Neide, você transformou o nosso jantar num momento feliz, com sua prática receita de pão de queijo. Muito melhor do que a que eu tinha e usava em tempos longínguos. Segui a receita à risca, usei até o alecrim e a Flor de Sal, não mudei nada, nadinha. Essa vai pro meu caderninho!
pãozinho de polvilho com queijo
½ xícara de leite (120 ml)
¼ de xícara de azeite (60 ml)
1 ovo caipira pequeno
1 xícara de polvilho doce (tapioca starch, fécula de mandioca, goma seca)
2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 pitada de sal ou a gosto
Flor de sal e alecrim para espalhar sobre a massa
Coloque no copo do liquidificador o leite, o azeite, o ovo, o polvilho, o queijo e o sal. Bata bem e distribua em forminhas de empada não untadas. Espalhe um pouco de flor de sal e folhinhas de alecrim por cima e leve ao forno bem quente. Deixe assar por cerca de 20 minutos. Rende: 24 pãezinhos.
Categoria: pães
Panetone caseiro
Minha mãe encontrou a receita de panetone que eu fazia em meados do século passado, quando praticava minhas experiências culinárias na ensolarada cozinha da minha casa em Piracicaba. Quem me deu essa receita foi uma vizinha e lembro que fiz pela primeira vez com ela e depois segui meu rumo sozinha. Eu fazia uma fornada de panetone recheado com frutas e outra com pedacinhos de chocolate para experimentar. Naquela época os panetones de chocolate não eram comuns, então os meus faziam sucesso como novidade. Para quem quiser testar, segue a receita.
1ª MASSA:
5 tabletes de fermento para pão
1 copo de leite morno
1 xícara de água morna
1 xícara de açúcar
3 ovos
4 xicaras de farinha de trigo
Bata no liquidificador os 5 primeiros ingredientes—tudos, menos a farinha. Passe a mistura para uma tigela grande e junte as 4 xícaras de farinha de trigo, misture com as mãos. Deixe em lugar quente e coberto para crescer.
2ª MASSA:
1 xícara de manteiga
1 lata de leite condensado
raspas de limão
raspas de laranja
3 ovos
1 colher de café de noz moscada fresca ralada
1 colher de chá de sal
Farinha de trigo o suficiente mais ou menos 2 quilos, contando com as 4 xícaras já empregadas antes. Convém colocar menos de 2 quilos e se precisar vai colocando mais
250 grs. de frutas cristalizadas enfarinhadas
100 gramas de uvas passas enfarinhadas
Bata a manteiga em creme, junte aos poucos o leite condensado e continue a bater até obter consistencia cremosa. Junte este creme á massa já crescida e acrescente as raspas, os ovos batidos, a noz moscada, sal e farinha de trigo para obter uma massa fofa que não grude na mão. Sove bem e divida em 3 partes. Junte em cada parte um pouco de frutas cristalizadas enfarinhadas e torne a amassar. Coloque em formas próprias de papel ou em formas untadas. Deixe crescer até quase encher a forma. A seguir faça um corte em forma de cruz e coloque um pedacinho de manteiga. Pincele com gema de ovo e leve a assar por 1 hora.
Quantidade: 3 panetones médios.
Notas: Não esquecer de passar as frutas na farinha de trigo. Se for forma própria de papel, não precisa untar a forma. Colocar só metade da massa na forma, porque ela cresce até em cima.
Sayra’s cornbread
Como um simples cornbread pode se transformar numa peregrinação de dois dias? Eu explico: queria fazer um cornbread, porque já estou com uma abundância de espigas de milho na geladeira. Mas fazer um cornbread não é tarefa tão simples, quando você tem uma dezena de livros de receitas norte-americanas, metade deles com receitas de famílias sulinas. São inúmeras variações dessa maravilhosa iguaria, que pode ser feita de diversas maneiras, salgada ou doce. Passei dois dias folheando livros, procurando a receita exata, que preenchesse os requisitos do que eu queria fazer.
*parênteses: preciso parar de comprar livros.
No final da extensa busca, encontrei o que eu queria no livro Sundays at Moosewood Restaurant. Invés do cornmeal comum, usei o stone ground blue cornmeal, que é feito com o milho azul e vira uma farinha de cor azulada, puxando pro indigo. O resultado fica bem interessante, pois o bolo fica mais escuro, com pontinhas azuladas. Para usar o milharal, resolvi rechear o cornbread com os grãos. Ficou bem gostosinho.
