a-haaaaaa!!

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Finalmente consegui fotografar a meliante invasora! A lebrezinha que está morando no meu quintal. Ontem ela estava impossível, saracotiando e correndo pra lá e prá cá aos pinotes, até que chegou relativamente perto da porta e eu consegui fazer esses cliques. Nós achamos que ela já cresceu um pouquinho. Mas vejam as orelhonas transparentes, as patinhas pernalongas e o rabinho de pom-pom, fora os olhinhos tão meiguinhos. Apesar dela ser considerada uma praguinha, me amolece totalmente o coração a visão desse bichinho tão fofinho, que com certeza deve ter se perdido da mãe.

bean thread noodle salad

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Aprendi a fazer essa salada com o macarrão de feijão—bean thread noodle—há muitos anos. Só não lembro onde, nem quando. Nessas horas é que se vê a importância de se manter um blog, com tudo registrado e arquivado.

Esse é um prato ótimo para dias quentes, mas nada impede que se faça também em dias frios. Eu prefiro saborear essa salada bem fria, então gosto de fazer com antecedência.

Colocar o macarrão de feijão na água fervente, para amolecê-lo. Esse macarrãozinho não precisa ser cozido, só amolecido. Ele é branco e fica bem transparente, como o macarrão de arroz. Quando o macarrão já estiver molinho, junte à água quente onde ele está imerso, um punhado de brotos de feijão—moyashi. Isso é para o moyashi ficar levemente cozido, sem perder a crocância. Escorra o macarrão e o moyashi, coloque numa saladeira, junte bastante deep fried tofu picado em cubinhos e bastante coentro fresco. Tempere com molho de soja—shoyo, azeite e pingos de óleo de gergelim. Misturar bem, o molho de soja vai fazer o macarrão ficar mais escuro. Deixe esfriar ou coloque para gelar, e sirva.

uma herança de família

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Fotografia pra mim não é hobby, é simplesmente vida. Influenciada pelo meu pai, sempre tive fascinação por essa mídia. E ele foi meu guru, que me mostrou o caminho, quase sempre pelo exemplo. A vida toda vi meu pai fotografando. Também fui objeto da mira das suas câmeras. Meu pai passou toda a vida clicando muitas fotos, da minha mãe—sua musa e modelo favorita, dos filhos, das pessoas, das paisagens, das coisas. Meu pai sempre teve um laboratório fotográfico no fundo da casa. Hoje ele está desmontado, mas durante a minha infância, eu via ele entrar naquele quartinho para ficar horas lá dentro e emergir cheirando aos produtos químicos que usava para fazer seus experimentos com revelação. Entrar naquele quartinho, para ficar olhando todas as fotos e também desenhos e pinturas que ele fazia lá dentro, era o ponto máximo da felicidade pra mim. Eu entrava quando ele permitia, o que não era muito frequente. E entrava sorrateiramente, roubando a chave, quando ele não estava. Quando eu entrava lá sozinha e podia mexer em TUDO—tomando o devido cuidado de não deixar rastros da minha presença, me dava até cólicas de borboletas, pois estar lá era uma delicia, olhar as fotos que estavam secando no varal, os negativos pendurados, as fotos empilhadas, fotos que eu não tinha nem visto ele tirar, coisas diferentes, bacanas, artisticas. Entrar no laboratório do meu pai foi meu prazer proibido por muitos anos.

Um dia, já adolescente, ele me sentou no sofá, talvez percebendo o meu interesse anormal pela fotografia e disse—se você quer tirar fotos, tem que aprender o básico. E me ensinou a teoria sobre abertura, luz, velocidade, lentes, eteceterá. Eu esqueci tudo, obviamente, mas nunca esqueci da alegria que senti tendo meu pai ali, dividindo um pouco da paixão dele comigo.

Eu não lembro exatamente quando comecei a fotografar, mas foi com aquelas câmeras vagabas da Kodak. Depois ganhei uma câmera boa, e depois outra. Todas foram presentes do meu pai. Agora com as digitais, o céu é o limite para a nossa habilidade e criatividade. Meu pai já não fotografa mais, mas ele me elogia e me critica. Outro dia me deu uma bronca pelo telefone—você tira umas fotos muito próximas do objeto, a gente não consegue nem identificar o que é que você está querendo mostrar! Critica anotada, estou sempre querendo melhorar, afinal essa é a meta para tudo na vida, não é mesmo?

