o importante é que ficou gostoso

Apple Cobbler

Estava de olho nessa receita de Apple Cobbler da Elise já há um tempo. Comprei até as maçãs verdinhas Granny Smith no Farmers Market especialmente para fazer essa torta. Segui as instruções passo-a-passo, porque eu sei que as receitas da Elise são infalíveis. Tenho porém que me conformar com o fato que não sou jeitosa, não faço pratos bonitos. Minha Apple Cobbler não ficou nem um pouco parecida fisicamente com o modelo que copiei. Mas deve ter ficado tão boa quando, pois servi para os meus amigos numa reunião que fizemos para a Brazil in Davis e todos gostaram. Fiz apenas UMA modificação, pois como não tinha mais gengibre cristalizado, usei uma maçã cristalizada que por acaso eu tinha na despensa.
Apple Cobbler
recheio:
1/4 xícara de açúcar — ou mais, se gostar mais doce. pra mim essa quantidade ficou perfeita, pois não curto muito coisas super doces.
1 1/2 colheres de sopa de farinha de trigo
1/2 colher chá de canela
4 colheres de sopa (1/4 xícara) de manteiga sem sal
1 1/2 quilo [umas 5 ou 6 unidades] de uma maçã ácida, das verdes, tipo granny smith, descascada e cortada em fatias — eu não descasquei
3 colheres de sopa de suco de limão
1 colher de chá de extrato de baunilha
massa:
2 xícaras de farinha de trigo
1/4 xícara de açúcar
2 colheres de chá de fermeno em pó – quimico
1/4 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de manteiga sem sal, gelada e cortada em cubos
2 colheres de sopa de gengibre cristalizado picado bem grosso — usei maçã
Casca ralada de uma laranja
1 xícara de creme de leite fresco, mais um pouquinho para pincelar –eu esqueci de fazer isso
Faça o recheio: derreta a manteiga numa panela em fogo médio. Jogue as fatias das maçãs, o suco de limão, a canela, o açúcar e a farinha. Misture bem e cubra parte da panela, deixe cozinhar por uns 10 minutos. Jogue a baunilha e transfira a mistura para uma forma redonda grande já untada com manteiga. Essa receita só tem massa na cobertura.
Faça a massa: numa vasilha grande misture a farinha, açúcar, fermento e sal. Adicione a manteiga em cubos e vá misturando bem com os dedos até a massa ficar pedaçuda. Junte o gengibre. Coloque asraspas da laranja no creme de leite e vá adicionando o liquido na mistura de farinha e mexendo com um garfo. Misture bem com as mãos até a massa formar uma bola com boa consistência para abrir com o rolo. Abra a massa, cubra a forma onde estão as maçãs com ela, decore as bordas –como a Elise fez. Faça cortes no centro da massa, para deixar sair o vapor durante o cozimento. Pincele com creme de leite e asse em forno alto 450ºF/232ºC por 10 minutos. Abaixe o forno para 375ºF/200ºC e continue assando por mais 20 minutos. Sirva morno, com creme de leite batido se quiser.

salada primeiros ares de outono

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Ela chegou na cesta da primeira semana de outono e virou salada, primeiro cortada em cubos, temperada com azeite, sal, pimenta e ervas provençais e depois assada em forno alto. A abóbora virou uma bonita salada com cores outonais depois que foi mistutada à duas pequenas abobrinhas redondas picadas em cubinhos, algumas vagens verdes cozidas no vapor e cortadas em pedacinhos pequenos, queijo feta esmigalhado e bastante ciboulete picada. O tempero foi bem simples, sal marinho, azeite espanhol e vinagre de laranja.

como gostei de reencontrá-los

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Mais um dia sem cozinhar. Nadei e na volta fiz um lanchinho simples como almoço. Depois fui me encontrar com uma amiga. À tarde, mais um evento social, desta vez com amigos que eu não via há sete anos. Foi um reencontro muito legal, pois revi as crianças que cresceram muito e batemos um papo longuíssimo que foi até depois da meia-noite. Eu tinha planejado fazer uma torta de maçãs e cupcakes de chocolate pros meninos, mas meus planos afundaram. Fomos à um restaurante italiano que eu gosto muito aqui em Davis e nos fartamos de macarrão e vinho. As crianças pediram os básicos espagueti com porpeta e talharine alfredo que pareciam deliciosos. Como eles mandaram bala e quase não sobrou nada no prato, concluí que deveria estar bom mesmo. Mais um sabado que eu passei sozinha e sem cozinhar, mas rodeada de amigos e comendo muitíssimo bem!

