pasta con sarde

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Vi a receita neste blog e achei deveras interessante. Mesmo não sendo uma ardente fã das sardinhas, preparei o molho. Ficou gostoso.

azeite para refogar
1 bulbo de erva-doce ralado, guarde os raminhos para decorar
3 dentes de alho picados
3-4 filés de aliche-anchovas
1 lata pequena de tomate – eu uso o Muir Glen
4-5 folhas de louro
Vinho branco seco
Sumo de 1 limão
Pimenta vermelha em flocos
1/3 xícara de passas brancas
1 lata de sardinha em azeite
Espaguete cozido

Numa panela, refogue a erva-doce no azeite até ela ficar bem molinha. Acrescente o alho e refogue até ele ficar macio. Amasse bem os filés de aliche a acrescente ao refogado de erva-doce e alho. Adicione os tomates, as folhas de louro, uma dose de vinho, o sumo do limão, a pimenta e as passas. Misture bem. Adicione as sardinhas inteiras e cubra com o molho. Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por 30 minutos.
Cozinhe o espaguete ao dente e tempere com o molho. Enfeite com os galhinhos da erva-doce e sirva com queijo ralado, se quiser, mas não é necessário.

no inverno, salada

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Essa salada é uma daquelas que podemos classificar de refrescante e que poderia certamente figurar num menu de verão. O mais incrível é que ela é uma salada típica de inverno, com ingredientes abundantes nessa época fria. Sempre me intrigou o fato das frutas cítricas, tão boas para fazer aquele suco para matar uma sede de calor, sejam frutas de tempo frio. A natureza deve saber das coisas, então vamos usar o que ela nos oferece em cada estação.

Usei uma erva-doce ralada, duas cenouras em pedacinhos, algumas folhas de alface e uma laranja valenciana cortada em cubinhos. Acrescentei algumas azeitonas secas. Ralei a casca da laranja na salada, depois temperei com suco de laranja, vinagre de champagne [pode ser de vinho branco ou de maçã], flor de sal e bastante azeite. Refrescante… mesmo para comer nesse frio demente que está fazendo aqui na não mais tão ensolarada Califórnia.

não tem horta na Casa Branca

Tarde da noite de 12 de agosto de 1993, o presidente dos Estados Unidos que adorava junk food ligou para o restaurante Chez Panisse direto do seu avião particular, o Air Force One. Ele estava faminto. Alice Waters estava em San Francisco, mas um telefonema a trouxe de volta a Berkeley, atravessando a Bay Bridge em alta velocidade. Uma hora depois, Bill Clinton e companhia aportaram no Chez Panisse. Tentando ignorar os quarenta agentes do Serviço Secreto que se espalharam pelo restaurante, Alice se empenhou ao máximo para montar um cenário de elegante hospitalidade, servindo ao presidente uma pequena ceia no meio da noite, com tomates golden nugget, fettuccine com milho e caranguejo, uma salada de vagens e cogumelos chanterelles, pizza sem queijo [ítem que a dieta do presidente não permitia], prosciutto caseiro, e de sobremesa—a parte da refeição que Alice sabia ser a favorita de Clinton—sorvete de blackberries, raspberry shortcake, framboesas, morangos, maças Gravenstein e um pudim de limão com morangos selvagens. Alice não deixou o presidente pagar a conta.

No dia seguinte o jornal San Francisco Chronicle relatou a visita do presidente ao restaurante em Berkeley—Alice, que tinha declinado o convite para cozinhar na posse do Ronald Regan em 1982 argumentando que não sabia onde ficava Washington, aproveitou a oportunidade para chamar a atenção de Clinton para o projeto das hortas em San Francisco, onde os prisioneiros plantam os legumes e verduras que depois são vendidos para restaurantes como o dela. Ela falou também sobre a importância de estar conectado com o que se come e se planta.

Thomas McnameeAlice Waters and Chez Panisse
Nos anos seguintes, Alice se empenhou numa correspondência com Bill e Hillary, onde abordava a possibilidade da implementação de uma horta na Casa Branca e também sobre o seu projeto dos Edible Schoolyard. O casal Clinton respondia as requisições de Alice, com gentileza, mas sem nenhuma determinação em efetivar nenhum projeto de horta. E nunca fizeram.