sopa de ervilha & bacon

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Porque eu já tinha combinado de pegar um cinema com uma amiga na sessão das sete e o Uriel já tinha avisado que não iria jantar, abri portas de armários e da geladeira freneticamente durante o meu almoço, para tentar bolar um menu rápido e prático para a noite. Ervilhas secas acenaram idilicamente através de um vidro e desesperadas fatias de bacon congeladas imploraram—nos use e abuse!

Cheguei em casa às cinco da tarde com uma missão definida: fazer uma sopa com as ervilhas e o bacon. Tudo muito rápido, porque ainda queria tomar um banho antes de cascar para o cinema.

Cortei as fatias de bacon, que já tinham sido descongeladas e estavam mais calmas em pedacinhos pequenos e fritei numa panela. Quando o bacon estava bem fritinho, acrescentei um dentão de alho picadinho, uma cenoura picadinha e refoguei uns minutos. Juntei as ervilhas secas já lavadas e escorridas e refoguei mais um pouco. Juntei água o suficiente e tampei para que as ervilhas cozinhassem. Quando as ervilhas amoleceram, juntei um pouco de vinho branco, sal, pimenta e deixei cozinhar mais um pouco. Eu quis uma sopa pedaçuda, então não bati nada no liquidificador, nem usei o mixer de mão. Antes de servir juntei umas folhas de manjericão que estavam abandonadas em cima da pia, sobra de um macarrãozinho que tinha feito na noite anterior. Como também tinha dois salsichões que sobraram de um outro dia, cortei em rodelas e coloquei na sopa, mas me arrependi de ter feito isso, pois achei que emperequetou demais. Somente o bacon teria sido suficiente.

madame moussaka

De repente começou a chegar berinjelas e mais berinjelas na cesta orgânica. Num piscar de olhos eu acumulei umas dez de tamanho médio. Precisei fazer uma receita que usasse muitas de uma vez. Só pude pensar na madame moussaka, que coincidentemente é um dos pratos favoritos do Uriel. Ele uma vez me contou que a mãe costumava preparar a moussaka e ele adorava. A que ela fazia era com carne moída. Na verdade eu nunca comi moussaka alguma em tempo algum na casa da minha sogra. Mas lembrança de filho é sagrada, então sempre que preparo esse prato é exclusivamente pra ele e pensando nele. Já fiz moussaka com carne moída, mas sinceramente prefiro sem. E desta vez fiz sem carne, pois só a berinjela pra mim já basta. Comecei a preparação no dia anterior, fatiando as berinjês e deixando de molho na água salgada por uns minutos. Escorri bem, coloquei numa vasilha grande e temperei com sal, pimenta, ervinhas secas e bastante azeite. Grelhei na churrasqueira, mas dá pra fazer no grill ou no forno. Guardei as fatias grelhadas na geladeira. Isso agilizou a preparação da moussaka no dia seguinte, que montei num vapt-vupt.

Untei um refratário com azeite. Coloquei uma camada das fatias de berinjelas, outra de queijo mussarela, outra de molho de tomate feito em casa, outra de mussarella, outra de berinjelas e assim sucessivamente até acabar as fatias de berinjelas. Salpiquei com mussarela ralada e levei ao forno médio por mais ou menos 20 minutos, até a moussaka começar a borbulhar e o queijo gratinar. Comemos com pão francês fresquinho. Não tirei foto. Mas vocês podem imaginar as cores da delícia!

a fritada florida

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Com tantas dicas legais que recebi sobre as blossoms, escolhi fazer a coisa mais óbvia e fácil. Mas é muito típico. Durante a semana nem sempre tenho tempo de sofisticar, mas sobraram umas seis flores e quem sabe hoje saia algo mais legal. Fiz uma fritada com ovos, queijo fontina, ciboulettes picadinhas e com os floretes por cima. Ficou bem interessante.

as frô das bóbras

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Como resistir à essas frôzinhas simpáticas? Lembro que minha mãe fazia essas flores empanadas e fritas, mas eu mesma nunca fiz. A sugestão da fazendeira que me vendeu foi recheá-las com queijo de cabra e fritá-las. Ela também disse que o Epicurious tem algumas boas receitas. Elas ainda estão na geladeira. Urgência se faz. Mais idéias serão muito bem-vindas.

berinjela com queijo feta

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Foi basicamente um dia punk e terminou com péssimas e tristes notícias. Preparei a berinjela que ele gosta tanto, mas comi sozinha. O bom é que esse tipo de prato continua bom no dia seguinte. Tirei a receita daqui. É muito simples de fazer. Como a tarde estava horrivelmente baforenta, fiz na churrasqueira, para não produzir calor dentro da casa. Minha conta de eletricidade agradece.

