bolo de sementes de papoula

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Demorei um bocado de tempo pra finalmente colocar essa receita de poppy seed cake em prática. Fiz outro dia e o bolo desapareceu numa piscada. Ele fica bem denso. Achei a quantidade de sementes de papoula absurdamente imensa, mas tem que ser assim. As sementes não entram na receita só pra enfeitar e dar um toque festivo. Elas dominam e vale muito a pena.

6 colheres de sopa de manteiga sem sal amolecida
1/2 xícara de purê de ameixa seca
1 xícara de açúcar
1 1/4 xícara de sementes de papoula moídas
1/2 xícara de farinha de trigo
4 ovos, gemas e claras separadas
1/4 de colher de chá de cremor de tártaro [opcional]
Raspas da casca de 1 laranja ou limão
1 colher de chá de extrato puro de baunilha ou amêndoa
cobertura de cheesecake [opcional]
nozes caramelizadas para decorar [opcional]

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma de fundo removível com manteiga, forre o fundo com papel vegetal e unte por cima do papel também.

Moa rapidamente as sementes de papoula num processador ou moedor elétrico de café. Cozinhe as ameixas com um pouco de água e bata no processador ou liquidificador para fazer o purê.

Bata as claras com uma pitada de cremor de tártaro em neve até ficarem em ponto de picos duros. Reserve. Bata a manteiga e o açúcar até virar um creme. Adicione as gemas e o extrato de baunilha [ou amêndoa] e as raspas de limão [ou laranja]. Adicione o purê de ameixas e logo em seguida as sementes de papoula moídas e a farinha de trigo. Misture as claras em neve à massa delicadamente com a ajuda de uma espátula. Coloque a massa na forma untada e leve a forno por uns 45 minutos, até o bolo ficar bem escuro e o centro cozido. Deixe esfriar completamente e transfira para uma travessa. Se quiser decore com a cobertura de cream cheese e as nozes caramelizadas. Eu não quis.

»cobertura de cream cheese—bata 250 gr de cream cheese, 4 colheres de sopa de manteiga, 2 xícaras de açúcar de confeiteiro e 1 colher de sopa de extrato puro de baunilha.

fatias de abacaxi com açúcar

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Pra um abacaxi havaiano que não estava lá um primor de doçura, este pequeno make-up transformou a fruta ácida numa sobremesa instigante. E a transformação se fez em questão de segundos. Eu simplesmente adoro idéias assim, rápidas e fáceis. O pó de pirlimpimpim foi o açúcar feito de seiva da palmeira de coco, mais uma opçao ecológica e sustentável nas prateleiras de açúcar no meu Co-op. Escolhi comprar para experimentar essa versão com um toque de flor de sal de Bali. O sabor desse açúcar é muito agradável e o toque do sal só adiciona pontos na gostosura. Mas apesar de toda a propaganda, o açúcar de seiva de palmeira de coco continua sendo um açúcar e convém controlar o entusiasmo exagerado e não abusar.

pudim de buttermilk

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Mais uma sobremesinha cremosa, desta vez saída da edição de janeiro/11 da revista do Jamie Oliver. Substituí a gelatina por agar-agar. Ele recomenda servir com fruta, mas eu quis usar uma geléia de pétala de rosas da Armênia, que comprei por impulso no mercadinho internacional. Ficou uma combinação muito delicada e interessante.

Suco e raspas da casca de 1 laranja
1 fava de baunilha, sementes raspadas [*usei o extrato puro]
1 envelope de gelatina em pó sem sabor [*usei o agar-agar]
150 ml de leite integral
150 gr de açúcar
475 ml de buttermilk
50 ml de creme de leite fresco

Coloque o suco de laranja numa vasilha e salpique a gelatina por cima. Numa panela coloque o leite, o açúcar, a fava e sementes da baunilha [substituí por 1 colher de sopa de extrato puro] e as raspas da casca da laranja e leve ao fogo. Quando ferver, remova do fogo, adicione a mistura de gelatina*. Junte o buttermilk , mexa bem. Deixe esfriar e junte o creme de leite. Coloque tudo em ramequins e leve à geladeira até firmar. Desenforme e sirva com frutas frescas ou com geléia de fruta ou de pétalas de rosas, como eu fiz. *Como eu substituí a gelatina pelo agar-agar, mudei um pouco o modo de fazer, porque o agar-agar precisa ser fervido. Coloquei na mistura de leite que foi ao fogo. Juntei o suco de laranja depois.

sodas [galore!]

