Mês: março 2007
Waldorf Salad
A famosa salada criada em 1896 por Oscar Tschirky, maître do hotel Waldorf-Astoria em New York, não tem segredo. Corte quatro talos de salsão [aipo/celery] em cubinhos. Descasque e pique em pedacinhos duas maçãs pequenas. Eu usei a gala e reguei com suco de limão. Misture tudo numa saladeira, crescente um punhdo de nozes torradas ou cruas. Eu usei as caramelizadas. Envolva tudo numa excelente maionese. Eu fiz a minha com duas gemas de ovo COZIDAS [vá de retro, salmonela!!], que bati no mini-processador com 1 colher de chá de mostarda dijon, 1/2 colher de chá de suco de limão, uma pitada de sal, uma pitada de pimenta do reino moída e azeite o quanto baste. Se não tiver um processador ou mini-processador, pode usar liquidificador, batedor de arame, o importante é misturar bem, emulsificar. A minha maionese ficou com uma cor bem amarela, porque eu uso ovo caipira.
sopa de mandioquinha
Inspirada pelas sopas da Elvira, me entusiasmei pra usar as mandioquinhas [parsnips] que vieram esta semana na cesta orgânica. Não queria fazer nada que pudesse esconder o sabor adocicado dessa raiz que me faz lembrar da minha infância. Decidi fazer uma sopa simples, com as mandioquinhas e mais um talo de alho-poró. Refoguei tudo cortado em cubinhos no azeite, joguei um litro de caldo orgânico de galinha caipira [fancy that!], e deixei cozinhar bem. Bati com o mixer da mão, para moer tudo, mas quem quiser usar liquidificador, ou um amassador manual, tudo bem. Enquanto isso refoguei um punhado de verdura – usei os raminhos de dino raab que também recebi na cesta. Tudo pronto, temperei com sal e pimenta do reino e servi a sopa com um pouquinho da verdura refogada.
Torta Napolitana – da Márcia
Vi essa receita na Márcia e achei tudo tão simpático, na maneira como ela diz pra misturar os ingredientes delicadamente e o detalhe da salsinha na massa. Adorei e copiei para fazer numa boa oportunidade. Ela chegou ontem, que foi um dia atrapalhado com meus dois gatos vomitando muito, o Roux completamente desmilinguido – o que é sinal de que algo está muito errado, pois ele é sempre alegre e brincalhão. Fiquei tão estressada com essa história toda, que precisei de uma idéia de algo para se preparar rapidamente, sem muitos salamaleques. Decidi fazer a torta napolitana! Fiz algumas modificações e o resultado foi uma massa ultra cheirosa e extremamente saborosa. Vou publicar copiado como está lá na Má.
Torta Napolitana
Bata no liquidificador até que fique homogênea a mistura: 1 tablete de caldo de galinha, 1 xícara (chá) de leite, 3 ovos inteiros, 1/2 xícara (chá) de óleo e 3 colheres (sopa) de queijo ralado. Em uma tigela, misture 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento em pó, 1 colher (sopa) de salsinha e incorpore delicadamente a mistura do liquidificador.
Despeje metade da massa em um refratário untado com óleo, espalhe 2 tomates maduros e 200 g de mussarela picados e 1 colher (chá) de orégano. Despeje a massa restante e leve para assar no forno alto (220°C), pré-aquecido, por cerca de 35 minutos.
*minhas adaptações: como não uso tablete de nada aqui, substituí o caldo de galinha por dois dentes de alho assado e uma pitadinha de sal. No lugar do óleo eu usei azeite. Ralei o parmesão na hora e salpiquei um pouco por cima da massa. Para o recheio usei tomates secos, azeitonas pretas e aspargos. Assei em dois mini-refratários.
ainda sobre azeite
É sabido que eu não vivo sem eles. Fui correndinho até a bookstore da UC Davis, onde os azeites produzidos pela universidade estavam à venda. E não fui a única. Tinha muita gente comprando. Eles estão vendendo como “hot cakes” e deve ser por uma boa razão. Ainda não provei, mas tá engatilhado! O outro azeite, o Bariani também é produzido aqui no norte da Califórnia por uma família de italianos. É um azeite grosso e saboroso, percebe-se que é feito de maneira quase artesanal.
Os azeitinhos franceses da A L’Olivier são simplesmente o fino da bossa! Gosto desses que são aromatizados, especialmente o de limão com gengibre. Trouxe uns da França comigo, mas como sempre posso comprar por aqui mesmo. Esse azeite é um daqueles produtos mágicos, que transforma qualquer alfacezinha num manjar dos deuses.
Greystone, St. Helena
Nossa intenção original era passar o dia em Calistoga, fazendo banhos e massagens nos inúmeros spas da cidade. Idéia do meu marido, não muito festejada por mim. Eu não estava no humor de imergir numa banheira cheia de lama terapêutica, ou numa jacuzzi de água sulfurosa, suar em sauna baforenta, colocar máscara de ervas no rosto, massagem com óleo e sais… Sei lá. Pra minha sorte, os spas estava todos com as agendas lotadas e não conseguimos vagas para a tortura de ficarmos relaxados e purificados.
