trimestre da primavera

Mais um ciclo se inicia. As aulas recomeçaram, o campus se encheu de estudantes e muitas daquelas arriscadas bicicletas. A população agora se divide em quem está sofrendo com a gripe e quem está sofrendo com alergias. Eu estou apenas tentando manter os olhos abertos, porque o vento ou outro mensageiro maldoso me presenteou com uma horrorilda conjuntivite. A cidade está coberta de pétalas de flores, algumas já se decompondo. O vento sopra gelado, dando a impressão de que tempo quente é apenas fruto da nossa delrante imaginação. Minha horta está renascendo de uma maneira excitante. O orégano reapareceu em diversos pontos, assim como a menta chocolate, que folgada como ela só já está se espalhando. Também tem chives e tomilho, a sálvia ainda mirrada, alguma salsinha e um montão de rúcula, picante e verdona. A cesta orgânica recomeçou sem muitas novidades—um maço pequeno de espinafre com folhas imensas, ramos de alho verde e mais aspargos magrelos. Estou notando a ausência das rosas, que já deveriam estar enchendo os meus vasos. Minhas roseiras ainda estão peladas, mas não por muito tempo—em breve, quem vier verá.

só me restaram as flores

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Fui toda pirilampa buscar minha cesta orgânica semanal na fazenda da UC Davis, já antecipando as lavagens e tais. Nem lembrei que não tinha recebido naquele dia a mensagem que sempre recebo, contando um pouco sobre a semana na fazenda, o que está por vir, quem colheu o que com cuidado e carinho e a esperada lista dos produtos. Não lembrei também que já tinha recebido a mensagem do final do quarter de inverno e perspectivas para o quarter de primavera, com custos, calendário, eteceterá. Por causa do sambalelê em que minha vida se transformou nas últimas semanas, não lembrei de nada, fiz o que sempre faço automaticamente e como já fiz antes, cheguei na fazenda e encontrei tudo vazio. Elementar minha cara, a cesta está no spring break, junto com a massa de estudantes que simplesmente desapareceu do campus depois do estresse do exames finais. Minha vida segue mais ou menos o ritmo do sistema de quarters [trimestres] da universidade. Quando as aulas começam, me atrapalho manobrando a bicicleta no meio da horda de gente também bamboleando ou fazendo tolices em duas rodas, gente falando no celular, correndo, carregadas de livros, pratos ambulantes, milhares de copos gigantes cheios de café, fones de ouvido, laptops. Quando os estudantes têm um break, tudo muda. Minhas pedaladas na segunda-feira foram tranquilas, por um campus vazio, ouvindo apenas uma barulheira de passarinho, recebendo uma chuva de flores nos ombros, com as alergias borbulhantes, sol aquecendo a alma, doce aroma da nova estação. Que surpresas terei quando a cesta orgânica voltar, junto com os estudantes, no último dia de março?

um encontro com Michael Pollan I

Michael Pollan está em casa em Berkeley. Antes do inicio do evento, enquanto as pessoas se acomodavam nas cadeiras do auditório lotado do Wheeler Hall, no centro do campus da Universidade da Califórnia, ele conversava com alunos, colegas e fãs. Descontraído e simpático, Pollan subiu ao palco sem delongas e fricotes de celebridade, para ser entrevistado por Cynthia Gorney, sua colega no Graduate School of Journalism.

A professora Gorney começou a entrevista contando que jantou com Pollan no Café Rouge em Berkeley e que podia afirmar que ele é um sujeito normal, que come com garfo, faca, usa guardanapo e se vira muito bem com copos de vinho. Na sequência Gorney perguntou o que toda a platéia gostaria de saber—Michael, o que você comeu no jantar? Ele descreveu um menu bem simples, preparado na cozinha da sua casa em Berkeley: macarrão integral com atum em lata, azeitonas e limão. Claro que o atum é o de melhor qualidade, cuja pesca não põe os golfinhos em risco e tudo o mais era orgânico e local.

Pollan fez um apanhado geral do seu novo livro In Defense of Food: An Eater’s Manifesto, comentando também o best-seller O Dilema do Onívoro. Foi uma conversa agradável, divertida e instrutiva, entre Pollan, Gorney e o público, que participou com perguntas por escrito. Pollan falou sobre muitas coisas, muitos tópicos importantes, recebeu aplausos com alguns dos seus comentários e o tempo todo se via muitas cabeças, inclusive a minha e a da minha amiga Eliana, se movimentando em concordância à tudo o que ele falava.

