outro pão de mel

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No dia seguinte à comilança de thanksgiving me deu uma vontade de comer pão de mel. Como essas são chances de testar novas receitas, saí em busca de outra ideia, mas que fosse bem fácil de fazer. Rodei por muitos sites de receitas brasileiros e encontrei inúmeras versões de receitas de pão de mel, muitas levando leite condensado [e nenhum mel] e até uma que levava maionese [argh!]. Finalmente achei essa bem simples e com todos os ingredientes que eu queria no site Tudo Gostoso. Só diminuí o açúcar porque achei que duas xícaras mais o mel iria ser demais para o nosso paladar.

2 xícaras de leite integral
3/4 de xícara de mel puro
2 xícaras de açúcar mascavo [*diminuí para 1 xícara]
2 colheres sopa de margarina
2 ovos caipiras
2 colheres chá de canela em pó
1 colher chá de cravo moído
1 colher chá de gengibre em pó
3 xícaras de farinha de trigo
2 colheres chá de bicarbonato de sódio

Bata todos os ingredientes no liquidificador, menos o bicarbonato. Untecom manteiga e polvilhe com farinha de trigo 30 forminhas [* usei uma assadeira grande retangular]. Junte o bicarbonato na massa e ligue o liquidificador só para misturar. Despejar a massa nas forminhas ou assadeira e levar ao forno pré-aquecido em 356ºF/ 180ºC por 25 minutos. Se quiser recheie com doce de leite e banhe cada um com chocolate derretido. Eu não quis.

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Este foi o primeiro jantar de Thanksgiving completo que fiz sem substituir o peru por bacalhau e convidando amigos, não só improvisando algo para a minha micro família. É trabalhoso cozinhar um cardápio com tantos ítens, mas com a ajuda do meu atencioso marido que deu duas mãos nas preparações e na limpeza, correu tudo relativamente bem. Aproveitamos muito o dia na companhia do Gabriel e dos nossos amigos Leila, Peter e Christopher. E o jantar ficou muito bom. Fiz cranberry sauce, batata doce caramelizada, batata roxa cozida, farofa de milho, farro com cogumelos e espinafre, purê de batata, salada de folhas verdes com laranja e romã e o imprescindível peru, que foi marinado no vinha d’alho coberto com fatias de bacon e assado coberto por quase quatro horas. Para beber vinho petite sirah local e prosecco. De sobremesa, gelatina de cranberry e maple, cheesecake de abóbora e chocolate e torta de maçã feita pela Leila com as maçãs colhidas pelo Christopher. Estava tudo uma delícia. Many thanks e vamos repetir essa festa no próximo ano.

bolinho de peixe
com alcaparras

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Mais outra receita do livro Jerusalem da dupla Ottolenghi—Tamimi. Desculpem minha obsessão, mas por enquanto só temos isso por aqui, delicias do oriente médio. Fiz esses bolinhos com filés de rockfish e servi como mandou a receita, acompanhados da berinjela queimada e pedacinhos de limão em conserva [que pode ser feito facilmente em casa, usando essa simples receita].

400 gr de filé de peixe branco, sem pele e sem osso
30 gr de farinha de rosca
1/2 um ovo caipira médio, batido
20 gr de alcaparras picadas
20 gr de endro [dill] picado
2 cebolinhas, finamente picadas
raspas da casca e suco de 1 limão
1/3 colher de chá de cominho em pó
1/2 colher de chá de açafrão em pó
1/2 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de pimenta branca

Corte o peixe em fatias muito finas e depois corte-as em pedacinhos bem pequenos e coloque em uma tigela média. Adicione os ingredientes restantes e misture bem com as mãos. Molde os bolinhos com a mão molhada, arrume em um prato, cubra com filme plástico e deixe na geladeira por pelo menos 30 minutos. Coloque uma pequena quantidade de óleo em uma frigideira formando uma camada bem fina. Em fogo médio frite os bolinhos de 4-6 minutos para cada lado. Remova da frigideira, coloque num prato ou travessa e sirva acompanhado de uma porção de berinjela queimada, pedacinhos de limão em conserva e iogurte grego, se quiser.

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berinjela queimada

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Essa receita de pasta de berinjela assada não é nenhuma novidade e eu mesma faço algumas variações dela, como esta aqui que foi publicada anos atrás e que é sempre apreciada. Mas esta é do Yotam Ottolenghi e por isso tem um carimbo de autenticidade, sem falar que também fica uma delicia.

