Como um simples cornbread pode se transformar numa peregrinação de dois dias? Eu explico: queria fazer um cornbread, porque já estou com uma abundância de espigas de milho na geladeira. Mas fazer um cornbread não é tarefa tão simples, quando você tem uma dezena de livros de receitas norte-americanas, metade deles com receitas de famílias sulinas. São inúmeras variações dessa maravilhosa iguaria, que pode ser feita de diversas maneiras, salgada ou doce. Passei dois dias folheando livros, procurando a receita exata, que preenchesse os requisitos do que eu queria fazer.
*parênteses: preciso parar de comprar livros.
No final da extensa busca, encontrei o que eu queria no livro Sundays at Moosewood Restaurant. Invés do cornmeal comum, usei o stone ground blue cornmeal, que é feito com o milho azul e vira uma farinha de cor azulada, puxando pro indigo. O resultado fica bem interessante, pois o bolo fica mais escuro, com pontinhas azuladas. Para usar o milharal, resolvi rechear o cornbread com os grãos. Ficou bem gostosinho.
2 ovos
1 xícara de leite ou buttermilk
1/2 xícara de óleo
3/4 colher chá de sal
1/4 xícara de açúcar mascavo – opcional, não usei
4 colheres de chá de fermento em pó
1 xícara de cornmeal amarela ou branca * usei azul
1 xícara de farinha de trigo [pode usar 1/2 comum, 1/2 integral]
Pré-aqueça o forno em 400ºF/205C. Numa vasilha grande bata com o batedor de arame os ovos, leite, óleo, sal e açúcar, se for usar. Bata bem. Acrescente o fermento e bata até formar uma espuminha. Coloque a farinha e o cornmeal. Bata bem até ficar bem lisa. Coloque numa forma untada e asse por uns 20 minutos. Eu recheei com milho cozido – uma espiga, que fervi e raspei com a faca, bastante salsinha picada e cubinhos de queijo monterey jack.