Pollan conta que muita gente chega até ele confessando que não está conseguindo avançar na leitura do O Dilema do Onívoro por puro temor do que virá pela frente. Os leitores assustados dizem que têm medo de chegar ao final do livro não conseguindo comer mais absolutamente nada. Mas Pollan afirma que quando o público sabe de onde vem a sua comida, ele consegue tomar decisões mais acertadas sobre a sua dieta. Segundo Pollan a indústria dos alimentos necessita de um sistema com transparência máxima. Se as paredes dos matadouros fossem de vidro e qualquer pessoa pudesse observar como os animais são abatidos nesses lugares, muita coisa iria mudar e essa seria a melhor maneira de fazer uma limpeza geral em todos os níveis do esquema industrial de processar alimentos.

Para Pollan, está tudo errado com a maneira como nós nos alimentamos. No In Defense of Food, Pollan detona sem pena as milhares de pesquisas nutricionais que, como num samba do crioulo doido, ditam modas, impõem diretrizes, mudam dietas e crucificam ou endeusam certos alimentos, fazendo de todos nós escravos da comida, que acaba sendo consumida por causas dos seus beneficios nutricionais e não por motivos mais singelos, como sabor e prazer. Para Pollan, o resultado dessa confusão toda é que a indústria dos alimentos está produzindo pacientes para a indústria de saúde [ou de doenças, se você preferir].

A solucão para essa enrascada onde nos enfiamos, transformando o ato de comer numa atividade puramente mecânica e carregada de pressa, estresse e culpa, é simplesmente voltarmos a fazer como fazíamos antes, e isto quer dizer apenas voltar a cozinhar com ingredientes de verdade, não produtos processados. Pollan recomenda se que gaste mais dinheiro e mais tempo comprando e preparando nosso alimento. O custo da comida barata é mais gasto com a saúde, ele afirma. Gasta-se um pouco mais com produtos de melhor qualidade, compra-se e come-se menos, porque ninguém precisa comer carne todos os dias, beber litros e litros de leite e se entupir de toneladas de comida em todas as refeições.

Para quem argumenta que vivemos numa sociedade corrida, que todos trabalham, que ninguém pode perder horas do dia labutando na cozinha, Pollan responde: você arruma tempo para fazer as coisas que valoriza. Há tempo de sobra para assistir tevê, jogar golfe ou navegar na internet, por que não há tempo suficiente para se preparar uma refeição simples e honesta, com ingredientes frescos e saudáveis?

Pollan recomenda que se invista numa cesta orgânica [as CSA que ele diz adorar!], comprar local nos Farmers Markets e fazer sua própria horta. Ele também diz que se der saudades de porcarias a regra é: pode-se comer toda a junk food que se quiser, desde que se faça a sua própria. Se você tiver que fazer batata-frita em casa, quantas vezes por ano vai comer essa delícia? Muitos aplausos!

Pollan é um homem alto, com os pés mais gigantescos que eu já vi na minha vida e com um sorriso espontâneo e largo. Me pareceu mais velho pessoalmente do que eu havia imaginado. Mas a simpatia é visível e contagiante. Logo depois da palestra ele foi para o hall de entrada do teatro autografar livros. Ouviu, conversou e interagiu com cada um dos seus fãs. Eu esqueci de levar meus livros, mas minha amiga Eliana levou o dela e ganhou um autógrafo sugestivo—eat good! Nós comentamos que ele não parece ter sido contagiado com a celebridade que alcançou. E com certeza não será, porque apesar dele estar desempenhando esse importante papel de guia, ele dá a impressão de estar caminhando ao nosso lado e não na nossa frente e isso é funciona como um incentivo fora do comum.

Alguns mandamentos de Michael Pollan
.Não coma nada que a sua avó não consiga reconhecer como comida.
.Evite comidas que contenham ingredientes que você não consiga pronunciar.
.Evite comer qualquer coisa que não apodreça.*
.Evite produtos que prometem benefícios para a sua saúde.
.Compre produtos nas áreas periféricas do supermercado—os perecíveis.
.Melhor ainda, não compre em supermercados, mas sim nos Farmers Markets, ou assine uma CSA.

*Pollan carrega pra cima e pra baixo há anos, um pacotinho com dois bolinhos industrializados, para provar que os trequinhos continuam perfeitos, fofinhos e sem nenhum bolor ou descoloração, mesmo com o passar dos anos——e-ca!

a tal da cesta orgânica

Muita gente me pergunta que raios de cesta orgânica é essa, a qual eu me refiro todo o tempo aqui no Chucrute. Ela é a minha fonte de legumes e verduras, tem sido por quase uma década. Eu pago uma taxa trimestral e recebo uma cesta cheia de verduras e legumes uma vez por semana. Na verdade eu não recebo, mas vou buscar eu mesma lá na fazenda dos estudantes da Universidade da Califórnia aqui em Davis. Os legumes e verduras são sazonais, então eu só consumo o que está na crista da onda. Tudo é plantado e colhido na fazenda, pelos estudantes e funcionários. Essa minha cesta é uma CSA—Community Supported Agriculture, que é um negócio bem legal, pois você se compromete, pagando adiantado como uma assinatura de revista, a consumir produtos locais, produzidos por uma fazenda da sua comunidade. Pra mim funciona muito bem, apesar que essa cesta contém produtos suficientes para alimentar duas famílias pequenas. Eu costumava dividir minha cesta, mas já faz um tempo que não faço mais, por isso essa abundância que nem sempre conseguimos dar conta.