inspiração não falta

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Falta mesmo é ação, por a mão na massa. Mas eu chegarei lá! Aos poucos vou desbravar o território das centenas de receitas da Claudia, presente da minha irmã, mais as outras centenas de dicas da CIA para o chef profissional, presente do Gabe, além da inspiração maior que é a AW, presente meu para mim mesma. Só preciso mesmo é de tempo. Feriados, quando?

cozinhas – Zaida Siqueira

As fotos de cozinhas da fotógrafa Zaida Siqueira são literalmente uma viagem. O website tem uma navegação não muito amigável—clique em fotos e depois na primeira foto cortada da esquerda. Clique então nos quadradinhos para ver as fotos grandes. Clique na foto grande para voltar ao menu de quadradinhos. Veja todas as fotos, porque elas são maravilhosas. Eu fiquei hipnotizada pela beleza e familiaridade de muitas daquelas cenas.

o tempo não pára

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O telefone. Amanheci falando ao telefone na segunda-feira fatídica e ainda não parei. Cozinhar, como? Mas é muito importante falar. Quando comecei a pensar nos planos para o meu jantar—menu para um, o telefone tocou. Era a minha mãe. Com ela fico sabendo de todos os detalhes de tudo o que aconteceu ou está acontecendo. Eu batizei nossa conversa de fofocas funerárias, porque eu tenho esse senso de humor que insiste em tentar fazer tudo parecer menos pesado. Fiz as fofocas todas com a minha mãe, que me contou da emoção das netinhas, das últimas palavras da filha para a mãe, avisando que o filho querido estava chegando. Depois filosofei com o meu pai por mais uma hora. Falamos da vida, da morte, das fotografias. Eu não estava com fome, mas ele precisava ir dormir. Desliguei dizendo, amanhã te ligo para falarmos de política!. Preparei um macarrãozinho simples, com um molho de tomates frescos, manjericão, muito azeite e salpicado de queijo parmesão ralado fresquíssimo. Subi com a macarronada e uma taça de old vine zinfandel e fui ver um filme com William Powell e Mirna Loy na tevê. Assim que terminei de comer o telefone tocou novamente e embarquei em mais uma hora de papo, porque ele precisa conversar com todos, aqui e lá. Faz parte do processo do luto entender os porques, certificar-se de que ela era querida e especial, que foi-se tranquila e sem dor, guardar os pertences mais importantes, as fotos, os filmes, fazer um retrospecto, uma colagem de lembranças—somente as boas. Fazer tudo para garantir que o passado não será esquecido, que a memória não vai nos passar a perna, que tudo ficará preservado e assim, só assim, poder tocar a vida pra frente.

the girl & the fig

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Não me lembro como eu cheguei no website do restaurante the girl & the fig, mas guardei para uma eventual visita. Quando comecei a pensar e pesquisar onde iria querer almoçar para comemorar adiantado o meu aniversário, resolvi sem nenhuma indecisão libriana que iria ser ali. Sonoma é cidade vizinha e irmã do Napa e fica a uma hora de Davis. E fazia muitos anos que nós não íamos à Sonoma. Foi uma viagem tranquila, com o Gabriel dirigindo com o pai ao lado, eu e a Marianne tagarelando no banco de trás. O restaurante fica no centro da cidade, a downtown histórica. Adorei o lugar, super charmoso, exatamente como eu imaginava—um restaurante de inspiração francesa, mas com alma californiana. O que implicou em ingredientes locais e fresquíssimos, tudo feito com muito capricho. Como domingo o menu é de brunch, optamos por sanduíches. Uriel escolheu uma sopa de tomate e depois abocanhou um hamburguer de primeira linha, feito com top sirloin moído, acompanhado das charmosas matchstick frites. Gabriel mandou ver na omelette du jour acompanhada de salada verde. Marianne quis inovar e pediu o salami & brie sandwich que veio com red onion confit , sherry mustard, baguette e celery root salad. Eu pedi a grilled fig & arugula salad, que veio com pecans, chevre, pancetta, fig & port vinaigrette. E depois mandei bala num roast pork loin tartine que veio com caperberries, lavender sea salt e toast. Pedi também uma porção das frites, que dividi com a Marianne. Bebemos água, limonada e eu pedi um cocktail de champagne com licor de figo. Nem pedimos sobremesa, mas depois que passeamos pelo centro de Sonoma, fizemos comprinhas e tiramos fotinhas, paramos na doceria de um hotel e compramos tortas de figo!