2 berinjelas
2 dentes de alho picados
Raspas da casca e suco de um limão
3 colher de sopa de azeite de oliva
4 colheres de sopa de salsinha picada
2 colheres de sopa de folhas de hortelã picada
Sementes de romã
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto

Queime as berinjelas na chama do fogão ou grelhe no forno ou churrasqueira, até a casca ficar queimada. Pode remover o cabinho e fazer furos na casca da berinjela antes de queimar. Deixe esfriar bem e remova toda a casca queimada. Coloque a polpa cozida numa vasilha e amasse bem com um garfo. Adicione 2 colheres de sopa de limão e deixe escorrendo numa peneira fina por uma hora [*eu deixei menos tempo]. Adicione o restante dos ingredientes, incluindo mais uma colher de sopa de suco de limão. Misture tudo muito bem, ajuste o sal se precisar e leve à geladeira até servir.

torta de batata-doce & cebola

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Vi essa receita na versão pra iPad da revista Everyday Food. E vi melhor, porque assisti ao vídeo mostrando como ela era realmente fácil de fazer. A versão da revista usava o parsnip—uma raiz que é prima da mandioquinha. Eu fiz com o parsnip e como sobrou um disco de massa de torta, refiz usando batata-doce e achei que ficou ainda melhor. Foi a minha favorita. Você pode tentar com os dois ingredientes e depois decidir com qual deles ficou melhor.

2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 cebola grande cortada em rodelas
1/2 colher de chá de açúcar [*usei mascavo]
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
Raminhos de tomilho fresco
3 batata-doces médias, descascadas e cortadas em rodelas
1 folha de massa de torta [*usei uma ótima da marca French Picnic]

Pré-aqueça o forno a 400°F/ 205ºC. Coloque o azeite numa frigideira grande de uns 22 cm e aqueça em fogo médio-alto. Adicione a cebola, o tomilho, o açúcar e cozinhe até a cebola ficar macia, por cerca de 8 minutos. Tempere com sal e pimenta a gosto. Reduza o fogo para médio e espalhe a cebola uniformemente na frigideira. Adicione as batata-doces numa camada única e cozinhe com a frigideira tampada por uns 8 minutos, até a batata ficar molinha.

Numa superfície levemente enfarinhada, corte a massa numa rodela de 22 cm [ou do mesmo tamanho da frigideira que estiver usando] Coloque a rodela de massa sobre a frigideira com as camadas de cebola e batata. Aperte a massa com o dedo para fechar nas bordas da frigideira e leve ao forno por uns 20 minutos ou até a massa ficar bem dourada. Remova do forno, deixe esfriar bem e então inverta [com cuidado!] numa travessa ou prato redondo grande. Sirva morna ou fria acompanhada de uma salada de folhas verdes.

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Littorai — Forchetta Bastoni

Qualquer convite dos amigos Hegui & Stevie é sempre certeza que vamos nos divertir na companhia deles e descobrir lugares super bacanas, beber bons vinhos e conversar muitos assuntos. Desta vez fomos à um wine tasting na vinícola Littorai, perto de Sebastopol no Sonoma County. Foi a nossa primeira vez, mas o Hegui e o Stevie já estiveram lá outras vezes— para um outro tasting pos-colheita como fizemos no sábado e antes disso para um tour primaveril pela pequena e belíssima vinícola. A Littorai é uma produtora de pinot noirs e chardonnays e usa técnicas de biodinâmica no cultivo das uvas. Enquanto provavamos os nove diferentes tipos de pinots, acompanhados de uns deliciosos acepipes que até incluia um queijo português St. George de Santa Rosa, ouvimos muitas explicações sobre terreno, solo, clima, névoa, sol, variações de temperatura, uvas, eteceterá. Eu consegui provar os nove tipos de vinho, comer um pouquinho e conversar à beça, sem tropeçar, nem derrubar o queijo dentro do copo alheio, nem falar nenhuma gafe. Quando o tasting terminou saimos para dar uma volta pela vinícola, ver os jardins onde eles plantam as flores e ervas que usam no controle das pestes e as casinhas das abelhas que fazem a polinização das videiras.

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Os tastings e tours na Littorai são feitos apenas com reservas. Mesmo para eventos como este que fomos é preciso ser convidado. A vinícola é bem escondida entre muitas curvas tortuosas e não tem placa anunciando no portão de entrada, que aliás só abre com o código que os convidados recebem.
Da vinícola seguimos para o centro da cidade de Sebastopol porque naquela altura precisavamos comer. O Stevie sugeriu um restaurante que acabou nos surpreendendo. No andar de cima o Forchetta Bastoni [Fork Sticks] é um tailandês e no de baixo é um italiano. Nunca tinha visto esse tipo de combinação, que nem pode ser chamada de fusion já que os menus, cozinha e ambientes eram separados.

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No andar tailandês fizemos uma happy hour com drinks e petiscos para acompanhar. O lugar é bem informal, com sofás feitos de caixotes e almofadas, mas nós ficamos nas mesas e cadeiras. Depois descemos para o andar italiano, que é maior e mais bem decorado, com um bar, uma cozinha aberta e um forno a lenha pilotado pelo pizzaiolo mais simpático, fotogênico e charmoso que já conheci. Pedimos vinho, antepasto e prato principal—nós optamos pela pizza que não estava nota dez, mas estava boa. Dividimos algumas garrafas de vinhos locais, dois tintos e um branco. Mas eu bebi somente um sauvignon blanc da vinícola Quivira, outra biodinâmica que faz vinhos deliciosos que eu adoro e que será a próxima que iremos visitar. Pisc!

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