2 ovos
1 xícara de leite ou buttermilk
1/2 xícara de óleo
3/4 colher chá de sal
1/4 xícara de açúcar mascavo – opcional, não usei
4 colheres de chá de fermento em pó
1 xícara de cornmeal amarela ou branca * usei azul
1 xícara de farinha de trigo [pode usar 1/2 comum, 1/2 integral]
Pré-aqueça o forno em 400ºF/205C. Numa vasilha grande bata com o batedor de arame os ovos, leite, óleo, sal e açúcar, se for usar. Bata bem. Acrescente o fermento e bata até formar uma espuminha. Coloque a farinha e o cornmeal. Bata bem até ficar bem lisa. Coloque numa forma untada e asse por uns 20 minutos. Eu recheei com milho cozido – uma espiga, que fervi e raspei com a faca, bastante salsinha picada e cubinhos de queijo monterey jack.
Pão de cebolinha verde
Me encantei com essa receita, porque adoro pão com coisinhas dentro. Há muitos anos, quando ainda me aventurava a fazer pão em casa, eu tinha uma receita básica onde eu colocava restos de arroz integral cozido ou cevada cozida. Eu chamava de pão crocante, porque ficava mesmo pedaçudo. Infelizmente essa minha fase Thoreau passou e até a minha panificadora portátil, que me serviu para fazer pães mais modernos, estava aposentada. Mas o pão da Ana me fez levantar e sacodir a poeira! Tirei a máquina de pão do fundo do armário, espanei geral e fiz essa receita deliciosa. Não usei o bacon, porque não tinha. Mas usei bastante chives—ciboulette, que eu precisava detonar com urgência. Essa idéia do cream cheese na massa é supimpa! Deixa o pão com uma maciez cremosa. Quando vi a massa sendo sovada inicialmente pela máquina, até pensei que aquilo não iria pra frente. Mas não tem erro. Pão nota dez! E agora que desempoeirei a panificadora, muitos outros pães virão, especialmente com essa fantástica possibilidade de não precisar ligar o fOOOrno!
Pão de cebolinha verde
3/4 xícara de água morna
2 colheres de chá de fermento de pão seco
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
1/2 xícara de queijo cremoso – cream cheese
3 colheres de sopa de cebolinha verde picada * usei ciboulette
Bacon torrado e picadinho opcional * não usei
3 1/4 xícaras de farinha especial para pão * usei comum
Coloquei todos os ingredientes na máquina e usei o ciclo básico. Voltei três horas depois e tirei o pão para deixá-lo esfriando na grade.
a culpa foi do Misty
o desastre |
A ironia disso tudo é que eu tenho publicada uma excelente receita de pão de queijo, uma das receitas mais requisitadas aqui neste blog. É verdade que eu nunca fiz o pão de queijo Pat, nem pão de queijo algum. Sou uma brasileira que nunca fez pão de queijo! Bem, eu fiz daqueles horrorríveis de liquidificador que foi moda total nos anos oitenta, mas esses nem contam como pão de queijo. Outro dia me deparei com uma receita de um pão de queijo colombiano numa edição antiga da revista Gourmet. Me meti a fazer, porque eu tenho mesmo esse espírito de porco que incarna vez ou outra.
A receita é super simples, como quase toda receita de pão de queijo. Mas eu resolvi fazer com metade das medidas, pois não tinha polvilho suficiente pra receita inteira. Quando a gente vai mudar alguma coisa numa receita—principalmente medida, tem que se colocar num modo de concentração extremo. Essa parte já não é o meu forte, especialmente porque eu tenho inúmeras distrações na cozinha. E a pior delas é o meu gato Misty. Só quem tem animal de estimação em casa vai entender o que é fazer tudo com uma criatura peluda aos seus pés. No caso do meu gato Misty, ele está constantemente ao meu lado. Se eu não fechar a porta do banheiro na cara dele, ele me acompanha e fica na minha frente, me encarando, enquanto eu estou sentada na privada. Na cozinha ele é uma presença constante. E fica nos lugares estratégicos—em frente da pia e do fogão, ou no meio entre a pia e o fogão, que é o território por onde me movimento quando estou cozinhando. Pois enquanto eu fazia a receita do pão de queijo da revista, o gato gordo se postou insistentemente aos meus pés, com o rabão esticado, me deixando nervosa, me atrapalhando e me distraindo. O resultado é que eu errei as medidas de açúcar, sal e fermento. Os pãezinhos cresceram na largura e achataram. Ficaram massudos, adocicados e borrachudos. Tenho uma penca deles agora e não acredito que eu possa fazer um reaproveitamento, como torrar ou grelhar. Com certeza vão todos pro lixo, que tristeza. Meus primeiros pão de queijo, um fracasso total!
* a receita, pra quem quiser tentar. retire antes os gatos e cachorros da cozinha!