* nas fotos se vê alguns melões, que chegam no verão. a cesta às vezes tem frutas, mas é um treat, assim como são os feijões, pipoca, tomates secos e as flores.

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Para quem está nos EUA e acha que não vai encontrar esse tipo de CSA na sua região, eu sugiro uma olhada no website do USDA. E sei que esse serviço de venda e entrega de produtos orgânicos está se disseminando e pode ser encontrado por todos os cantos do mundo. Converse com quem já tem esse serviço e mora na mesma área que você. Muitos fazendas fazem entregas em casa. Se puder vá visitar a fazenda, pra ter certeza que não está comprando gato por lebre. Eu estimulo esse tipo de consumo, pois acho que vale à pena. Eu tenho que ir buscar minha cesta na fazenda, depois tenho que lavar tudo muito bem lavado, pois os produtos vem bem sujos de terra e com bichos, mas não troco minha cesta por nada, muito menos por produtos semi-processados , cheios de orvalho de mangueirinha e lustrosos de cera do supermercado.

Se eu ganhasse uma pataca por cada pessoa que eu já inspirei e ajudei na conversão para os CSA orgânicos nesses últimos anos, já teria uma pequena poupança. Muito bom, muito bom mesmo!

aquele do tomatão

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O supermercado que eu mais frequento e que mais gosto aqui em Davis é o Food Co-op. Eu vou lá mais ou menos duas vezes por semana, mas eu conheço gente que vai todo dia. É muito difícil não gostar daquele lugar. Assim que cheguei em Davis, enquanto esperava a burocracia da minha papelada para poder trabalhar, fiz voluntariado no Co-op. Por dois meses trabalhei recebendo como pagamento um bom desconto nas compras. Eu tirava a poeira das prateleiras, re-arranjava os produtos, deixava tudo bonitinho. Foi uma experiência interessante e desde então, passei a ser apenas consumidora.

Adoro ir lá por causa do ambiente. Não é um supermercado grande, nem chique, mas tem uma vibração super legal e é frequentado por pessoas bacanas de todas as tribos. Os funcionários são de uma gentileza ímpar e percebe-se que é uma coisa genuína, não é reflexo de um treinamento de marketing. Outro dia fiz uma pergunta pra um cara altão que estava enchendo alguns containers de bulk com produtos e ele—sem parar de falar um minuto, me levou pra cá e pra lá, me mostrando as opções. Difícil sair insatisfeito de lá.

No Co-op eu sempre encontro amigos e faço sucesso com minha sacola e-correta. Os caixas e empacotadores revezam, mas sempre puxam conversa, agradecem quando você toma a iniciativa e coloca as coisas na sacola. E tem sempre gente interessante nos corredores e nas filas. Outro dia um rapaz completamente out there comprava várias garrafas de cerveja. A cena estava engraçada, porque ele não estava com os dois pés completamente seguros no chão do planeta. No final ele saiu com umas garrafas enfiadas em sacos de papel e esqueceu uma pra trás. E ontem mesmo no caixa atrás de mim, um casal estrangeiro, que achei que deveriam ser filipinos, não falava UMA palavra de inglês e ria muito, de tudo, tentando se comunicar com a caixa, que tinha o rosto completamente vermelho e não sabia mais o que fazer para explicar que a sacola de papel era DE GRAÇA!

Além das coisas deliciosas que o Co-op vende e que muitas vezes só se encontra lá, ainda temos a vantagem lúdica de sermos recepcionados na entrada por um tomate. A estátua ostensiva e acolhedora faz parte do tratamento diferenciado que nenhum outro supermercado tem.

* foto da escultura do tomate tirada DAQUI

cem por cento local

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Um almoço cem por cento local—norte da Califórnia. O peixe é um leopard shark pescado em Bodega Bay, temperado com sal, pimenta branca, envolto no fubá e frito no óleo, servido com um gomo de limão do meu quintal. A salada são folhas verdes dos meus produtores favoritos no Farmers Market com as passas dos fazendeiros de Sanger, temperada com limão, azeite, sal. Os cogumelos são também do Farmers Market, do produtor japonês de quem eu compro cogumelos orgânicos todo sábado, eles foram refogados com alho da cesta orgânica da fazenda da UC Davis e azeite orgânico do Napa Valley. Se quiser esticar mais um pouquinho o esquema eat local, os pratos também podem ser considerados locais, pois são feitos manualmente em Sausalito, pela Heath Ceramics. Nota final do crítico, depois dessa refeição: estava excelente. me senti almoçando no Chez Panisse. ha ha ha ha ha!

