arroz com abóbora

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As abóboras estão dando os últimos suspiros. Comprei uma red kuri squash e assei partida ao meio. Removi a polpa e guardei na geladeira. Fiz um arroz simples, usando o basmati que é o meu arroz do dia-a-dia aqui, mas pode fazer com qualquer arroz. Cozinhei uma xícara de arroz com uma e meia de um bom caldo de legumes, sal e um pouquinho de manteiga. Quando o arroz estava quase cozido, acrescentei uma xícara da polpa da abóbora assada e amassada com um garfo, mais meia xícara de caldo de legumes. Deixei secar e acrescentei bastante queijo parmesão ralado. Servi imediatamente.

The New Vegetarian Epicure

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Eu não tenho uma explicação racional de por que um livro me fascina, me interessa, me ganha. Alguns são especiais, por causa do conteúdo ou do formato. Passei os olhos pela minha estante e decidi que vou mostrar alguns deles, os que tem aquele detalhe especial que fez com que eu me apegasse. O livro de estréia dessa futura série de fotos é o The New Vegetarian Epicure, da Anna Thomas. Eu tenho esse livro há muitos anos, foi um dos poucos que eu trouxe comigo quando vim pra Califórnia. Os dois primeiros livros de Thomas, The Vegetarian Epicure, publicados na década de 70, foram um tremendo sucesso de venda. Esse livro segue o mesmo estilo dos primeiros, delicadamente ilustrado com receitas criativas e inovadoras. Uma delicia de folhear, para se inspirar para cozinhar ou apenas ter idéias.

onde se encontra de um tudo

Com centenas de livros de receitas na estante da cozinha, mais centenas de revistas de culinária empilhadas pelos cantos da casa, sem mencionar aqueles vários pacotes com recortes de jornal e revistas, folhetinhos, receitas impressas ou escritas a mão, eteceterá, eteceterá, onde é que a senhora modernete vai procurar uma receita quando precisa de uma? No Google é claro!

Comentei outro dia com um amigo que os cds estão com os dias contados. Música em breve será basicamente consumida nos Itunes e Amazons. E os dvds provavelmente terão o mesmo destino. Máquinas de escrever, telefones de discar, discos de vinil, filmes em 16 mm—coisas de museus ou de colecionador. E os livros? Os livros de receita, no meu caso? Acho que nunca, nunca vou me desfazer das minhas centenas, nunca foi deixar de folhea-los, de admirar, olhar fotos, me inspirar. Vou continuar comprando, no meu esquema obsessivo, vou continuar empilhando, desejando, buscando pelos mais interessantes, os antigos com páginas manchadas e cheiro das cozinhas do passado, com suas receitas com medidas esdrúxulas e ingredientes inencontráveis. Os livros continuarão a fazer parte da minha vida, sempre, mas na hora que eu precisar de uma receita rápida, numa segunda-feira à noite, vou buscar, sem dúvida, vocês sabem onde, lá mesmo, no google dot com.

Liaison bistro – Berkeley

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Fomos à Berkeley com nossos velhos amigos Eliana e Andres, encontrar nossos novos amigos, Maryanne e Paulo. Eles nos recomendaram esse fofíssimo bistrô, numa esquina da cidade e foi lá que marcamos um almoço no domingo. Adorei o lugar, bem tradicional, com um cardápio francês, um ambiente aconchegante e um serviço atencioso. Tivemos dificuldade para escolher o vinho e o garçon nos trouxe uma amostra dos vinhos que estávamos em dúvida. Foi uma excelente manobra, pois um dos vinhos não teve aprovação. Pedimos outro, que todos gostaram. Como é comum aqui nos domingos, o cardápio era de brunch. Mas diferente da maioria dos restaurantes que servem brunch, achei o cardápio do Liaison bem variado. Um set de entradas, outro de pratos com ovos, outro de saladas e o último de croques, que achei bem criativo. Todo mundo pediu algo com ovos. Eu, concentrada em papear com a Maryanne, me distraí de absolutamente tudo e pedi uma salada niçoise sem perceber que ela vinha com o atum fresco selado—e eu NÃO como peixe cru! Mas isso não foi problema, pois a salada era imensa, como todos os pratos do lugar, e eu ainda pedi pommes frites e nem consegui comer tudo. As sobremesas valeram à pena. Eu pedi uma île flotant que estava perfeita. Gostei de tudo do Liasion Bistro, principalmente da maneira com que eles apresentavam os cardápios de drinks e sobremesas, carimbando na cobertura de papel da mesa. Passamos a tarde toda lá, acomodados na mesa redonda, conversando animadamente. Foi uma tarde deliciosa, especialmente porque estávamos em ótima companhia.