Pan de Bono
receita dos chefs Jose Luis Flores e Douglas Rodriguez.
revista Gourmet novembro de 2004
3 xícaras de polvilho – tapioca flour
2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres de sopa de açúcar
1 1/2 colher de chá de sal
1 colher de chá de fermento em pó
3/4 lb – 3 xícaras de mozzarella fresca ralada grosseiramente
1 xícara de leite integral
2 ovos
1/2 tablete [1/4 xic] de manteiga derretida e esfriada
2 colheres de sopa de óleo
Aqueça o forno em 375ºF/200ºC. Forre duas formas com parchment paper. Misture os ingredientes secos numa vasilha e bata com o batedor de arame. Junte o queijo. Incorpore bem. Numa outra vasilha bata os ingredientes liquidos. Misture o liquido ao seco, misture bem com uma colher de pau, faça bolinhas, coloque na forma com espaço entra cada uma e asse por 30 minutos. Deixe esfriar numa grade.
[mini] cornbread puddings
Mais um cornbread. Sim, mais um cornbread. Eles não são deliciosos? Vale a pena fazer de novo, de novo, de novo! Esse saiu da edição de março de 2007 da revista Everyday Food. Era pra ser do tamanho de mini-muffins, mas eu fiz em tamanho regular, pois não tenho forma para mini-muffins. E usei blue cornmeal, que é realmente azul [um indigo bem desbotado] e é um pouco mais pesada e tem mais proteína. Os pãezinhos ficaram bem macios, com uma textura incrivelmente cremosa. Segundo a receita, isso é devido ao sour cream.
Se fizer na forma de mini-muffins, rende 24 bolinhos, na forma normal rende 12.
1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de cornmeal
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 ovo grande
1 1/2 xícara de sour cream
1 lata [400g] de milho
Unte a forma de muffins com manteiga.
Pré-aqueça o forno em 425ºF/220ºC.
Numa vasilha média misture a farinha, o cornmeal, o açúcar, o fermento em pó, o bicarbonato de sódio e o sal. Faça um buraco no centro e acrescente o ovo, o sour cream e o milho. Misture tudo junto até ficar incorporado, mas não exagere. Coloque a massa na forma e asse por 15 minutos. Deixe esfriar. Pode guardar fora da geladeira num tupperware bem fechado por até 2 dias.
Pão de banana com coco
Assim que eu vi essa receita, apressei o passo e sem delongas me pus a fazê-la. Imagina só que a Molly, dona do blog, está testando receitas para o seu livro de culinária – pressinto que na minha próxima encadernação chegarei lá também, escreverei um livro com minhas próprias receitas, testadas e aprovadas. Bom, essa é outra história. O negócio é que esse pão de banana é o que há! Fica pesado, mas com um sabor cremoso – não dá pra explicar – faça o seu, coma e me diga se o sabor não é mesmo cremoso.
banana-coconut bread
3 bananas bem maduras
2 xícaras de farinha de trigo
¾ colher de chá de fermento em pó
½ colher de chá de noz moscada ralada na hora
Uma pitada de sal
1 tablete de manteiga sem sal na temperatura ambiente
1 xícara de açúcar
1/8 colher de chá de vinagre
1 ½ colher de sopa de rum escuro
½ xícara de coco seco ralado
1 colher de sopa de açúcar demerara ou mascavo
Pré-aqueça o forno em 350ºF/180ºC.
Unte uma forma de pão com manteiga.
Amasse as três bananas com o garfo até formar um purê.
Numa vasilha separada misture a farinha, fermento, noz moscada e sal.
Na batedeira bata o açúcar com a manteiga até formar um creme. Adicione o rum e o vinagre. Adicione o purê de banana e a mistura de farinha alternadamente e batendo sempre. Ajude com uma espátula, pois a massa fica grossa. Misture o coco ralado e mexa bem com a espátula. Coloque a massa na forma e espalhe o açúcar demerara por cima. Asse por 50-60 minutos. O açúcar vai dar uma casquinha crocante ao pão e a mistura de coco e banana é simplesmente perfeita. Tire do forno e deixe esfriar bem antes de cortar e servir.
Cake Aux Olives
Esta receita é SEN-SA-CI-O-NAL e eu acho que peguei aqui – não tenho certeza, porque ela estava na minha inbox e eu a encontrei absolutamente por acaso, procurando por uma outra receita. Eu tenho o hábito de enviar para mim mesma receitas que eu ache interessante. Fica mais fácil encontrar no meu inbox fazendo uma busca, do que correr atrás de links e webpages. Bom, essa receita estava guardada há tempos, tinha até me esquecido. Mas que surpresa maravilhosa! Eu adoro tudo o que vai bebida e azeitona. Esse bolo/pão é um “treat”, além de ser facílimo de fazer, fica delicioso! Com certeza vou fazer outras vezes.
