideira de preferência de ferro e que possa ir ao forno, derreta duas colheres de manteiga. Coloque as pêras cortadas em cubinhos e refogue na manteiga. Acrescente uma colher de açúcar baunilhado. Enquanto isso bata no liquidificador os três ovos em velocidade máxima, Acrescente o leite, sempre batendo. Desligue, acrescente a farinha e ligue novamente em velocidade máxima. Por último coloque o extrato de baunilha. Quando as pêras estiverem douradas, desligue o fogo, jogue a massa batida por cima e leve ao forno. Asse por uns 20 minutos, ou até a massa crescer e ficar dourada. Retire do forno e polvilhe com açúcar de confeiteiro. Sirva em seguida.