Jacob’s cattle beans

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Esses feijões heirloom vieram como treat na cesta orgânica desta semana. Deixei de molho de um dia para o outro e depois cozinhei até eles ficarem macios. Escorri o feijão [e guardei a água do cozimento para sopa] e temperei ainda bem quente com bastante azeite, um pingo de vinagre de champagne, flor de sal e bastante coentro picado, que era a erva fresca que eu tinha disponível. Os feijões foram o centro da refeição. Simples assim.

Eat your view!

“Eat your view!”—Atualmente lê-se isso por toda a Europa em adesivos colados por todos os cantos. Como está implícito na expressão, a decisão de consumir produtos locais não é somente um ato de conservação, mas é também uma ação provavelmente muito mais efetiva [e sustentável] que mandar cheques para organizações ambientais.

Mas “Eat your view!” envolve um bocado de trabalho. Participar da economia local requer um esforço consideravelmente maior do que fazer compras no Whole Foods. Não iremos encontrar produtos para o microondas nos Farmer’s Markets ou na nossa cesta orgânica dos CSA [Community Supported Agriculture], e certamente não poderemos comprar tomates em dezembro. O consumidor de produtos locais vai precisar correr atras da fonte para a sua comida. Vai ter que descobrir quem tem a melhor carne de carneiro ou os melhores milhos. Depois disso, ele ainda vai precisar se reconectar com a sua cozinha. O maior atrativo da comida industrializada é a conveniência, pois ela oferece a oportunidade para que as pessoas muito ocupadas deleguem para outros o ato de preparar [e preservar] o seu alimento. No lado oposto da cadeia alimentar industrializada, que se inicia numa fazenda com plantação de milho em Iowa, um consumidor de alimentos industrializados senta-se a mesa [ou, cada vez mais freqüente, no banco do carro]. O maior mérito do sistema industrial de alimentos foi ter nos transformado nessa criatura.

Tudo isso para dizer que o sucesso de uma economia local implica não somente num novo tipo de produtor, mas também num novo tipo de consumidor. O tipo que encara as tarefas de procurar, comprar, preparar e preservar o alimento não como um fardo, mas como um prazer. O tipo cujo paladar não lhe permite comer num MacDonald’s e cujo senso de comunidade não lhe deixa fazer compras num Wal-Mart. Esse é o consumidor que entende a frase memorável de Wendell Berry—comer é um ato agrícola, onde poderíamos acrescentar que é também um ato politico.
Michael Pollan em O Dilema do Onívoro

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

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Será que é culpa do trânsito de Marte retrógado pegando a minha lua?

Primeiro a caixa da quinoa vazou e zilhões de sementes se espalharam rapidamente pelas prateleiras e frestas da geladeira. Depois o triturador da pia entupiu e subiu aquela água borbulhante amarelada, que gira em falso como se fosse um redemoinho gago. Liguei rapidamente pro Uriel pedindo socorro, pois apesar da pia ter duas bacias, a que tem o triturador é a mais útil, a mais fácil, e eu não posso cozinhar sem usar a torneira. Ele veio e a meleca estava realmente grande. Depois de remover tudo o que fica guardado em baixo da pia, desligar o aparelho, remover o cano, drenar a água escura cheia de pedaços semi-moídos de casca de mexirica, apareceu o grande causador do estrago: uma tampinha de plástico, que deve ter caído lá por acidente. O jantar saiu, mas antes tive que trocar os tapetes da cozinha e me descabelar na frente do fogão, pois justamente naquele dia a lentilha que estava na panela tentando virar sopa, não amolecia de jeito nenhum.

E no dia que resolvi fazer uma receita de tuna melt porque iria jantar sozinha e comecei a não achar os ingredientes—um atrás do outro. No final das contas a única coisa que eu tinha era mesmo um lata de um maravilhoso atum espanhol, que eu compro lá no Corti Brother’s. Bom, pelo menos isso, eu tinha um atum de excelente qualidade preservado no azeite, que compensou a falta de TODOS os outros ingredientes. Não tinha pita bread, não tinha salsão, não tinha pickles, nem queijo cheddar e a maionese até que tinha, mas quando eu abri o pote ela estava com uma camada amarela e um cheiro de ranço. Foi pro lixo. Fiz então o tuna melt à minha maneira, usando um pão indiano e temperando o atum com salsinha picada. Usei também uns tomates meio sem gosto, fora de época, que ainda teimam em chegar na cesta orgânica, cobri com queijo manchego ralado e assei. Não ficou nada igual a um verdadeiro tuna melt, mas ficou bom e eu comi assim, como sempre como quando estou sozinha, com uma bandeja no colo vendo um filme, na sala de tevê.