sopa de romanesco
[com chips de bresaola]

sopa de romanesco

Bem no meio do inverno os brócolis romanesco aparecem na cesta orgânica. Não vou dizer que fico contente, pois apesar da sua aparência festiva e intrigante, o sabor desse legume não me seduz. Geralmente passo ele pra frente, mas vez em quando fico com um. E quando aconteceu, usei o brócolis intergaláctico para fazer uma sopa. Não fiz nada complicado—apenas assei os floretes temperados com azeite e sal, bati no liquidificador com caldo de legumes e temperei com sal e pimenta do reino moída na hora. O que diferenciou essa sopa foi o chips de bresaola. Me inspirei numa receita feita com prosciutto, mas usei a bresaola que eu tinha na geladeira. Imagino que dê pra fazer esses chips com diversos tipos de frios. É só espalhar as fatias sobre uma assadeira coberta com papel vegetal e levar ao forno pré-aquecido em 350ºF/ 176ºC por uns 15-20 minutos, até as fatias ficarem crocantes e quebradiças. Sirva uma porção dos chips grosseiramente quebrados com a mão por cima da sopa.

romanesco romanesco

sopa finlandesa de salmão

sopa finlandesa de salmão

Essa receita é do livro Notes from the Larder do Nigel Slater, mas chegou até mim através da newsletter semanal que recebo do website Culinate. Neste momento qualquer ideia que me ajude a gastar os nabos e rutabagas [nabos suecos] que tenho recebido pontualmente na minha cesta orgânica é extremamente bem-vinda. Mas essa receita é algo além de apenas uma desculpa para usar uns tubérculos. Ela fica deliciosa e é ao mesmo tempo robusta e delicada. O salmão que eu uso é sempre o selvagem pescado no Pacífico, mas você pode usar outro peixe dependendo do local onde você vive. Neste caso acho essa adaptação muito viável e aceitável. Caso não tenha ou não queira usar os nabos, simplesmente omita.

1 cebola média picada
1 alho-poró picado
3 colheres de sopa de manteiga
1 couve-flor, os floretes separados
750 gr de batatas cortadas em cubinhos
350 gr de nabo sueco [rutabaga] cortados em cubinhos
5 xícaras de água
2 tomates picados [*usei em lata]
600 gr de filé de salmão selvagem [*ou outro peixe]
1/2 xícara de creme de leite fresco
Um ramo de aneto [dill] fresco
Suco de limão a gosto

Derreta a manteiga em uma panela robusta e adicione a cebola e alho-poró. Deixe cozinhar em fogo médio, mexendo regularmente até ficarem bem macios. Numa outra panela coloque bastante água para ferver. Quando a água estiver fervendo jogue os floretes da couve-flor e cozinhe até ficar macio. Escorra e reserve.

Adicione os nabos e batatas à cebola e alho-poró e cozinhe em fogo moderado por 10 minutos, mexendo regularmente. Adicione a água, deixe ferver e tempere com um pouco de sal. Abaixe o fogo e cubra a panela parcialmente com uma tampa. Pique os tomates e adicione-os à sopa, logo depois adicione a couve-flor.

Quando o nabo e as batatas estiverem totalmente cozidos, corte o salmão em pedaços grandes e coloque na sopa. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto e deixe cozinhar por cerca de 5 minutos. Despeje o creme de leite e misture delicadamente. Pique o endro e adicione à sopa e mexa. Misture um pouco de suco de limão a gosto e sirva em seguida. Decore com ramos de endro se quiser.

caldo de abóbora

caldo-abobora

Fiz esse caldo para usar na preparação das comidas do Thanksgiving. Aproveitei a casca e as sementes das abóboras que usei pra fazer outras receitas, adicionei o que tinha disponível na minha cozinha—cebola, coentro, salsão e várias especiarias. Cozinhar em fogo baixo por algumas horas, coar, guardar em vidro tampado na geladeira até a hora de usar [ou congelar]. Não é novidade fazer caldo assim, mas gostei desse snapshot que ficou ultra colorido. E o caldo ficou delicia e foi completamente usado.

sopa de raizes medievais
[e laranja]

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Minhas buscas neste momento estão concentradas nas receitas com cítricos, pela razão de que estamos na temporada. O bom é que a maioria das revistas e websites por onde eu procuro ideias publicam receitas com ingredientes sazonais. É o caso da Martha Stewart Living, de onde eu tirei essa receita. O rutabaga veio na cesta orgânica, mas os parsnips e o celery root eu comprei no supermercado. A combinação dessas raizes faz uma sopa bem delicada, um pouco adocicada também pela adição da laranja. Acho que a receita daria certo com uma mistura de outras raizes, para quem não tiver acesso à essas que usei.

