manja, xuxu?

Estou escrevendo para encher linguiça, pois tenho uma batata quente nas mãos. Mas que belo abacaxi esse aparelho, hein? Não tem jeito, vou ter que descascar esse pepino…Mas é porque aquele fulano só fala abobrinha, embora seja um doce de coco. Mas tudo bem, isso vai ser sopa no mel, pois o Zé Mané é político café pequeno, o que já virou carne de vaca, não é mesmo? O cara se vende a a preço de banana. E o pior é que isso dá como xuxu em cerca. E ele se acha o rei da cocada preta, enquanto que ela pensa que é a rainha da carne seca. Mas é tudo farinha do mesmo saco e um osso duro de roer. Me deram um bolo, por isso ando pisando em ovos. Sei que nesse angú tem caroço… Eu estava com a faca e o queijo na mão, mas pisaram no tomate comigo! Não tem problema, sou café com leite e estou ralando o coco pelo pão de cada dia. Falei isso e ele ficou vermelho como um pimentão. Só não quero ficar enrugada como um maracujá de gaveta ou uva passa. Por isso que eu digo que enquanto você vem com o fubá, eu já estou voltando com o bolo. Embora eu seja sempre a primeira a chegar, o arroz de festa!

o caso do espinafre

Vou responder a pergunta da Dani em público, pois a questão do espinafre infectado pela bactéria E.coli já virou notícia mundial, né? Sabe-se que o espinafre infectado veio do Salinas Valley, no sul da Califórnia, que é a região responsável por setenta por cento da produção das folhas verdes do país. Mais de cem pessoas ficaram doentes, uma idosa morreu. O E.coli não é brincadeira. Mas ainda não se descobriu todas as marcas de espinafre contaminadas, nem como essa verdura foi contaminada. Por precaução houve um recall de todos os pacotes fechados da verdura e o aviso para não se consumir espinafre cru, nem do embalado, nem do solto. Pode ser que a contaminação tenha acontecido na irrigação, mas ninguém ainda sabe certamente o que ocorreu. E com E.coli não adianta lavar, tem que cozinhar. Parece que o Salinas Valley já teve outros casos de contaminação de verduras, devido às suas técnicas de produção em massa. Por isso eu advogo em favor dos pequenos produtores orgânicos locais, que com certeza tomam mais cuidado. Mas como não sou fanzoca de espinafre não estou sofrendo com a sua ausência nos mercados.

Dois convites

Fui convidada pelo Garret do Vanilla Garlic para participar do primeiro encontro de food bloggers da área de Sacramento. Já respondi que vou, mas fico naquele dilema, pois sou extremamente tímida e não conheço ninguém. Além disso tem o difícil quesito do que levar. Queria que fosse um prato brasileiro. Ajudem essa libriana indecisa com idéias, por favoire!
O encontro dos blogueiros californianos será no início de novembro. Daí me veio a idéia de um encontro brasileiro, pois vou estar em Campinas entre 1 e 15 de dezembro, e no interim dos meus compromissos famíliares, poderíamos tentar fazer um encontro blogueiro. Não garanto minha ida à São Paulo, já que não me arrisco mais dirigir no Brasil e vou estar monopolizada pela família. Mas um encontro gastronômico em Campinas eu topo. Que tal?

A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte

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Fui ao banheiro com uma banana na mão. Fiz xixi, voltei comendo e pensando como a nossa vida gira e acontece em volta da comida. Não tem muita coisa que a gente faça que não esteja relacionada à comida. Encontros, passeios, o dia-a-dia de trabalho e compromissos. Apesar de eu ir almoçar em casa, eu trago uma lancheira para o trabalho. Nela sempre tem uma fruta, uma barra de cereal, bolachas salgadas.

Meu final de semana foi super corrido e cansativo, mas todo permeado – se não baseado, em comida. O avião trazendo o meu irmão aterrisou às oito da noite em San Francisco. Ainda pegamos muito tráfego na I80, que é a interstate que liga San Francisco à Sacramento e continua até Reno, em Nevada. Aquilo está sempre abarrotado de carros. Chegamos em casa às dez e meia e fomos dormir? Claro que não, fomos jantar e conversar. Eu tinha deixado uma sopa preparada, pãezinhos e salada engatilhados. Jantamos às onze da noite, sopa, salada, pão, vinho. E conversamos até não sei que horas. Eu estava tão cansada – pois acordo às seis da manhã – que num certo ponto fiz uma coisa que normalmente nunca faria: apressei meus convidados e praticamente sugeri ao meu filho e minha nora que já era hora de ir embora.

O final de semana foi uma maratona de conversas, passeios e comida! Almoçamos em casa, um churrasco que é sempre a coisa mais prática, o Gabriel cuidou e deixou a carne bem saborosa. Fiz uma salada e batatas fritas no azeite. Ficamos papeando à mesa, bebendo vinho e depois devorando blueberries com chantily [que eu adoço com mel] e figos rami, que meu irmão trouxe na mala. À noite fomos comer mais, num restaurante italiano em Sacramento.

No domingo já foi hora de partir, rumamos novamente para San Francisco e como chegamos cedo matamos tempo conversando num café, bebendo mocha, suco de laranja, iogurte, mordiscando scones de framboesa. Nem preciso dizer o quanto fico feliz quando recebo minha família aqui, e de como me entristeço com as despedidas. Foi uma visita muito rápida, mas já deixamos planos estipulados para outra, em fevereiro, quando ele vier novamente à trabalho para Las Vegas.

Como já estávamos em San Francisco, eu quis passar no Ferry Plaza Market, que é um mercado de produtos orgânicos que foi construído no antigo porto da cidade. É um prédio lindo, na beira do oceano com vista para a Bay Bridge, cheio de lugares deliciosos para comprar e comer. Almoçamos num japonês muito bom e depois pegamos uma barca até Sausalito. Essa é uma cidadezinha do outro lado da baia, com muitas galerias de arte e lojinhas variadas. Voltamos para San Francisco e eu fiz comprinhas na Sur La Table – pra espantar o banzo de dizer tchau pro irmão! Ainda compramos pães, gelatto e voltamos para Davis. Quando chegamos em casa fizemos um lanchinho. Me digam se a vida da gente não é só comida? E um pouco de diversão e arte…

as panelas da Julia

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Um pedacinho da cozinha de Julia Child está na exposição permanente do Copia. É um painel, onde ela pendurava algumas de suas panelas e formas. Seu marido, Paul, projetou a cozinha na casa de Cambridge, Massachusetts em 1961. Ele teve que adaptar a pia e bancada à altura de Julia, que tinha meros 6’2″ – 1,89m. Nesse painel que está hoje no Copia, Paul delineou o formato de cada panela com caneta, assim Julia poderia achar mais fácil o lugar de cada uma.
A cozinha de Julia Child foi doada para o Smithsonian National Museum of American History em Washington, D.C., e pode ser explorada online no website do Julia Child’s Kitchen at the Smithsonian. Vejam nas fotos da cozinha completa, tirada ainda na casa de Julia e Paul, o painel com as panelas que hoje pode ser visto no Copia.