óleos especiais

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Esses oleos são, sem sombra de dúvida, o fino da bossa! Produzidos em Woodland, minha cidade vizinha, eles são feitos com os melhores ingredientes, já que esta região onde estamos está abarrotada de pomares de amêndoas, nozes, pistachos. Da linha de óleos do La Tourangelle eu tenho o de avelãs, o de abacate e o de nozes, que na minha opinião é o melhor—com aroma e sabor contagiantes. Minha próxima aquisição será o de pistacho.
Usar esses óleos não requer grande esforço. Qualquer saladinha vira superstar com um molhinho preparado com eles. O de nozes fica ótimo com beterraba ou abóbora assada, o de abacate ficou delightful na abobrinha cortada em fatias fininhas e misturado com limão e flor de sal. O de avelãs também deixou a abobrinha fazer bonito outro dia. Ficam bons com tomate, feijões, rabanetes, brócolis. Na verdade, o céu é o limite para o que se pode fazer com esses magnificos óleos. E eu quero ir testando todas as possibilidades.

gelado de banana & pecan

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Com esse sorvete eu provei que é possível fazer uma coisa assim, gostosa e simples, até naqueles dias em que a sua cabeça está completamente nublada e você acha que não vai conseguir nem mesmo cortar um tomate ou fazer um café com leite.

Duas bananas, um pouco de mel—porque essa fruta já é bem doce, 1 xícara de creme de leite fresco, 1/2 xícara de leite integral. Bater tudo no liquidificador. Juntar um punhado de pecans torradas na frigideira ou forno. Deixe as pecans esfriar bem e quebre-as com as mãos. Junte ao creme de banana. Coloque tudo na sorveteira.
Usei as pecans, porque já tinha feito o sorvete de banana antes e queria mudar um pouco. As pecans torradas ficam muito mais aromáticas que as cruas e combinam muito bem com a banana.

sábado é dia de…

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As minhas mais remotas lembranças dos jantares de sábado sempre me remetem para a pizza. Raramente tínhamos um menu diferente neste dia. A presença da pizza era absoluta, sempre de mozarela e aliche/anchova. A empregada deixava a massa pronta, semi-assada. Minha mãe preparava rapidinho um molho simples com alho, tomates e orégano. Meu pai gostava da pizza com aliche e sempre dizia—pizza tem que ser de mozarela e aliche! Foi assim que eu cresci, comendo pizza todo sábado. E quando casei, trouxe essa tradição comigo. Portanto, a pizza continua a estrela dos sábados à noite na minha casa. Durante todos esses anos tentei replicar a pizza da minha mãe, às vezes com sucesso, outras vezes não. Já fiz pizzas ótimas, já fiz pizzas meia-boca. Tentei todo tipo de massa, variei aqui e ali no molho, saí um pouco dos parâmetros estabelecidos pelo meu pai, inovando nas coberturas. Também já comprei muita pizza pronta nos dias de preguiça e meu veredito nesses anos todos, especialmente com relação à pizza norte-americana, é que não existe pizza melhor que aquela da minha infância.

Uma boa receita de massa de pizza que sempre dá certo, é essa da Heleninha Kostyra que a Paula também fez e gostou.

O meu molho é bem básico, mas fica sempre muito bom. Refogue alho picadinho a gosto em bastante azeite. Junte tomates frescos picados, ou molho de tomate feito com tomates cozidos, ou tomate em lata picado—esse item pode ser adaptado conforme a estação. Eu não me incomodo do molho ter pele e sementes, mas se você se incomodar é só passar tudo na peneira ou no food mill antes de refogar. Junte orégano fresco ou seco, sal e pimenta do reino moída a gosto, deixe engrossar por uns minutos e então use, espalhando sobre a massa que foi pré-assada, uns dez minutos no forno, só pra ela firmar—eu acho que isso ajuda na crocância final. Depois monte a pizza, com bastante mozarela e a cobertura que quiser. A minha é sempre azeitonas pretas e quando é temporada, rodelas de tomates frescos e orgânicos.