1 colher de sopa de manteiga sem sal
1 cebola média picada
1 parsnip descascado e cortadas em pedaços
1 rutabaga descascada e cortada em pedaços
1 celery root descascado e picado
2 ramos de tomilho
4 xícaras de caldo de galinha
2 laranjas, casca ralada e suco espremido
1 laranja extra, cortada em gomos para decorar
3/4 colher de chá de gengibre fresco ralado
1/2 xícara de água ou mais se necessário
Sal grosso e pimenta moída na hora a gosto

Derreta a manteiga em uma panela grande em fogo médio. Adicione a cebola e 3/4 colher de chá de sal e deixe cozinhar até a cebola ficar macia, por cerca de 6 minutos [não deixe dourar]. Adicione as raizes cortadas em pedaços, o tomilho e caldo. Deixe ferver e abaixe o fogo. Tampe a panela e cozinhe até que as raizes estejam bem macias, de 15 a 20 minutos.

Remova o tomilho e bata a sopa em partes no liquidificador [com cuidado!] até ficar um creme. Coloque tudo de volta na panela. Antes de servir reaqueça a sopa. Misture as raspas de laranja, o suco, o gengibre ralado e água, se precisar, Tempere com sal e pimenta do reino moída na hora, decore com gomos de laranja e sirva.

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sopa de lentilha & abóbora
[com molho de nozes]

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Encontrei a receita dessa sopa no jornalzinho mensal do meu Co-op e achei muito interessante a parte do molhinho de nozes. Acrescentei uns cubos de abóbora na sopa e usei sour cream no creme. Achamos super gostoso misturar o creme frio e com as nozes crocante na sopa quente.

2 xícaras de lentilhas
2 colheres de sopa de manteiga [ou azeite]
1 cebola picadinha
1 folha de louro
1 xícara de abóbora crua cortada em cubinhos
6 xícaras de caldo de legumes ou água
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora a gosto
2 dentes de alho grandes [*omiti]
2/3 xícara de nozes levemente tostadas
1/2 xícara de creme fraiche ou creme de leite fresco [*usei o sour cream]
2 colheres de sopa de salsinha picada

Escorra e lave as lentilhas e deixe de molho em água por meia hora. Escorra. Derreta a manteiga em uma panela grande em fogo baixo. Adicione a cebola e a folha de louro. Refogue em fogo médio-alto até a cebola ficar translúcida, por uns 5 minutos. Junte os cubinhos de abóbora e refogue por mais uns minutos. Adicionar as lentilhas escorridas, o caldo ou água e uma colher de chá de sal. Deixar ferver, reduzir o fogo e cozinhar tampado até que as lentilhas estejam macias bem , aproximadamente 30 minutos. Tempere com sal e pimenta do reino moída a gosto.

No mini-processador moer o alho com uma pitada de sal. Adicione as nozes e pulse algumas vezes. Adicione aos poucos o creme de leite até forma uma pasta. Junte a salsinha picada e misture. Na hora de servir coloque a sopa no prato e uma colher do creme de nozes por cima. Sirva imediatamente.

sopa de agrião
[com cenoura & grão-de-bico]

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Desculpem o meu disco quebrado, mas esta é mais uma receita saida do livro Jerusalem dos chefs Ottolenghi e Tamimi. O que mais me chamou a atenção nessa sopa foi a cor verde intensa. E a combinação incomum de ingredientes—agrião, cenoura, grão de bico, água de rosas e a mistura de temperos típica do norte da Africa chamada de Ras el Hanout.

Pedi para o meu filho comprar uma caixinha desse tempero, porque eu não tinha mais e recomendei que ele fosse ao mercadinho internacional de propriedade de uns indianos que fica na 8th street em Davis. Lá o moço que o atendeu disse que ele não vendia e nem tinha como explicar aquilo, mas Ras el hanout não era UMA especiaria e sim uma mistura feita pelo próprio vendedor, algo assim como um pacotinho com tudo de melhor que ele tinha ali na lojinha. Para uma pessoa leiga como eu, que nunca colocou os pés no oriente nem na Africa, só o documentário Jerusalem on a Plate do Ottolenghi me deu condições de entender perfeitamente como isso funciona. Aqui compramos dessas caixinhas da marca Spicely, que meu filho acabou achando no Co-op. Esse Ras el Hanout continha pimenta do reino, cardamomo, macis, pimenta caiena, gengibre, erva-doce, nos moscada, pimenta-da-jamaica, carnela, cravo, curcuma, lavanda e botão de rosa seco. Se você não achar para comprar pronta, use esses ingredientes e faça a sua própria mistura.