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Me deu uma vontade de beber um líquido borbulhante com sabor ácido. Entramos num supermercado e eu parei em frente às prateleiras de refrigerantes. Coca, Pepsi, Fanta, Sprite ou Guaraná? Quem dera fosse fácil assim. A oferta de refrigerantes chega ao limite do absurdo. Além de todas as marcas conhecidas e relativamente obscuras, nacionais ou importadas, em variaçãoes de sabores naturais, artificiais e graus de insalubridade, tem também as sodas americanas artesanais, as vintage, as alternativas, as históricas, as que brilham no escuro, as moderninhas, as inovadoras. Pra mim—nome do meio, indecisa, a tarefa de escolher apenas UMA é a mais difícil e penosa. Olhei, olhei, olhei e no meio tempo aproveitei para fotografar alguns exemplares, enquanto um moço me pediu licença rispidamente, tipo sai da frente sua iPhone picture taking junkie! No final decidi por uma soda moderna e que brilha no escuro, sabor maçã verde da marca Jones. E afoguei a lombriga.

sopa de ervilha amarela

Por muitos anos, durante a minha infância, adolescência e jovem vida adulta, eu tinha uma idéia de que sopa era um troço complicado e demorado de se preparar. Lembro da panela de sopa de cebola, de legumes ou de lentilhas, borbulhando por horas no fogo ervilha-amarelado fogão. Sempre achei também que sopas tinham que levar muitos ingredientes. Mas a prática faz o monge e depois de muito preparar gororobas, finalmente no alge da minha maturidade aprendi que sopas são a coisa mais fácil e simples de fazer e podem—e na minha opinião de minimalista, devem levar pouquíssimos ingredientes. Preparo muitas sopas no meu dia-a-dia. Faço muitas das vem quente que eu estou fervendo durante o inverno. E no verão abuso das possibilidades das refrescantes sopas frias. Para fazer esta sopa de ervilhas amarelas, usei um caldo de frango caseiro que tinha preparado naquela semana. Mas se não tivesse o caldo, teria feito apenas com água. Ela virou jantar completo em trinta minutos. Para fazer os croutons, cortei uma fatia de pão sourdough em cubinhos, temperei com azeite e ervinhas de provence e tostei na frigideira. Pratão de comida reconfortante, acompanhada de uma taça de vinho tinto, para aquecer e alegrar os ânimos numa noite fria de inverno.

ervilha-amarela

Ervilha seca amarela
Cebola picadinha
Fatias de bresaola
Caldo de frango [ou de legumes, ou água]
Azeite ou óleo vegetal
Sal e pimenta do reino moída a gosto

Numa panela robusta, coloque o azeite e refogue nele uma quantidade de cebola picadinha, até ficarem macias. Junte as ervilhas lavadas e refogue mais uns minutos. Adicione a bresaola picadinha e refogue mais uns minutos. Junte bastante caldo e deixe cozinhar em fogo baixo até a ervilha ficar bem macia. Tempere com sal e pimenta do reino moída. Sirva com um fio de azeite e croutons sobre a sopa. [*]eu não bati a sopa no liquidificador, pois quis uma textura mais pedaçuda, mas se quiser pode bater e fazer uma sopa mais cremosa, ao gosto do freguês.

um Alvarinho da Califórnia

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A variedade de uva Alvarinho/Albariño é bem comum em Portugal e Espanha, mas esta foi a primeira vez que vi a versão californiana, produzida aqui perto de mim, no central valley, na cidade de Clarksburg. Essa região tem muitas vínicolas com tradições portuguesas, devido a presença de uma grande população de descendentes de imigrantes dos Açores. Estivemos uma vez numa dessas vinícolas, na curiosidade de participar de uma festa portuguesa. O vinho era muito bom. Tenho bebido muitos vinhos feitos em Clarksburg e todos eles são excelentes. Move over, Napa valley! E esse Alvarinho estava particularmente delicioso. Adorei não só o liquido, mas também o nome da vinícola, bem californiana—temos muitos coyotes por aqui, e o design super moderno do rótulo. Recomendo e certamente comprarei esse vinho muitas outras vezes.

omelete com pimentão vermelho

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Fechei a revista e estava decidido. Marquei a receita da omelete mais simples que já tinha visto, publicada na edição de janeiro da revista do Jamie Oliver. Ovos e pimentão vermelho assado. Usei os piquillos, porque os tinha. E fiz uma porção individual, pra um dos meus jantares de dia de semana, que agora faço sozinha. Tostei umas fatias de pão de batata na frigideira de ferro e voilá!
para uma pessoa:

2 ovos caipiras
3 piquillos cortados em fatias
um fio de azeite
sal e pimenta do reino moída a gosto
Coloque o azeite numa frigideira, junte os ovos batidos e temperados com sal e pimenta. Deixe cozinhar até a omelete ficar firme e puder levantar as bordas sem quebrar. Vá mexendo a frigideira pra espalhar bem os ovos. Quando estiver na firmeza do seu gosto [eu gosto bem cozido], coloque as fatias de pimentões de um lado da omelete e dobre a outra parte por cima. Remova da frigideira e sirva imediatamente.

pera com prosciutto

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Achei essa receita, perdi essa receita, fiquei com a idéia na cabeça, comprei peras, comprei prosciutto, comemos as peras, comemos o prosciutto, achei a receita novamente quando reorganizava minha pilha de revistas, comprei peras novamente, comprei mais prosciutto, comemos metade das peras, no sábado finalmente coloquei a idéia em prática.