Cortei duas berinjelas em fatias grossas e deixei de molho na água e sal por uns minutos. Sequei bem e temperei com sal marinho grosso, ervas provençais e azeite de oliva. Assei na churrasqueira. A receita original manda fritar no azeite. Depois montei o prato com as fatias de berinjela assadas, polvilhei com paprica e um tantinho de pimenta cayene em flocos, salpiquei com feta e coloquei no broiler por cinco minutos. Essa parte nem é realmente necessária, mas eu fiz. Na hora de servir salpiquei com salsinha fresca picada.

pimentão recheado [da tia Dirce]

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Essa receita do pimentão recheado da Tia Dirce, faz parte do arquivo dos primordios deste blog e é um clássico na minha família. Minha mãe preparou o prato numa das vezes que esteve aqui me visitando. Desde então eu tento replicar, mas apesar de ficar muito bom, nunca consegui fazer os pimentões recheados com o mesmo sabor e textura do original. Mas eu continuo tentando. Minha tia e minha mãe usam o miolo do pão francês. Nessa receita eu usei pão integral. E normalmente os pimentões ficam inteiros, só remove a tampinha. Mas eu fiz aberto, porque esqueci os legumes na última gaveta da geladeira e eles estavam com partes machucadas do armazenamento, então tive que cortá-los.

i hate mondays quiche

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—I hate Mondays!
—Today’s Tuesday..
(((((( happy face )))))))
—I must have overslept.

Pode ser que tenha sido apenas mais uma segunda-feira [treze]. Tudo foi um cansaço, uma dificuldade. Corri pra lá e pra cá no final do dia e quando terminei de lavar e guardar os legumes e verduras da semana, me senti esgotada. Perambulei pela cozinha como uma barata dedetizada por quase uma hora, abrindo armários, geladeira, livros. Procurei receitas, pensei em receitas, me irritei de tanto conjecturar o que vou fazer para o jantar?

Precisava usar muitas espigas de milho, muitas abobrinhas, algumas frutas, alguns queijos. Nenhuma idéia pintava, nenhuma receita agradava. Fui tomada por um imenso vazio existencial culinário e senti vontade de sentar no chão da cozinha e chorar. Leve-se em conta o cansaço do dia, os percalços do trabalho, a perspectiva do inicio da semana, algumas preocupações na cachola, a falta de apetite para comida comprada ou de restaurante, e teremos o exato panorama do entardecer da minha segunda-feira.

Resolvi que iria fazer algo, nem sabia exatamente o que. Mas fui em frente. Descasquei e piquei dois dentes de alho. Refoguei no azeite. Piquei duas abobrinhas e raspei os grãos de dois sabugos de milho. Refoguei com o alho. Salguei. Piquei um mini-pedaço de uma pimenta jalapeño, que foi a atração especial da semana na cesta orgânica. Juntei ao refogado. Desliguei o fogo. Piquei uma xícara de presunto cozido e juntei ao refogado. Piquei um queijo cambozola que tinha na geladeira [ou qualquer outro queijo forte] e incorporei ao refogado. Piquei um punhadinho de ciboulettes e joguei no refogado. Separadamente fiz uma mistura de 2 ovos, 2/3 xícara de leite integral e 1/2 xícara de farinha de trigo. Coloquei o refogado num refratário e joguei a mistura de leite. Assei em forno médio por uns 40 minutos. Servi com uma salada de folhas verdes.

Enquanto o prato de sei-lá-o-que assava, resolvi batizá-lo de I hate mondays quiche. Um nome bem apropriado, pois eu realmente detestoooo esse infame dia da semana.

Clafoutis de abobrinha, milho & queijo de cabra

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Essa receita muito saborosa da Bia eu tive que testar. Fiz algumas modificações, porque é sempre de praxe. Como só tinha uma abobrinha amarela pequena, juntei o milho raspado de duas espigas. Também não tinha cebolinha, usei uma mistura de ciboulette e salsinha, ambos fresquinhos da minha horta. A salsinha foi praticamente resgatada, pois já estava quase se metamorfoseando numa planta alienígena.
2 abobrinhas * uma abobrinha pequena e milho de duas espigas
1 maço de cebolinha *ciboulette e salsinha
4 ovos
80 g de farinha de trigo
500 ml de creme de leite fresco
180 g de queijo de cabra fresco
Pré-aquecer o forno à 180°C/355ºF. Ralar as abobrinhas no ralo grosso e raspar o milho com uma faca. Refogar a abobrinha ralada e o milho em um pouco de azeite, juntar as ervas picadinhas, sal e pimenta do reino, tampar e deixar cozinhar 10 minutos. Deixar esfriar. Bater os ovos como para uma omelete, Junte aos poucos a farinha e vá misturando com um batedor de arame. Junte o creme de leite. Misture bem até que fique bem liso. Amasse o queijo com um garfo e junte ao creme anterior, misturando bem. Junte a abobrinha e milho cozidos e despeje numa forma untade com manteiga. Deixe assar 30 minutos, ou até que doure. Tire do forno e deixe esfriar.