Essa sopa ficou deveras interessante. Quando o Uriel provou a primeira colherada disse—parece comida indiana. A água de rosas não fica dominante, mas se você acha que esse ingrediente é algo muito perfumoso para fazer parte de uma sopa salgada, simplesmente omita.

250 gr de cenoura descascadas e cortadas em cubinhos
3 colheres de sopa de azeite de oliva
3/4 colheres de sopa de Ras El Hanout
1/2 colher de chá de canela em pó
Sal a gosto
250 gr grão de bico cozido
1 cebola média cortada em fatias finas
15 gr de gengibre fresco picado
600 ml de caldo de legumes
300 gr de agrião
2 colheres de chá de açúcar
1 colher de chá de água de rosas
Iogurte grego para servir

Aqueça o forno a 400ºF/ 200ºC. Misture a cenoura com uma colher de sopa de azeite, o Ras el Hanout, canela e um pouco de sal e coloque numa assadeira forrada com papel vegetal ou alumínio. Coloque no forno e asse por 15 minutos, em seguida adicione metade do grão de bico, misture bem e deixe assar e por mais 10 minutos, até que a cenoura esteja macia, mas com um pouco de crocância.

Enquanto isso, em uma panela grande em fogo médio, refogue a cebola e o gengibre no azeite restante por cerca de 10 minutos, até ficar macia e dourada. Adicione o grão de bico restante, o caldo de legumes, o agrião, o açúcar eo sal, mexa e deixe ferver. Cozinhe por um minuto ou dois, até que as folhas do agrião murchem. Em seguida bata tudo [com muito cuidado!] em um processador de alimentos ou no liquidificador até ficar um creme homogêneo. Acrescente a água de rosas e mais sal se achar necessário.

Na hora de servir divida a sopa em cumbucas ou pratos fundos e coloque por cima um pouco da mistura de cenoura grão de bico. Decore com um pouquinho de iogurte grego, se quiser.

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sopa de milho & camarão
[com salsa verde]

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Fiz essa sopa primeiramente usando a combinação de milho e cogumelos, depois quis refazer substituindo o milho por camarões. As duas versões ficaram ótimas e podem ser servidas quente, morna ou fria. Com os cogumelos a sopa ficou um pouco mais cremosa e com um sabor mais delicado. Com os camarões o sabor ficou bem intenso. Nós gostamos bastante das duas variantes. O modo de fazer é o mesmo, mas não tive o guia de nenhuma receita nem medidas exatas. Usei o milho fresco, mas o congelado é perfeitamente adequado. O camarão que eu uso é sempre o pescado selvagem nos EUA ou Canadá e nunca aqueles importados da Asia, criados em piscinas.

2 ou 3 espigas de milho grande [os grãos removidos com uma faca]
1 xícara de camarões pequenos, já limpos e descascados
[ou 2 xícaras de cogumelos frescos—usei os criminis]
1/2 cebola picadinha
Sal e pimenta do reino moída a gosto
Azeite para refogar
1 litro de caldo de legumes [ou de cogumelos]
1/4 xícara de creme de leite ou half and half

Numa panela grande e robusta refogue a cebola picada no azeite. Quando ela ficar bem macia junte o milho, refogue por uns minutos e junte o camarão [ou os cogumelos]. Refogue por mais uns minutos e junte o caldo de legumes [ou de cogumelos]. Deixe cozinhar em fogo médio por uns 20 minutos. Tempere com sal e pimenta, desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Bata a sopa no liquidificador em partes [e com muito cuidado!] e vá passando a sopa batida por uma peneira. Pode usar o food mill/ passador de legumes se quiser. Volte toda a sopa para a panela, junte o creme ou half and half e requente. Sirva quente ou morna ou leve para gelar e sirva fria, acompanhada da salsa verde.

Para fazer a salsa verde, grelhe um punhado de pimenta doce numa grelha na boca do fogão ou na churrasqueira—eu usei essa banana pepper que não tem nenhuma ardidura. Pode assar a pimenta no forno também. Depois é só colocar as pimentas grelhadas sem os cabinhos no mini processador, juntar sal, suco de limão e azeite e moer bem. Pode passar por uma peneira se quiser, mas não precisa. Guarde a salsa na geladeira e na hora de servir coloque uma colher de sopa para cada prato sobre a sopa.

sopa de cenoura
[com harissa & coentro]

