salada cítrica de quinoa

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Receita do chef Jeremy Fox, o comandante do elegante restaurante Ubuntu no Napa e que achei publicada na edição de abril da revista Food & Wine. É muito simples de fazer, mas requer uma preparação extra, cozinhando a quinoa com antecedência [para poder ser servida fria] e mergulhando os legumes em água gelada. Olhando, parece uma saladinha sem muito atrativos, mas a quinoa vermelha, com o seu aroma de nozes, mistura-se perfeitamente com os sabores cítricos e a crocância dos legumes gelados. Experimente!

1 xícara de quinoa, de preferência a vermelha, lavada e escorrida
2 1/2 xícaras de água
Misture a quinoa e a água numa panela e deixe ferver em fogo alto. Abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe a quinoa até ela secar, uns 20 minutos. Deixe esfriar.
Use os legumes da sua preferência., A receita pede três tipos de rabanetes [o comum, o watermelon e o espanhol], cenouras e bulbo de erva-doce. Eu usei somente os rabanetes comuns e as cenouras. Corte os legumes em fatias finíssimas, usando o mandoline se quiser. Coloque as fatias imersas em água gelada e deixe descansando na geladeira por mais ou menos uma hora. As fatias ficarão bem crocantes.

Na hora de servir, tempere a quinoa com raspas da casca e o suco de limão, adicione azeite, sal e pimenta do reino moída a gosto. Escorra as fatias dos legumes e sirva por cima da quinoa.

pasta de edamame

pasta_edamame_1S.jpgQuando me dá aquele faniquito clássico de usar todas os restinhos de outros dias e ingredientes pela metade ou quase no fim que entopem a minha geladeira, é um deus nos acuda e um saiam da minha frente!
Tive um desses peripaques e consegui fazer uso de muitas sobras já-te-vi, que transformei em novidades, entre eles essa pastinha de edamame. O potinho cheio de soja verde, já cozida e temperada com sal, estava me torturando com uma culpa horrivel toda vez que eu abria a geladeira e dava de cara com ele. Verti as edamames no processador, adicionei um punhado de folhas de manjericão fresco, uma quantidade razoável de iogurte grego que raspei até o fundo da embalagem, mais azeite e limão. Comemos a pastinha pura e com bolachinhas. Rango reciclado, transformado e melhorado—touché! E aquela culpa chata foi enviada via fedex, com um gole de vinho branco, diretamente pras cucuias.

frogurt de amora

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Porque me solto alopradamente fazendo esses sorvetes e quase nunca sigo receita, acabo descobrindo na prática algumas regras básicas. Depois de duas experiências em que nem a vodka ajudou a deixar o sorvete cremoso no dia seguinte, concluí que não se deve diminuir a quantidade de iogurte, leite ou creme. Nesse frogurt eu me entusiasmei com as frutas e coloquei menos iogurte. No dia em que fiz, ele ficou ótimo, cremoso e tal. Mas no dia seguinte empedrou. Tirei minhas conclusões e vou testá-las na próxima leva.
Nesta invencionice usei medidas aleatórias de iogurte grego, amoras [blackberries] e mel. A cor ficou fantástica, o sabor idem.

tomate grelhado com queijo gorgonzola

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Logo às nove da manhã o desconforto estava grande. Fechamos todas as janelas e persianas da casa ligamos o ar condicionado central. Passamos o dia enfurnados, porque em dias assim muito quentes só dá pra ficar dentro de casa. E como foi quente. Chegamos a 110ºF/ 43ºC, seco como o deserto, não é brincadeira, meus camaradas.

Então na hora do almoço não tivemos coragem de sair no quintal para usar a churrasqueira. Eu tinha temperado frango, para fazer grelhado, mas nos acovardamos. Resolvi fazer uma receita de tomate que tirei do livro How to Cook Everything Vegetarian do Matt Bittman. É pra ser feito no broiler—as chamas que acendem na parte de cima do forno. Leva três minutos pra ficar pronto e não esquenta a cozinha.

Untar uma forma com azeite. Cortar os tomates ao meio e colocar na forma. Temperar cada um com sal marinho e pimenta do reino moída. Por cima de cada tomate colocar uma fatia grossa de queijo gorgonzola. Pré-aquecer o broiler no alto, colocar a grade a uns dez centímetros da chama e colocar os tomates ali. São mais ou menos 3 minutos, ou até o queijo derreter e ficar borbulhante. Desligar o broiler, deixar os tomates esfriarem. Servir morno ou frio, sobre folhas de alface temperadas com um vinagrete. Eu não tinha alface, servi sem. Ficou muito bom—simples e sofisticado, segundo o crítico de plantão. Você pode também fazer com outros queijos.

risoto de morel & parmesão

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Não se encontra cogumelos morel frescos pra vender a toda hora. Esta é justamente a época em que eles aparecem e se perder muito tempo piscando e pensando, eles desapareceram numa estalada de dedos. Portanto não pisquei nem pensei quando vi os morel fresquinhos à venda no Farmers Market no sábado. Trouxe um saquinho cheio deles pra casa. Coloquei na geladeira e esqueci. Somente na terça-feira é que lembrei deles e foi justamente num dia em que eu necessitava muito comer um rango reconfortante e substancioso. Como estava sozinha, fazer um risoto com os cogumelos foi uma decisão indubitável. Usei mais ou menos 1 xicara de morel picados grosseiramente, 1 xícara de arroz arbório, 1 xícara de vinho branco e quatro xícaras de caldo de cogumelo [orgânico, que eu compro pronto]. Sal a gosto e 1/2 xícara de queijo parmesão ralado no ralo grosso. É a receita básica: em fogo médio refogar os cogumelos em 2 colheres de sopa de manteiga, acrescentar o arroz e refogar mais uns minutos, juntar o vinho, deixar secar. Daí vai acrescentando o caldo de cogumelos que deve estar quente, de xícara em xícara, mexendo vez e outra, até o arroz cozinhar e absorver todo o caldo. Leva uns 20 minutos para o risoto ficar pronto. Ele fica bem cremoso. No final, tempere com sal, pimenta do reino moída se quiser e jogue o queijo ralado. Desligue o fogo, tampe a panela, espere uns minutos e então sirva o risoto bem quente, com mais parmesão ralado na hora por cima. O morel tem um sabor muito peculiar para mim, que sinto sempre um leve toque de anis por trás daquele sabor discreto e severo que é próprio dos cogumelos.

salada de grão-de-bico
[com laranja e azeitona]

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Outro dia eu resolvi que iria cozinhar um saco de grão-de-bico que estava na despensa desde janeiro. Fiz em fogo baixo, na panela de terracota. Os grãos ficaram bem firmes, ótimos pra fazer salada. Procurava então uma idéia pra uma salada de grão-de-bico diferente, folheando o livrão How to Cook Everything Vegetarian do Mark Bittman, quando vi uma receita de sopa. Não fiz a sopa, mas usei os ingredientes que o Bittman indicava para fazer uma salada.

Grão-de-bico cozido e escorrido
Uma laranja — ralar a casca e cortar em cubinhos
Um punhado de azeitonas pretas
Ervas frescas da sua preferência — eu usei o orégano
Sal, pimenta, vinagre de vinho e azeite de oliva.

Misturar todos os ingredientes, deixar marinar por uma meia hora e servir. Eu acompanhei com torradas de pão rústico e uma fatia de queijo feta. Uma refeição completa, para um dia de verão.