Ela saiu de uma das minhas revistas favoritas—a SUNSET, que aborda a vida no oeste dos EUA.
O Uriel foi almoçar com um ex-aluno no sábado e preparei as peras enroladas no prosciutto só pra mim. Ficou tão bom que repeti a dose no domingo, fazendo uma porção maior pra nós dois. O que sobrou ele ainda levou na marmitinha pro trabalho.

Corte as peras ao meio, depois em quatro e depois em oito. Enrole cada pedaço de pera numa fatia bem fina de prosciutto. Ajeite tudo numa travessa, salpique com sal kosher [ou flor de sal ou maldon], regue com um pingo de vinagre jerez [sherry] e com um fio de azeite de oliva extra-virgem. Sirva.

dutch baby [com limão]

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O domingo seguiu na mesma malemolência do sábado e além do almoço simplérrimo, com frango de churrasqueira e salada, me apreguicei de fazer qualquer outra coisa para o nosso lanchinho da noite. Tinha pensado em fazer um bolo, mas faltou um ingrediente e desanimei. Apesar da pregui, deu uma vontadona de comer algo feito na hora, de preferência com limão, para acompanhar um chá feito com folhas de hortelã fresquinhas que colhi na horta. Vou dizer que não existe receita fácil que seja páreo para a dutch baby, uma panquecona feita no forno em poucos minutos. Pode-se fazer simples e servir com geléia, maple ou mel ou colocar frutas dentro ao gosto do freguês. Eu queria porque queria uma com limão, então fui procurar e achei essa receita no blog da Culinate retirada do livro A Homemade Life da blogueira Molly Wizenberg. Essa panqueca pode ser feita numa frigideira de 20 cm que possa ir ao forno, mas funciona também numa um pouco maior. Dá também pra fazer num pirex ou forma de torta. Eu fiz numa frigideira pequena. Ela infla enquanto assa e fica linda. Mas infelizmente murcha um pouco quando retirada do forno, conformemo-nos, é assim mesmo. Essa ficou com uma cor bem forte por causa dos ovos caipiras [sempre!] e das raspas da casca do limão, que ajudaram a deixar a panqueca com um sabor limãozudo acentuadíssimo. Delícia!

dutch baby pancakes with lemon and sugar
serve bem 2 pessoas
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
4 ovos grandes
1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de half and half
[misturei leite integral com creme de leite fresco]
1/4 de colher de chá de sal
Raspas da casca de 1 limão

Para servir: suco espremido de um limão e açúcar de confeiteiro para polvilhar

Pré-aqueça o forno em 425ºF/ 220ºC. Numa frigideira que possa ir ao forno ou outra forma similar, coloque a manteiga e derreta—pode ser no fogo ou no forno. Espalhe bem a manteiga derretida pela forma, fundos e lados.

No liquidificador coloque os ovos, farinha, leite com creme [ou half and half], sal e as raspas da casca do limão. Bata bem e coloque na forma untada com a manteiga derretida. Coloque a frigideira no forno e asse por uns 20 minutos, até a massa inflar e ficar dourada.

Remova do forno e regue a panqueca com o suco de limão [pode jogar bastante] e depois polvilhe com o açúcar de confeiteiro. Sirva imediatamente.

farfalle com salmão & limão

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Tivemos um lindo final de semana ensolarado e com temperaturas razoavelmente agradáveis, o que deu um baita ânimo de sair de casa, fazer coisas na rua. Fazia tempo que eu não nadava com o sol brilhando. Infelizmente uma ventania gelada me fez passar um baita frio. Mas o que é um principio de hipotermia quando se está com o espírito feliz e abobalhado, olhando a revoada de pássaros cruzando o lindo céu azul?

Saí até no quintal para avaliar a condição da minha horta, depois de tanta chuva. Também colhi alguns limões, pois a minha árvore está até envergada com o peso de tantos frutos. Fiz tanta coisa pra lá e pra cá, que perdi a inspiração para cozinhar. Quer dizer, não quis pensar em nada que envolvesse mais de dois passos e por isso improvisei um almoço com macarrão. Fiz com salmão defumado, pois era o que eu tinha. Deve funcionar também com o salmão fresco. Mas defumado ou fresco eu uso sempre e apenas o salmão selvagem do Pacífico, que é o recomendado e o sustentável.

Cozinhe o farfalle ou outro tipo de massa da sua preferência, até ficar al dente numa panela com bastante água e sal. Enquanto isso derreta um pouco de manteiga numa outra panela e refogue fatias de cebola. Quando as cebolas estiverem macias, junte salmão defumado cortado em pedacinhos. Tempere com sal e pimenta vermelha em flocos a gosto. Refogue mais um pouco e então coloque as raspas da casca e o suco de um limão. Misture bem, desligue o fogo e regue com um pouquinho de creme de leite fresco—bem pouco, só pra formar um molhinho cremoso. Adicione coentro fresco picado e misture o macarrão cozido e escorrido. Sirva imediatamente.