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Quando fui preparar aquela salada de cenoura com harissa e limão, me distraí e cozinhei as cenouras um pouco além do requisitado e acabei com uma boa porção delas super molinhas esperando uma ideia criativa se manifestar para eu poder usá-las. A solução não foi essencialmente brilhante nem absolutamente inédita, pois eu já tinha feito esse truque de transformar salada em sopa e vice-versa outras vezes. O desfecho resultou numa sopa feita exatamente com os mesmos ingredientes da salada—menos o limão em conserva, que tinha acabado. As cenouras foram reaproveitadas e consumidas no formato de uma sopa muito gostosa e auspiciosa.
Bater no liquidificador mais ou menos 2 xícaras de cenouras cozidas, juntar caldo de legumes ou a água do cozimento das cenouras [que foi o que eu fiz], um punhado de coentro fresco, uma colher de chá de pasta de harissa [um pouco mais, que quiser mais picância], azeite e sal a gosto. Bater tudo até formar um purê, colocar numa panela e levar ao fogo. Cozinhar por uns minutinhos e servir.

sopa de abóbora da A. Waters

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Estou quase alcançando meu objetivo de des-papelizar um pouco a minha vida e transferir todas as minhas assinaturas de revista para o iPad. De todas as revistas de gastronomia, a Food & Wine é a que tem na minha opinião o melhor design e interface. Ela não é apenas uma réplica da revista impressa, como muitas outras versões pra iPad são, mas é bem interativa e adaptada para essa mídia. Posso até dizer que estou gostando muito mais de ler essa revista na sua versão eletrônica. Na edição de fevereiro topei com essa sopa preparada pela genial Alice Waters. Tenho o hábito inconsciente de começar qualquer sopa refogando ingredientes e temperos. Mas com essa receita nada disso acontece. Podemos até ficar desconfiados—como que pode fazer um caldo saboroso sem um bom refogado? A Alice prova que é possível. O aroma da abóbora cozinhando na água com cebolas e uma folha de louro é o indício incontestável. Essa sopa foi muito simples de fazer e ficou deliciosa. Eu usei a intrigante variedade red kuri recomendada na receita, mas pode-se usar também a butternut squash ou qualquer outro tipo de abóbora.

700 gr [3 xícaras] de abóbora cortada em cubos
[red kuri, butternut squash ou outra variedade disponível]
1/2 cebola média cortada em partes
1 folha de louro
1 bulbo médio de erva-doce cortado em fatias
1 colher de sopa de azeite extra-virgem
Sal e pimenta do reino moída na hora a gosto
1 colher de sopa de manteiga sem sal
Nozes ou pecans tostadas
Folhas de manjerona fresco [*usei de orégano] para decorar

Pré-aqueça o forno em 375°F/ 200ºC. Numa panela grande coloque a abóbora cortada em cubos, a cebola, a folha de louro e 3 xícaras de água. Leve ao fogo alto e deixe ferver. Abaixe o fogo, cubra a panela e cozinhe em fogo baixo por 20 minutos.

Enquanto isso, forre uma assadeira com papel alumínio. Numa vasilha coloque as fatias de erva-doce e tempere com 1 colher de sopa de azeite, sal e pimenta do reino moída na hora. Espalhe as fatias de erva-doce na assadeira e leve ao forno por 25 minutos.

Remova a folha de louro da panela, bata o cozido de abóbora e cebola no liquidificador [com cuidado!] ou use o mixer de mão [como eu faço]. Coloque o purê de volta na panela e requente em fogo baixo. Tempere com sal, pimenta do reino moída e 1 colher de sopa de manteiga. Distribua a sopa nos pratos e coloque em cada um punhadinho de nozes [ou pecans], um pouquinho da erva-doce assada, folhinhas de orégano fresco [ou manjerona] e regue com um fio de azeite. Sirva imediatamente.

Essa sopa pode ser preparada antecipadamente, guardada na geladeira e requentada momentos antes de servir.

sopa de feijão branco

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Essa foi mais uma receita inventada. E nem foi por pimponice ou porque sou boa fazendo isso, mas por pura necessidade. Passamos a manhã de sábado fazendo compras e queríamos pegar uma sessão de cinema vespertina, portanto eu não quis perder muito tempo na cozinha. Já tinha o feijão branco cozido—que eu sempre deixo de molho por 24 horas e depois só cozinho rapidamente numa panela de terracota com bastante água e duas folhas de louro. Depois é só bater o feijão e a água no liquidificador e passar pela peneira. Refogar uns dois dentes de alho no azeite e jogar na sopa. Temperar com sal e pimenta do reino moída na hora e deixar ferver e engrossar um pouco. Enquanto isso refogar um radicchio cortado em fatias no azeite. Quando as folhas estiverem bem murchas e não estiver mais formando água, pingar um pouco de vinagre balsãmico. E uma pitada de sal. No mini processador ou pilão colocar um punhado de azeitonas pretas sem caroço e folhinhas de salsinha fresca. Juntar um fio de azeite e transformar numa pasta. Servir a sopa com uma porção do radicchio refogado e uma colherzinha da pasta de azeitona. Torradas para acompanhar, se quiser. Eu quis.