Meu marido sugeriu que voltássemos para o Napa Valley, e almoçássemos no restaurante do The Culinary Institute of America, em St. Helena. Poxa, agora sim uma boa idéia! Fomos então para o Wine Spectator Greystone Restaurant, a antiga vinícola, ainda produtiva, que hoje abriga o campus da CIA na Califórnia. O restaurante fica no prédio da escola, com uma vista maravilhosa para o vale e um serviço primoroso. Ouvimos do rapazinho sul-africano que nos serviu e cuidou de nós durante toda a refeição, que o restaurante é mantido por um full-time staff e não por estudantes. Respiramos aliviados, pois não iríamos comer nada feito por mãos tremulas de aprendizes.
O menu muda diáriamente. Nós pedimos o Today’s Temptations, que é uma série de samples de aperitivos diferentes. Não vou lembrar os micro-detalhes de cada pratinho, mas um era paté, outro camarão, outro sopa de couve-flor, outro – meu favorito – bolinhos de batata, e um queijo branco. O Uriel foi de Pomegranate Glazed Chicken com risotto de butternut squash, swiss chard, pinenuts e currants. Eu pedi um Grilled Angus Hanger Steak, que veio acompanhado de batata, ferns, garlic coulis, cogumelos e blue cheese. Eu bebi um Zinfandel produzido lá mesmo na Greystone. Muito bom. De sobremesa, o Uriel foi de creme bruleé e eu de pineaple tart tartin com coconut ice cream e meyer rum syrup. Tudo divino! Saímos de lá com a barriga estufada. Sentamos no páteo apreciando o sol quentinho e a paisagem linda. Muito melhor que qualquer massagem!
O nosso simpático atendente nos avisou que poderíamos fotografar, fazer perguntas para os diversos chefs, observar o preparo da comida pelos balcões das cozinhas, que eram todas abertas. Eu então larguei um pouco a timidez de lado e tirei algumas fotos. Muito legal, né Vitor?
*mais clicks AQUI.
meet chef Simon
he bakes calzones in Maine |
café da manhã portátil
Por causa do meu mau humor e falta de apetite matinal, levo uma lancheira pro trabalho com snacks nutritivos para me sustentarem pela manhã. Não consigo comer em casa às 6:30 am, então faço quando chego no trabalho. Começo às 8 am com um chá e alguma coisa mastigável. Levo sempre coisas saudáveis, iogurte, frutas, purê de maçã, boachinhas integrais, barras de granolas. Outro dia olhei pra minha lunch box térmica, daquelas de plástico e pensei—CHEGA! Putsz, me deu um enjôo, achei ela tão feia, tão propensa a ficar suja, difícil de limpar. Decidi que precisava de lancheiras de metal, mas não queria aquelas estilo malinha – tenho algumas que uso para guardar fotografias. Queria algo diferente. E achei! Comprei essas duas na lunchbox.com. Vou usar a menor por enquanto. O Uriel adorou a redonda, que segundo ele é a lancheira do Fred Flintstone!
eating out
Fez um dia tão agradável, que retomamos o nosso ritual de almoçar no quintal. Fiz um ranguinho super simples – quibe assado e salada de alface com tomate, cenoura e azeitona preta temperada. Comer fora é muito bom!
Irish Cream Bars
Minhas incursões pelas terras das sobremesas nem sempre são bem sucedidas. Eu persisto, mas há muito o que aprender ainda. Sem falar que não somos muito chegados em coisas açúcaradas. Quando encontro uma receita que por um motivo ou outro me interesse, fico sempre animada para experimentar, especialmente se ela for fácil!
Essa é do site da Betty Crocker que por acaso eu tenho na minha personal page do Google. Eu não tenho muita afinidade com a BC, mas gostei dessa receita das barrinhas com o Irish cream. Fiz e vou ser sincera, ficam bem gostosas, mas um pouco doces demais pro meu gosto. E ficam com um sabor bem acentuado do licor, então meu maridô não vai gostar. Mais um doce encalhado, êta lasca, a não ser que eu conte com a ajuda do Super Gabe!
Irish Cream Bars
3/4 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara, 1 barra de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1/4 xícara de açúcar de confeiteiro
2 colheres de sopa de cacau em pó, sem açúcar
3/4 xícara de sour cream
1/2 xícara de açúcar
1/3 xícara de licor Irish cream – Bailey’s ou similar
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 colher de chá de baunilha
1 ovo
1/2 xícara de chantily
Chocolate granulado, se quiser – eu não usei
Pré-aqueça o forno em 350ºF/180ºC.
Numa vasilha misture os 2/3 xícara de farinha, a manteiga, o açúcar de confeiteiro e o cacau. Amasse bem com os dedos até formar uma massa meio grudenta. Forre uma forma quadrada ou retangular com papel alumínio, coloque a massa espalhada e asse por 10 minutos.
Numa outra vasilha prepare o creme, misturando com um batedor de arame o restante dos ingredientes – sour cream, Irish cream, ovo, farinha, açúcar, baunilha. Coloque sobre a massa assada e asse por mais 20 minutos, até o creme assentar. Deixe esfriar, cubra com plástico e leve à geladeira. Deixe gelar por pelo menos 2 horas antes de cortar. Decore com chantily e chocolate granulado, se quiser e sirva.