Il Fornaio – Sacramento

Quando recebemos visitas, sempre acabamos deixando um passeio à Sacramento para o último dia, o que passa a impressão equivocada de que lá não tem nada de interessante—o que não é absolutamente verdade. Sacramento não é San Francisco, mas certamente tem o seu charme particular. Fizemos uma tour pela pitoresca Old Sac e depois demos um pulinho no imponente e nobre Capitol, já que Sacramento é a capital do estado e o escritório de trabalho do nosso mais intrigante governador, o senhor Arnold Schwarzenegger. Lá fizemos um passeio pela parte antiga do prédio, que é muito bonita, mostrando escritórios preservados do inicio do século vinte [1916], e depois demos de cara com uma comoção jornalistica na porta do escritório do nosso atual governador. Eram muitos reporteres de tevê, rádio e jornal, esperando para entrevistá-lo. Nós ficamos super animados com a perspectiva de poder ver o super astro-político assim cara-a-cara e nos prostramos lá também, câmeras em punho, animação evidente. Mas depois de meia hora começamos a sentir fome e o bafão da muvuca foi nos dando uma agonia. Eu sugeri irmos almoçar e a idéia foi acatada unanimamente.

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Eu adoro o restaurante Il Fornaio, um italiano que fica bem no centro financeiro de Sacramento. Ele é parte de um franchising, mas isso não importa. A comida é realmente boa, sem muitos tererês de restaurante modernê. O serviço é sempre bacana, com aqueles garçons vestidos à antiga, com blaser branco e gravata borboleta preta. O prédio onde fica o restaurante pertence ao Wells Fargo, o banco mais antigo da Califórnia, que chegou no oeste junto com a corrida do ouro. O espaço do restaurante é aberto, com pé direito altíssimo e muita claridade, o que deixa o lugar com uma atmosfera extremamente agradável. Eu me sinto feliz quando vou ao Il Fornaio e nem sei explicar muito bem por que.

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Lá matamos nossa fome, que estava descabelante, com os pãezinhos fresquinhos e maravilhosos que a famosa padaria do restaurante produz. Também pedimos bruschettas al pomodoro, que vieram com azeitonas extras. Meu irmão e minha cunhada beberam um zinfandel californiano. Eu bebi água com gas, já que estava dirigindo. A comida estava deliciosa e nós comemos até dizer chega. A Lívia pediu um macarrãozinho simples com um molho de tomate tão saboroso, que eu não resisti e molhei meu pão nele—com a permissão dela, é claro! Eu devorei um peito de frango num molho picante de peperoncino, servido com purê de batata e espinafre. Meu irmão comeu um scaloppine com marsala e funghi, servido com polenta e broccolini. E minha cunhada foi de ravioli recheado com linguiça italiana, ricota e erva-doce. Depois ainda tivemos coragem de dividir uma sobremesa, que foi uma daquelas muitas sobremesas italianas que eles trazem pra gente escolher num carrinho. Saimos do Il Fornaio com a pança cheia e tão felizes que até esquecemos da frustração de não ter conseguido falar um oi para o governator!

outra salada marroquina
de cenoura

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Essa salada saiu do livro Chez Panisse Vegetables da Alice Waters e ficou deliciosamente diferente. Descasque cenourinhas e corte ao meio. Como as minhas eram pequenas porém bolotudas, cortei em quatro. Cozinhe as cenouras numa panela com água e um dente de alho amassado. Quando as cenouras estiverem macias [mas não muito macias], escorrer e deixar esfriar bem. Colocar as cenouras cozidas numa saladeira e salpicar com páprica, cominho em pó, canela e pimenta cayenne. Temperar com sal grosso ou flor de sal, suco de limão e azeite. Jogar um tantinho de salsinha picada, misturar bem [com as mãos mesmo, pra não machucar as cenouras] e deixar marinando por pelo menos uma hora antes de servir.

risoto de erva-doce & laranja

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Foi a Marianne que me deu a idéia desse risoto, quando ela contou que tinha feito um com a metade do bulbo da erva-doce que ela tinha levado na outra semana. Fiz seguindo a receita básica—quatro xícaras de liquido, para cada xícara de arroz. Refoguei a erva-doce na manteiga. Cortei o bulbo no mandoline e usei também os caules e os raminhos. Depois refoguei o arroz e acrescentei uma xícara de suco de laranja [substituindo o vinho]. Depois as três xícaras de caldo de legume quente, até o arroz ficar pronto. Juntei raspas da casca de duas laranjas pequenas. Daí foi só acertar o sal, deixar descansar uns minutinhos e servir, com ou sem queijo parmesão ralado.

salada de radicchio, figo seco & batata doce

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O super lindo radicchio em flor teve dois fins—uma salada e um refogado. Eu não sou muito fã dessa verdura, mas o Uriel adora e devora tudo, de qualquer jeito, cru ou cozido. A primeira leva virou salada, montada muito simplesmente num prato. Uma camada de folhas de radicchio, outra camada de cubinhos de batata doce cozidos no vapor e pedacinhos de figo seco cozidos no vinagre balsãmico. Para o vinagrete usei suco de limão, azeite, flor de sal e umas sementinhas de erva-doce.

arroz doce com limão

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Adaptei uma receita de arroz doce que saiu na edição de março de 2009 da revista Bon Appétit. Era um arroz doce com baunilha, mas eu fiz com limão, por razões evidentes.

1 1/2 xícara de água
3/4 de arroz basmati
1/4 colher de chá de sal
3 xícaras de leite integral
1 xícara de creme de leite fresco
1/2 xícara de açúcar *usei mel, então coloquei mais
Casca ralada de 3 limões amarelos

Numa panela, leve o arroz, a água e o sal para cozinhar em fogo alto. Quando começar a ferver, abaixe o fogo e tampe. Cozinhe tampado até a água secar. Acrescente o leite, o creme, o açúcar [usei mel] e as raspinhas de limão e cozinhe em fogo médio, mexendo de vez em quando, até o arroz ficar com uma consistência bem cremosa. Sirva morno ou frio.