Cake Aux Olives
2 xícaras de farinha de trigo
4 ovos
2/3 xícara de azeite
1/3 xícara de vinho branco seco
1/3 xícara de dry vermouth
1/2 colher de sopa de fermento em pó
1 1/2 xícara de queijo gruyere ralado
Sal e pimenta do reino a gosto
7 ozs/ 200 gr de azeitona verde descaroçadas e picadas
7 ozs/ 200 gr de presunto picadinho
Pré-aqueça o forno em 355ºF/180ºC.
Coloque a farinha numa vasilha – eu usei a batedeira com o paddle – faça um buraco no meio e coloque lá os ovos, vinho, vermouth e azeite. Misture bem. Adicione o fermento e o queijo ralado. Tempere com sal e pimenta. Jogue as azeitonas e o presunto. Misture bem e jogue tudo numa forma de pão bem untada com azeite. Asse no forno pré-aquecido por mais ou menos uma hora, ou um pouco mais. Quando o pão ficar dourado e uma faca inserida no centro sair limpa, ele estará pronto. Remova do forno e deixe descansar uns minutos. Retire da forma e deixe esfriar bem antes de fatiar.
guess who’s [not] coming to dinner?
Quando vi a receita dos pãezinhos assados da Cris, fiquei animadíssima, pois ela especificava um importante detalhe: a massa não precisava ser sovada, nem esperar crescer. Ah, tava pra mim! Cheguei em casa e fiquei uma meia hora zanzando pra lá e pra cá na cozinha—como eu SEMPRE faço—abrindo e fechando a geladeira, os armários e murmurando palavras sem nexo como, e agora, o que vou fazer, será o benedito? Felizmente me lembrei a tempo da receita da Cris e resolvi mandar bala. Parecia facílima, sem erro.
Separei os ingredientes e estava misturando tudo com cuidado para não esquecer nada quando ouvi um toctoctoc na porta de vidro do quintal. Era a minha inqulina, que às vezes aparece pra dizer oi. Abri a porta correndo e ela foi entrando, já tirando o casaco e ficando à vontade – percebi que iria ter uma auto-convidada para o jantar. Consegui ainda misturar outros ingredientes quando o telefone tocou—era o Uriel avisando que não viria jantar. Tive então certeza que teria uma convidada pro jantar…
Resolvi que os pãezinhos iriam ser recheados com salame e queijo. Pensei que a massa seria de enrolar, mas acho que fiz alguma coisa errada pois a massa ficou mole e acabei colocando na forma de muffins com uma colher. Apesar de feinhos, eles assaram bem e cresceram. Minha inquilina já estava quase roubando um, quando eu sugeri que comessemos decentemente na mesa.
Arrumei a mesa e sentamos para comer os pãezinhos recheados, que não rechearam muito bem, acho que seria melhor misturar o recheio na massa. Mas eles ficaram com uma textura de bolinho bem fofinhos. Comemos acompanhados de uma salada simples, temperada com a maravilhosa Flor de Sal. Como acho que não acertei fazer esses pãezinhos desta vez, decidi que vou tentar de novo!
Minha inquilina adorou tudo, disse que estava delicioso, maravilhoso, fora do comum – ela é assim exagerada! Comeu um pãozinho de queijo com marmelade e outro de salame, mesmo não gostando de salame. Outstanding.
Pão de Queijo da Pat
Minha cunhada Patrícia é uma exímia cozinheira. Tudo o que ela faz é um primor e fica uma delícia. Ela nos convidou para um lanchinho e eu já sabia que iria ser uma festança. Um dos ítens foi esse pão de queijo especial. Preciso dizer que a Pat é mineira de Belo Horizonte, então o pão de queijo é mesmo imbátivel!
Pão de Queijo da Pat
1 quilo de polvilho azedo
1 quilo de batata cozida e espremida
1 copo americano de leite em temperatura ambiente
1 copo americano de óleo
1 colher de sopa de sal
1/2 queijo de Minas curado ralado
6 ovos caipiras grandes
Colocar o polvilho numa vasilha, espremer a batata cozida ainda quente em cima do polvilho. Coloque o sal. Misture bem com as mãos. Coloque o leite e misture com as mãos. Coloque o óleo e misture, sempre com as mãos. Coloque o queijo ralado e por último os ovos. Mexer bem com as mãos. Para dar um toque especial, pode acrescentar uma colher de sobremesa de sementes de erva-doce.
A massa deve ficar macia como uma massa de modelar. Se estiver quebradiça, precisa acrescentar mais um ovo. Modelar os paezinhos e assar no forno pré-aquecido na temperatura mais alta por 20 a 30 minutos. Essa massa pode ser congelada.