the hedgehog mushroom

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Hydnum repandum—Often called the “hedgehog mushroom,” this most delectable of delicious delicacies is easily recognized by its pale orange-tan colors, its terrestrial habitat, and the spines or “teeth” on its underside. In fact, Hydnum repandum is one of the safest edible mushrooms, since it is so unmistakable. Sadly, I rarely find Hydnum repandum in quantities sufficient for the table–but when I do, life stops until I eat them. Aside from the sweetly nutty taste, the texture of the hedgehog mushroom is truly wonderful; “pleasantly crunchy” is how I would describe it.

procure & ache

Orgânico, sustentável, local, sazonal, criado e abatido com humanidade, são palavras que eu uso muito aqui no Chucrute, mas que podem deixar de ser apenas palavras e tornarem-se uma ação. Tudo vai depender de como você vai se posicionar diante delas. Quer assinar uma cesta orgânica, quer comprar carne, ovos, leite, produtos de animais criados com respeito, procure um fornecedor mais perto de você.
Para facilitar essa busca, eu decidi montar uma página de links e informações sobre agricultura orgânica e sustentável, que vai ficar permanentemente no menu da direita, logo abaixo do link para o dicionário & dicas. Usem e abusem. Por enquanto há pouca coisa, mas o objetivo é ir coletando mais links e dados e ir melhorando e expandindo a página. Se alguém tiver dicas, sugestões, quiser dividir alguma experiência, boa ou ruim, acrescentar mais links, por favor fique à vontade para deixar um comentário aqui .

a tal da cesta orgânica

Muita gente me pergunta que raios de cesta orgânica é essa, a qual eu me refiro todo o tempo aqui no Chucrute. Ela é a minha fonte de legumes e verduras, tem sido por quase uma década. Eu pago uma taxa trimestral e recebo uma cesta cheia de verduras e legumes uma vez por semana. Na verdade eu não recebo, mas vou buscar eu mesma lá na fazenda dos estudantes da Universidade da Califórnia aqui em Davis. Os legumes e verduras são sazonais, então eu só consumo o que está na crista da onda. Tudo é plantado e colhido na fazenda, pelos estudantes e funcionários. Essa minha cesta é uma CSA—Community Supported Agriculture, que é um negócio bem legal, pois você se compromete, pagando adiantado como uma assinatura de revista, a consumir produtos locais, produzidos por uma fazenda da sua comunidade. Pra mim funciona muito bem, apesar que essa cesta contém produtos suficientes para alimentar duas famílias pequenas. Eu costumava dividir minha cesta, mas já faz um tempo que não faço mais, por isso essa abundância que nem sempre conseguimos dar conta.

* nas fotos se vê alguns melões, que chegam no verão. a cesta às vezes tem frutas, mas é um treat, assim como são os feijões, pipoca, tomates secos e as flores.

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Para quem está nos EUA e acha que não vai encontrar esse tipo de CSA na sua região, eu sugiro uma olhada no website do USDA. E sei que esse serviço de venda e entrega de produtos orgânicos está se disseminando e pode ser encontrado por todos os cantos do mundo. Converse com quem já tem esse serviço e mora na mesma área que você. Muitos fazendas fazem entregas em casa. Se puder vá visitar a fazenda, pra ter certeza que não está comprando gato por lebre. Eu estimulo esse tipo de consumo, pois acho que vale à pena. Eu tenho que ir buscar minha cesta na fazenda, depois tenho que lavar tudo muito bem lavado, pois os produtos vem bem sujos de terra e com bichos, mas não troco minha cesta por nada, muito menos por produtos semi-processados , cheios de orvalho de mangueirinha e lustrosos de cera do supermercado.

Se eu ganhasse uma pataca por cada pessoa que eu já inspirei e ajudei na conversão para os CSA orgânicos nesses últimos anos, já teria uma pequena poupança. Muito bom, muito bom mesmo!